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Diarreia aguda Definição: fezes líquidas ou amolecidas mais de 3x ao dia, por até 14 dias. Desinteria > diarreia acompanhada de sangue ou pus. Principais causas > infecciosas, predominante em menores de 5 anos. Causa não infecciosa > intolerância alimentar, intolerância a lactose secundária a uma gastroenterite aguda. Vírus > principais causadores de diarreia aguda em crianças. Normalmente não está relacionada a sangue, pus e muco nas fezes. Rotavírus > responsável por 40% dos casos de diarreia em crianças. Incidência diminuiu, pois começou-se a vacinar as crianças. Norovírus > principalmente responsáveis por surtos > ex: surto de gastroenterite em navio, festa.... “locais mais específicos”. Adenovírus > também causa doenças respiratórias (tonsilite viral). Pode causar tanto sintomas respiratórios, quanto sintomas gastrointestinais > associação. Diarreia bacteriana > uso de ATB de modo empírico > azitromicina, claritromicina > direcionar o tratamento após o retorno de cultura e antibiograma. Normalmente associada a sangue, pus e muco nas fezes e queda do estado geral. Como pegar?? Contaminação de água ou alimentos > animais contaminados > contaminação das mãos com fluidos de crianças infectadas. Necessidade de lavar muito bem os alimentos e as mãos. Higiene pessoal, higiene das mãos e higiene dos alimentos. Necessidade de utilizar algo como hipoclorito de sódio para lavar os alimentos. O diagnóstico é clínico. Tto de suporte quando o quadro for viral. Hidratação conforme grau de desidratação e medicamentos. Suplementação de zinco por 10 dias. Probióticos > pode diminuir cerca de dia de sintomas > enterogermina, floratil... Não se deve administrar anti heméticos, com excessão da ONDASETRONA > anti-hemético que não possui ação em SNC. Anti-heméticos possuem ação em SNC e podem causar uma reação extra-piramidal. Soluções hiperosmolares > gelatina, coca-cola, Gatorade > não são indicados, pois não possuem evidência científica de benefícios. Desidratação Contração do colume de um ou mais compartimentos corpóreos secundária a perdas hidroeletrolíticas. Gravidade depende da magnitude do déficit, da velocidade de instalação e do quanto a criança possui de reserva. O tto da diarreia é de acordo com a hidratação. > como a hidratação é classificada? Hidratado Algum grau de desidratação. Desidratação grave > dois ou mais sinais, incluindo um sinal de perfusão. Avaliar elasticidade da pele > normal, diminuído ou muito diminuído. Turgor da pele > retorno da prega lentamente > alteração de turgor cutâneo. Normal 2 s 3 s Sede > bebe normalmente, com avidez ou pouco. Olhos > normais fundos ou muito fundos. Lágrimas. Fontanela > plana, deprimida ou muito deprimida. Pulsos > finos, cheios ou ausentes. Enchimento capilar > fica-se pressionando em torno de 15s a pele e depois observa-se quanto tempo demora para a perfusão voltar. Quando demora < 3s = normal. De 3 a 6s = algum grau de desidratação. > 6 s = desidratação grave. Diurese > como essa criança está urinando? Mudou algo? Alteração dos níveis do sensório > criança + letárgica. Tratamento/manejo > sempre que possível, é recomendado o tratamento por via oral. Plano A > criança que não está desidratada Orientar o aumenta da ingesta de líquidos. Manutenção da alimentação habitual. > especialmente o leite materno. SRO > soro de reidratação oral. Orientar pais a reconhecer os sinais de desidratação. Plano B > criança com desidratação leve a moderada. Avalia-se o paciente de hora em hora, com base no desaparecimento dos sinais de hidratação, elevação do peso e na presença de diurese. Oferta de SRO – 50 a 100ml/kg em 3 a 4 horas. Essa criança pode estar com bolus persistentes, não aceitando VO. Pode-se realizar uma gastóclise > sonda nasogástrica, com oferta de SRO gradual e contínua. Não alimentar a criança, mas manter o leite materno. É indicado em situações de perda de peso após 2h de tto, sem sinais de melhora nas primeiras 3h. > vomito persistente, distensão abdominal, dificuldade de ingestão de SRO. Plano C > desidratação grave. O paciente precisa ser puncionado para a aplicação de hidratação endovenosa. Reparação ou expansão rápida. Paciente grave internado > realização de glicemia capilar, coleta de eletrólitos NA+, K+, e gasometria venosa. Desidratação grave pode estar associada a uma acidose metabólica, que necessita tto específico. É feito uma infusão rápida de solução salina isotônica (soro fisiológico/ringuer lactato), em bolo, no volume de 20ml/kg. Criança de 10kg > 200 ml EM BOLUS ou em PUSH RÁPIDO. A infusão deve durar em torno de 15 a 20 minutos. O paciente deve ser avaliado clinicamente durante e após a infusão do cristaloide. REAVALIAR O PACIENTE A CADA PUSH. > enchimento capilar, sensório, lágrimas...... O bolo de solução salina deve ser repetido até que a perfusão esteja adequadamente restaurada. Quantas vezes for necessário para reverter a situação. O normal são 3 pushes > +/- 1 hora > quando realizado em unidades básicas de saúde deve-se encaminhar para local com monitorização disponível. Avaliação de sinais de hipervolemia > estertores pulmonares, taquicardia, edema em membros, em olhos e boca, turgência jugular e rebaixamento de fígado. Quando em posto de saúde + dificuldade de pegar o acesso > via intraóssea. > protuberância da tíbia, com agulha de grosso calibre Manutenção + reposição. Depois da estabilização da criança, é realizada a sua manutenção. Prevenir desidratação. Prevenir distúrbios eletrolíticos. Prevenir cetoacidose. Prevenir degradação de proteínas. Regra de Holliday-Segard. <10 kg = 100ml/kg/dia Soro Glicosado a 5%. 10 a 20kg = 1000ml +50 ml/kg, que ultrapassa 10kg/dia. >20 kg = 1500 ml +20 ml/kg, que ultrapassa 20kg/dia Sódio 3 – mEq/kg/dia. Elaboração de soros de manutenção com soluções isotônicas, com 130 a 140 mEq/L de sódio. > diminui risco de hiponatremia. Indicação > contraindicações de TRO. + Sinais de desidratação grave. Caroline Zanella ATM 2022/a
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