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DEFICIÊNCIAS MINERAIS NA GESTAÇÃO

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DEFICIÊNCIAS MINERAIS NA GESTAÇÃO
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Deficiência de ferro resulta quando as perdas desse mineral excedem a absorção, de modo que o ferro é mobilizado das reservas e das proteínas que o contêm, acarretando a Anemia ferropriva . 
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EPIDEMIOLOGIA 
A OMS, estima que existam 2 bilhões de pessoas no mundo com anemia, representando 33% da população mundial, e que cerca de 50% dos casos sejam atribuídos à deficiência de ferro. 
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Programa Nacional de Suplementação de Ferro 
É uma das estratégias da Política Nacional de Alimentação e Nutrição para o combate da deficiência de ferro no Brasil, sendo uma das ações prioritárias do setor saúde na Ação Brasil Carinhoso
Consiste na suplementação medicamentosa de sulfato ferroso para todas as crianças de 6 a 18 meses de idade, gestantes a partir da 20ª semana e mulheres até o 3º mês pós-parto.
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Os suplementos de ferro serão distribuídos, gratuitamente, às unidades de saúde que conformam a rede do SUS em todos os municípios brasileiros, de acordo com o número de crianças e mulheres que atendam ao perfil de sujeitos da ação do programa.
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OBJETIVOS 
Distribuir doses semanais de sulfato ferroso para crianças de 6 a 18 meses;  
 » Distribuir doses diárias de sulfato ferroso e ácido fólico para gestantes;  
 » Distribuir doses diárias de sulfato ferroso para mulheres no pós-parto e no pós-aborto;  
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» Desenvolver atividades de orientação nutricional para as famílias acompanhadas no Programa, com vistas a fomentar o consumo de alimentos ricos em ferro e hábitos alimentares saudáveis;
  » Controlar as formas moderadas e graves da Anemia por Deficiência de Ferro;
  » Avaliar o impacto da suplementação de ferro.
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O suplemento deve ser administrado no mesmo horário todos os dias, entre as refeições (mínimo de 30 minutos antes da refeição), de preferência com suco e nunca com leite.  Caso haja esquecimento de suplementar na hora de costume, tomar o suplemento logo em seguida, e manter a mesma rotina habitual. 
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PRODUTO 
Para as gestantes e as mulheres até o 3º mês pós-parto serão disponibilizados comprimidos de sulfato ferroso na dosagem de 60 mg. 
No caso das gestantes também serão oferecidos comprimidos de ácido fólico com a dosagem de 5 mg. 
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O quantitativo de frascos referente ao xarope de sulfato ferroso e de comprimidos será enviado aos municípios, com base nos seguintes critérios:    » Número de crianças de até 24 meses - de acordo com o último censo do IBGE;    » Número de gestantes - baseado no Sistema Nacional de Nascidos Vivos (SINASC); 
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Para gestantes ? 
	a cada mês (30 Comprimidos de Sulfato Ferroso e 30 Comprimidos de Ácido Fólico);      Para as mulheres até o 3º mês pós-parto ? 
	a cada mês (30 Comprimidos de Sulfato Ferroso). 
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Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A
No Brasil, a deficiência de vitamina A é um problema de saúde pública moderado, sobretudo, na Região Nordeste e em alguns locais da Região Sudeste e Norte. 
A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS-2006) traçou o perfil das crianças menores de cinco anos e da população feminina em idade fértil no Brasil.
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Nesta pesquisa, foram observados níveis inadequados de vitamina A em 17,4% das crianças e 12,3% das mulheres em idade fértil. Nas crianças, as maiores prevalências encontradas foram no Nordeste (19,0%) e Sudeste (21,6%) do País.
 Nas mulheres, as prevalências nas regiões foram: Sudeste (14%), Centro-Oeste (12,8%), Nordeste (12,1%), Norte (11,2%) e Sul (8%) (BRASIL, 2009).
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Evidências científicas referentes ao impacto da suplementação com vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade apontam para 
redução do risco global de morte em 24%, 
de mortalidade por diarreia em 28% e 
mortalidade por todas as causas, em crianças HIV positivo, em 45%.
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Diante desse impacto positivo, a OMS recomenda a administração de suplementos de vitamina A para prevenir a carência, a xeroftalmia e a cegueira de origem nutricional em crianças de 6 a 59 meses.
 Ressalta ainda que a suplementação profilática de vitamina A deve fazer parte de um conjunto de estratégias para melhoria da ingestão desse nutriente, portanto associado à diversificação da dieta (OMS, 2011).
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objetivo é reduzir e controlar a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade e puérperas no pós-parto imediato (antes da alta hospitalar). 
Fontes: abóbora, mamão, manga, cenoura, queijo amarelo, brócolis, couve, espinafre, batata doce, fígado.
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SUPLEMENTAÇÃO DE IODO 
Desde a década de 50 é obrigatória a iodação de todo o sal destinado ao consumo humano. Nessa época, aproximadamente 20% da população apresentavam Distúrbio por Deficiência de Iodo (DDI). 
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Assim, com o propósito de diminuir essas altas prevalências adotou-se a iodação universal do sal. Após cerca de seis décadas de intervenção, se observa redução na prevalência de DDI no Brasil (20,7% em 1955; 14,1% em 1974; 1,3% em 1994; e 1,4% em 2000).
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O Iodo é um micronutriente essencial para o homem e outros animais. Existe apenas uma única função conhecida do Iodo no organismo humano: ele é utilizado na síntese dos hormônios tireoidianos (hormônios produzidos pela tireóide, uma glândula que se localiza na base frontal do pescoço): a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4). 
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Necessidades de hormônios tireoideanos na gestação
Aumento dos requerimentos de T4 para manter o metabolismo normal da gestante;
Maior transferência de T4 e iodo da mãe para o feto ;
Aumento da perda urinária de iodo. 
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Quando há iodo suficiente na dieta da gestante, ocorrem adaptações fisiológicas da glândula. 
A menor disponibilidade de iodo durante a gravidez produz uma carência de elemento e o estímulo excessivo à tireoide pode ser acompanhado de hipotiroxinemia, aumento das concentrações séricas de tireoglobulina. 
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Causas isoladas mais importante de problemas cerebrais e retardamento mental estáveis, podendo ocorrer ainda antes do nascimento, como conseqüência de uma deficiência de ingestão materna. 
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A deficiência de iodo pode causar cretinismo em crianças (retardo mental grave e irreversível), surdo-mudez, anomalias congênitas, bem como a manifestação clínica mais visível, o bócio (hipertrofia da glândula tireóide).
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Além disso, a má nutrição de iodo está relacionada com altas taxas de natimortos e nascimento de crianças com baixo peso, problemas no período gestacional, e aumento do risco de abortos e mortalidade materna. 
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Associada a esses problemas, a deficiência de iodo contribui para o aumento do gasto com atendimento em saúde e em educação, uma vez que incrementa as taxas de repetência e evasão escolar, e ainda proporciona a redução da capacidade para o trabalho. Portanto, direta ou indiretamente acarreta prejuízos sócio-econômicos ao país.
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Foi o que ocorreu em 1999, quando os teores de iodação do sal se adequaram às faixas de 40 a 60mg de iodo/kg de sal. 
Em fevereiro de 2003, foi aberta consulta pública pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, na qual a faixa de iodação foi ajustada para 20 a 60 mg de iodo/kg de sal. 
Todas as adequações de iodação do sal, realizadas pelo Ministério da Saúde, são feitas de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde e especialistas nacionais no tema. 
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