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Roteiro de Estudos de Direito Civil - Volume 5

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Prévia do material em texto

Rodrigo Andrade 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
Direito Civil 
V
o
lu
m
e 
5 Direitos Reais 
Versão 2.0 | 2017.1 www.rodrigoandrade.pro.br 
Rodrigo Andrade 
www.rodrigoandrade.pro.br 
www.direitolevadoaserio.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
Direito Civil 
 
Volume 5 
Direitos Reais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Versão 2.0 • 2017.1 
Atualizado em 04/02/2017
APRESENTAÇÃO 
Este material foi desenvolvido pelo Prof. Rodrigo Andrade, para ser utilizado 
durante as aulas presenciais de Direitos Reais. 
Como o próprio nome o indica, trata-se de um roteiro de estudos: sua finalidade é 
dinamizar as aulas, deixando já à sua mão os slides utilizados pelo professor e os 
dispositivos normativos correlatos, de modo a que você possa se concentrar em fazer suas 
anotações e esclarecer eventuais dúvidas, ao invés de se preocupar em copiar o que está na 
lousa. 
Ao longo das aulas, o professor projetará diversos slides. Cada infográfico neste 
roteiro corresponde a um slide projetado durante os encontros presenciais. 
Abaixo de cada infográfico, você encontrará a transcrição dos dispositivos 
constitucionais, legais e jurisprudenciais relacionados ao assunto ali tratado. 
Eventualmente, podem constar excertos doutrinários ou outras informações 
complementares. 
Em meio aos assuntos, haverá exercícios que deverão ser realizados em sala, durante 
as aulas. No momento adequado, o professor o instruirá a respeito deles. Esses exercícios 
têm como objetivo auxiliá-lo ou auxiliá-la na adequada compreensão da matéria, bem 
como facilitar o processo de aprendizagem, sempre que possível, através de atividades de 
natureza lúdica. 
Ao final de cada bloco de assuntos, você encontrará exercícios de fixação, que 
deverão ser respondidos em casa, e levados para as aulas de revisão em sala, onde serão 
corrigidos. 
Sempre que possível, haverá também, ao final de cada unidade, questões de 
concursos públicos, para que você possa desenvolver a habilidade de responder a questões 
de múltipla escolha e já possa ir se preparando para provas, como o Exame de Ordem e 
concursos das mais variadas carreiras. 
Para que tenha melhor proveito deste material, sugere-se que você o imprima, 
encaderne e leve para todas as aulas. Assim, poderá facilmente acompanhar o 
desenvolvimento dos assuntos ao longo do período letivo, o que facilitará sobremaneira 
seus estudos. 
É óbvio que este material não substitui o estudo dos livros da melhor doutrina, que 
será oportunamente indicada ao longo do texto, nem dispensa sua presença nas aulas 
presenciais: é indispensável que você estude com afinco as lições dos grandes mestres, e 
leve suas inquietações para os encontros presenciais, a fim de que você, seus colegas e seu 
professor possam, juntos, construir o conhecimento. 
Com isso, o Prof. Rodrigo Andrade espera que você possa aproveitar ao máximo o 
convívio e as atividades propostas neste Roteiro de Estudos. 
 
Salvador, 05 de fevereiro de 2017. 
 
RODRIGO ANDRADE 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ 2 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4 
O que se estuda nos Direitos Reais...................................................................................... 4 
Metodologia .......................................................................................................................... 4 
DIREITOS REAIS E DIREITOS PESSOAIS: DISTINÇÕES ............................................................ 5 
1.1 Direitos absolutos versus direitos relativos ................................................................ 5 
1.2 Direitos Reais ................................................................................................................. 7 
1.3 Situações intermediárias: obrigações propter rem e ônus reais ............................... 8 
POSSE ....................................................................................................................................... 10 
2.1 Teoria Subjetivista da Posse ....................................................................................... 10 
2.2 Teoria Objetivista da Posse .........................................................................................12 
2.3 Teoria Subjetivista versus Teoria Objetivista da Posse .............................................15 
2.4 Posse no direito brasileiro ...........................................................................................15 
2.5 Natureza (jurídica) da posse ....................................................................................... 16 
2.6 Detenção ...................................................................................................................... 16 
2.7 Classificação da Posse ................................................................................................. 19 
2.8 Aquisição da Posse ...................................................................................................... 26 
2.9 Perda da Posse ............................................................................................................. 29 
2.10 Efeitos da Posse ........................................................................................................... 30 
PROPRIEDADE ......................................................................................................................... 33 
3.1 Função Social da Propriedade .................................................................................... 35 
3.2 Aquisição da Propriedade de Bem Imóvel ................................................................ 38 
3.2.1 Usucapião ................................................................................................................................................. 38 
3.2.2 Acessão ...................................................................................................................................................... 49 
3.3 Aquisição da propriedade de bem móvel .................................................................. 55 
3.4 Perda da propriedade ................................................................................................. 59 
DIREITOS DE VIZINHANÇA ...................................................................................................... 61 
CONDOMÍNIO ..........................................................................................................................66 
PROPRIEDADE RESOLÚVEL ..................................................................................................... 71 
DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA ................................................................................. 73 
7.1 Direitos Reais de Uso e Fruição .................................................................................. 73 
7.2 Direito Real de Aquisição ............................................................................................80 
7.3 Direitos Reais de Garantia ..........................................................................................80 
 
 
INTRODUÇÃO 
O que se estuda nos Direitos Reais 
Na sistemática do Código Civil vigente (Lei nº 10.406/2002), os Direitos Reais 
se encontram inseridos numa área mais ampla, intitulada Direito das Coisas. 
O debate doutrinário sobre a relação entre o direito das coisas e os direitos 
reais é antigo. Entretanto, o legislador brasileiro optou por chamar de direitos reais 
aqueles que dizem respeito à relação jurídica fundada na ideia de propriedade, o que 
deixa de fora a disciplina jurídica da posse. 
Assim, em síntese, o Direito das Coisas é categoria mais ampla, de quefazem 
parte os direitos reais e a tutela possessória. 
Trata-se de um dos pilares do direito civil desde a modernidade, 
especialmente em culturas inseridas no modo de produção capitalista, que tem 
como pressuposto central a propriedade individual e privada e sua proteção pelo 
Estado, razão pela qual esse estudo deve ser feito criticamente, considerando-se os 
princípios gerais do direito e do sistema constitucional brasileiro. 
Metodologia 
Além do clássico método expositivo, os presentes Direitos Reais serão 
abordados por meio dos mais diferenciados métodos, sempre com o intuito de 
proporcionar, para o estudante, a melhor e mais eficiente experiência de 
aprendizagem. Assim, por exemplo, este Roteiro de Estudos é composto por 
inúmeros exercícios, que contemplam desde questões de concursos públicos a 
atividades lúdicas, como caça-palavras, palavras cruzadas, exercícios de associação 
e questões discursivas, a serem resolvidas durante os encontros em sala de aula, 
individual ou coletivamente. 
A abordagem do conteúdo programático do componente curricular Direitos 
Reais contemplará, ainda, o emprego de metodologias ativas, aqui entendidas 
como o processo de ensino e aprendizagem cuja principal característica é a inserção 
do estudante como principal agente responsável por sua própria aprendizagem, 
comprometendo-se ativamente com o desenvolvimento das competências 
cognitivas, técnicas e comportamentais indispensáveis à sua formação. 
Dentre as inúmeras ferramentas disponíveis, serão especificamente 
empregados o método do Estudo de Caso, a Aprendizagem Baseada em 
Problemas ou PBL (acrônimo para Problem-Based Learning) e a Metodologia para 
Projetos. 
Direitos Reais e Direitos Pessoais: distinções 
 
 
5 
Anotações 
Unidade 1 
DIREITOS REAIS E DIREITOS PESSOAIS: 
DISTINÇÕES 
1.1 Direitos absolutos versus direitos relativos 
INFOGRÁFICO I: DIREITOS REAIS COMO DIREITOS ABSOLUTOS 
 
INFOGRÁFICO II: DIREITOS ABSOLUTOS VERSUS DIREITOS RELATIVOS 
 
Direitos
Reais
Direitos
Absolutos
"A todo direito corresponde um dever"
Direitos 
Absolutos
Sujeito Ativo
certo e 
determinado
titular de um 
direito 
oponível erga 
omnes
Sujeito Passivo
toda a 
coletividade
titular de um 
dever 
negativo 
(inação), que 
não afeta 
qualquer 
direito
Direitos 
Relativos
Sujeito Ativo
certo e 
determinado 
(credor)
titular de um 
direito 
oponível inter 
partes
Sujeito Passivo
certo e 
determinado 
(devedor)
titular de um 
dever positivo 
(fato positivo 
ou omissivo), 
que o priva de 
um direito
Direitos Reais e Direitos Pessoais: distinções 
 
 
6 
Anotações 
INFOGRÁFICO III: DIREITOS REAIS VERSUS DIREITOS OBRIGACIONAIS 
 Direitos Reais Direitos Obrigacionais 
Sujeitos 
Estabelecem-se entre um 
sujeito certo e 
determinado e toda a 
coletividade. 
Estabelecem-se entre dois 
ou mais sujeitos certos e 
determinados. 
Objeto 
Bem material e suscetível 
de valoração econômica. 
Prestação do sujeito 
passivo. 
Temporariedade Têm caráter duradouro. Têm caráter transitório. 
Oponibilidade São oponíveis erga omnes. São oponíveis inter partes. 
Direito de Sequela Geram direito de sequela. 
Não geram direito de 
sequela. 
Taxatividade 
São taxativamente 
enumerados pela lei 
(numerus clausus) 
São exemplificativamente 
enumerados pela lei 
(numerus apertus) 
ATIVIDADE PARA CLASSE 1 
Analise cada proposição abaixo, e indique se se trata de um direito 
real ou obrigacional. Justifique sua resposta. 
1. Platão tem um Fusca 1969 e não gosta que ninguém o dirija. 
( ) Direito real ( ) Direito obrigacional 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
2. Aristóteles dirigia distraído, não percebeu que o semáforo estava 
fechado e bateu no fundo do Fusca 1969 de Platão, causando um 
prejuízo de R$1.200,00. 
( ) Direito real ( ) Direito obrigacional 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
3. Sócrates é dono da “Sei de Nada Oficina Mecânica Ltda.” 
( ) Direito real ( ) Direito obrigacional 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
4. Aristóteles contratou Sócrates para consertar o Fusca 1969 de 
Platão. 
( ) Direito real ( ) Direito obrigacional 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
Direitos Reais e Direitos Pessoais: distinções 
 
 
7 
Anotações 
5. Como não fazia serviço de chaparia, “Sei de Nada Oficina 
Mecânica Ltda.” terceirizou a atividade para a “Delfos Serviços 
Automotivos Ltda.” 
( ) Direito real ( ) Direito obrigacional 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
1.2 Direitos Reais 
ATIVIDADE PARA CLASSE 2 
Abaixo estão definições de direitos reais e direitos obrigacionais, 
formuladas por importantes doutrinadores brasileiros. Indique se se trata, 
em cada caso, do conceito de direitos reais ou obrigacionais. 
1. “[...] liame obrigatório, no qual o sujeito ativo é singular e 
representado por uma só pessoa, enquanto o sujeito passivo é 
ilimitado em número, sendo que todas as pessoas que ele engloba 
estão vinculadas pela obrigação passiva de não turbar o exercício 
do direito do sujeito ativo” (Sílvio Rodrigues). 
( ) Direitos reais ( ) Direitos obrigacionais 
2. “[...] ato de vontade (autonomia privada) por meio do qual dois 
ou mais sujeitos se vinculam – em latim, ob + ligare significa 
vincular – em face de uma ou mais prestações de valor 
econômico” (Donizetti e Quintella). 
( ) Direitos reais ( ) Direitos obrigacionais 
3. “[...] complexo de normas reguladoras das relações jurídicas 
referentes às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem. Tais 
coisas são, ordinariamente, do mundo físico, porque sobre elas é 
que é possível exercer o poder de domínio” (Bevilácqua). 
( ) Direitos reais ( ) Direitos obrigacionais 
4. “[...]requer-se primeiramente um comportamento de outra pessoa, 
como condição de acessibilidade aos bens almejados. Não se 
cogita de subordinação do devedor ao credor, mas de relações 
cooperativas, cuja finalidade é a obtenção da prestação da forma 
mais proveitosa ao credor, com o menor sacrifício do devedor” 
(Farias e Rosenvald). 
( ) Direitos reais ( ) Direitos obrigacionais 
5. “[...]se apresentam como referidos a uma coisa, pois são 
outorgados para a realização pessoal do seu titular, no exercício 
da posição de vantagem sobre o objeto” (Farias e Rosenvald). 
( ) Direitos reais ( ) Direitos obrigacionais 
Direitos Reais e Direitos Pessoais: distinções 
 
 
8 
Anotações 
1.3 Situações intermediárias: obrigações propter rem e 
ônus reais 
INFOGRÁFICO IV: OBRIGAÇÕES PROPTER REM E ÔNUS REAIS 
 
ATIVIDADE EXTRACLASSE 1 
1. Explique o que são, no contexto do direito civil, direitos absolutos. 
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________ 
2. Explique o que são, no contexto do direito civil, direitos relativos. 
_________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Situações Intermediárias
Obrigação
vinculada à 
titularidade de 
um bem, 
enquanto esta 
durar
Sucessão no 
débito fora das 
hipóteses 
normais de 
transmissão 
das obrigaçõesProprietário 
devedor 
responde com 
todo o seu 
patrimônio
Ônus reais
Ambulatórios: 
movimentam-se 
de um titular a 
outro
Proprietário 
devedor 
responde até o 
limite do valor 
do bem
Direitos Reais e Direitos Pessoais: distinções 
 
 
9 
Anotações 
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________ 
3. Explique, no contexto do direito civil, a(s) distinção(ões) entre 
direitos absolutos e direitos relativos. 
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
Posse 
 
 
10 
Anotações 
Unidade 2 
POSSE 
INFOGRÁFICO V: TEORIAS DA POSSE 
 
2.1 Teoria Subjetivista da Posse 
Posse é o “poder físico sobre a coisa por quem tem a vontade de ser 
dono e se defende contra agressões” (Savigny, 1803). 
INFOGRÁFICO VI: TEORIA SUBJETIVISTA DA POSSE 
 
Teorias da 
Posse
Teoria 
Subjetivista
Savigny
Teoria 
Objetivista
Jhering
Posse
Elemento 
Objetivo
Corpus
Poder físico 
sobre a coisa
Defesa contra 
agressões
Elemento 
Subjetivo
Animus 
domini
Vontade de 
ser dono
Posse 
 
 
11 
Anotações 
ATIVIDADE PARA CLASSE 3 
Analise as situações abaixo1 e especifique se há posse. Justifique suas 
respostas. 
1. Por ocasião da morte do pai de Manuel, este se apoderou da casa 
do morto, onde passou a residir. 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
2. Berenice tomou um livro emprestado em uma biblioteca pública 
e o levou para casa. 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
3. César celebrou contrato de locação de um apartamento e nele 
reside. 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
4. Rui, menor de dezesseis anos, herdou do pai uma fazenda, em 
que vive sua mãe (sua representante legal). A mãe controla a 
fazenda, em nome de Rui. 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
5. Augusto constitui Silvio seu mandatário, e lhe encarrega de 
vender uma obra de arte a Helena. Antes da tradição a Helena, 
Silvio tem __________ da coisa. 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
 
 
1 Todas as situações deste exercício foram retiradas e adaptadas de DONIZETTI, Elpídio; 
QUINTELLA, Felipe. Curso didático de direito civil. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2014. p. 661-662. 
Posse 
 
 
12 
Anotações 
6. Caio entrega a Orlando alguns livros para que este tome conta 
dos bens enquanto Caio estiver fora da cidade, o que configura o 
depósito. Orlando tem ________ da coisa. 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
7. Pontes, que mora na cidade, adquire uma fazenda de Clóvis, no 
interior. A compra é concluída sem que Pontes saia da cidade. 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
8. Manuel furta uma carteira. 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
2.2 Teoria Objetivista da Posse 
Para Jhering, posse é a exterioridade (visibilidade) do domínio. Em 
sua teoria, o elemento subjetivo (animus) está inserido no elemento 
objetivo (corpus). 
INFOGRÁFICO VII: TEORIA OBJETIVISTA DA POSSE 
 
 
Posse
Elemento Objetivo (corpus)
Atitude de dono
Elemento subjetivo: vontade 
de proceder em relação à 
coisa como procederia o dono 
(animus)
Posse 
 
 
13 
Anotações 
ATIVIDADE PARA CLASSE 4 
Analise as imagens abaixo e julgue se as coisas estão sendo utilizadas 
em conformidade com seu destino econômico. 
1. 
 
aaabbb 2. 
 
 ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não 
 
3. 
 
 4. 
 
 ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não 
 
5. 
 
 6. 
 
 ( ) sim ( ) não ( ) sim ( ) não 
ATIVIDADE EXTRACLASSE 2 
1. Conceitue posse, segundo a teoria subjetivista da Savigny. 
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________ 
2. Enumere os requisitos da posse, segundo a teoria subjetivista de 
Savigny. 
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
Posse 
 
 
14 
Anotações 
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________ 
3. Explique a distinção entre posse e detenção, segundo a teoria 
subjetivista de Savigny. 
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________ 
4. Enumere os requisitos da posse, segundo a teoria subjetivista de 
Savigny. 
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
5. Conceitue posse, segundo a teoria objetivista de Jhering. 
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________ 
6. Enumere os requisitos da posse, segundo a teoria objetivista de Jhering. 
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________ 
7. Explique a distinção entre posse e detenção, segundo a teoria objetivista 
de Jhering. 
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________ 
Posse 
 
 
15 
Anotações 
2.3 Teoria Subjetivista versus Teoria Objetivista da Posse 
INFOGRÁFICO VIII: TEORIA SUBJETIVISTA VERSUS TEORIA OBJETIVISTA DA POSSE (1) 
 Teoria Subjetivista Teoria Objetivista 
Corpus (elemento 
objetivo da posse) 
Poder físico sobre a coisa. 
Atos de proprietário, 
conforme a destinação 
econômica da coisa. 
Animus (elemento 
subjetivo da posse) 
Intenção ou vontade de 
dono (animus domini). 
Intenção de possuir a coisa 
(affectio tenendi). 
Detenção Corpus sem animus. 
Corpus + animus + preceito 
legal negativo. 
INFOGRÁFICO IX: TEORIA SUBJETIVISTA VERSUS TEORIA OBJETIVISTA DA POSSE (2) 
 
2.4 Posse no direito brasileiro 
ATIVIDADE PARA CLASSE 5 
Leia os artigos dos Códigos Civis Brasileiros de 1916 e 2002 e 
identifique a teoria adotada pelo legislador pátrio, em cada diploma. 
Código Civil de 1916 (Lei nº 3.071/1916), art. 485. 
Considera-se possuidor todo aquele, que tem de fato o 
exercício, pleno, ou não, de algum dos poderes inerentes ao 
domínio, ou propriedade. 
Código Civil de 2002 (Lei nº 10.406/2002), art. 1.196. 
Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o 
exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à 
propriedade. 
Posse
Proteção 
Possessória
Teoria Subjetivista
Dificultada: corpus + 
animus
Teoria Objetivista
Facilitada: proteção 
independe do poder 
físico sobre a coisa
Prova da Posse
Teoria Subjetivista
Dificultada: prova do 
corpus e do animus
Teoria Objetivista
Facilitada: qualquer 
ato de proprietário
Posse 
 
 
16 
Anotações 
2.5 Natureza (jurídica) da posse 
A posse é uma situação de fato ou um direito subjetivo? 
INFOGRÁFICO X: NATUREZA DA POSSE 
 
2.6 Detenção 
ATIVIDADE PARA CLASSE 6 
Analise os casos hipotéticos abaixo. 
A. Maria é empregada doméstica. Trabalha há 20 anos na casa de 
Sheila e José, seus empregadores. Sheila e José são proprietários 
de um apartamento, onde moram com os filhos há 30 anos. 
Desde que foi contratada, Maria mora na dependência de 
empregada localizada no apartamento de Sheila e José. 
B. Sheila e José têm uma casa de praia. Eustáquio é o caseiro e mora 
no imóvel, cuidando da propriedade enquanto os donos não 
estão presentes. 
C. Fernando é motorista de ônibus da empresa Buzú Transportes. 
Todos os dias dirige o mesmo ônibus, perfazendo o mesmo 
itinerário. 
Agora, responda às seguintes questões: 
Posse
Teoria da posse 
como estado de 
fato
A posse é uma 
situação de fato, mas 
não configura um 
direito
Teoria da posse 
como direito 
subjetivo
O estar atrelada a 
uma situação fática 
não desconfigura a 
sua natureza de 
direito subjetivo
Teoria eclética
A posse é, ao mesmo 
tempo, uma situação 
de fato (o poder que o 
possuidor exerce 
sobre a coisa) e um 
direito subjetivo (em 
razão da proteção 
jurídica conferida ao 
possuidor)
Posse 
 
 
17 
Anotações 
1. O que Maria, Eustáquio e Fernando têm em comum? 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
2. Considerando a Teoria Objetivista da Posse e o conceito contido 
no art. 1.196 do Código Civil, é possível afirmar que Maria, 
Eustáquio e Fernando preenchem os requisitos da posse? 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
3. Caso sejam demitidos, é razoável que Maria e Eustáquio se 
recusem a deixar o imóvel, e Fernando a devolver o veículo, 
alegando serem possuidores? 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
INFOGRÁFICO XI: DETENÇÃO 
 
Código Civil 
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou 
não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. 
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência 
para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou 
Detenção
Detenção Dependente
Servidores da 
Posse
Atos de 
permissão ou 
tolerância
Permissão:
comportamento positivo 
prévio de aquiescência
Tolerância:
comportamento negativo 
de condescendência
Detenção Autônoma
Prática de 
atos de 
violência ou 
clandestinidade
Atuação em 
bens públicos 
de uso 
comum do 
povo ou de 
uso especial
Posse 
 
 
18 
Anotações 
instruções suas. Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como 
prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que 
prove o contrário. 
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, 
em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade. 
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não 
autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a 
violência ou a clandestinidade. 
ATIVIDADE PARA CLASSE 7 
Analise os casos hipotéticos abaixo narrados e indique se se trata de 
posse ou detenção. Em seguida, justifique sua resposta. 
1. Fulgêncio é motoboy na empresa Entregas The Moto. Para fazer 
suas entregas, utiliza uma motocicleta da empresa. 
( ) Posse ( ) Detenção 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
2. Judite é baiana de acarajé. Todos os dias, há 10 anos, monta sua 
banca na areia da praia. 
( ) Posse ( ) Detenção 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
3. Crispim e Magnólia, sua esposa, têm dois carros, mas apenas 
uma vaga de garagem no prédio ondemoram. Todos os dias, 
Crispim estaciona seu carro na vaga de seu vizinho, Tomás, que 
não tem carro. 
( ) Posse ( ) Detenção 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
4. Crispim e Magnólia, sua esposa, têm dois carros, mas apenas 
uma vaga de garagem no prédio onde moram. A fim de resolver 
o problema de estacionamento, celebraram com Tomás, seu 
vizinho, que não tem carro, um contrato de locação da vaga de 
garagem deste. 
( ) Posse ( ) Detenção 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
5. Joãozinho é estudante de direito na Uni d’Unité. Todos os dias, 
utiliza o computador da sala de aula para carregar a bateria do 
Posse 
 
 
19 
Anotações 
seu celular, muito embora o regimento da instituição proíba a 
utilização dos computadores pelos estudantes. 
( ) Posse ( ) Detenção 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
6. Beiço de Mula mostra a seu amigo Boca de Bode o celular que 
acabou de roubar de Zezé. 
( ) Posse ( ) Detenção 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
2.7 Classificação da Posse 
INFOGRÁFICO XII: POSSE JUSTA E POSSE INJUSTA 
 
Código Civil 
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária. 
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não 
autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a 
violência ou a clandestinidade. 
Código Penal 
Art. 161 (alteração de limites) - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro 
sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa 
imóvel alheia: Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. §1º. Na mesma pena incorre 
quem: I (usurpação de águas) - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas 
Posse (classificação)
Posse Justa
Art. 1.200
Posse Injusta
Obtida por meio 
de
Violência (vis)
Clandestinidade 
(clam)
Precariedade 
(precario)
Posse 
 
 
20 
Anotações 
alheias; II (Esbulho possessório) - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou 
mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de 
esbulho possessório. §2º. Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta 
cominada. §3º. Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência, somente se 
procede mediante queixa. 
Art. 162 (supressão ou alteração de marca em animais) - Suprimir ou alterar, 
indevidamente, em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade: 
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa. 
Art. 168 (Apropriação indébita). Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse 
ou a detenção: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. §1º. (Aumento de pena) A 
pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa: I - em depósito 
necessário; II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, 
testamenteiro ou depositário judicial; III - em razão de ofício, emprego ou profissão. 
ATIVIDADE PARA CLASSE 8 
Analise os casos hipotéticos abaixo narrados e indique se se trata de 
posse justa ou injusta, especificando, neste caso, o vício. 
1. Arquimedes mora de aluguel, no apartamento que pertence a 
Jeremias. 
( ) Posse Justa ( ) Posse Injusta 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
2. Railda é estudante de direito. Pegou, por empréstimo, um livro 
de Direitos Reais na biblioteca da faculdade. O prazo para 
devolução do livro é amanhã. 
( ) Posse Justa ( ) Posse Injusta 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
3. Agripino é catador de material para reciclagem. Um dia, 
procurando por papelão no lixo, encontrou um tênis 
abandonado, que cabia perfeitamente em seus pés. Hoje, calça 
esses tênis para trabalhar. 
( ) Posse Justa ( ) Posse Injusta 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
4. Semprônio é colega de sala de Railda e, assim como ela, pegou 
na biblioteca da faculdade um livro de Direitos Reais 
emprestado. O prazo para devolução do livro venceu ontem, 
mas Semprônio não o devolveu à biblioteca. 
( ) Posse Justa ( ) Posse Injusta 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
Posse 
 
 
21 
Anotações 
5. Britney possui um anel de ouro, que furtou de uma joalheria, 
aproveitando o descuido da vendedora. 
( ) Posse Justa ( ) Posse Injusta 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
6. Tonga possui um smartphone de última geração, que roubou de 
um passageiro no último assalto a ônibus de que participou. 
( ) Posse Justa ( ) Posse Injusta 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
INFOGRÁFICO XIII: POSSE JURÍDICA E POSSE NATURAL 
 
INFOGRÁFICO XIV: POSSE NOVA E POSSE VELHA 
Código de Processo Civil 
Art. 558. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas 
da Seção II deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou 
do esbulho afirmado na petição inicial. Parágrafo único. Passado o prazo referido no 
caput, será comum o procedimento, não perdendo, contudo, o caráter possessório. 
Dispositivo correspondente no CPC/73: art. 924. 
Posse Jurídica
Reconhecida pelo 
ordenamento jurídico
Posse Natural
Desprovida 
(relativamente) de efeitos 
possessórios
Posse (classificação)
Posse Nova
Até ano e dia
Processo: Ação de força 
nova (art. 558 CPC/15)
Posse Velha
Mais de ano dia
Processo: Ação de força 
velha (procedimento 
comum ordinário)
Posse 
 
 
22 
Anotações 
INFOGRÁFICO XV: POSSE COM JUSTO TÍTULO E POSSE SEM JUSTO TÍTULO 
 
ATIVIDADE PARA CLASSE 9 
Analise os casos hipotéticos abaixo narrados e indique se se trata de 
posse com ou sem justo título. Justifique a resposta. 
1. Arquimedes mora de aluguel, no apartamento que pertence a 
Jeremias. 
( ) Posse com justo título ( ) Posse sem justo título 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
2. Railda é estudante de direito. Pegou, por empréstimo, um livro 
de Direitos Reais na biblioteca da faculdade. 
( ) Posse com justo título ( ) Posse sem justo título 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
3. Péricles mora num apartamento de dois quartos, que recebeu de 
presente de sua mãe, Agarista. 
( ) Posse com justo título ( ) Posse sem justo título 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
Posse (classificação)
Posse com justo título
Obtida por meio hábil a 
transferir o domínio
Posse sem justo título
Obtida por qualquer meio 
que não tenha aptidão 
para transferir o domínio
Posse 
 
 
23 
Anotações 
4. Britney possuía um anel de ouro, que furtara de uma joalheria, 
aproveitando o descuidoda vendedora. O anel foi vendido para 
Jocasta, que o comprou sem saber que era furtado. 
( ) Posse com justo título ( ) Posse sem justo título 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
5. Antônio é mototaxista numa cidade do interior. Trabalha com 
uma moto que roubou na capital. 
( ) Posse com justo título ( ) Posse sem justo título 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
INFOGRÁFICO XVI: POSSE DE BOA-FÉ E POSSE DE MÁ-FÉ 
 
Código Civil 
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede 
a aquisição da coisa. Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a 
presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não 
admite esta presunção. 
Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que 
as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente. 
ATIVIDADE PARA CLASSE 10 
Analise os casos hipotéticos abaixo narrados e indique se se trata de 
posse boa-fé ou posse de má-fé. Justifique a resposta. 
1. Arquimedes mora de aluguel, no apartamento que pertence a 
Jeremias. 
( ) Posse de boa-fé ( ) Posse de má-fé 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
Posse 
(classificação)
Posse de Boa-fé
Art. 1.201
Posse de Má-fé
Art. 1.202
Posse 
 
 
24 
Anotações 
2. Railda é estudante de direito. Pegou, por empréstimo, um livro 
de Direitos Reais na biblioteca da faculdade. 
( ) Posse de boa-fé ( ) Posse de má-fé 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
3. Péricles mora num apartamento de dois quartos, que recebeu de 
presente de sua mãe, Agarista. 
( ) Posse de boa-fé ( ) Posse de má-fé 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
4. Britney possuía um anel de ouro, que furtara de uma joalheria, 
aproveitando o descuido da vendedora. O anel foi vendido para 
Jocasta, que o comprou sem saber que era furtado. 
( ) Posse de boa-fé ( ) Posse de má-fé 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
5. Antônio é mototaxista numa cidade do interior. Trabalha com 
uma moto que roubou na capital. 
( ) Posse de boa-fé ( ) Posse de má-fé 
_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
INFOGRÁFICO XVII: POSSE DIRETA, INDIRETA E COMPOSSE 
 
Código Civil 
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, 
em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, 
podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. 
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer 
sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores. 
Posse (classificação)
Posse Direta
Possuidor com 
poder de uso
Posse Indireta
Possuidor com 
poderes inerentes à
propriedade, exceto
de uso
Composse
Mesma posse pro 
indiviso é exercida
por mais de um 
sujeito
Posse 
 
 
25 
Anotações 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito 
de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. [...]. 
ATIVIDADE PARA CLASSE 11 
Resolva as palavras-cruzadas a seguir, a partir das palavras-chave 
aprendidas até aqui. 
 
Horizontal: 
4. “Posse _______ é a que se adquire pela força. A violência empregada pelo possuidor 
para defender a posse, quando turbada ou para reavê-la in continenti, do esbulhador, não 
constitui vício” (BEVILACQUA, Clovis. Direito das Coisas, v. 1. Brasília: Senado Federal, 
2003. p. 50). 
5. “O _______ da posse é fenômeno que se verifica quando o proprietário, efetivando uma 
relação jurídica negocial com terceiro, transfere-lhe o poder de fato sobre a coisa. Apesar 
de não mais se manter na apreensão da coisa (que está sob o poder de fato do terceiro-
contratante), o proprietário continuará sendo reputado possuidor, só que indireto” 
(FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil, v. 5. 8.ed. 
Salvador: JusPodivm, 2012. p. 117). 
Posse 
 
 
26 
Anotações 
7. “[…] Posse _______, destarte, é aquela isenta de vícios, aquela que não repugna ao 
direito, por ter sido adquirida por algum dos modos previstos na lei, ou, segundo a 
técnica romana, a posse adquirida legitimamente, sem vício jurídico externo […]” 
(GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, v. 5. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 
2009. p. 66). 
8. “Observe-se que o ato de locar, de dar a coisa em comodato ou em usufruto, constitui 
conduta própria de dono, não implicando a perda da posse, que apenas se transmuda em 
_______” (GONÇALVES, Carlos Roberto. “Direito Civil Brasileiro, v. 5. 4.ed. São Paulo: 
Saraiva, 2009. p. 61). 
Vertical: 
1. “Posse _______ é a que se origina do abuso de confiança, por parte daquele que 
recebera a coisa para restituir e se recusa a fazê-lo” (BEVILACQUA, Clovis. Direito das 
Coisas, v. 1. Brasília: Senado Federal, 2003. p. 51). 
2. “Posse _______ é a que se estabelece às ocultas daqueles que têm interesse na existência 
dela” (BEVILACQUA, Clovis. Direito das Coisas, v. 1. Brasília: Senado Federal, 2003. p. 
50). 
3. “[…] O possuidor exerce o poder de fato em razão de um interesse próprio; o _______, 
no interesse de outrem” (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, v. 5. 
4.ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 44). 
6. “Diz-se que é de _______ a posse cujo possuidor lhe ignora o vício, ou não tem 
conhecimento da sua ilegitimidade” (BEVILACQUA, Clovis. Direito das Coisas, v. 1. 
Brasília: Senado Federal, 2003. p. 49). 
2.8 Aquisição da Posse 
INFOGRÁFICO XVIII: MODOS DE AQUISIÇÃO DA POSSE 
 
Código Civil 
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, 
em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade. 
Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os 
mesmos caracteres. 
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não 
autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a 
violência ou a clandestinidade. 
Aquisição da Posse
Aquisição Originária 
(ocupação)
Coisa sem 
dono
Res nullius Res derelicta
Coisa 
esbulhada
Aquisição Derivada 
(transmissão)
Tradição
Constituto 
Possessório
Successão 
hereditária
Posse 
 
 
27 
Anotações 
ATIVIDADE PARA CLASSE 12 
Analise os casos hipotéticos abaixo narrados e classifique a posse. 
1. A Toyota do Brasil fabricou um automóvel, modelo Corolla. 
( ) Posse Originária ( ) Posse Derivada 
( ) Posse Justa ( ) Posse Injusta 
( ) Posse de boa-fé ( ) Posse de má-fé 
( ) Posse Jurídica ( ) Posse Natural 
( ) Posse com justo título ( ) Posse sem justo título 
2. A concessionária Guebor comprou o automóvel da Toyota. 
( ) Posse Originária ( ) Posse Derivada 
( ) Posse Justa ( ) Posse Injusta 
( ) Posse de boa-fé ( ) Posse de má-fé 
( ) Posse Jurídica ( ) Posse Natural 
( ) Posse com justo título ( ) Posse sem justo título 
3. Platão comprou o automóvel da concessionária Guebor. 
( ) Posse Originária ( ) Posse Derivada 
( ) Posse Justa ( ) Posse Injusta 
( ) Posse de boa-fé ( ) Posse de má-fé( ) Posse Jurídica ( ) Posse Natural 
( ) Posse com justo título ( ) Posse sem justo título 
4. Xenofonte surpreendeu Platão no semáforo e, apontando-lhe 
uma arma, roubou deste o automóvel. 
( ) Posse Originária ( ) Posse Derivada 
( ) Posse Justa ( ) Posse Injusta 
( ) Posse de boa-fé ( ) Posse de má-fé 
( ) Posse Jurídica ( ) Posse Natural 
( ) Posse com justo título ( ) Posse sem justo título 
5. Xenofonte vendeu o automóvel roubado de Platão para 
Heráclito, sem que este conhecesse sua procedência. 
( ) Posse Originária ( ) Posse Derivada 
( ) Posse Justa ( ) Posse Injusta 
( ) Posse de boa-fé ( ) Posse de má-fé 
( ) Posse Jurídica ( ) Posse Natural 
( ) Posse com justo título ( ) Posse sem justo título 
6. Heráclito emprestou o automóvel para Parmênides. 
( ) Posse Originária ( ) Posse Derivada 
( ) Posse Justa ( ) Posse Injusta 
( ) Posse de boa-fé ( ) Posse de má-fé 
( ) Posse Jurídica ( ) Posse Natural 
( ) Posse com justo título ( ) Posse sem justo título 
7. Grócio, aproveitando descuido de Parmênides, que havia 
deixado o automóvel aberto, furtou-o, enquanto este se 
encontrava em consulta médica. 
( ) Posse Originária ( ) Posse Derivada 
( ) Posse Justa ( ) Posse Injusta 
( ) Posse de boa-fé ( ) Posse de má-fé 
( ) Posse Jurídica ( ) Posse Natural 
( ) Posse com justo título ( ) Posse sem justo título 
Posse 
 
 
28 
Anotações 
8. Depois de praticar um assalto a banco, Grócio abandonou o 
automóvel numa estrada deserta, deixando a chave na ignição. 
Temístocles encontrou o automóvel abandonado, e o levou para 
sua casa. 
( ) Posse Originária ( ) Posse Derivada 
( ) Posse Justa ( ) Posse Injusta 
( ) Posse de boa-fé ( ) Posse de má-fé 
( ) Posse Jurídica ( ) Posse Natural 
( ) Posse com justo título ( ) Posse sem justo título 
INFOGRÁFICO XIX: QUEM PODE ADQUIRIR A POSSE 
 
Código Civil 
Art. 1.205. A posse pode ser adquirida: I - pela própria pessoa que a pretende ou por 
seu representante; II - por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação. 
INFOGRÁFICO XX: AQUISIÇÃO A TÍTULO SINGULAR E AQUISIÇÃO A TÍTULO UNIVERSAL 
 
Código Civil 
Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao 
sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais. 
 
 
Quem pode 
adquirir a posse
A própria pessoa 
que a pretende
Diretamente Representante
Legal Convencional
Terceiro sem 
mandato
Aquisição da Posse
A título singular
Transferência de coisa 
individuada
A título universal
Transferência de uma 
universalidade de bens
Posse 
 
 
29 
Anotações 
INFOGRÁFICO XXI: PRESUNÇÃO DE POSSE DOS MÓVEIS 
 
 
Código Civil 
Art. 1.209. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis que 
nele estiverem. 
2.9 Perda da Posse 
INFOGRÁFICO XXII: PERDA DA POSSE 
 
 
 
Código Civil 
Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o 
poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196. 
Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, 
quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é 
violentamente repelido. 
 
 
 
Posse de 
bem
imóvel
Ausência
de prova
contrária
Posse 
dos 
móveis
Posse
Exercício do 
Poder de 
Domínio
Perda da 
Posse
Involuntária
Posse - Corpus
Esbulho Destruição
Voluntária
Posse - animus
Derrelicção Tradição
Posse 
 
 
30 
Anotações 
2.10 Efeitos da Posse 
INFOGRÁFICO XXIII: EFEITOS DA POSSE 
 
Código Civil 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, 
restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser 
molestado. §1º. O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por 
sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem 
ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. §2º. Não obsta à 
manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito 
sobre a coisa. 
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. 
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser 
restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também 
restituídos os frutos colhidos com antecipação. 
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que 
são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia. 
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, 
bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se 
constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. 
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a 
que não der causa. 
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda 
que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse 
do reivindicante. 
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias 
e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando 
o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das 
benfeitorias necessárias e úteis. 
Efeitos da Posse
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só
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Autotutela
Defesa em 
sentido 
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Desforço 
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Reintegração de 
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Interdito 
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 d
a 
co
is
a
Possuidor 
de boa-fé
Possuidor 
de má-fé
In
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en
iz
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ão
 
p
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as
 
b
en
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Possuidor 
de boa-fé
Possuidor 
de má-fé
U
su
ca
p
iã
o
Posse 
 
 
31 
Anotações 
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; 
não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as 
voluptuárias. 
Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento 
se ao tempo da evicção ainda existirem. 
Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, 
tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé 
indenizará pelo valor atual. 
Código de Processo Civil 
Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o 
juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos 
pressupostos estejam provados. §1º. No caso de ação possessória em que figure no polo 
passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que 
forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a 
intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência 
econômica, da Defensoria Pública. §2º. Para fim da citação pessoal prevista no § 1o, o 
oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez, citando-se por edital os 
que não forem encontrados. §3º. O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade 
da existência da ação prevista no § 1o e dos respectivos prazos processuais, podendo, 
para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na 
região do conflito e de outros meios. 
Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: I- condenação em perdas 
e danos; II- indenização dos frutos. Parágrafo único. Pode o autorrequerer, ainda, 
imposição de medida necessária e adequada para: I- evitar nova turbação ou esbulho; II- 
cumprir-se a tutela provisória ou final. 
Art. 556. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, 
demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação 
ou do esbulho cometido pelo autor. 
Art. 557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, 
propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face 
de terceira pessoa. Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse 
a alegação de propriedade ou de outro direito sobre a coisa. 
Art. 558. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas 
da Seção II deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou 
do esbulho afirmado na petição inicial. Parágrafo único. Passado o prazo referido no 
caput, será comum o procedimento, não perdendo, contudo, o caráter possessório. 
Art. 559. Se o réu provar, em qualquer tempo, que o autor provisoriamente mantido ou 
reintegrado na posse carece de idoneidade financeira para, no caso de sucumbência, 
responder por perdas e danos, o juiz designar-lhe-á o prazo de 5 (cinco) dias para 
requerer caução, real ou fidejussória, sob pena de ser depositada a coisa litigiosa, 
ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente. 
Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e 
reintegrado em caso de esbulho. 
Art. 561. Incumbe ao autor provar: I- a sua posse; II- a turbação ou o esbulho praticado 
pelo réu; III- a data da turbação ou do esbulho; IV- a continuação da posse, embora 
turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração. 
Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o 
réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, 
determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para 
comparecer à audiência que for designada. Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas 
de direito público não será deferida a manutenção ou a reintegração liminar sem prévia 
audiência dos respectivos representantes judiciais. 
Art. 563. Considerada suficiente a justificação, o juiz fará logo expedir mandado de 
manutenção ou de reintegração. 
Art. 564. Concedido ou não o mandado liminar de manutenção ou de reintegração, o 
autor promoverá, nos 5 (cinco) dias subsequentes, a citação do réu para, querendo, 
Posse 
 
 
32 
Anotações 
contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias. Parágrafo único. Quando for ordenada a 
justificação prévia, o prazo para contestar será contado da intimação da decisão que 
deferir ou não a medida liminar. 
Art. 565. No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação 
afirmado na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar 
o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar audiência de mediação, a 
realizar-se em até 30 (trinta) dias, que observará o disposto nos §§ 2º e 4º. §1º. Concedida 
a liminar, se essa não for executada no prazo de 1 (um) ano, a contar da data de 
distribuição, caberá ao juiz designar audiência de mediação, nos termos dos §§ 2º a 4º 
deste artigo. §2º. O Ministério Público será intimado para comparecer à audiência, e a 
Defensoria Pública será intimada sempre que houver parte beneficiária de gratuidade da 
justiça. §3º. O juiz poderá comparecer à área objeto do litígio quando sua presença se 
fizer necessária à efetivação da tutela jurisdicional. §4º. Os órgãos responsáveis pela 
política agrária e pela política urbana da União, de Estado ou do Distrito Federal e de 
Município onde se situe a área objeto do litígio poderão ser intimados para a audiência, a 
fim de se manifestarem sobre seu interesse no processo e sobre a existência de 
possibilidade de solução para o conflito possessório. §5º. Aplica-se o disposto neste 
artigo ao litígio sobre propriedade de imóvel. 
Art. 566. Aplica-se, quanto ao mais, o procedimento comum. 
Art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na 
posse poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante 
mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso 
transgrida o preceito. 
Art. 568. Aplica-se ao interdito proibitório o disposto na Seção II deste Capítulo. 
 
 
Propriedade 
 
 
33 
Anotações 
Unidade 3 
PROPRIEDADE 
INFOGRÁFICO XXIV: FACULDADES INERENTES AO DIREITO DE PROPRIEDADE 
 
Código Civil 
Art. 1.225. São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o 
usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; 
VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concessão de uso especial para fins 
de moradia; XII - a concessão de direito real de uso; e XIII - a laje. 
Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos 
por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição. 
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre 
vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos 
títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código. 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito 
de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. §1º. O direito 
de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e 
sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei 
especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio 
histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. §2º. São defesos os 
atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam 
animados pela intenção de prejudicar outrem. §3º. O proprietário pode ser privado da 
coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse 
social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente. §4º. O 
proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em 
extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável 
número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, 
obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. §5º. No 
caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; 
Propriedade
Usar
Fruir
DisporReivindicar
Possuir
Propriedade 
 
 
34 
Anotações 
pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos 
possuidores. 
INFOGRÁFICO XXV: EXTENSÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE DO SOLO 
 
Código Civil 
Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, 
em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a 
atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que 
não tenha ele interesse legítimo em impedi-las. 
Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos 
minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros 
bens referidos por leis especiais. Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de 
explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde que não 
submetidos a transformação industrial, obedecido o disposto em lei especial. 
Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao 
seu proprietário, salvo se, por preceito jurídico especial,couberem a outrem. 
Constituição Federal 
Art. 20. São bens da União: [...] III- os lagos, rios e quaisquer correntes de água em 
terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com 
outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os 
terrenos marginais e as praias fluviais; [...] V- os recursos naturais da plataforma 
continental e da zona econômica exclusiva; VI- o mar territorial; [...] VIII- os potenciais 
de energia hidráulica; IX- os recursos minerais, inclusive os do subsolo; [...]. 
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I- as águas superficiais ou subterrâneas, 
fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as 
decorrentes de obras da União [...]. 
INFOGRÁFICO XXVI: PRESUNÇÃO DE EXCLUSIVIDADE DA PROPRIEDADE 
 
Código Civil 
Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário. 
 
Propriedade do Solo
Subsolo e espaço aéreo
Art. 1.229
Exceções
Art. 1.230 Águas
Transferência 
do Domínio
Propriedade 
Plena
Propriedade 
Limitada
Propriedade 
 
 
35 
Anotações 
3.1 Função Social da Propriedade 
ATIVIDADE PARA CLASSE 13 
Nas situações a seguir, a propriedade está cumprindo sua função 
social? 
1. Uma enorme fazenda se encontra desabitada, os pastos 
dominados pelo mato, a usina e a casa-grande em ruínas. 
( ) Sim ( ) Não 
2. Uma enorme fazenda se encontra movimentada pelo plantio de 
café e pela criação de gado leiteiro. 
( ) Sim ( ) Não 
3. Kant, que mora sozinho, deixa o rádio ligado no volume máximo 
todos os dias, ao sair para trabalhar. Seus vizinhos sofrem com o 
barulho. 
( ) Sim ( ) Não 
4. Rousseau promove festas nas tardes de sábado, e deixa o rádio 
ligado em volume razoável, com o fito de entreter os convidados. 
( ) Sim ( ) Não 
INFOGRÁFICO XXVII: FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE 
 
Constituição da República Federativa do Brasil 
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, 
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] XXII - é 
garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou 
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em 
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; XXV - no caso de iminente 
perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena 
propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será 
Função 
social da 
propriedade
Bem-estar 
social
Dinâmica 
dos bens
Circulação 
da riqueza
Propriedade 
 
 
36 
Anotações 
objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, 
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento [...]. 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça 
social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade 
privada; III - função social da propriedade [...]. 
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, 
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos 
seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e adequado; II - utilização adequada dos 
recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III - observância das 
disposições que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o bem-
estar dos proprietários e dos trabalhadores. 
Código Civil 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito 
de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. §1º. O direito 
de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e 
sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei 
especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio 
histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. §2º. São defesos os 
atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam 
animados pela intenção de prejudicar outrem. §3º. O proprietário pode ser privado da 
coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse 
social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente. §4º. O 
proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em 
extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável 
número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, 
obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. §5º. No 
caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; 
pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos 
possuidores. 
Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001) 
Art. 2º. A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das 
funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes 
gerais: I– garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra 
urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e 
aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações; II– 
gestão democrática por meio da participação da população e de associações 
representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e 
acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; III– 
cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no 
processo de urbanização, em atendimento ao interesse social; IV– planejamento do 
desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades 
econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e 
corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio 
ambiente; V– oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços 
públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais; 
VI– ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: a) a utilização inadequada 
dos imóveis urbanos; b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; c) o 
parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à 
infra-estrutura urbana; d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam 
funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura 
correspondente; e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua 
subutilização ou não utilização; f) a deterioração das áreas urbanizadas; g) a poluição e a 
degradação ambiental; h) a exposição da população a riscos de desastres. VII– integração 
e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o 
Propriedade 
 
 
37 
Anotações 
desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência; 
VIII– adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão 
urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do 
Município e do território sob sua área de influência; IX– justa distribuição dos benefícios 
e ônus decorrentes do processo de urbanização; X– adequação dos instrumentos de 
política econômica,tributária e financeira e dos gastos públicos aos objetivos do 
desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-estar 
geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais; XI– recuperação dos 
investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de imóveis 
urbanos; XII– proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e 
construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico; XIII– 
audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos de 
implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos 
sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população; 
XIV– regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa 
renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação 
do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas 
ambientais; XV– simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e 
das normas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta 
dos lotes e unidades habitacionais; XVI– isonomia de condições para os agentes públicos 
e privados na promoção de empreendimentos e atividades relativos ao processo de 
urbanização, atendido o interesse social. XVII- estímulo à utilização, nos parcelamentos 
do solo e nas edificações urbanas, de sistemas operacionais, padrões construtivos e 
aportes tecnológicos que objetivem a redução de impactos ambientais e a economia de 
recursos naturais. XVIII- tratamento prioritário às obras e edificações de infraestrutura 
de energia, telecomunicações, abastecimento de água e saneamento. 
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências 
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o 
atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e 
ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 
2º desta Lei. 
ATIVIDADE PARA CLASSE 14 
Nas situações a seguir, a propriedade está cumprindo sua função 
social? 
1. O proprietário de terras em que há espécies sobreviventes da 
Mata Atlântica, vizinhas de uma reserva ambiental, ateia fogo a 
tudo. 
( ) Sim ( ) Não 
2. O proprietário de um casarão histórico, tombado pelo IPHAN, 
pretende demoli-lo. 
( ) Sim ( ) Não 
3. O proprietário de um terreno em declive, que não é utilizado, 
remove toda a cobertura vegetal do lote. Posteriormente, durante 
um temporal, a terra cede e desliza para o imóvel vizinho, 
causando estragos. 
( ) Sim ( ) Não 
Propriedade 
 
 
38 
Anotações 
3.2 Aquisição da Propriedade de Bem Imóvel 
INFOGRÁFICO XXVIII: AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE DE IMÓVEL 
 
3.2.1 USUCAPIÃO 
INFOGRÁFICO XXIX: REQUISITOS GERAIS DA USUCAPIÃO 
 
 
INFOGRÁFICO XXX: MODALIDADES DE USUCAPIÃO DE IMÓVEIS 
 
Aquisição da propriedade de 
bens imóveis
Inter vivos
Modo derivado
Registro do 
título 
translativo
modo originário
Usucapião Acessão
Causa mortis
Requisitos
legais
específicos
Lapso
temporal 
legal
Posse ad 
usucapionem
Usucapião
Modalidades
usucapião 
extraordinária
usucapião 
ordinária
usucapião 
especial
urbana
Individual Coletiva
rural
usucapião 
social 
indenizada
usucapião 
pro-família
usucapião 
indígena
Propriedade 
 
 
39 
Anotações 
INFOGRÁFICO XXXI: USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA 
 
Código Civil 
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como 
seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; 
podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o 
registro no Cartório de Registro de Imóveis. Parágrafo único. O prazo estabelecido neste 
artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua 
moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. 
INFOGRÁFICO XXXII: USUCAPIÃO ORDINÁRIA 
 
Código Civil 
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e 
incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. Parágrafo único. 
Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, 
onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada 
posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou 
realizado investimentos de interesse social e econômico. 
Usucapião 
Extraordinária
Dispensa justo 
título e posse de 
boa-fé
Redução de 
Prazo: art. 1.238, 
parágrafo único
Posse ad 
usucapionem + 15 
anos
Usucapião Ordinária
Justo título
Redução de Prazo: 
art. 1.242, parágrafo 
único
Posse ad usucapionem
+ 10 anos + boa-fé + 
justo título
Propriedade 
 
 
40 
Anotações 
INFOGRÁFICO XXXIII: USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA INDIVIDUAL 
 
Constituição da República Federativa do Brasil 
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros 
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua 
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de 
outro imóvel urbano ou rural. §1º. O título de domínio e a concessão de uso serão 
conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. §2º. 
Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. §3º. Os imóveis 
públicos não serão adquiridos por usucapião. 
Código Civil 
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta 
metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para 
sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário 
de outro imóvel urbano ou rural. §1º. O título de domínio e a concessão de uso serão 
conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. §2º. 
O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor 
mais de uma vez. 
Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001) 
Art. 9º. Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e 
cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, 
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não 
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. §1º. O título de domínio será conferido 
ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. §2º. O direito de 
que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. §3º. 
Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de seu 
antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão. 
Art. 11. Na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão sobrestadas 
quaisquer outras ações, petitórias ou possessórias, que venham a ser propostas 
relativamente ao imóvel usucapiendo. 
Art. 12. São partes legítimas para a propositura da ação de usucapião especial urbana: 
I– o possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou superveniente; II– os 
possuidores, em estado de composse; III– como substituto processual, a associação de 
moradores da comunidade, regularmente constituída, com personalidade jurídica, desde 
que explicitamente autorizada pelos representados. §1º. Na ação de usucapião especial 
urbana é obrigatória a intervenção do Ministério Público. §2º. O autor terá os benefícios 
da justiça e da assistência judiciária gratuita, inclusive perante o cartório de registro de 
imóveis. 
Art. 13. A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como matéria de 
defesa,

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