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EMERGÊNCIA ANIMAL PROF. SERGIO 06/08/2018 INTERPRETAÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA (ECG) ● Representação gráfica de três características da atividade eletrocardiográfica: ● Sentido ● Força ● Velocidade ** é possível que mesmo com sentido, força e velocidade normais o coração não esteja batendo corretamente, porém sempre que houver alteração em sentido/força/velocidade há alteração muscular no coração Sentido = pra cima ou pra baixo ● O ECG é sempre laudado no sentido D2 = eletrodo vermelho (alto do lado direito) —> eletrodo verde (baixo do lado esquerdo) === toda vez que a eletricidade descer ou for pra esquerda a onda é positiva (onde pra cima) / toda vez que a eletricidade subir ou for pra direita a onde é negativa (onde pra baixo) ● Onde P = atividade no átrio ❏ Quando a atividade vai do nó sinusal pro atrioventricular = onde positiva = batimento normal = onde P sempre vai pra cima (animal saudável) ❏ Se a onde P estiver pra baixo = arritmia ** Traço do final da linha P até o início do Q = demora do batimento entre o átrio e o ventrículo (nó atrio ventricular) ** aumento da distância entre P —> Q = problema no nó atrio ventricular ● Onda Q ❏ Não necessariamente vai estar presente e tudo bem = característica anatômica ● Onda R = descida da atividade elétrica no septo ● Onda S = coração é curvo = esta descida mais acentuada é a atividade elétrica acompanhando a anatomia cardíaca ❏ Muito evidente = coração mais arredondado (ex.: boxer) ● S —-> início da onda T = batimento cardíaco = atividade mecânica (ausência de atividade elétrica) não aparece no ECG ● Onda T = repolarização ventricular ❏ Bomba de sódio-potássio (ATPase) faz os íons voltarem para os locais corretos = necessário glicose e oxigênio ❏ ex.: problema na coronária = falta de oxigênio = falta de ATP = bomba de sódio e potássio insuficiente = alteração na onda T (ex.: infarto) ** Onda P = despolarização atrial ** Complexo QRS = despolarização ventricular ** Onda T = repolarização ventricular Força = altura da onda ● Ex.: onda P mais alta que o normal = sobrecarga no átrio = faz mais força do que deveria = átrio direito está grande demais ● Ex 2.: onda R mais alta que o normal = sobrecarga no ventrículo = faz mais força do que deveria = ventrículo grande demais ou ejetando volume demais Tempo = largura da onda ● Ex.: onda P mais larga que o normal = atividade elétrica no átrio está demorando demais (está lento) = átrio esquerdo esta grande ** átrio esquerda é quem determina o tempo que a atividade elétrica acontece nos átrios *** no slide as bolinhas metálicas indicam a atividade elétrica Padronização do papel quadriculado para ECG ● Configuração padrão para pequenos animais ● Velocidade de 50 mm/s = velocidade em que o papel passa —> 1 quadradinho de largura = 0,02 s = 1 mm (gasta muito papel) ● Padrão N = sensibilidade = altura —> 1 quadradinho de altura = 1 mm = 0,1 mV ● Se rodar em 25 mm/s um quadradinho de largura vale 0,04s (grandes animais) ● Grandes animais são bradicárdicos por natureza = a largura se torna praticável (em pequenos animais fica tudo muito junto) ● Em animais que a amplitude muda muito (ex.: gatos) = alterar padrão para 2N ou 4N ● Alterar padrão para 2N ou 4N (ex.; gatos) para onda ficar maior ** 2N —> 1 quadradinho de altura = 0,05 mV (to enxergando maior por isso é necessário diminuir o valor do mV = corrigir distorção feita na alteração do padrão N) ● Alterar padrão para N/2 ou N/4 (ex.: cocker) para onda ficar menor ** N/2 —> 1 quadradinho de altura = 0,2 mV Ritmos cardíacos possíveis ● Sinusal ❏ Fisiologicamente é de onde tem origem o batimento ❏ Pq? Principal mecanismo da frequências cardíaca é a Lei de Stalin = as células do nó sinsual são as mais sensíveis ❏ Quando tem algum problema e as células do nó sinusal não funcionam adequadamente (ex.: acidose) ou quando há alguma célula super responsiva (comum em processos infecciosos - ex.: miocardites) a origem do batimento cardíaco ocorre em outro lugar do coração ❏ Batimento cardíaco obrigatoriamente começa com a onda P virada pra cima ❏ FC normal e não oscila = ritmo sinusal normal —> fisiológico ❏ FC baixa e não oscila = bradicardia sinusal ❏ FC alta e não oscila = taquicardia sinusal —> fisiológico (ex.: calor, estresse = normal o animal ficar taquicárdico) ❏ FC oscila porém menos de 100% (diferença entre a maior frequência e a menor frequência é menor que o dobro) = arritmia sinusal —> fisiológico ❏ FC oscila mais que 100% (diferença entre a maior frequência e a menor frequência é mais que o dobro) = sinus arrest (=parada sinusal) —> NÃO FISIOLÓGICO ● Atrial —> SEMPRE TAQUICÁRDICO!! ❏ Batimento tem origem em alguma célula do átrio ❏ Batimento cardíaco obrigatoriamente começa com a onda P virada pra cima ❏ Todo ritmo atrial é TAQUICÁRDICO ❏ Taquicardia atrial = taquicardia sinusal + não fisiológico (ex.: animal dormindo e esta taquicárdico) ❏ Flutter atrial = átrio nunca para (várias ondas P grudadas) —> processo degenerativo das células atriais ❏ Fibrilação atrial = animal taquicárdico = grau máximo de frequência atrial = bate tão rápido que ele fica basicamente parado em pseudo contração (uma das causas de tromboembolismo) —> eletro não consegue registrar, fica um borrão no lugar da onda P ● Juncional ❏ Batimento tem origem ● Ventricular ❏ Batimento tem origem em alguma célula do ventrículo *** sempre associar o ritmo cardíaco com a frequência cardíaca Cálculo FC pelo ECG ● A média não é muito boa porque ocorre desvios muito grandes da realidade —> calcular a máxima e a mínima = colocar no laudo FC de X à Y ● 50 mm/s ❏ FC = 3000/número de quadradinhos entre R-R ● 25 mm/s ❏ FC = 1500/número de quadradinhos entre R-R Eixo cardíaco = são as duas derivações centrais ● Mede o equilíbrio entre o VD e o VE ● Diz somente se o VD e o VE estão trabalhando de forma equilibrada e, não qual o problema de fato ● Feito por soma de vetores = resulta onde há mais eletricidade (se há sobrecarga de um dos ventrículos) ● Utiliza-se as 6 derivações —> as derivação são pontos de vista que o avaliador utiliza ❏ DI = mão direita para a mão esquerda (vermelho —> amarelo) ❏ DII = mão direita para o pé esquerdo (vermelho —> verde) ❏ DIII = mão esquerda para o pé esquerdo ❏ aVR ❏ aVL ❏ aVF —> Como fazer? 1. Listar derivações e colocar os seus sinais (observando QRS —> pra cima positivo, pra baixo negativo): ● DI ● DII ● DIII ● aVR ● aVL ● AVF 2. Riscar as derivações no sentido indicado pelos sinais 3. Riscar as duas derivações da ponta direita e da ponta esquerda 4. Colocar os ângulos —> Como interpretar? ● Comparar com os valores de normalidade ● Cão = entre 40o e 100o (na prática = 30o a 120o) ● Se os valores estiverem deslocados para a direita = átrio direito está fazendo mais força que o esquerdo ** triângulo para baixo = negativo ** triângulo para cima = positivo !!!!! Não confundir com o sinal do ângulo !!!!! 20/08/2018 SINUSAL ● Ritmo sinusal normal - FC normal e não oscila = fisiológico ● Bradicardia sinusal - FC baixa e não oscila = fisiológico ● Taquicardia sinusal - FC alta e não oscila = fisiológico (estresse, calor, etc) ● Arritmia sinusal ❏ FC oscila porém menos de 100% (a diferença entrea maior FC e a menor FC é menor que o dobro) = fisiológico ● Sinus arrest (parada sinusal) ❏ FC oscila mais que 100% (a diferença entre a maior FC e a menor FC é maior que o dobro) = NÃO FISIOLÓGICO ATRIAL (sempre taquicárdico) ● Taquicardia atrial ❏ Taquicardia sinusal + não fisiológico (ex.: animal dormindo e esta taquicárdico) ❏ É idêntico a taquicardia sinusal, a única diferença é que chamamos de sinusal tudo que for fisiológico (dor, calor, medo, cansaço, hipotensão ) e chamamos de atrial o que não é fisiológico. ❏ Para ter certeza se é medo ou não podemos fazer um teste, realiza o eletro se estiver alto eu fecho os olhos do animal e comprimo os olhos = ativa o parassimpático = se abaixar eu tenho certeza que é sinusal, se não abaixar eu faço uma leve compressão nas carótidas por 1 minuto, se a frequência cair é sinusal ● Flutter atrial = atrio nunca para (várias ondas P grudadas) —> processo degenerativo das células atriais ● Fibrilação atrial ❏ Animal taquicárdico ❏ Grau máximo de frequência atrial = bate tão rápido que ele fica basicamente parado em pseudo contração (uma das causas de tromboembolismo) —> eletro não consegue registrar, fica um borrão no lugar da onda P JUNCIONAL ● Ausência da onda P (atrio não bateu e ventrículo bateu normal) ● Onde P virada para baixo (atrio consegue bater, porém o estímulo sobe) VENTRICULAR ❏ Batimento tem origem em alguma célula do ventrículo ❏ Sem P e complexo QRS bizarro ● Arritmia idioventricular = FC baixa ● Taquicardia ventricular = FC alta ● Fibrilação ventricular = FC > 300 bpm ARRITMIAS ● Contração atrial prematura (APC) ❏ Sempre tem alteração de FC ❏ Batimento normal e ao invés do nó sinusal disparar novamente, o átrio dispara um impulso nervoso antes ❏ Complexo QRS bem junto da onda anterior seguido de uma pausa maior ❏ Um complexo errado no meio do batimento normal ** onda P positiva = estímulo sai do atrio ● Contração juncional prematura (JPC) ❏ Igual APC porém não há onda P ❏ Ausência da onda P ou onda P virada para baixo ❏ Impulso sai do nó atrio ventricular = sem onda P complexo normal ou onda P virada para baixo ❏ Complexo QRS bem junto da onda anterior seguido de uma pausa maior ❏ Um complexo errado no meio do batimento normal ● Contração ventricular prematura (VPC) ❏ Sem onda P + complexo bizarro ❏ Só se trata quando a F dessas ondas for maior que 10% da frequência ❏ MUITO COMUM ● Bloqueio atrio ventricular de 2o grau ❏ Onda P surge sem o seu respectivo complexo ❏ Problema no nó atrio ventricular ● Bloqueio atrio ventricular de 3o grau ❏ Não existe a comunicação entre o átrio e o ventrículo = nó atrioventricular não funciona ❏ É o mais difícil de se ver porque temos onda P em qualquer lugar, às vezes junto do complexo, às vezes longe ONDA AVALIAÇÃO COMO CALCULAR? - sempre em DII CONCLUSÃO Obs.: Onda P ● Altura (força): até 0,4 mV ● Largura: até 0,04 s ● Altura = do seu inicio até seu pico ● Largura = largura da onda ● Tamanho s diferentes das ondas P ● Altura > 0,4 mV = sobrecarga de átrio direito ● Largura > 0,04 s = sobrecarga de átrio esquerdo ● Tamanhos diferentes = marcapass o migratório (não se trata = achado) ● Marcapas so migratório Intervalo PR (PQ) Largura: até 0,13 s Inicio da onda P até o inicio do complexo QRS Bloqueio atrioventricular de 1o —> monitorar, não precisa necessariamente tratar Onda Q e S ● Presença de Q ou S ou nenhuma delas ● Não podem aparecer em todas as derivaçõe s, uma não deve apresent ar ● Presença de onda Q e S em DII e presença de Q ou S em todas as derivações = sobrecarga de ventrículo direito ● Presença de Q e S em DII Complexo QRS ● Pequenos: até 0,05 s ● Grandes: até 0,06 s Inicio da onda Q até a descida da onda S Sobrecarga de ventrículo esquerdo (ventrículo de tamanho aumentado no eco) ou Bloqueio de ramo esquerdo (ventrículo normal no eco) Onda R ● Pequenos: até 2,5 mV ● Grandes: até 3,0 mV Final da onda Q até o pico da onda R Sobrecarga de ventrículo esquerdo (ventrículo de tamanho aumentado no eco) ou Bloqueio de ramo esquerdo (ventrículo normal no eco) Intervalo ST ● Infradesníve l se > 0,2 mV (ST baixa) ● Supradesní vel se > 0,15 mV (ST alta) ● Arqueament o de ST (não mede) ● Inclinação acentuada de ST Comparar com intervalo PR ● Distúrbio de repolarizaç ão ventricular - hipóxia do miocárdio ou distúrbio eletrolítico ** Quando ST junta com T de tão inclinada = “Slurring" Onda T ● T negativa < 25%R (normal) ● T positiva < 25%R (normal) ● T bifásica ● Onda T apiculada / em chapeuzinh o chinês (não fisiológico) ** normal = R/4 Contar de trás para frente para o segmento ST não atrapalhar Disturbio da repolarização ventricular - hipóxia do miocárdio ou distúrbio eletrolítico ** Qualquer alteração em segmento ST e onda T tem a mesma interpretação = distúrbio de repolarização ventricular obs.: ● Velocidade: largura ❏ 50 mm/s: 1 q = 0,02 s ❏ 25 mm/s: 1q = 0,04s ● Padrão: altura ❏ 2N: 1q = 0,05 mV ❏ N/2 = 1q = 0,2 mV *** sempre que rodar em 25 mm/s = 1500 *** sempre que rodas em 50 mm/s = 3000 Laudo 1. FC ● Pegar o maior e o menor intervalo e calcular R—R ● Calculo = 1500/número de quadradinhos 2. Ritmo ● Onda P positiva = atrial ou sinusal ● Atrial = taquicárdico sempre ● Juncional = onda P pra baixo ou ausente ● Ventricular = Sem P e complexo QRS bizarro 3. Eixo (olhar onda P) 4. Calcular: ● Onda P: Altura (até 0,4 mV) = do seu inicio até seu pico / Largura (até 0,04s) = largura da onda ● Intervalo PR - até 0,13s(PQ): inicio da onda P até o inicio do complexo QRS ● Onda Q e S ● Complexo QRS (até 0,05 s pequenos animais): inicio da onda Q até a descida da onda S ● Onda R (até 2,5 pequenos animais): final da onda Q até o pico da onda R ● Intervalos ST: comparar com intervalo PR ● Onda T (R/4): contar de trás para frente para o segmento ST não atrapalhar 5. Observação 6. Conclusão ● Ritmo ● Arritmia ● Demais alterações (seguindo a ordem: FC, eixo, P, IPR, QRS, R, ST, T) 27/08/2018 - faltei ** onda P positiva = estímulo sai do átrio ● Primeiro passo: distinguir arritmia de bradiarritmia ou de taquiarritmia ● Bradiarritmia: deficiência elétrica no coração ● Taquiarritmia: alteração na polarização = chega muito fluxo elétrico —> necessário inibir ● RITMO SINUSAL ❏ Ritmo sinusal normal = caracterizado por um distanciamento comum entre os complexos QRS e uma onda Positiva —> FISIOLÓGICO ❏ Arritmias sinusais = são caracterizadas por intervalos maiores e menores, porém a variação é pequena (o maior não chega a ser o dobro do menor) —> FISIOLÓGICO ❏ Parada sinusal (sinus arrest) = a variação dos intervalos é grande, e a máxima variação é maior que o dobro da mínima —> tratar somente se houver sintomas (síncope) ❏ Taquicardia sinusal = FC alta e não oscila = fisiológico (estresse, calor, etc) —> tratamento: corrigir causa primária ❏ Bradicardia sinusal = FC baixa e não oscila —> tratamento somente se a pressão também estiver baixa ● RITMO ATRIAL —> SEMPRE TAQUICÁRDICO ❏ Taquicardiaatrial = várias células do átrio estão estimulando e não há retorno da estimulação para o barorreceptor ou parassimpático = excesso de estimulação = taquicardia sinusal + não fisiológico (ex.: animal dormindo e esta taquicárdico) —> passível de tratamento ❏ Flutter atrial = atrio nunca para (várias ondas P grudadas) —> passível de tratamento ❏ Fibrilação atrial = animal taquicárdico = grau máximo de frequência atrial = bate tão rápido que ele fica basicamente parado em pseudo contração (uma das causas de tromboembolismo) = eletro não consegue registrar, fica um borrão no lugar da onda P = várias células enviando informação —> passível de tratamento ● RITMO VENTRICULAR = Sem P e complexo QRS bizarro ❏ Arritmia idioventricular = FC baixa = BRADICÁRDICO —> ❏ Taquicardia ventricular = FC alta = TAQUICÁRDICO —> tratamento: inibição ❏ Fibrilação ventricular = FC > 300 bpm = TAQUICÁRDICO —> considerado uma parada cardíaca = reanimar animal —> desfibrilador ● RITMO JUNCIONAL —> passível de tratamento —> SEMPRE BRADICÁRDICO —> passível de tratamento (estímulo) ❏ Ausência da onda P (atrio não bateu e ventrículo bateu normal) ❏ Onda P virada para baixo (atrio consegue bater, porém o estímulo sobe) ● ARRITMIAS ❏ Contração atrial prematura (APC) = dois grudados com uma pausa depois com presença de onda P ❏ Contração juncional prematura (JPC) = dois grudados com uma pausa depois porém sem a onda P ou com onda P negativa, mostra que o batimento saiu do no átrio ventricular, não do átrio ❏ Contração ventricular prematura (VPC) = dois grudados com uma pausa depois sem onda P com um complexo bizarro ❏ Bloqueio atrio ventricular de 2o grau = onda P surge sem o seu respectivo complexo = problema no nó atrio ventricular ❏ Bloqueio atrio ventricular de 3o grau = o átrio e o ventrículo podem bater juntos ou separados ** APC / JPC / VPC = SEMPRE TAQUICÁRDICOS TRATAMENTO: ARRITMIAS —> Bradiarritmias ● É sempre o mesmo tratamento para todas as bradiarritmias, mesmo que tenham graus diferentes ● 1a droga de escolha: Atropina em bolus ❏ Tempo de latência = 5 minutos ❏ Pode tentar até 3x, sempre esperando um intervalo de 5 minutos entre uma aplicação ou outra ● 2a droga de escolha (se todas as tentativas com Atropina falharem): Dopamina em bolus ❏ Provavelmente o animal irá a óbito ❏ A partir dai o tratamento ideal é colocar o marcapasso ❏ Não entra de primeira com a Dopamina, porque ela causa muita vasoconstrição = grande risco —> Taquiarritmias ● É sempre o mesmo tratamento para todas as taquiarritmias, independente da gravidade ● Muda somente o prognóstico ● 1a droga de escolha: Lidocaína em bolus ❏ Tempo de latência = 1 minuto ❏ Cão = 3 tentativas ❏ Gato = 2 tentativas ** gato costuma convulsionar = separar de antemão Diazepan ● Se não resolver: infusão de Lidocaína — não tem tempo máximo, avaliar o animal e ver se há alguma resposta ● 2a droga de escolha (se bolus e infusão de Lidocaína não funcionarem): Amiodarona em bolus (aplicação única) ❏ Esperar de 5 a 10 minutos ● Se não resolver: infusão de Amiodarona ● Se ainda não resolver: infusão de Lidocaína + Amiodarona uma em cada pata ● Se não resolver e o animal tiver ICC = não tem nada a ser feito ● 3a droga de escolha (se não resolver e o animal tiver qualquer outro problema): Ismolol ** Se não tiver bomba de infusão = deixar pingando CÁLCULO ● Bolus: Peso X Dose / Concentração ● Infusão contínua: Peso X Dose corrigida X Tempo ** cálculo dose corrigida = mudar a unidade —> mcg/kg/min para mg/kg/h ** cálculo tempo = sempre calcular uma hora a mais do que eu vou avaliar, para não ficar tão preso e o animal não ficar sem medicação (ex.: se for avaliar o animal a cada 2h, calcular para 3h) —> Dicas para a internação 1. Deixar os pacientes graves nas baias da frente, olhar eles entre a avaliação de um paciente e outro 2. Deixar o animal dormir, mexer no animal em grupo de coisas (ex.: trocar curativo + mensurar glicemia) 3. Sempre deixar horas com luz apagada para todos dormirem 4. Sempre ter horário de visitas para que os animais possam descansar e os pacientes estejam organizados e limpos 5. Padronizar horários de medicação 03/09/2018 - aula prática 11/09/2018 - Hemogasometria - faltei HEMOGASOMETRIA ● Trata-se da análise de duas possibilidades: equilíbrio ácido-base e avaliação da função respiratória Equilíbrio ácido-base ● Sangue arterial — melhor, pois qualquer inflamação local pode alterar o sangue venoso. As artérias não são alteradas tão facilmente ● Sangue venoso — se a única forma possível for com sangue venoso = sem garrote em locais pouco manipulados ● Ideal é colher na seringa específica para gasometria, se for colher com a seringa normal é importante imediatamente após a coleta tirar o ar e tampar a ponta da agulha com uma borracha ● Se for coletado na seringa com heparina = não se pode considerar outros indicadores ● Sempre homogenizar a amostra antes de rodar H+ + HCO3 ------> H2O + CO2 A + B ------> C + D = se aumentar de um lado, automaticamente os dois do outro lado aumentam também —> Se A aumenta, C e D aumentam também, porém B diminuí —> Distúrbios primários = pequenas mudanças de pH que levam à grandes distúrbios *** o corpo tem um mecanismo compensatório, que faz com que o pH varie menos = se o corpo entra em alcalose há um mecanismo de acidose e vice-versa ● pH baixo = H aumentado — acidemia ❏ Aumento de CO2 = acidose respiratória ❏ Diminuição de HCO3 = acidose metabólica ● pH alto = H diminuído — alcalemia ❏ Diminuição de CO2 = alcalose respiratória ❏ Aumento de HCO3 = alcalose metabólica —> Mecanismos compensatórios ● Para verificar se o mecanismo compensatório foi eficiente deve-se utilizar fórmulas 1. Alterações metabólicas: são métodos de compensação rápida já que são resolvidas pela alteração respiratória ❏ Para cada 1HCO3 o corpo fornece mais 0,7PCO2 2. Alterações respiratórias: são métodos que resolvem o problema via eliminação de compostos na urina = demora muito para a compensação acontecer ❏ Alcalose = urina com bicarbonato ❏ Acidose = urina sem bicarbonado ** acidose aguda: 3 a 5 dias - para cada CO2 o corpo fornece mais 0,15HCO3 ** acidose crônica: 5 a 30 dias - para cada CO2 o corpo fornece mais 0,15HCO3 —> CAUSAS ● Alcalose respiratória — sempre associada à taquipnéia ❏ Hipertermia (medir temperatura) ❏ Aumento da demanda de O2 (deitado? exercício?) ❏ Sepse ou sirs ❏ Dor (melhora com opióides?) ❏ Baixo aporte de O2 ❏ Alterações centrais por estresse (taquipneico por estresse) ❏ Hiperventilação no ventilador mecânico ● Alcalose metabólica ❏ Responsivo ao cloro: vômito agúdo ou uso de diurético; melhora com a administração de soro fisiológico ou ringer simples — o cloro faz o corpo eliminar bicarbonato ao invés de ácido ❏ Não responsivo ao cloro: excesso de corticóide (ex.: hiperadrenocorticismo ou hiperaldosteronismo) ● Acidose respiratória ❏ Repressão respiratória central (uso de fármacos, cinomose, neoplasia, ABC) ❏ Doenças do sistema respiratório (pneumonia, pneumotórax, efusão pleural, edema, fibrose pulmonar) ❏ Problemas musculares (paralisia flácida) ❏ Ventilação mal calculada ● Acidose metabólica — mais comum ❏ Necessário saber a origem = a gasometria será igual de um paciente com aumento da produção ❏ Paciente morre porque entra em falência múltipla dos órgãos = retira H do corpo e entraem alcalose metabólica ❏ Nestes casos é importante suplementar com bicarbonato ● Aumento da produção de ácido ❏ Ânion gap aumentado = intoxicação por ácido acetil salicílico ou ácido glicólico, neoplasia grande, parada cardíaca, acidose urêmica/lática, cetoacidose diabética ● Perda de bicarbonato ❏ Ânion gap normal = diarreia aguda, hipoadrenocorticismo, infusão de NaCl contínua, acidose tubular renal, inibidor de anidrase carbônica, ingestão de cloreto de amônia, etc Ânion gap = somar as duas cargas positivas do corpo e retirar as duas cargas negativas mais importantes —> (Na+K) - (Cl+HCO3) ❏ Cães = 12 a 24 (normal) ❏ Gatos = 13 a 27 (normal) *** se der normal pode administrar bicarbonato *** se der aumentado não administrar bicarbonato Função respiratória / pulmonar ● Sempre feita com sangue arterial ( = toda sigla vem com A antes) ● 4 variáveis à serem avaliadas, com seus respectivos valores de referência 1. Saturação arterial de oxigênio = qual a % de hemoglobina que tem oxigênio ❏ < 90% = hipoxemia —> animal deve ser oxigenado 2. Pressão arterial de oxigênio = oxigênio diluído no plasma ❏ Usado na divisão junto da interpretação 3. Pressão arterial de CO2 = CO2 diluído no plasma 4. Gradiente no alvéolo de oxigênio ● Todo oxigênio presente no sangue esta ligado à hemoglobina ou diluído no plasma ● É importante saber a quantidade de O2 que esta diluído no plasma para saber o diagnóstico ❏ Toda vez que a saturação for maior que 90% não considera que o animal esteja em hipóxia (o valor de normalidade é por volta de 95%, porém de 90 a 95% o animal não passa mal, mas não esta bom) ❏ Nem sempre que falta oxigênio no sangue é respiratório, pode existir problema na hemoglobina (ex.: não esta se ligando corretamente = saturação baixa, mas o O2 diluído no sangue esta normal) ● Avaliação do valor de O2 diluído no plasma (fórmula) = PaO2/ FiO2 ❏ FiO2 ❏ Sem oxigenação = 0,21 ❏ Oxigênioterapia não invasiva (máscara ou sonda) = 0,35 ❏ Ventilação mecânica = % de O2 utilizado ❏ Se o resultado da fórmula for: ❏ < 200 = animal em falência respiratória ❏ Entre 200 e 300 = dispnéia importante —> não morre se sair do O2, mas vai respirar muito mal (manter O2 para conforto) ❏ Entre 300 e 400 = eupnéia com disfunção respiratória (não esta bom, mas não esta ruim) ❏ > 400 = normal ** este cálculo não indica da onde vem o problema (pode ser da respiração ou da perfusão)—> para isto utiliza-se outros 2 indicadores ● PAO2 = mostra a respiração ❏ > 45 = hipoventilação = CO2 aumenta já que o ar não entra —> animal deve ir para o ventilador e ser entubado (máscara não adianta) ❏ < 35 = hiperventilação = respirando muito forte = CO2 diminuído ● AaO2 = gradiente alveolar = mostra a troca gasosa = é a diferença entre o O2 do pulmão e da artéria ❏ Valor ideal = 0 — teoricamente deveriam estar iguais (O2 pulmão e arterial) ❏ Até 15 = problema da dispnéia esta fora do pulmão (esta funcionando bem) ❏ Entre 15 e 25 = pulmão não esta bem, porém não é o responsável pela dispnéia ❏ > 25 = problema pulmonar grave *** sempre antes de realizar uma traqueostomia é importante avaliar o gradiente alveolar *** importante avaliar a hemoglobina = se estiver baixa o animal não vai melhorar com oxigênioterapia (não adianta fornecer O2 se o animal não tiver hemoglobina) *** animais que ficam muito tempo no ventilador podem ter lesão pela qualidade dos aparelhos
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