Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
@FERNANDOTABOSAA ┉ @MEDICINAPORFEFO ┉ NEUROLOGIA 1 Exame Neurológico EXAME DE CONSCIÊNCIA Nível vs Conteúdo Nível: Estado de alerta (Glasglow); Conteúdo: Fx mentais superiores / Fx corticais / Linguagem. GLASGOW COMA SCALE (consciência) MÍNIMO MÁXIMO Abertura ocular 1 4 Resposta verbal 1 5 Resposta motora 1 6 Pontuação 3 15 1º Passo para o paciente ter coma: abertura ocular ausente. Quanto mais pontos, melhor o prognóstico. Quanto menos pontos, pior o prognóstico, sendo este último, 3. PADRÃO FLEXOR (decorticação) PADRÃO EXTENSOR (descerebração) MEEM – MINI EXAME DA ESCALA MENTAL (conteúdo) @FERNANDOTABOSAA ┉ @MEDICINAPORFEFO ┉ NEUROLOGIA 2 ESCOLARIDADE PONTUAÇÃO NORMAL Analfabetos 20 1 a 4 anos 25 5 a 8 anos 27 9 a 11 anos 28 Maior que 11 anos 29 CLASSIFICAÇÃO DAS AFASIAS (linguagem) A linguagem é função do córtex cerebral, sendo o hemisfério esquerdo dominante (exceto em algumas pessoas canhotas). AFASIA Melhor seria a denominação disfasia, mas a força do uso torna difícil restringir o vocabulário afasia apenas aos casos de perda total da linguagem. Assim, deve ser entendida como disfasia a maior parte das alterações rotuladas de afasia. A análise clínica da linguagem compreende: 1. Os distúrbios da expressão verbal (fala e /ou escrita), em que se observa desintegração dos mecanismos que propiciam a palavra falada e/ou escrita; 2. Da recepção verbal (áudio e/ou visual), nos quais é evidente a dificuldade de compreensão das ideias-símbolos; 3. Da atividade gestual, também denominada linguagem corporal, excluindo-se, todavia, os distúrbios mentais patentes. AFASIA MOTORA OU VERBAL É conhecida como Afasia de Broca, em que há dificuldade de variável intensidade para expressar-se pela fala ou escrita e, habitualmente, associa-se a hemiparesia ou hemiplegia direita, por lesão do opérculo frontal e da área motora adjacente do hemisfério esquerdo. Ex.: dificuldade de falar, fluência diminuída e palavras soltas. AFASIA RECEPTIVA OU SENSORIAL (principal da sensitiva) Denominada Afasia de Wernicke, na qual o paciente apresente de leve a extrema dificuldade para a compreensão da fala e da escrita desacompanhada de outro déficit motor, por comprometimento do giro superior e posterior do lobo temporal esquerdo. Nessa forma clínica, o paciente pode apresentar: Parafasia, na qual os vocábulos ou as frases estão erroneamente colocados; Perseveração, que é a repetição de um mesmo vocábulo; Jargonofasia, cuja manifestação é o uso de palavras novas e incompreensíveis. Ex.: Consegue falar, mas não entende a linguagem nem do que as pessoas estão falando e nem do que ele está falando. Além disso, pode apresentar Neologismo (palavras que não existem). AFASIA GLOBAL Decorrente de lesão das duas regiões anteriormente mencionadas, constitui-se na forma mais importante de afasia, em virtude de sua gravidade. A compreensão e a expressão da linguagem ficam amplamente reduzidas. A hemiparesia ou hemiplegia direita está presente. Ex.: Não fala, não compreende e não repete. AFASIA DE CONDUÇÃO Trata-se de um tipo de afasia em que a maior dificuldade é a repetição de palavras. Embora consiga ler e falar razoavelmente, o paciente não é capaz de repetir frases que lhe são @FERNANDOTABOSAA ┉ @MEDICINAPORFEFO ┉ NEUROLOGIA 3 ditas. Há também componente amnéstico. Ocorre, geralmente, por comprometimento do giro supramarginal dominante. AFASIA TRANSCORTICAL Nas afasias transcorticais, o achado mais relevante é uma repetição conservada, apesar de existirem outros sintomas de afasia. 1. TRANSCORTICAL SENSORIAL: Existe transtorno importante da compreensão, com uma expressão verbal fluente, muitas vezes em forma de jargão semântico. A repetição, porém, está preservada. 2. TRANSCORTICAL MOTORA: Existe importante alteração da expressão verbal, com compreensão conservada e boa capacidade de repetição. 3. TRANSCORTICAL MISTA: É o transtorno grave da linguagem que se caracteriza por alteração tanto da compreensão como da expressão verbal, se bem que se conserva boa capacidade para a repetição. De fato, representa uma combinação da afasia transcortical motora com a afasia transcortical sensorial. NERVOS CRANIANOS NERVO OLFATÓRIO (I) Paciente apresenta Anosmia (perda olfatória e – às vezes – relatam perda do paladar); Quase nunca se faz este exame; Empregam-se substâncias com odores conhecidos (não pode ser irritativa): café, canela, cravo, tabaco, álcool etc; De olhos fechados, o paciente deve reconhecer o aroma que o examinador colocar diante de cada narina; Geralmente os pacientes apresentam: Doença de Parkinson e TCE (Traumatismo Crânio Encefálico). NERVO ÓPTICO (II) Visão. Dividido em: pupila, reflexos foto motores, acuidade visual, campimetria visual e fundo de olho. PUPILA Isocóricas (tamanho normal). Anisocóricas (assimétricas. Uma dilatada e a outra contraída). REFLEXO FOTOMOTOR DIRETO E CONSENSUAL DIRETO: luz no olho direito e o olho direito contraiu. CONSENSUAL: luz no olho direito e o esquerdo contraiu. @FERNANDOTABOSAA ┉ @MEDICINAPORFEFO ┉ NEUROLOGIA 4 Sempre fazer bilateralmente. ACUIDADE VISUAL Um olho de cada vez; Se o paciente usar óculos, peça-o para colocar os óculos; Utiliza-se o Cartão de Snellen. CAMPIMETRIA VISUAL Sentado (a mais ou menos 1 braço de distância), o paciente fixa um ponto na face do examinador (geralmente o nariz) postado à sua frente; O paciente oclui um olho com uma das mãos e o médico faz o mesmo. Se o paciente ocluir o olho esquerdo, logo, o olho direito será o avaliado. O olho do médico serve de controle, é o normal; Cada olho é examinado separadamente; O examinador desloca seus dedos nos sentidos horizontal e vertical, e o paciente dirá até que ponto está “percebendo” o objeto nas várias posições; Testa 4 quadrantes: Nasal superior e inferior / Temporal superior e inferior; Pode ser chamado também de Campimetria de Confrontação; FUNDO DE OLHO Com o oftalmoscópio, o fundo de olho torna- se perfeitamente visível. O neurologista não pode prescindir desse exame, que constitui verdadeira biopsia incruenta. Entre as alterações que podem ser encontradas, destacam-se: palidez da papila (atrofia do n. óptico), edema de papila (traduz inflamação do nervo ou hipertensão intracraniana), modificações das arteríolas (aparecem na hipertensão arterial). NERVO OCULOMOTOR III, NERVO TROCLEAR (IV) e NERVO ABDUCENTE (VI) Esses 3 nervos são examinados em conjunto, pois inervam os vários músculos que têm por função a motilidade dos globos oculares. Tais músculos são: @FERNANDOTABOSAA ┉ @MEDICINAPORFEFO ┉ NEUROLOGIA 5 Inervados pelo oculomotor: Reto medial; Reto superior; Reto inferior; Oblíquo inferior; Além destes: musculatura elevadora da pálpebra. Inervado pelo troclear: Oblíquo superior. Inervado pelo abducente: Reto lateral. MOTILIDADE EXTRÍNSECA A posição do globo ocular é dada pelo funcionamento harmônico dos vários músculos. Caso haja predomínio de um deles ocorre: ESTRABISMO: desvio do olho do seu eixo normal. Pode ser causado por paresia ou paralisia de seu antagonista. Pode ser: Horizontal (convergente ou divergente); Vertical (superior ou inferior). Paciente reclama de visão dupla ou diplopia.O exame (de motricidade): Feito em cada olho separadamente; Depois simultaneamente; Paciente com a cabeça imóvel, o examinador solicita a ele que desloque os olhos no sentido horizontal e vertical. @FERNANDOTABOSAA ┉ @MEDICINAPORFEFO ┉ NEUROLOGIA 6 NERVO TRIGÊMIO (V) É um nervo misto, composto de várias raízes. Paciente deve estar com os olhos fechados. Exame clínico Deve ser realizado bilateralmente. Sempre perguntando ao paciente se ele sente o mesmo no lado oposto. Se sentir diferente, está alterado. De sensibilidade: Tátil – Feito com mecha de algodão. Doloroso – Abaixador de língua quebrado ao meio. Precisa ser um objeto pontiagudo. Motora: Examinador leva a mão à bochecha do paciente e pede para que ele feche a boca. Examinador sente a musculatura (m. masseter). NERVO FACIAL (VII) Do ponto de vista semiológico, interessa a parte motora do nervo facial, a qual se divide anatomoclinicamente em dois ramos – temporofacial e cervicofacial -, os quais se distribuem para a musculatura da mímica facial. Exame clínico Solicita-se ao paciente para enrugar a testa e subir as sobrancelhas; Fechar os olhos. Posteriormente, fechar os olhos com mais força (na paralisia fica mais fechado); @FERNANDOTABOSAA ┉ @MEDICINAPORFEFO ┉ NEUROLOGIA 7 Sorrir; Cerrar lábios (examinador tenta abrir os lábios do paciente para sentir se tem resistência). Além disso, Abrir a boca; Assobiar; Inflar a boca; e Contrair o platisma ou musculo cutilar do pescoço. Pode ser Periférica ou Central. @FERNANDOTABOSAA ┉ @MEDICINAPORFEFO ┉ NEUROLOGIA 8 A paralisia periférica é benigna e a mais fraca. A paralisia central é a pior. Fenômeno de Bell Paciente fecha os olhos e não consegue fechar por completo. Consegue-se ver o “branquinho” do olho. NERVO VESTÍBULOCOCLEAR (VIII) É constituído por duas raízes: a coclear, incumbida da audição, e a vestibular, responsável pelo equilíbrio. Exame clínico 1. Detectar lado que o paciente está ouvindo menos (esfregar os dedos ao lado do ouvido); 2 TESTES Se utiliza DIAPASÃO (Indicado para este exame: 256/512). 1. Distúrbio auditivo de condução (obstrutivo. Ex.: otite média aguda). 2. Distúrbio auditivo neurosensorial (problema do nervo. Sem obstrução). WEBBER Ápice da cabeça. Escuta a vibração; Se vem do lado lesado, é condução, ou seja, obstrutivo; Se for escutar melhor do lado contrário (normal), é neurosensorial. RINNER Coloca no lado doente; Coloca o Diapasão no processo mastoideo (atrás da orelha); Depois tira e coloca ao lado do ouvido, se tiver normal, o paciente ainda vai ouvir. PARA ONDE ENCAMINHAR? Otorrino: Escuta no processo mastoide, mas não escuta na via aérea. Neuro: Apresenta hipoacusia (surdez) tanto no processo mastoide, como na via aérea. NERVO GLOSSOFARÍNGEO (IX) e NERVO VAGO (X) Pedir para o paciente abrir a boca e fazer o som “AAAA”. Em repouso, o palato sobe; Se apresenta lesão, um lado se eleva e o outro fica (lado em cortina). @FERNANDOTABOSAA ┉ @MEDICINAPORFEFO ┉ NEUROLOGIA 9 NERVO ACESSÓRIO (XI) 1. Pedir para o paciente levantar os ombros enquanto você (examinador) faz força para baixo – avaliação do músculo trapézio; 2. Pedir para o paciente girar a cabeça para o lado, enquanto o examinador força a cabeça para o lado oposto. Assim, iremos avaliar o m. esternocleidomastoideo. Se o paciente virar a cabeça para a esquerda, logo o lado avaliado será o direito. NERVO HIPOGLOSSO (XII) Investiga-se o hipoglosso pela inspeção da língua, no interior da boca ou exteriorizada, movimentando-a para todos os lados, forçando-a de modo que vá de encontro à bochecha e, por fim, palpando-a, para avaliação de sua consistência. LESÕES UNILATERAIS Observam-se atrofia e fasciculação na metade comprometida. Ao ser exteriorizada, a ponta da língua se desvia para o lado da @FERNANDOTABOSAA ┉ @MEDICINAPORFEFO ┉ NEUROLOGIA 10 lesão. Às vezes, ocorre disartria para as consoantes linguais. LESÕES BILATERAIS As manifestações compreendem atrofia, fasciculação, paralisia, acentuada disartria e dificuldade para mastigar e deglutir (a língua auxilia esses atos).
Compartilhar