Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
0 1 GERENCIAMENTO DA MANUTENÇÃO TÓPICOS IMPORTANTES – LIVRO MANUTENÇÃO ORIENTADA PARA RESULTADOS VISÃO: Estado que a organização deseja atingir – direncionamento dos rumos de uma organização. MISSÃO: Compromisso e dever de uma empresa para com a sociedade – a razão de ser de uma organização. META: é o alvo a ser atingido, e composta por tres partes – objetivo, valor e prazo. INDICADORES: são medidas ou dados numéricos estabelecidos sobre os processos que queremos controlar DIRETRIZ: é formada por uma META e pelas MEDIDAS necessárias para o atingimento desta META. PLANO DE AÇÃO: constitui o planejamento escrito de como serão desenvolvidos os trabalhos para o atingimento das metas, obedecendo as Diretrizes. BENCHMARKING: é o processo de identificação, conhecimento e adaptação de práticas e processos excelentes de organizações, de qualquer lugar do mundo, para ajudar uma organização a melhorar sua performance. GESTÃO DA MANUTENÇÃO – O QUE IMPORTA? Disponibilidade e Confibilidade dos Ativos; Foco nos Resultados; MISSÃO DA MANUTENÇÃO: Garantir a confibilidade e a Disponibilidade dos Ativos de modo a atender a um programa de produção ou prestação de serviços com segurança, preservação do meio ambiente e custos adequados CONFIABILIDADE: é a probabilidade que um ítem pode desempenhar sua função requerida, por um intervalo de tempo estabelecido, sob condições definidas de uso. DISPONIBILIDADE: é o tempo em que o equipamento, sistema, instalação está disponível para operar (ou ser utilizado), em condições de produzir ou de permitir a prestação de um serviço. 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑀𝑇𝐵𝐹 𝑀𝑇𝑇𝑅 + 𝑀𝑇𝐵𝐹 Onde: MTBF – Tempo Médio entre Falhas MTTR – Tempo Médio para Reparo ATIVOS (Asset): pode ser definido como uma entidade com valor monetário, ou seja, no contexto de Manutenção, um ativo pode ser considerado como qualquer equipamento ou sistema de uma planta ou instalação ( ou conjunto de bens duráveis). 2 GESTÃO ESTRATÉGICA DE ATIVOS(Strategic Asset Management): é um modelo para se obter valor dos ativos de produção, obtendo a máxima lucratividade através dos equipamentos e das pessoas. A visão da Gestão da ativos é ter a planta operando continuamente, na capacidade máxima, sem tempo perdido. RONA (Return on Net Assets): é a relação entre o lucro operacional (depois de taxado) e o valor líquido dos ativos da empresa. CICLO DE MELHORIAS – referente a Gestão de Ativos - MCM (Manutenção de Classe Mundial) Estágio 1 – Objetivo – Ganho do controle do trabalho – privilegia as ações relativas ao Planejamento e Controle da Manutenção (PCM) Início e Priorização do Trabalho → Matriz de Criticidade e Priorização Planejamento → Estabelecer planos de manutenção (P), Programação → Operacionalizar os planos e outros serviços (P) Execução → Executar conforme planejado (D), Revisão do Trabalho → Análise crítica e revisão de rumos (C, A) Gerenciamento do Material → está diretamente ligada ao Planejamento e à Programação dos serviços CMMS → Software de gerenciamento da Manutenção, é a ferramenta que permitirá a operaracionalização de todas as atividades da base do triângulo (cadastro, emissão OS) Manutenção Preventiva → realizar manutenção com base em datas pré estabelecidas Processo de Gerenciamento do Trabalho → gerenciar toda base da pirâmide principalmente utilizando o CMMS controlando todos os trabalhos 3 Estágio 2 – Objetivo – ganho do controle da condição do equipamento – contempla ações relativas à execução da Manutenção incluindo: Manutenção Preditiva e Manutenção Proativa → são técnicas de manutenção que monitoram a condição dos ativos. Integração entre softwares PdM e CMMS → a interface entre os softwares de CMMs e Preditiva (PdM) deve ser tornar amigável Desenvolvimento da Habillidade dos Executantes → ou seja, capacitação e qualificação para o bom desempenho dos serviços Histórico de Equipamentos → contempla a preservação da memória técnica da Manutenção e banco de dados para que seja possível fazer as Análises de Falhas e estudo de problemas crônicos Análise do modo de falhas → estudar o defeitos nos equipamentos utilizando o Histórico para evitar futuras ocorrencias Estágio 3 – Objetivo – criação de ambiente para maximizar a contribuição do pessoal, encontramos as melhores práticas Polivalência → realizar a multiespecialização da mão de obra TPM → executar a Manutenção Produtiva Total Benchmarking externo → efetuar a comparação com as melhores práticas mundiais Integração Manutenção/Operação → as duas áreas que compõem a produção devem trabalhar em estreita cooperação Estágio 4 – Objetivo – eliminar, sistematicamente, fontes potenciais de falhas – inclui as ações que devam ser desenvolvidas ou coordenadas pela Engenharia de Manutenção com foco no aumento da confiabilidadedos ativos RCM → Manutenção Centrada na Confiabilidade Análise RAM → Reliabitity – Availability – Maintenability (Confiabilidade – Disponibilidade – Mantenabilidade) Simplificação e Padronização de Equipamentos → diminuição de custos e aumento de disponibilidade Análise do LCC dos concorrentes → analisar o Custo do Ciclo de Vida (LCC) dos concorrentes Foco na Confiabilidade → os equipamentos devem ser mais confiáveis para aumentar a disponibilidade IMPORTANTE: Não confundir: Failure é falha, Fault é defeito e Hazard é perigo 4 Ref(1) Ref(2) Disponibilidade 90,0% >95% Performance 95,0% >95% Qualidade 99,9% >95% OEE 85,0% >85% Índice Valores Classe Mundial PERDAS DE PRODUÇÃO RENDIMENTO GLOBAL (OEE – Overall Equipment Effectiveness) O Overall Equipment Effectiveness ou Rendimento Global da instalação é um indicador “top de linha” utilizado para avaliar a performance da operação e da quallidade OEE = Disponibilidade X Performance X Qualidade Valores de Classe Mundial para OEE ORIGENS DAS PERDAS Segundo a MCP Consulting observou-se que cerca de 40 a 50% das linhas em equipamentos estavam relacionadas com práticas inadequadas de operação, 10 a 30% estavam relacionadas ao projeto ou condição e 10 a 30% estavam relacionadas com práticas inadequadas de manutenção, ou ainda, 2/3 de todas as perdas de produção, quando comparadas com ideal, não Caracterização da Perda 1 Paradas Programadas (Shutdown) É o tempo perdido quando a planta ou unidade é parada para manutenção anual (ou periódica) 2 Ajustes na produção É o tempo perdido quando mudanças no suprimento ou demanda provocam necessidade de ajustes nos planos de produção 3 Falhas em equipamentos É o tempo perdido na produção causado por falhas nos ativos - cessação parcial ou total da capacidade produtiva (falhas em mancais, curto circuito, etc) 4 Falhas no processo É o tempo perdido na produção causado por falhas relacionadas a fatores externos, como qualidade da matéria prima, erros de operação 5 Perdas normais no processo São perdas consideradas normais durante o processo produtivo, como partida, parada e mudança de linha 6 Perdas anormais no processo São perdas anormais causadas por mau funcionamento da linha de produção ou condições que interferem na performance. Redução de velocidade, redução de carga, operação em vazio, pequenas paradas. 7 Defeitos de produção (qualidade) Tempo perdido produzindo produtos defeituosos, processando sucata ou perdas financeiras relacionadas a produtos com menorgrau de qualidade AS 8 GRANDES PERDAS 5 PLANEJAR PROGRAMAR COORDENAR CONTROLAR EFICÁCIA DO PCM ATIVOS MATERIAIS MÃO DE OBRA CAUSAS Itens de Verificação EFEITO Itens de Controle PROCESSOS DO PCM estão relacionadas a falhas em equipamentos mas a problemas de perda de qualidade, perdas por trocas de linha, perdas por falta de demanda, falta de matéria prima, queda nas utilidades etc. Keith Mobley afirma que 1/3 dos custos de manutenção é desnecessário ou originado em manutenções inadequadas. PCM – Planejamento e Controle da Manutenção – conjunto de atividades da Manutenção relacionadas ao Planejamento, Programação, Coordenação e Controle dos serviços – sua razão de ser é a OTIMIZAÇÃO DOS RECURSOS da função Manutenção. Atribuições do PCM Planejamento – aprovisionar materiais e mão de obra para serviços, detalhar as Ordens de Serviço, negociar necessidade dos serviços, classificar ativos e atualizar no CMMS, elaborar o mapa de 52 semanas, participar da matriz de criticidade, etc Programação – negociar a execução dos serviços planejados e corretivos através de reuniões diárias/semanais Copordenação – é constituida de atividades de campo, com objetivo principal de facilitar a execução dos serviços Controle – acompanhamento gerencial dos recursos da Manutenção,ou seja, gerenciar Mapa de Gestão à Vista, controlar e atualizar os Padrões, Procedimantos e Ativos no CMMS, gerenciar a apropriação de recursos e serviços executados, gerenciar o Orçamento da Manutenção, etc MATRIZ DE CRITICIDADE A Tabela abaixo mostra os critérios que podemos utilizar para classificar os equipamentos por importância em A, B e C e logo depois você pode ver um fluxograma que deve ser aplicado em conjunto com a tabela para cada equipamento a ser avaliado. A tabela e o fluxograma devem ser utilizados em reuniões com as pessoas pertencentes a cada setor e todos devem opinar na avaliação. 6 Classificação Fatores para Avaliação Critérios para Avaliação A B C L Regulamentador Por Lei Está sujeito à legislação e obrigatória a desmontagem periódica Não está sujeito à legislação S Segurança, Ordem Pública e Meio Ambiente Caso sofra quebra, provoca acidente grave em termos de segurança, ordem pública e meio ambiente, e exerce grande influência sobre a comunidade Caso sofra quebra, provoca acidente grave em termos de segurança,ordem pública e meio ambiente, e gera reclamações na comunidade Não há problemas Q Qualidade e Rendimento de Material Caso sofra quebra, haverá grande número de defeitos,queda significativa no rendimento do material e reclamações de clientes Caso sofra quebra, haverá grande número de defeitos,queda no rendimento do material Não exerce influência sobre a qualidade e rendimento de material W Condição de Operação Operação plena durante 24 horas por dia Operação por bateladas Operação ocasional D Perda de Oportunidades Caso sofra quebra, para a fábrica toda Caso sofra quebra, para a linha em que está vinculado Existe equipamento sobressalente ou não há perda por parada P Frequência de Quebras Ocorreu quebra similar nos últimos 5 anos Ocorreu quebra similar nos últimos 10 anos Não há quebras há mais de 10 anos M Manutenbilidade Tempo para reparo acima de 5 horas e custo muito alto Tempo para reparo acima de 5 horas e custo razoável Tempo para reparo abaixo de 1 hora e custo baixo para reparo Tabela 1 – Critérios para classificação dos equipamentos. Fonte: Nippon Zeon Co., PM Prize Lecture Digest. 7 Fluxograma para classificação dos equipamentos. Fonte: Nippon Zeon Co., PM Prize Lecture Digest. Veja que ao navegar pelos critérios no fluxograma, ele indica se o equipamento é A, B ou C e no final mostra o tipo de manutenção que você deve aplicar: manutenção periódica, preditiva ou manutenção corretiva. Quando indicar manutenção preditiva, você ainda deve avaliar se realmente é possível e viável aplicar um tipo de manutenção preditiva no equipamento. Se não houver condições, você deve obrigatoriamente aplicar a manutenção planejada. As siglas TBM e CBM significam respectivamente manutenção baseada no tempo e manutenção baseada nas condições 8 Tradicionalmente, podemos elencar 6 tipos de manutenção, que se diferenciam pela natureza das atividades, que por sua vez podem ou não ser planejadas. Na Figura abaixo, podemos ver como os tipos de manutenção são definidos. Figura – Os tipos de manutenção 1 – Manutenção Preventiva (PM) A manutenção preventiva, dentre os tipos de manutenção, se destaca por manter o nível dos equipamentos, programando intervenções periódicas a fim de reduzir as deteriorações dos equipamentos. A manutenção preventiva combina os métodos com base no tempo e nas condições para manter o equipamento funcionando e a partir das intervenções ela consegue manter o desempenho dos materiais estruturais, previne a corrosão, a fadiga e outras formas de deterioração. Uma característica importante deste tipo de manutenção é que a inspeção ou intervenção no equipamento é feita periodicamente mesmo que ele não problemas. 2 – Manutenção de Parada (BM) A manutenção de parada também é chamada de manutenção por melhoria ou prevenção de manutenção. São paradas ou grandes paradas de equipamentos que tem como objetivo fazer com que os mesmos atinjam o estado de novo. São feitas revisões e reparos em todos os itens de forma a assegurar, com alta probabilidade, um bom desempenho do equipamento por um longo período de tempo. 3 – Manutenção Corretiva (MC) ou Corretiva Planejada O conjunto de atividades destinadas a corrigir defeitos encontrados em diferentes equipamentos é a característica da manutenção corretiva, onde ela começa com os usuários ou operadores do equipamento relatando defeitos e comunicando ao planejamento do departamento de manutenção, que que por sua vez, providencia um técnico especializado para fazer a correção devida do problema. 9 4 – Manutenção de Quebra (MQ) ou apenas Corretiva não Planejada Diferentemente do tipo de manutenção planejada, a manutenção de quebra, está entre os tipos de manutenção onde não há planejamento de atividades. Isto significa que o intuito é deixar o equipamento operar até o mesmo quebre para então consertá-lo. A manutenção de quebra é aplicada quando as falhas não afetam significativamente a operação, produção ou não geram qualquer perda financeira. 5 – Manutenção Baseada no Tempo (TBM) A manutenção baseada no tempo consiste na inspeção visual, lubrificação, limpeza do equipamento e na substituição de peças para prevenir as falhas repentinas e os problemas de processo. Estes tipos de manutenção geralmente não exigem especialização, podendo ser realizadas pelos próprios operadores mediante um treinamento básico. No TPM, ela faz parte das atividades de manutenção autônoma e da manutenção especializada. 6 – Manutenção Baseada nas Condições (CBM) Como implica o próprio nome, a manutenção baseada nas condições é desencadeada pelas condições reais do equipamento mais do que pela transcorrência de um intervalo de tempo pré- determinado. A principal ferramenta utilizada aqui é a manutenção preditiva e ela consiste em coletar e reportar informações que se baseiam em certos valores conhecidos dos equipamentos. Alguns exemplos são: coletada temperatura através de termografia, análise da vibração através da utilização de acelerômetros e análise da qualidade do óleo em laboratórios. Com o monitoramento constante, é possível intervir nos equipamentos assim que as variações são detectadas, de forma a corrigir as falhas antes que o equipamento quebre. Estes tipos de manutenção exigem conhecimentos técnicos avançados da equipe e geralmente é terceirizado por empresas especialistas em cada segmento. 10 CATEGORIA Corretiva Não- Planejada Emergencial Não-programada Reativa Corretiva Planejada Programada Condicional de Execução Preventiva Sistemática Preditiva Preventiva-Preditiva Condicional de Inspeção Detectiva NOMES USUAIS PARA OS TIPOS DE MANUTENÇÃO Proativa DEFINIÇÃO USUAL Manutenção Corretiva é a atuação para a correção da falha ou do desempenho menor do que o esperado. Manutenção Preventiva é a atuação realizada de forma a reduzir ou evitar a fallha ou a queda no desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado, baseado em intervalos definidos de tempo, ou quilometragem, etc. Mantenção Preditiva é a atuação realizada com base em modificação de parâmetro de condição ou desempenho, cujo acompanhamento obedece a uma sistemática. Manutenção Detectiva é a atuação efetuada em sistemas de proteção buscando detectar FALHAS OCULTAS ou não perceptíveis ao pessoal de operação e manutenção Matriz GUT Ferramenta de qualidade utilizada na priorização de problemas, levando em consideração os parâmetros: gravidade, urgência e tendência (GUT). A matriz GUT foi desenvolvida para orientar tomadas de decisões em problemas complexos, sob a ótica de diferentes decisores. Helmann (2008) destaca que esta ferramenta pode ser adaptada na avaliação de criticidade de equipamentos, considerando: Gravidade: fator que está relacionado aos efeitos possíveis de surgirem no médio e/ou longo prazo no caso da ocorrência de uma falha e o seu impacto sobre o processo, colaboradores e resultados; Urgência: a qual está relacionada diretamente ao tempo disponível para solução da falha; Tendência, que é relacionada à possibilidade de um problema agravar-se ou diminuir. Para cada fator são atribuídos pesos, em uma escala qualitativa de 1 a 5, conforme o grau de impacto do equipamento em cada um dos parâmetros, para então determinar o nível de criticidade do equipamento através da multiplicação dos fatores (gravidade, urgência e tendência) (HELMANN, 2008). O quadro 01 apresenta um exemplo da matriz GUT aplicada na avaliação da criticidade de equipamentos. 11 Quadro : Matriz GUT aplicada em análise de criticidade Peso Gravidade As consequências da falha são: Urgência Caráter das ações? Tendência Em intervenção a falha evoluirá? Classificação GUT G X U X T 5 Extremamente graves Imediatas Rapidamente 125 4 Muito grave Com alguma urgência Em pouco tempo 64 3 Grave O mais cedo possível Em médio prazo 27 2 Pouco grave Pode aguardar um pouco Em longo prazo 8 1 Sem gravidade Sem pressa Não irá evoluir 1 Fonte: Adaptado de Helmann (2008) CRITICIDADE → é o quanto um equipamento é crítico ou influencia o funcionamento de uma máquina ou sistema. PRIORIDADE → é o tratamento que se dá ao serviço no momento de sua execução IMPORTANTE → “As ações decorrentes da Criticidade são ações de Confiabilidade. As ações decorrentes da Prioridade são ações de Disponibilidade” BACK LOG (Carga de Trabalho Futura) → é o volume de serviços em carteira, em um dado instante, normalmente medido em homens-hora necessários para realizá-los, ou seja, é o somatório de toda a carga de trabalho futuro da Manutenção detalhada nas Ordens de Serviço a serem realizadas (também pode ser medido em dias de serviço) IMPORTANTE → “Atualmente o índice de manutenção reativa (corretiva não planejada, emergencias) considerado de melhor prática deve ser menor que 10%” PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA DA MANAUTENÇÃO → é usualmente considerada como o percentual do tempo produtivo em relação ao tempo disponível. Considera-se que o total de horas disponíveis (hd) é de 8 horas/dia e as horas trabalhadas (ht) são as horas apropriadas pelo executante ou pelo seu supervisor. 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 (%) = 𝑯𝒐𝒓𝒂𝒔 𝒕𝒓𝒂𝒃𝒂𝒍𝒉𝒂𝒅𝒂𝒔 (𝒉𝒕) 𝑯𝒐𝒓𝒂𝒔 𝒅𝒊𝒔𝒑𝒐𝒏í𝒗𝒆𝒊𝒔 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒐 𝒕𝒓𝒂𝒃𝒂𝒍𝒉𝒐 (𝒉𝒅) 𝒙 𝟏𝟎𝟎 12 Tipo de Manutenção Custo US$/HP/Ano Relação Corretiva Não Planejada 17 a 18 2 a 3 Preventiva 11 a 13 1,5 Preditiva e Monitoramento de Condição/Corretiva Planejada 7 a 9 1 Obs.: HP (Horse Power) é a potência instalada O que interessa para o PCM e para a Execução (oficinas especializadas) é aumentar o tempo produtivo real, ou seja, o tempo em que o executante está realizando trabalho. Esse tempo é denominado TEMPO NA FERRAMENTA (wrench time) TEMPO NA FERRAMENTA → é a medida do percentual de um dia de trabalho no qual o executante gasta realizando efetivamente o trabalho – benchmark mundial é de 65%, mas a maioria das empresas (nacionais e estrangeiras) apresenta valores entre 28 e 35% INSPEÇÃO → é a análise crítica de um ativo (equipamento ou sistema) verificando seu estado real em comparação com um padrão definido. CUSTOS E RESULTADOS → observa-se que o custo da manutenção corretiva não-planejada é no mínimo, o dobro da manutenção preditiva/corretiva planejada, vide quadro abaixo onde não estão incluidos lucros cessantes PRODUTIVIDADE → é a razão do Faturamento pelos Custos, tanto mais produtiva será a empresa quanto menores forem os seus custos para um mesmo faturamento 𝑷𝑹𝑶𝑫𝑼𝑻𝑰𝑽𝑰𝑫𝑨𝑫𝑬 = 𝑭𝑨𝑻𝑼𝑹𝑨𝑴𝑬𝑵𝑻𝑶 𝑪𝑼𝑺𝑻𝑶𝑺 ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS DA MANUTENÇÃO Não existe estrutura que não tenha pontos fortes e pontos de risco. Gerente → é o responsável pela Gestão da Manutenção, elo de ligação entre a empresa e os colaboradores na Manutenção, busca constantemente a melhoria dos resultados. PCM → responsável pela otimização dos recursos da Manutenção aplicados aos serviços executados Execução → é o conjunto de oficinas ou áreas especializadas que efetivamente executam os serviços de manutenção 13 Inspeção → tem como função primordial a análise crítica dos equipamentos ou sistemas, verificando seu estado real em comparação com um padrão definido. Engenharia de Manutenção → atua na estabilização da rotina através de apoio as atividades do PCM via Planos de Inspeção e Manutenção, de apoio à Execução coordenando e atualizando padrões e procedimentos e atuando também na implantação de melhorias (aumentando a confiabilidade através de Análise de Fallhas) e solucionando problemas crônicos. INTERFACES → pode ser definida como a zona de fronteira entre dois segmentos da organização (Ex Manutenção e Engenharia), quando ocorre Zonas Cinzentas entre essas interfaces pode gerar as seguintes situações: Uma área julga que aquela atribuição é da outra área. O serviço não é executado ou para ser executado por uma das duas áreas demanda longas discussões e desgaste Prejuizos decorrentes dessas situações podem se manifestar nos curtos, médio e longo prazos. INTERFACE CRÍTICA → Manutenção + Operação pois gera serviços/produtos no dia a dia, podendo gerar muitos lucros ou muitos prejuizos, quem nunca ouviu a fraze “A Manutenção atrapalha a Produção” GERENTE INSPEÇÃOPCM Engenharia de Manutenção EXECUÇÃOOtimização: - Planejamento - Aplicação da MO - Atendimento DIA A DIA DISPONIBILIDADE CONFIABILIDADE Médio e Longo Prazos Apoio ao dia a dia - Problemas crônicos - Tecnologia - Suporte à execução CMMS ANÁLISE DE FALHAS Atribuições e relacionamento na estrutura da Manutenção 14 REATIVA Manutenção que responde às ocorrências. Corre atrás dos fatos consumados CONTROLADORA Mnautenção que não fica "a reboque" dos acontecimentos. Tem o controle da situação obtido através da utilização de práticas como preditiva e detectiva INOVADORA Condição que só se obtém quando se atingiu a condição de CONTROLADORA e que permite implantação de melhorias, análises, estudos e melhores resultados. O estágio de REATIVA não permite ou não favorece a busca da melhoria ou inovações. CLASSE MUNDIAL Aquela que apresenta resultados comparáveis as melhores do mundo MANUTENÇÃO ORIENTADA PARA RESULTADOS A Manutenção é uma função estratégica nas organizações, tendo em vista que: A Produção só é possível pela existencia da Operação e da Manutenção; O desempenho da Manutenção afeta diretamente a Produção, traduzida pela disponibilidade e confiabilidade dos ativos; A capacidade técnica da Manutenção é um suporte fundamental para a performance da área de suprimentos; A experiencia acumulada na Manutenção é um fator primordial na melhoria dos projetos para novos empreendimentos, melhorias ou modificações Por essas constatações, depreende-se que o objetivo principal da Manutenção é PRODUZIR RESULTADOS A medida em que se desenvolve ou se evolui na manutenção, são obtidos melhores resultados ao longo do tempo, vide quadro abaixo: ABRANGENCIA DAS AÇÕES DA MANUTENÇÃO Programa MORE – Manutenção Orientada para Resultados MORE ESTRUTURAÇÃO BÁSICA PLANTAS EM IMPLANTAÇÃO PLANTAS EM OPERAÇÃO ALINHAMENTO ESTRATÉGICO 15 As ações definidas como Estruturação Básica implicam a formatação da estrutura organizacional e de informação de um novo empreendimento, fundamentais para garantir que as demais fases (comissionamento, partida, operação) ocorram dentro dos padrões de normalidade, gerando resultados esperados. Após entrada em operação foram definidas 5 grandes áreas responsáveis pelos resultados: 1) Alinhamento Estratégico Avaliação e diagnóstico Planos de Ação Indicadores KPI Organização e Estrutura 2) Controle PCM CMMS ERP (SAP) Software interface 3) Sistematização Procedimentos Planos de Manutenção Treinamento Engª de Manutenção Terceirização 4) Lean (enxuta) Controle do Processo PCM TPM OEE 5) Confiabilidade Técnicas Preditivas Alinhamento Balanceamento Análise de Falhas Análise de Confiabilidade Análise de Risco
Compartilhar