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Cora Coralina 1

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Cora coralina 
Vida e Obras 
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O presente trabalho, proposto pela professora de Língua Portuguesa Iris Santos, tem como objetivo elencar informações referente a Poetisa Cora Coralina, que possibilitem a compreensão da grandiosidade desta singela poeta.
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Cora Coralina
Auto Biografia (Trecho)
Sobrevivi me recompondo aos
Bocados, a dura compreensão
Dos rígidos preconceitos do passado. 
Preconceitos de classe, preconceitos de cor e de família. 
Preconceitos econômicos férreos preconceitos sociais.
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Cora coralina Pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, poetisa, contista e doceira, nasceu na Cidade de Goiás, em 1889, e ficou nacionalmente conhecida por intermédio do poeta Carlos Drummond de Andrade. Faleceu em Goiânia, em 1985.
Em 1905, quando estava com dezesseis anos de idade, enviou uma crônica de sua autoria para o jornal “Tribuna Espírita”, da cidade do Rio de Janeiro, sendo essa sua primeira publicação. 
Em 1908, aos dezenove anos, criou, com a ajuda de duas amigas, o jornal de poemas femininos “A Rosa”. 
Seu primeiro conto, “Tragédia na Roça”, foi publicado em 1910 no “Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás”. 
Cora ficou conhecida por ter ingressado tardiamente no mundo das letras, mas as datas que citamos ajudam a desmistificar essa ideia.
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Em sua juventude causava espanto à família com sua postura transgressora dos valores sociais da tradicional sociedade Vilaboense (interior de Goiás). Não era comum uma moça, naquela época, dedicar-se tanto a ler e a escrever, construir-se como intelectual e buscar ter uma vida própria e ativa, fora dos círculos tradicionalmente femininos.
Era chamada pela família de “solteirona”, aos 20 anos, já que uma mulher com essa idade já deveria estar casada e com filhos . Durante uma Tertúlia Literária apaixonou-se por Candido Tolentino de Figueiredo Bretãs, advogado, divorciado, pai de uma filha e 20 anos mais velho do que Cora. A família seguindo os valores da época foi completamente contra o romance. Cora então foge com Candido, juntos foram morar em Jabuticabal, interior de São Paulo, onde nasceram e foram criados seus seis filhos.
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 Em 1922 foi convidada por Monteiro Lobato para participar da Semana de Arte Moderna com seus versos regionais, Cora é proibida pelo marido de ir à capital.
 
Com a morte do marido em 1934 ela passa a se sustentar com a venda de doces cristalizados e de livros, pela José Olympio Editora.
Posteriormente, mudou-se para Penápolis, interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco. Mudou-se e seguida para Andradina, até que, em 1956, retornou para Goiás 
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 Cora começou cedo, porém o reconhecimento chegou quando já era uma senhora de setenta anos. Nesta época, ainda fazia doces para vender, enquanto aprendia datilografia para preparar suas poesias e apresentá-las aos editores. 
 Cora, que começou a escrever poemas e contos aos 14 anos, cursou apenas até a terceira série do primário. Só foi publicar seu primeiro livro, "Poemas dos Becos de Goiás e Outras Histórias Mais", em 1965, aos 75 anos. Com o lançamento, veio finalmente o reconhecimento de sua poesia como a porta-voz de uma realidade interiorana da terra brasileira. Mulher simples alheia ao modismo literário produziu uma obra rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e das ruas de Goiás, desenvolveu também uma identificação com todas as mulheres que sofrem com opressão machista e sexista.
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Curiosidade:
 
A escolha de um pseudônimo (Cora Coralina) foi uma estratégia de Ana para afirmar uma nova identidade para si. Como Cora Coralina, Ana conquistava sua liberdade, afirmando-se como mulher transgressora e Libertária. Em São Paulo desenvolveu atuação política pela causa “revolucionaria” (Revoluão constitucionalista de 1932), foi enfermeira, cuidando dos combatentes feridos; confeccionou bonés; uniformes e aventais para os “rebeldes”; subiu em palanques para defender a causa feminista; foi líder de movimento, elaborando um manifesto em defesa da formação de um partido político feminino e até organizou uma agremiação.
FONTE: "Cora Coralina: a poesia como ação política" 
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Obras de Cora Coralina 
Estórias da Casa Velha da Ponte (contos)
Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
Meninos Verdes (infantil)
Meu livro de cordel
O tesouro da casa velha (contos)
A moeda de ouro que o pato engoliu (infantil)
Vintém de cobre
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Das Pedras 
Ajuntei todas as pedras 
 que vieram sobre mim. 
 Levantei uma escada muito alta 
 e no alto subi. 
 Teci um tapete floreado 
 e no sonho me perdi. 
 Uma estrada, 
 um leito, 
 uma casa, 
 um companheiro. 
 Tudo de pedra. 
 Entre pedras 
 cresceu a minha poesia. 
 Minha vida... 
 Quebrando pedras 
 e plantando flores. 
 Entre pedras que me esmagavam 
 Levantei a pedra rude 
 dos meus versos.
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Interpretação 
Em “as pedras” Cora nos mostra seu espírito forte, sua personalidade guerreira que não se deixa abater pelos empecilhos da vida, expressando em sua poesia os obstáculos que enfrentou durante sua vida.
 A poesia de Cora Coralina é objetiva, descritiva, sentimentalista, filosófica, sem recursos da linguagem, mas rica em detalhes. Cora resgata para a sua poesia aqueles temas considerados até então como apoéticos, ela é dissonante, faz do negativo, ao mesmo tempo, algo fascinador, perscruta a poesia no lixo dos becos de Goiás, naquilo que a sociedade despreza poetizando aquilo que até então não fora poetizado.
A beleza e a profundidade, aliadas a uma simplicidade marcante, a uma profunda experiência de vida, são Justamente o que fazem de sua obra algo único na Literatura Brasileira.
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Fontes: 
 
http://www.recantodasletras.com.br/
http://www.brasilescola.com/literatura/cora-coralina.htm
http://www.paralerepensar.com.br/coracoralina.htm
http://goiaswebr.blogspot.com.br/p/cora-coralina.html
https://eupassarin.wordpress.com/2013/09/20/subvertidas-cora-coralina/
http://literatortura.com/
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