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Aditivos Prof. Natália Sidrim Introdução • Os aditivos são todas as substâncias intencionalmente adicionadas aos alimentos, • não serão prejudiciais aos animais, ao homem, • não deixem resíduos nos produtos de consumo, • não contaminem o meio ambiente e que sejam utilizadas sob determinadas normas” (BUTOLO, 2010, p. 299). Introdução • Do contrário, os aditivos empregados na alimentação animal, do ponto de vista prático, devem: • Alterar favoravelmente as características dos alimentos para animais. • Alterar favoravelmente as características dos produtos de origem animal. • Satisfazer as necessidades nutricionais dos animais. • Influenciar favoravelmente a produção, o rendimento ou o bem-estar dos animais, influenciando particularmente a flora gastrointestinal ou a digestibilidade dos alimentos para animais. Categorias de aditivos • Os aditivos, de acordo com suas funções e propriedades: a) aditivos tecnológicos: qualquer substância adicionada ao produto destinado à alimentação animal com fins tecnológicos; b) aditivos sensoriais: qualquer substância adicionada ao produto para melhorar ou modificar as propriedades organolépticas destes ou as características visuais dos produtos; Categorias de aditivos • Os aditivos, de acordo com suas funções e propriedades: c) aditivos nutricionais: toda substância utilizada para manter ou melhorar as propriedades nutricionais do produto; d) aditivos zootécnicos: toda substância utilizada para influir positivamente na melhoria do desempenho dos animais; Aditivos tecnológicos - incluem os seguintes grupos funcionais: a) adsorvente: substância capaz de fixar moléculas; b) aglomerante: substância que possibilita às partículas individuais de um alimento aderir-se umas às outras; c) antioxidante: substâncias que prolongam o período de conservação dos alimentos e das matérias-primas para alimentos, protegendo os contra a deterioração causada pela oxidação; Aditivos tecnológicos - incluem os seguintes grupos funcionais: d) conservante: substância, incluindo os auxiliares de fermentação de silagem ou, nesse caso, os microorganismos que prolongam o período de conservação dos alimentos e as matérias-primas para alimentos, protegendo-os contra a deterioração causada por microorganismos; e) regulador da acidez: substância que regula a acidez ou alcalinidade dos alimentos; Aditivos sensoriais - incluem os seguintes grupos funcionais: a) corante e pigmentantes: substância que confere ou intensifica a cor aos alimentos; b) aromatizante: substância que confere ou intensifica o aroma dos alimentos; c) palatabilizante: produto natural obtido mediante processos físicos, químicos, enzimáticos ou microbiológicos apropriados a partir de materiais de origem vegetal ou animal, ou de substâncias definidas quimicamente, cuja adição aos alimentos aumenta sua palatabilidade e aceitabilidade. Aditivos nutricionais - incluem os seguintes grupos funcionais: a) vitaminas, provitaminas e substâncias quimicamente definidas de efeitos similares; b) aminoácidos, seus sais e análogos; c) uréia e seus derivados. Aditivos zootécnicos - incluem os seguintes grupos funcionais: a) digestivo: substância que facilita a digestão dos alimentos ingeridos, atuando sobre determinadas matérias-primas destinadas à fabricação de produtos para a alimentação animal; b) equilibradores da flora: microrganismos que formam colônias ou outras substâncias definidas quimicamente que têm um efeito positivo sobre a flora do trato digestório; c) melhoradores de desempenho: substâncias definidas quimicamente que melhoram os parâmetros de produtividade. d) Outros aditivos zootécnicos Ractopamina • A ractopamina participa nas dietas de suínos em fase final de terminação no Brasil como um aditivo repartidor de nutrientes, agindo na redução da lipogênese, na promoção do desenvolvimento muscular, com resultados importantes na minimização da deposição de tecido adiposo, melhorando a conversão alimentar, o desempenho e as características de carcaça Ractopamina • Eles agem como modificadores do metabolismo animal, alterando o catabolismo de nutrientes, desviando e promovendo o crescimento de tecido magro e reduzindo o teor de gordura na carcaça de suínos em terminação (PALERMO NETO, 2002). • A sua atuação é de remodelar o metabolismo animal, favorecendo o crescimento e a deposição de proteína muscular em detrimento ao de gordura na carcaça de suínos. Aromatizantes • “Os aromatizantes são substâncias que conferem aroma às rações, melhorando a sua aceitação e, consequentemente estimulando o consumo através do aumento das atividades secretórias glandulares” (BUTOLO, 2010, p. 320). • Exemplo de aroma: baunilha. Palatabilizantes “Os palatabilizantes melhoram o paladar, com consequente aumento de consumo das rações” (BUTOLO, 2010, p. 320). Exemplo de palatabilizante: açúcar e sacarina sódica. Flavorizantes Antifúngicos • são utilizados nos grãos ou rações como forma de impedir a colonização por fungos. • o modo de ação prevê o não desenvolvimento das hifas ou dos esporos fúngicos em qualquer fase do desenvolvimento do grão ou na estocagem das rações. • já foi bastante utilizados a violeta de genciana (proibida hoje) Zearalenona (micotoxina) Dentre os animais domesticados, os suínos são os mais afetados, embora bovinos e aves também possam ser afetados. Os efeitos clínicos da zearalenona pode incluir: • útero aumentado, • inchaço da vulva e da vagina (conhecido como vulvovaginite), • o aumento da glândula mamária, • anestro (períodos de infertilidade) • aborto. Ácidos orgânicos e inorgânicos • Os ácidos orgânicos ou inorgânicos (ácido fosfórico) são adicionados à dieta visando a redução do pH do trato digestivo, com o objetivo de facilitar a digestão e dificultar a colonização de bactérias patogênicas (BUTOLO, 2010, p. 303). Ácidos orgânicos e inorgânicos • Atuam no alimento reduzindo o pH com ação antimicrobiana (bactéria, levedura e fungos), causando uma maior conservação e higiene do alimento e/ou rações. • No estômago atuam no ajuste rápido do pH ácido, favorecendo assim a ação da pepsina, e a digestão gástrica. • Potencializadores dos ganhos nutricionais das dietas, promovido pelo aumento da disponibilidade dos nutrientes, principalmente da proteína. Ácidos orgânicos e inorgânicos • No intestino delgado tem efeito antimicrobiano, otimizando assim a flora intestinal (inibem a proliferação de bactérias como a Salmonella e Eschercichia coli). • São exemplos de acidificantes o ácido fórmico, ácido propiônico, formaldeído, ácido cítrico, ácido fumárico e ácido fosfórico. Os ácidos orgânicos são utilizados principalmente na ração de leitões na fase de creche. Ácidos orgânicos e inorgânicos Os ácidos orgânicos atualmente disponíveis no mercado encontram-se na forma líquida ou pó, oferecida via água ou ração. Alguns estudos já mostram evidências de que os ácidos incrementam a absorção de nutrientes, melhora as condições de saúde e podem substituir alguns antibióticos Probiótico • A definição atualmente aceita internacionalmente é que eles são microrganismos vivos, administrados em quantidades adequadas, que conferem benefícios à saúde do hospedeiro • Ocorre o aumento da competição entre as bactérias patogênicas e benéfi cas por sítios de ligação no epitélio intestinal. • Os probióticos disponíveis no mercado normalmente são constituídos pelos Lactobacillus, Enterococcus e Streptococcus Prebióticos • Componentes alimentares não digeríveisque afetam beneficamente o hospedeiro, por estimularem seletivamente a proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no cólon. • Adicionalmente, o prebiótico pode inibir a multiplicação de patógenos, garantindo benefícios adicionais à saúde do hospedeiro. Simbiótico • Um produto referido como simbiótico é aquele no qual um probiótico e um prebiótico estão combinados. • A interação entre o probiótico e o prebiótico in vivo pode ser favorecida por uma adaptação do probiótico ao substrato prebiótico anterior ao consumo. • Isto pode, em alguns casos, resultar em uma vantagem competitiva para o probiótico, se ele for consumido juntamente com o prebiótico. Antioxidantes • “Produtos sintéticos ou naturais, capazes de neutralizar os radicais livres e inibir ou retardar a oxidação” (BUTOLO, 2010, p. 313). • Utilizados em vários ingredientes, como é o caso das farinhas de carne e ossos e peixe, do óleo e das gorduras de origem animal, e adicionalmente nas rações. • Como exemplo de antioxidantes naturais podemos citar a vitamina E e o ácido ascórbico, e sintéticos tem-se o butilhidroxianisol (BHA), butilhidroxitolueno (BHT) e etoxiquim. Enzimas exógenas • “Comercialmente se tem a disposição as seguintes enzimas para serem utilizadas na nutrição animal: fitases, betaglucanases, endoxilanases, alfa-amilases, proteases, pectinases, pentosanases e as lipases. • No geral, a utilização de enzimas nas rações dos animais pode proporcionar uma melhoria da digestibilidade de carboidratos complexos; aumento da utilização da energia; melhoria da digestibilidade de lipídeos e aminoácidos; melhoria da utilização de fósforo; e redução da excreção de nutrientes no meio ambiente. Enzimas exógenas • A enzima fitase é responsável pela quebra da molécula de ácido fítico, liberando o fósforo e também minerais (ferro, zinco, magnésio e cálcio) e proteínas para serem aproveitados pelo organismo animal. Enzimas exógenas • Segundo Guenter (2002), as principais metas da adição do aditivo enzimático para os animais são: • Remover ou destruir os fatores antinutricionais dos grãos; • Aumentar a digestibilidade total da ração; • Potencializar a ação das enzimas endógenas; • Diminuir a poluição ambiental causada por nutrientes excretados nas fezes.
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