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Primeiramente é importante definirmos quais são as pessoas jurídicas que estão sujeitas a Lei de Falências e Recuperação Judicial: LEI N. 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005 “Art. 1° Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.” Redação dada pelo Código Civil - LEI N. 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002: “Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações. IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.” Paulo e Pedro possuem uma empresa de direito privado - sociedade limitada. Conforme dispositivos legais acima é seguro afirmarmos que a empresa estará sujeita a Falência e Recuperação Judicial, dependendo do caso concreto. No caso concreto disposto pelo problema: “Osvalnidio Perruque, fornecedor de tintas automotivas tem um crédito para receber no valor de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) em face da empresa de Paulo e Pedro, referente produtos comprovadamente fornecidos e que não foram pagos. Ele tentou receber por todos os meios amigáveis possíveis, mas não teve êxito.” “Paulo e Pedro venderam todas as máquinas e equipamentos da empresa para um ex-empregado que, em seguida à compra, formalizou um contrato de locação das mesmas máquinas e equipamentos para a oficina mecânica e funilaria que, em razão disso, agora paga aluguel e não é mais proprietária dos bens.” Ainda que o valor da dívida não esteja enquadrado no valor mínimo necessário para o pedido de recuperação Judicial - 40 (quarenta) salários-mínimos, conforme Art. 94, I: Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; A solicitação do pedido de Falência poderá ser realizada com base em outro dispositivo da Lei, Art. 94, III, (b): b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não; A utilização de manobras ilícitas para se “desfazer" de seu patrimônio, máquinas e equipamentos, e posteriormente ficticiamente simular um cotrato de locação das mesmas máquinas e equipamentos está claro com as provas e testemunhos apresentados, sendo de fácil apreciação do poder judiciário. RAFAEL COMPLEMENTAR COM CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DECRETAÇÃO FALÊNCIA POR ATO FRAUDULENTO, DESCOMSIDEREÇÃO DA PERSONALIDADE JURIDICA? PENDENTE GRUPO: DIFERENCIAR RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E FALÊNCIA...