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Gestação Patológica Êmese gravídica → Alteração fisiológica natural da gestante → Ocorrência ocasional de náuseas e vômitos até a 14ª semana de gestação. → Desencadeados por odores ou aromas muito fortes. → Presente em mais da metade das gestantes. → Controlada com uma alimentação saudável e fracionada Hiperêmese gravídica → Devido a rápida elevação dos níveis de estrogênios ou da gonadotrofina coriônica humana. → É o excesso de náuseas e vômitos durante a gestação, impedindo a gestante de comer adequadamente. → Atrapalha a rotina. → Associada a: ⤷ Perda de peso, ⤷ Desidratação e distúrbio hidroeletrolítico, ⤷ Risco o bem-estar materno e fetal. ⤷ Tanto a êmese quanto a hiperêmese gravídica são mais comuns no primeiro trimestre de gestação, mas dependendo da gravidade podem durar até 20 semanas. ⤷ Até um 1,5% da população pode sofrer com a doença. → Quadro clínico ⤷ Diminuição a elasticidade da pele; ⤷ Olhos encovados; ⤷ Mucosas secas e pegajosas; ⤷ Língua áspera e ptialismo; ⤷ Taquicardia e hipotensão; ⤷ Hipotermia; ⤷ Torpor. → Patogenia desconhecida. ⤷ Reações alérgicas da mãe a substâncias produzidas pelo ovo; ⤷ Reflexos originados no útero expandido nos órgãos digestivos; ⤷ Alterações hormonais e distúrbios psicossomáticos. ⤷ Testes para esses distúrbios são realizados com base nos achados clínicos, laboratoriais e ultrassonográficos. → Tratamento ⤷ Reposição volêmica ⤷ Suspensão temporária da ingestão oral, seguida por retomada gradual ⤷ Líquidos, multivitamínicos e eletrólitos, conforme a necessidade ⤷ Antieméticos, se necessário. ⤷ Se o tratamento é ineficaz, pode-se tentar corticoides. Toxemia Gravídica: Pré-eclâmpsia / Eclampsia → Caracterizada pelo aumento da pressão arterial, edema e proteinúria. → Quando mais graves, há convulsões e é denominada eclampsia; sem crises convulsivas trata- se de pré-eclâmpsia. → É a principal causa de morte materna e perinatal no Brasil. Toxemia Gravídica: Pré-eclâmpsia → Mulher grávida tem pressão arterial elevada (acima de 140/90 mmHg) a qualquer momento após a sua 20ª semana de gravidez, com desaparecimento até 12ª semanas pós-parto. → Outras complicações: ⤷ Como excesso de proteína na urina; ⤷ Edemas → Devem acontecer para se ter o diagnóstico de pré- eclâmpsia. → Causa: ⤷ Desconhecida. ⤷ Na gravidez, os vasos sanguíneos são mais estreitos que o normal e reagem de forma diferente à sinalização hormonal, o que limita a quantidade de sangue que pode fluir através delas. → As causas podem incluir: ⤷ Fluxo sanguíneo insuficiente para o útero; ⤷ Danos aos vasos sanguíneos; ⤷ Problema no sistema imunológico; ⤷ Entre outros. → Fatores de risco: ⤷ Histórico familiar de pré-eclâmpsia; ⤷ Primeira gravidez; ⤷ Nova paternidade, ou seja: cada gravidez com um novo parceiro aumenta o risco de pré-eclâmpsia; ⤷ Idade, risco é maior após os 35 anos; ⤷ Gravidez múltipla; ⤷ Intervalo de 10 anos ou mais entre as gestações. → A pré-eclâmpsia é classificada como uma das quatro doenças hipertensivas que podem ocorrer durante a gravidez. ⤷ Os outros três são: ▸ Hipertensão gestacional: Pressão arterial elevada, mas sem excesso de proteína na urina ou outros sinais de danos em órgãos. Algumas mulheres com hipertensão gestacional podem, eventualmente, desenvolver pré-eclâmpsia. ▸ Hipertensão crônica: Hipertensão arterial que estava presente antes da gravidez ou que ocorre antes de 20ª semanas de gravidez. Geralmente não tem sintomas. Pode ser difícil determinar quando começou. ▸Hipertensão crônica com pré-eclâmpsia superposta: Mulheres que têm pressão arterial elevada crônica antes da gravidez e desenvolvem o agravamento dessa pressão com presença de proteína na urina. → Podem aumentar o risco de pré-eclâmpsia, como: ⤷ Obesidade; ⤷ Hipertensão; ⤷ Enxaqueca; ⤷ Diabetes tipo 1 ou tipo 2; ⤷ Doença renal; ⤷ Tendência a desenvolver coágulos de sangue (trombofilias); ⤷ Doença autoimune: Artrite reumatoide, esclerodermia e lúpus. → Sintomas: ⤷ Rápido ganho de peso, de 2 a 5 quilos em uma única semana; ⤷ Inchaço da face ou extremidades, especialmente as mãos e pés. Toxemia Gravídica: Eclampsia → Aparecimento de convulsões em uma mulher com pré-eclâmpsia. → Presença de convulsão em mulheres com pré- eclâmpsia. Geralmente as crises acontecem nas primeiras 24 horas pós-parto. → Causas de convulsão incluem a hemorragia cerebral por rotura de aneurismas e a epilepsia. → Complicação da gravidez com: ⤷ Hipertensão arterial; ⤷ Quantidade elevada de proteína no sangue ⤷ Disfunções em órgãos. ⤷ A condição pode aparecer antes, durante ou após o parto. → É mais comum durante o segundo trimestre da gravidez. → As convulsões são do tipo tónico-clónico, duram em média um minuto. → Na sequência das convulsões ocorre geralmente um período de confusão ou coma. → As complicações incluem pneumonia por aspiração, hemorragia cerebral, insuficiência renal e parada cardiorrespiratória. → A pré-eclâmpsia e a eclampsia fazem parte de um grupo maior de condições denominado perturbações hipertensivas na gravidez. → Mesmo sem problemas renais (proteinúria), pode ser diagnosticada: ⤷ Dores de cabeça fortes; ⤷ Alterações na visão (perda temporária da visão, visão turva ou sensibilidade à luz); ⤷ Dor abdominal; ⤷ Náuseas ou vômitos; ⤷ Diminuição dos níveis de plaquetas no sangue (trombocitopenia); ⤷ Insuficiência hepática; ⤷ Falta de ar, devido a líquidos nos pulmões. → Causas: ⤷ Especialistas acreditam que o problema está no desenvolvimento anormal dos vasos sanguíneos que conectam a placenta com o útero. ⤷ Quando o fluxo sanguíneo é insuficiente para o útero ou ocorrem danos aos vasos sanguíneos, eles podem responder inadequadamente a estímulos hormonais e causar a pré-eclâmpsia. → Fatores de risco: ⤷ Histórico próprio ou familiar de pré-eclâmpsia; Obesidade; Diabetes Mellitus; Hipertensão prévia; Idade menor de 18 ou maior que 40 anos; primeira gravidez; Gêmeos; Hipotiroidismo; Problemas renais; Gravidez menos de 2 anos depois ou mais de 10 anos depois da gravidez anterior; Poluição do ar; Baixo consumo de cálcio; Doenças autoimunes. Placenta Prévia → É a implantação de qualquer parte da placenta no segmento inferior do útero. → Complicação obstétrica na qual a placenta está fixada à parede uterina cobrindo parcial ou totalmente a cérvice uterina. → A placenta fica implantada, inteira ou parcialmente, no segmento inferior do útero, a partir da 22ª semana de gestação. → Classificação ⤷ Placenta prévia total: Orifício interno cervical está completamente cerrado pela placenta; ⤷ Placenta prévia parcial: Quando parte da placenta recobre, ainda que incompletamente, o orifício interno cervical; ⤷ Placenta prévia marginal: Porção da placenta está implantada no segmento inferior e se estende ao orifício interno cervical, mas não o ultrapassa. → Etiopatogenia ⤷ Idade e paridade; ⤷ Histórias de abortamentos; ⤷ Cesarianas e operações ginecológicas anteriores; ⤷ Malformações fetais. → Quadro Clínico ⤷ Hemorragia - Sinal mais importante e pontual. É hemorragia indolor, de sangue vermelho vivo, desvinculada de quaisquer esforços ou traumatismos, presente em mais de 90% dos casos de placenta prévia. → Tratamento ⤷ Depende: quantidade de sangramento; idade gestacional e viabilidade potencialdo feto; quantidade de placenta sobre o colo uterino; posição do feto; paridade e presença ou ausência do trabalho de parto. ⤷ Início da gestação: transfusões para repor perda de sangue e medicamento para prevenir o trabalho de parto prematuro. ⤷ A cesariana é o método de parto que tem provado ser o mais importante na redução das taxas de mortalidade de mães e bebês. Diabete Mellitus Gestacional → Definição: Qualquer grau de intolerância à glicose diagnosticado pela primeira vez durante a gestação; podendo persistir até o término. → Prevalência: 2 a 5%. No Brasil afeta 7% de todas as gestantes; → Surge quando há dificuldade de transformar a glicose em energia. → O açúcar se acumula no sangue e pode provocar diversos males para a mãe e para o bebê. → No último trimestre, dobra-se a produção de insulina para absorver a quantidade extra de glicose ingerida para alimentar o feto. → Para manutenção da homeostase da glicose existe uma hiperplasia das células β podendo levar ao ↑ de até 30% na produção basal de insulina em grávidas normais. → Se uma paciente grávida tem uma reserva pancreática limítrofe, sua produção de insulina endógena pode ser inadequada e por isso o diabete será revelada pela 1a vez. → Fatores de Risco ⤷ Obesidade; ⤷ Idade materna acima de 30 anos; ⤷ História familiar de Diabetes Mellitus; ⤷ História obstétrica de morte fetal inexplicada, macrossomia ou malformação fetal, pré-eclâmpsia ou eclampsia; ⤷ Intolerância prévia aos carboidratos. → Complicações maternas e fetais ⤷ Hipoglicemia; ⤷ Hiperglicemia; ⤷ Infecções urinárias; ⤷ Hipertensão; ⤷ Nefropatia; ⤷ Aborto; ⤷ Anomalias congênitas ⤷ Hipoglicemia neonatal ⤷ Disfunção respiratória ⤷ Trombose de veia renal ⤷ ↑ da mortalidade perinatal → Tratamento ⤷ Dietoterapia: 3g/dia sal e exercícios. ⤷ Glicemia – Valores: ▸Glicemia de jejum normal: inferior a 110 mg/dL; ▸Glicemia de jejum alterada: entre 110 mg/dL e 125 mg/dL; ▸Diabetes: igual ou superior a 126 mg/dL; ▸Glicemia de jejum baixa ou hipoglicemia: igual ou inferior a 70 mg/dL. ⤷ Se a dietoterapia não mantiver a glicemia de jejum < 95mg%, a pós-prandial de 1h < 130-140mg% ou a de 2h < 120mg% a insulina deve ser instituída. ⤷ O grande objetivo no tratamento da Diabetes Mellitus Gestacional é evitar a macrossomia fetal. ⤷ Suas consequências: hipoglicemia neonatal, distocias e tocotraumatismos. Pelvimetria → Pode ser externa ou interna, conforme a mensuração dos diâmetros pélvicos ou através do toque mensurador. → Pelvimetria externa: ⤷ A paciente deve estar em posição ginecológica, com as coxas fletidas. Na borda interna da tuberosidade isquiática é localizada bilateralmente e mede-se a distância entre elas com fita métrica. → Pelvimetria interna: ⤷ Na prática clínica é feita através do toque mensurador. ⤷ Introduzindo o dedo, aplica-se seu extremo sobre a saliência do promontório, sendo que na maioria das vezes este é inatingível. ⤷ Uma vez atingido o promontório, marca-se, com o dedo da outra mão, o ponto de encontro da face anterior do púbis com a mão que o toca. ⤷ Retirada a mão, mede-se com o pelvímetro a conjugata diagonalis. ⤷ Do valor encontrado, extrai-se 1,5 cm e assim, se infere a dimensão do diâmetro anteroposterior, também chamado de Conjugata vera obstétrica. → Quando o promontório não é inacessível à ponta do dedo do examinador, conclui-se que o diâmetro anteroposterior possui dimensões adequadas ao parto vaginal. Distocia de estreito superior → Qualquer perturbação no bom andamento do parto em que estejam implicadas alterações em um dos três fatores fundamentais que participam do parto: ⤷ Força motriz ou contratilidade uterina – caracteriza a distocia funcional; ⤷ Objeto – caracteriza a distocia fetal; ⤷ Trajeto (bacia e partes moles) – caracteriza a distocia do trajeto.
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