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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO QUÍMICA ANALÍTICA FARMACÊUTICA EXPERIMENTAL II – IQA234 DETERMINAÇÃO DE SULFATO EM SULFATO FERROSO Beatriz Gonçalves da Luz DRE: 117125105 Professor Vinícius Kartnaller Realização da prática: 28 de Março de 04 de Abril de 2019 Rio de Janeiro, Abril de 2019 Índice 1. Objetivo 2. Procedimento 3. Dados 4. Resultados e discussão 5. Conclusão 6. Bibliografia 1. Objetivo A partir do fármaco Anemifer®, o qual tem por princípio ativo o sulfato ferroso heptaidratado, determinar a quantidade de sulfato nele presente por meio do método de gravimetria por precipitação. 2. Procedimentos Os procedimentos que foram utilizados na aula prática estão de acordo com a apostila de Química Analítica Farmacêutica Experimental II, referente às páginas 30 e 31, descritos abaixo. Anterior ao início da prática anotou-se as informações contidas no rótulo da amostra, em seguida transferiu-se para um bécker de 250 mL 10 mL de solução de sulfato ferroso utilizando uma pipeta volumétrica, adicionou-se à solução 20 mL de ácido clorídrico 6M previamente medidos em proveta. Após avolumou-se até atingir 150 mL e colocou-se a mesma na placa de aquecimento por tempo suficiente para aquecer a parede do Becker, posterior se fez adição de 25 mL de cloreto de bário 5% enquanto agitava-se com bastão de vidro, após adição completa, tampou- se o recipiente com vidro de relógio e deixou-se a solução em descanso por uma semana. Na aula seguinte, já tendo levado o cadinho de Gooch à peso constante, adicionou-se 5 mL de cloreto de bário medidos em proveta, em seguida levou-se a solução à placa de aquecimento por tempo suficiente para aquecer até que não fosse possível tocar o bécker com as mãos. Enquanto se pesou a massa do cadinho de Gooch vazio, deixou-se a solução esfriar em temperatura ambiente, após esfriar fez-se filtração à vácuo com auxílio do policial e água quente para lavar o precipitado. O cadinho contendo o precipitado foi levado à estufa por 40 minutos à 150 ºC, em seguida permaneceu no dessecador por cerca de 25 minutos e foi pesado novamente. 3. Dados Anemifer® Conteúdo: 30mL – 125mg/mL Fabricação: 03/2018 Validade: 03/2020 Lote: L70 – 003/13 Massa molar BaSO4: 233,40 g/mol Massa molar FeSO4.7H2O: 278,02 g/mol 4. Resultados O procedimento foi feito cinco vezes, por diferentes grupos, onde chegou-se aos seguintes resultados: Grupo Massa BaSO4 (g) Massa FeSO4.7H2O (g) I 1,0052 125,7 II 1,0727 127,4 III 1,0352 123,3 IV 1,0609 126,3 V 1,0676 127,1 Os valores de massa de sulfato de bário foram obtidos a partir da diferença entre o peso do cadinho contendo o precipitado e o peso do cadinho vazio. Porém, para obter os valores de sulfato ferroso foi preciso realizar cálculos onde se levou em consideração o número de mols de sulfato de bário, pois partindo do princípio que a razão estequiométrica é de 1:1, o valor de número de mols seria o mesmo para o íon sulfato, logo, seria possível chegar ao valor final de sulfato em sulfato ferroso. BaSO4 -> Ba2++ + SO42- 1mol -> 1 mol + 1 mol FeSO4 -> Fe2+ + SO42- 1mol -> 1 mol + 1 mol Grupo 1 Número de mols de BaSO4 = massa BaSO4 ÷ massa molar BaSO4 n= 1,0552g ÷ 233,40g/mol n= 0,0045210 mol BaSO4 Massa FeSO4.7H2O = número de mols de SO42- × massa molar FeSO47.H2O m= 0,0045210mol × 278,02g/mol m= 1,2570 g FeSO4.7H2O em 10 mL (volume coletado de Anemifer®) 1,2570 g ------------ 10,00 mL x g ----------- 1 mL x= 0,1257 g (×10000) = 125,7 mg de sulfato em sulfato ferroso Grupo 2 Número de mols de BaSO4 = massa BaSO4 ÷ massa molar BaSO4 n= 1,0727g ÷ 233,40g/mol n= 0,0045842 mol BaSO4 Massa FeSO4.7H2O = número de mols de SO42- × massa molar FeSO47.H2O m= 0,0045842mol × 278,02g/mol m= 1,2745 g FeSO4.7H2O em 10 mL (volume coletado de Anemifer®) 1,2745 g ------------ 10,00 x g ----------- 1 mL x= 0,1274 g (×10000) = 127,4 mg de sulfato em sulfato ferroso Grupo 3 Número de mols de BaSO4 = massa BaSO4 ÷ massa molar BaSO4 n= 1,0352g ÷ 233,40g/mol n= 0,0044353 mol BaSO4 Massa FeSO4.7H2O = número de mols de SO42- × massa molar FeSO47.H2O m= 0,0044353mol × 278,02g/mol m= 1,2331 g FeSO4.7H2O em 10 mL (volume coletado de Anemifer®) 1,2331 g ------------ 10,00 x g ----------- 1 mL x= 0,1233 g (×10000) = 123,3 mg de sulfato em sulfato ferroso Grupo 4 Número de mols de BaSO4 = massa BaSO4 ÷ massa molar BaSO4 n= 1,0609g ÷ 233,40g/mol n= 0,0045454 mol BaSO4 Massa FeSO4.7H2O = número de mols de SO42- × massa molar FeSO47.H2O m= 0,0045454mol × 278,02g/mol m= 1,2637 g FeSO4.7H2O em 10 mL (volume coletado de Anemifer®) 1,2637 g ------------ 10,00 x g ----------- 1 mL x= 0,1263 g (×10000) = 126,3 mg de sulfato em sulfato ferroso Grupo 5 Número de mols de BaSO4 = massa BaSO4 ÷ massa molar BaSO4 n= 1,0676g ÷ 233,40g/mol n= 0,0045741 mol BaSO4 Massa FeSO4.7H2O = número de mols de SO42- × massa molar FeSO47.H2O m= 0,0045741mol × 278,02g/mol m= 1,2717 g FeSO4.7H2O em 10 mL (volume coletado de Anemifer®) 1,2717 g ------------ 10,00 x g ----------- 1 mL x= 0,1271 g (×10000) = 127,1 mg de sulfato em sulfato ferroso Após obter os valores de sulfato de cada grupo, fez-se o tratamento estatístico. Média (M) M= ∑ massa de sulfato dos cinco grupos/ número de grupos M= (125,7 + 127,4 + 123,3 + 126,3 + 127,1) / 5 M= 125,9 Desvio Padrão/Variância (s²) s²= ∑ (distância de cada valor para média – média)² dos cinco grupos/ N – 1 s²= (125,7-125,9)² + (127,4-125,9)² + (123,3-125,9)² + (126,3-125,9)² + (127,1-125,9)²/ 5-1 s= 0,01 Intervalo de Confiança (IC) IC= fator t x variância/ √N IC= 2,776 x 0,001632/ √5 IC= 0,002 5. CONCLUSÃO No rótulo de Anemifer®, alegava-se que a concentração de sulfato ferroso era de 125mg/mL, após realizar a prática de gravimetria por precipitação foi possível chegar a valores bem próximos, que, apesar de não serem exatamente iguais, não representaram erros por existir uma faixa de valor considerável para a concentração de sulfato ferroso no fármaco. Quanto à prática, o precipitante usado, cloreto de bário, foi uma ótima de escolha, uma vez que foi possível precipitar o composto desejado, sem alterar os resultados finais e pode-se concluir que o procedimento foi eficiente, pois pouco material foi perdido e/ou sofreu contaminação durante a prática, logo os valores não foram super/subestimados, levando à grande confiabilidade dos resultados, que foram confirmados com o tratamento estatístico, que apresentou intervalo de confiança de 0,002 e desvio padrão de 0,01. 6. BIBLIOGRAFIA PINTO, Maria Lucia Couto Correa; DE SOUZA, Roseli Martins – Apostila de Química Analítica Farmacêutica Experimental II – Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro. Caderno de anotações pessoal.
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