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História das Políticas de Saúde no Brasil

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História das 
Políticas de Saúde 
no Brasil 
Prof. Caio Cavalcanti 
caio.cavalcanti@estacio.br 
 
Abril/2019 
1500 a 1889 – Colônia/Império 
Brasil, como colônia de Portugal, tinha sua produção econômica realizada por meio dos ciclos do 
açúcar e da mineração, à base do trabalho escravo, com destino ao comércio interno. 
 
Após 1822, com a proclamação da independência, houve um crescimento da produção do 
café, que embora se destinasse à exportação, dinamizou o comércio interno, promovendo 
mudanças na estrutura social e o aumento do poder da burguesia local, o que levou a proclamação 
da república em 1889. 
 
Ideias abolicionistas e exigências internacionais contribuíram para a progressiva 
substituição do trabalho escravo pelo trabalho assalariado, o que motivou a imigração de 
trabalhadores de origem europeia para a produção cafeeira e as atividades industriais 
emergentes no Brasil. 
 
1500 a 1889 – Colônia/Império 
O quadro sanitário caracterizava-se pela existência de diversas doenças transmissíveis, 
trazidas inicialmente pelos colonos portugueses e, posteriormente, pelos escravos africanos e 
diversos outros estrangeiros. 
 
Muitas dessas doenças tornaram-se endemias e outras provocaram epidemias. Eram frequentes 
as doenças sexualmente transmissíveis, a lepra (hanseníase), tuberculose, febre amarela, cólera, 
malária, varíola, leishmaniose, além das provocadas por desnutrição, acidentes com animais 
peçonhentos e as decorrentes das aglomerações urbanas nas cidades e das condições precárias 
de trabalho nas lavouras. 
 
Não se pode falar em existência de uma política de saúde, porém eram tomadas medidas que 
visavam minimizar os problemas de saúde pública que afetavam a produção 
econômica e prejudicavam o comércio internacional. 
 
1500 a 1889 – Colônia/Império 
As medidas eram saneamento dos portos onde escoavam as mercadorias, urbanização e 
infraestrutura nos centros urbanos de maior interesse econômico e campanhas para 
conter as epidemias frequentes e prejudiciais à produção, que afetavam a imagem 
brasileira nos países com os quais era mantido o comércio internacional. 
 
Essas intervenções eram pontuais e logo abandonadas, assim que a situação era contida. 
 
A assistência médica limitava-se apenas às classes dominantes, constituídas principalmente por 
coronéis do café, sendo exercida pelos raros médicos que vinham da Europa. Aos demais, 
restavam apenas os recursos da medicina popular. 
 
Surgem as primeiras Casas de Misericórdia, que se destinavam ao abrigo dos doentes, 
indigentes e viajantes, sem assistência médica e tratamento aos problemas de saúde. 
1500 a 1889 – Colônia/Império 
1889 a 1930 – Primeira República ou República 
Velha 
A sociedade brasileira inicia a organização de seu Estado moderno, onde predominava grupos 
vinculados à exportação do café e a pecuária. 
 
Houve a hegemonia da produção do café, mantida à base do trabalho assalariado. Houve 
também um crescimento significativo da produção industrial. A exigência de maior mão-de-
obra passou a ser frequente, levando o governo a adotar políticas de incentivo à imigração europeia. 
 
Pode-se dizer que a população apresentava uma situação de saúde semelhante a do período 
anterior, com predomínio das doenças pestilentas, com condições de saneamento básico bastantes 
precárias e com ações e programas de saúde e infraestrutura ainda visando as áreas fundamentais 
para a economia (economia agrária exportadora, área dos portos). 
1889 a 1930 – Primeira República ou República 
Velha 
Visando estimular o comércio internacional e promover a política de imigração, trazendo para 
as lavouras cafeeiras a mão de obra necessária à produção do café, foram criadas as 
campanhas sanitárias como modelo de intervenção de combate às epidemias rurais 
e urbanas, lideradas por Oswaldo Cruz. 
 
Foi criado o Instituto Soroterápico de Manguinhos (mais tarde chamado Instituto 
Oswaldo Cruz), para a pesquisa e desenvolvimento de vacinas. 
 
1904: a imposição legal da vacinação contra a varíola desencadeou uma revolta popular, 
conhecida como Revolta da Vacina. Após o episódio a vacinação tornou-se opcional e 
passado algum tempo, com aceitação dessa medida, a epidemia de varíola foi controlada. 
1889 a 1930 – Primeira República ou República 
Velha 
1920: Carlos Chagas assumiu o Comando do Departamento Nacional de Saúde , criando alguns 
programas que introduziram a propaganda e a educação sanitária da população como 
forma de prevenção das doenças. Foram criados também alguns órgãos para controle da 
tuberculose, lepra e doenças sexualmente transmissíveis. 
 
Observa-se nesse período o nascimento da saúde pública e da Previdência Social, que 
incorporou a assistência médica aos trabalhadores como uma de suas atribuições a partir de 
contribuição com as Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs). As primeiras foram 
instituídas nas empresas ferroviárias e estendidas aos portuários, marítimos e outras áreas, 
como resposta às reinvindicações operárias. 
1889 a 1930 – Primeira República ou República 
Velha 
Crescimento da medicina liberal, que era utilizada pela classe dominante, restando à maioria 
da população que não tinha direito às CAPs apenas os serviços dos poucos hospitais 
filantrópicos mantidos pela Igreja ou a prática popular da medicina. 
 
Dois aspectos básicos caracterizaram o estado brasileiro na área da saúde: a estreita relação 
entre a política de saúde estabelecida e o modelo econômico vigente e a clara 
dicotomia entre as ações de saúde pública e as ações de assistência médica. 
 
Emerge nessa conjuntura a estruturação de dois modelos de intervenção nas questões da 
saúde: o sanitarismo campanhista e o curativo-privatista. 
1889 a 1930 – Primeira República ou República 
Velha 
1930 a 1945 –Era Vargas 
Ocorre um deslocamento do polo dinâmico da economia para os centros urbanos, 
com grande investimento no setor industrial na região centro-sul. 
 
Essa política promove o êxodo rural, especialmente da região nordeste para os centros 
econômicos, contribuindo para processo de urbanização precária e proliferação de favelas nas 
grandes cidades. 
 
Criação do Ministério do Trabalho, da Indústria e Comércio e do Ministério da 
Educação e Saúde. Vinculação dos empregados a sindicatos, com exigência de pagamento de 
contribuição sindical por parte do Estado. 
1930 a 1945 – Era Vargas 
O crescimento acelerado da indústria se dá à custa das condições precárias de trabalho. Dessa 
forma, além de endemias e epidemias, a inserção no processo produtivo industrial, 
somada a falta de moradia e saneamento adequados, trouxe acidentes de trabalho, 
doenças profissionais, estresse, desnutrição, verminoses. 
 
1933: as CAPs são transformadas em Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs). 
Criados não mais por empresas e sim por categorias profissionais (IAPM, IAPB, IAPC, IAPTEC e 
IAPI). 
 
A assistência médica passou a ser um aspecto secundário, priorizando-se a contenção 
de gastos para a política de acumulação do capital necessário ao investimento em outras áreas 
de interesse do governo. 
 
1930 a 1945 – Segunda República ou Era Vargas 
Ao Ministério da Educação e Saúde foi concebido com a função de coordenar as ações 
de saúde pública no mesmo modelo do sanitarismo capanhista do período anterior. Houve a 
criação do Serviço Nacional de Febre Amarela, Serviço de Malária no Nordeste e da Fundação de 
Serviço Especial da Saúde Pública (SESP). 
 
De um lado haviam as ações de caráter coletivo sob a gestão do Ministério da Educação e Saúde, 
do outro as ações curativas e individuais, vinculadas ao IAPS, o que reforçava a dualidadedo 
modelo assistencial. 
 
A população de maior poder aquisitivo utilizada os serviços privados de saúde 
integrantes da medicina liberal crescente, enquanto a maioria da população não 
vinculada à previdência contava apenas com os serviços públicos escassos e 
instituições de caridade, além de praticas populares de tratamento. 
1930 a 1945 – Segunda República ou Era Vargas 
1945 a 1963 – Redemocratização ou 
Desenvolvimentista 
1945: Final da Segunda Guerra Mundial. Os regimes ditatoriais são enfraquecidos e a 
democratização começa a fazer parte do cenário mundial. Nesse contexto, forças sociais 
lideradas pelos opositores do regime impõem a deposição do presidente Getúlio Vargas, 
reiniciando-se um período de redemocratização do Brasil. 
 
Lançou o Plano Salte (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia), tendo a maior parte de 
seus recursos destinados à área de transporte. 
1945 a 1963 – Redemocratização ou 
Desenvolvimentista 
Foi observado redução dos casos de tuberculose, malária e outras doenças transmitidas por 
insetos, o que para alguns se deu pelo resultado das campanhas sanitárias e por outros pelo 
desenvolvimento do período. 
 
1951: Vargas é eleito novamente a presidência. Expande a CNS, amplia rodovias, cria usinas 
hidrelétricas, a Petrobrás, entre outras coisas. 
 
Adota o populismo como prática de contato direto com as massas populares, sem a intermediação 
do seu partido, desqualificando a ideia de democracia representativa, numa perspectiva de vínculo 
emocional com o povo para poder ser eleito e governar. 
1945 a 1963 – Redemocratização ou 
Desenvolvimentista 
A assistência médica se expande em todos os IAPs, generalizando aos poucos os direitos 
conforme capacidade reivindicativa e de organização. Contudo, a implantação de serviços de 
atenção médica tinha como marca o clientelismo, favorecido pelo vínculo entre os sindicatos e 
IAPs ao Estado. 
 
1953: Ministério da Saúde é criado independente da área da educação. 
 
Dois grupos começaram a discutir propostas de políticas de saúde: 
 Os que defendiam a manutenção do modelo sanitarista campanhista e a prática higienista 
da Fundação SESP. 
 Os que desenvolviam a corrente de opinião do sanitarismo desenvolvimentista, com o 
argumento da relação entre o nível de saúde da população e o grau de desenvolvimento 
econômico do país. Defendiam a articulação da ações de promoção com as ações preventivas e 
curativas, de acordo com as necessidades da população. 
 
1945 a 1963 – Redemocratização ou 
Desenvolvimentista 
Nacionalistas versus Desenvolvimentistas. 
 
1954: Vargas suicida-se. 
 
1956-1960: Governo Juscelino Kubitschek 
 Plano de Metas; 
 Capital estrangeiro para desenvolvimento da estrutura industrial e fortalecimento da 
burguesia industrial; 
 Construção de Brasília; 
 Crescimento da inflação e da dívida externa; 
 Ênfase ao desenvolvimento com visão das políticas sociais como paliativas. 
1945 a 1963 – Redemocratização ou 
Desenvolvimentista 
Os IAPs fortalecem o modelo de assistência médica curativa aos seus segurados na perspectiva 
de manutenção do trabalhador saudável para a produção. Os que dispunham de mais 
recursos e cuja categoria profissional exerciam maior poder de pressão construíam hospitais 
próprios para o atendimento de seus segurados. Algumas empresas, insatisfeitas com a atuação 
dos IAPs começaram a contratação de serviços médicos particulares. Com essa ampliação, 
torna-se hegemônico o modelo médico-assistencial privatista. 
 
1961: Jânio Quadros obtém vitória à presidência do país, mas renuncia no mesmo ano. 
João Goulart, o vice, assume com ideias de defesa por reformas de base e políticas sociais. 
 
1964: Golpe Militar (articulação entre a elite nacional, militares e burguesia industrial) 
1945 a 1963 – Redemocratização ou 
Desenvolvimentista 
1964 a 1984 – Regime Militar 
Primeira fase 1964-1968 → Institucionalização da ditadura 
Eleições indiretas, cassação de mandatos, intervenção nos sindicatos, partidos 
desfeitos com criação do bipartidarismo (ARENA e MDB). 
1967: Constituição institucionaliza o regime militar. 
Processo de restauração da ordem na sociedade. 
 
Segunda fase 1968-1974 → Milagre Brasileiro 
Investimento em infraestrutura para modernização e industrialização, o que 
diminui gastos com políticas sociais. 
 
Terceira fase 1974-1984 → Crise econômica e abertura política 
Crise do petróleo, recessão mundial e redução de empréstimos internacionais. 
Concentração de renda para minoria e empobrecimento para grande parcela da 
população. 
1964 a 1984 – Regime Militar 
Implantou-se um sistema de saúde caracterizado pelo predomínio financeiro das 
instituições previdenciárias e por burocracia que priorizava a mercantilização da 
saúde. 
 
1966: Unificação dos IAPs, com a criação do Instituto Nacional de Previdência e Assistência 
Social (INPS), responsável pelos benefícios previdenciários e assistência médica aos segurados e 
familiares. 
O INPS passou a ser o grande comprador dos serviços privados de saúde. 
É ampliada a chamada medicina de grupo. 
 
1971: Ampliação da assistência médica da previdência com a inclusão dos trabalhadores rurais, 
empregadas domésticas e trabalhadores autônomos. 
1964 a 1984 – Regime Militar 
 
Os sanitaristas campanhistas perdem espeço e as ações de saúde pública se 
reduzem ao controle e erradicação de algumas endemias comandadas pela então 
criada Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM). 
 
O sistema previdenciário é desvinculado ao Ministério do Trabalho, passando à 
subordinação do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), o que não traz 
mudanças nas características em curso dos serviços de saúde. Também foi criado o Fundo de 
Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS), cujos recursos eram destinados a construção dos 
hospitais, e elaborado o Plano de Pronta Ação (PPA), que ampliava a construção de hospitais 
e clínicas particulares para atendimentos de urgência de qualquer indivíduo, segurado ou não. 
1964 a 1984 – Regime Militar 
Década de 70: 
 Previdência Social alcança a maior expansão em número de leitos, cobertura e 
volume de recursos arrecadados; 
 Forma de contratação e pagamento de empresas privadas para prestação de assistência aos 
segurados favoreceu o processo de corrupção; 
 Construção de hospitais e clínicas com recursos da previdência e de faculdades particulares 
de medicina com enfoque na medicina curativa. 
 
Final da década de 70 → Crise do modelo de saúde previdenciária. Vive-se um caos nos 
serviços públicos de saúde, há muito sucateados e insuficientes para a demanda existente. 
1964 a 1984 – Regime Militar 
Cresce a insatisfação da sociedade e surgem os movimentos sociais que denunciam a 
ineficiência das estruturas de saúde pública e previdenciária, reivindicam serviços de saúde e 
lutam por melhores condições de vida à população menos favorecida. 
 
1975: V Conferência Nacional de Saúde. 
 
1976: Criação do Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento 
(PIASS) para extensão da cobertura dos serviços de saúde prioritariamente nas zonas rurais e 
pequenas cidades. 
1964 a 1984 – Regime Militar 
1977: Efetivou-se nova reordenação burocrático-administrativa do sistema de saúde 
com a criação do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SIMPAS), 
composto pelos órgãos 
 Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) → pagamento de benefícios aos segurados; 
 Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) → prestação de 
assistência médica individual e curativa por meio de serviços privados contratadose 
conveniados; 
 Fundação Legião Brasileira de Assistência → assistência à população carente; 
 Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social; 
 Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (DATAPREV); 
 Fundação Nacional de Bem-Estar do Menor; 
 Central de Medicamentos. 
1964 a 1984 – Regime Militar 
A política econômica do período refletiu nas altas taxas de morbidade e mortalidade por 
doenças endêmicas e algumas epidemias, altas taxas de mortalidade materna e infantil, doenças 
resultantes ou agravadas pelas condições de vida e trabalho, e aumento das mortes por doenças 
cardiovasculares e câncer. 
 
1978: Começa a ser difundida na América Latina o conceito de Atenção Primária à Saúde e os 
princípios da medicina comunitária (desmedicalização, autocuidado de saúde, atenção primária 
realizada por não profissionais de saúde, participação da comunidade, implantação de programas 
vinculados a medicina curativa na formação dos estudantes de medicina). 
 
1981: Criação do Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária 
(CONASP) que propõem mudança do modelo assistencial (melhor qualidade da atenção, ampliação de 
serviços, descentralização e hierarquização por nível de complexidade). Vários sanitaristas entraram 
para áreas estratégicas do INAMPS. 
 
1964 a 1984 – Regime Militar 
1983: Criado o Programa de Ações Integradas de Saúde cujo objetivo era articular todos os 
serviços que prestavam assistência à saúde da população de uma região e integrar ações preventivas 
e curativas. Para isso, havia repasse de recursos do INAMPS para os governos estaduais para a 
construção de Unidades Básicas de Saúde e contratação e capacitação de profissionais. 
 
Esses acontecimentos se devem ao fortalecimentos dos movimentos sociais e de saúde que 
se organizaram nos diversos espaços (universidades, sindicatos, comunidades e associações). 
 
1984: 
 Movimento Diretas Já, porém não aprovado; 
 Escolha de Tancredo Neves para presidente, que com sua morte logo após, a presidência foi 
assumida por seu vice José Sarney. 
1964 a 1984 – Regime Militar 
1984: algumas conquistas na área da saúde ainda foram obtidas pelo movimento da Reforma 
Sanitária, com o apoio de alguns parlamentares, movimentos de saúde, trabalhadores da saúde, 
acadêmicos e entidades como o Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (CEBES) e a Associação 
Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO). 
 
Do contexto dos anos 70 e 80 é que nasceu o projeto da Reforma Sanitária, com a 
perspectiva de reformulação do sistema de saúde brasileiro com a criação de um SISTEMA 
ÚNICO DE SAÚDE. 
1964 a 1984 – Regime Militar 
1985 a 1988 – Nova República 
1985: José Sarney toma posse e envia ao Congresso a proposta de convocação da 
Assembleia Nacional Constituinte. 
 
Diversas entidades e movimentos sociais se mobilizam e estimulam a participação 
popular no processo de discussão da nova Carta Constitucional, o que foi favorável para se 
colocar a saúde na agenda política e difundir as propostas da Reforma Sanitária. 
 
1986: VIII Conferência Nacional de Saúde. Cria espaço para o debate dos problemas do 
sistema de saúde e de propostas de reorientação da assistência médica e de saúde pública. 
1985 a 1988 – Nova República 
1987: As Ações Integradas de Saúde passam a ser o Sistema Unificado e Descentralizado 
de Saúde (SUDS), que possibilitou a formação dos conselhos estaduais e municipais de saúde, 
a desconcentração de recursos e poder da esfera federal para estadual, o esvaziamento do 
INAMPS, que se estadualizou por meio da sua fusão com as secretarias estaduais de saúde, e o 
aumento, mesmo que insuficiente, da cobertura de serviços de saúde. 
 
1988: Promulgação da Constituição Federal → Aprovado o Sistema Único de Saúde 
1985 a 1988 – Nova República 
Opções de políticas de saúde no brasil 
Opções de políticas de saúde no brasil 
A História da Saúde Pública no Brasil – 500 
anos na busca de soluções 
https://www.youtube.com/watch?v=7ouSg6oNMe8 
 
Referências 
AGUIAR, Zenaide Neto. SUS: Sistema Único de Saúde: antecedentes, 
percurso, perspectivas e desafios. São Paulo: Martinari, 2011. 
 
PAIM, J. et al. O sistema de saúde brasileiro: historia avanços e desafios. 
2011. Série Saúde no Brasil, v. 1, 2012.