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Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 Apostila do Curso Personal Diet Baby Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 ESTRUTURAÇÃO DO SERVIÇO O serviço de Personal Diet refere-se à prestação de um serviço personalizado; Neste serviço o paciente deve ser entendido também como cliente, tendo em vista que estará investindo em um serviço diferenciado. Para tanto é fundamental entender as necessidades do paciente e determinar se o seu serviço pode atender às expectativas do seu CLIENTE. O Personal Diet Baby visa atendimento às mulheres que pretendem engravidar, gestantes, nutrizes e crianças na primeira infância; deve englobar promoção do aleitamento materno e pode englobar também, atendimento direcionado ao manejo e de dificuldades com aleitamento materno. É um atendimento prestado à clientes em diferentes fases do ciclo da vida e que requer conhecimento específico na área materno infantil. Etapas da estruturação do serviço – traçar objetivos: 1) Estruturar material de atendimento 2) Determinar valores para consultas 3) Determinar o público alvo 4) Determinar estratégia de marketing 5) Feedback Todas as etapas andam juntas e devem ser pensadas a cada nova fase profissional Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 O material a ser utilizado para o atendimento deve ser de qualidade e adequado ao público com o qual se pretende trabalhar. Deve constar minimamente de materiais adequados para avaliação do estado nutricional e prescrição: - Jaleco identificado - Prontuários - Receituários - Carimbo - Balança – para aferição de peso adulto e infantil - Estadiômetro – para aferição de comprimento/ altura adulto e infantil - Fita métrica inelástica - Adipômetro Além destes, é fundamental dispor de materiais para a orientação prática do paciente, sempre levando em consideração o serviço a ser prestado, como por exemplo: - Orientação de cozinheiras: touca, luvas, utensílios de cozinha - Orientações de babás e introdução alimentar: utensílios para alimentação infantil - Promoção e manejo do aleitamento materno: boneco e mama didática O melhor material para atendimento é seu conhecimento! Invista em qualificação profissional; Mostre-se confiante e detentor do conhecimento; Porém, respeite a opinião e principalmente as experiências e vivencias pessoais de seu paciente Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 A determinação de valores a serem cobrados pelo serviço deve levar em conta diversos fatores: - tempo de consulta - tempo para deslocamento - materiais utilizados - material disponibilizado para o paciente Outros itens que podem agregar valor ao atendimento estão relacionados ao ambiente de atendimento, para aqueles profissionais que farão atendimento em consultório, além de visitas domiciliares. Dispor de um ambiente adequado, de boa aparência e localização pode ser um diferencial. Procure lugares nos quais o paciente possa encontrar outros serviços além do seu, pois os clientes com certeza levam em consideração toda e qualquer facilidade oferecida que viabilize a otimização do tempo ( estacionamento facilitado, conveniências próximas – farmácias, bancos, postos de gasolina, restaurantes..) Para escolha do público alvo o profissional deve determinar primeiramente uma opção dentro da área materno infantil é sugerido que o profissional dê início aos atendimentos com o público para o qual se vê mais preparado para atender, visando oferecer um atendimento de qualidade, e que à longo prazo possa refletir em um maior número de clientes satisfeitos, e outros clientes em busca do serviço. Com o passar o tempo, o gama de serviços pode expandir, mas é importante ter cautela para não perder o foco. Tenha sempre bem esclarecidos os objetivos de seu atendimento e para qual tipo de atendimento você está apto. Também é importante considerar os custos com formação e atualização profissional ao compor o valor das consultas Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 Após as definições iniciais deve –se pensar em como divulgar o seu trabalho/ serviço. Para tanto, definir a estratégia de marketing é fundamental. E muitas vezes é um dos fatores importantes para se ter um maior número de clientes, fazendo-se necessário investimento nesta ferramenta (contudo, vale lembrar que, antes de marketing o fundamental para a consolidação da imagem são o trabalho bem executado e a satisfação do cliente) Para a divulgação dos serviços é possível lançar mão de diversas estratégias, porém, há de se ter o cuidado para evitar propaganda desleal, e ainda propagandas indevidas. Alguns exemplos de estratégias possíveis: - flyer - folder - divulgação em mídia (rádio, televisão, jornal) - redes sociais (blog, instagram, facebook, twitter) Para quem, quando e onde eu devo divulgar meus serviços? A divulgação varia conforme o publico alvo! É preciso encontrar lugares frequentados pelo seu público. Trace metas. Pergunte-se: Onde estão as gestantes? Onde estão as crianças que eu quero atender? Onde estão as nutrizes? Quando você conseguir responder à estas perguntas, conseguirá determinar locais e mídias a serem utilizados para sua divulgação. Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 E então, após a prestação do serviço é sempre importante tentar obter o feedback do seu paciente. - deixar disponível uma área no blog ou e-mail para receber depoimentos - retomar o contato com o paciente para saber “notícias” - solicitar um retorno com a impressão do paciente sobre o serviço prestado Enfim, são diversos os fatores de facilitam a consolidação da imagem profissional e do serviço prestado. Trabalhar a imagem pessoal/ profissional é muito diferente de trabalhar a imagem de um produto. O produto do nutricionista Personal Diet é o serviço prestado (atendimento), e este está atrelado à sua imagem pessoal/profissional, uma vez que o Personal Diet estará presente em diversos setores da vida de seu paciente. O profissional bem educado, empático e bem capacitado agrega qualidade à sua imagem profissional, e consequentemente ao seu produto (atendimento). PERGUNTE-SE: EU SERIA MEU CLIENTE? EU ESTARIA SATISFEITO COM MEU ATENDIMENTO? COM A DISPONIBILIDADE DO MEU NUTRICIONISTA? EU ESTARIA CONFIANTE? Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 PRIMEIRA VISITA Para os atendimentos domiciliares: durante a primeira visita é importante deixar claro quais serão os serviços prestados, qual será o cronograma de visitas, quanto tempo de consulta, o que será feito em cada consulta. Para os atendimentos em consultório: para a maioria dos casos a primeira consulta segue a mesmo método de consulta domiciliar, porém, há casos em que o atendimento se resume em apenas uma consulta (normalmente quando o cliente vem até o profissional apenas para um “tira dúviads”, dispensando o acompanhamento). SEGUNDA VISITA E VISITAS SUBSEQUENTES A partir da segunda visita o profissional irá conhecer melhor seu cliente. Determinar as novas metas e verificar se a estratégia utilizadaestá sendo satisfatória para adesão ao tratamento. Disponibilize novos materiais: informativos, receitas, sugestões.. é uma maneira de agradar seu cliente! Ao longo do acompanhamento ofereça novos serviços (desde que você esteja apto para tal). Tenha parceiros que possam trabalhar ao seu lado e que tenham produtos que valorizem seu trabalho. Troque ideias com outros profissionais e com colegas de profissão: isto faz com que você cresça e tenha mais a oferecer à seus pacientes. Qual o objetivo do meu cliente? Como posso atender às expectativas? Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 CLIENTES QUE PROCURAM O SERVIÇO PERSONAL DIET BABY Mulheres que pretendem engravidar: cronograma conforme necessidade; orientações gerais sobre alimentação saudável e fertilidade; quando necessário – perda de peso saudável pré-gestação Gestantes: cronograma conforme orientação dos órgãos competentes – 1x/ mês ou em intervalos mais curtos , quando gestantes de alto risco; orientações pertinentes à fase da gestação para manutenção da saúde e controle do ganho de peso; iniciar orientações sobre aleitamento materno (baseado em evidências atuais) Nutrizes ou puérperas: cronograma conforme necessidade – orientações para perda de peso saudável; manutenção do aleitamento materno para as nutrizes; Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 Crianças: cronograma dependente da idade e necessidades; tratamento de patologias/ intolerâncias >> orientar consulta com profissional habilitado ** mãe – bebê para manejo e promoção do aleitamento: materno: não há cronograma específico ou pré-definido. Atendimento deve ser realizado sempre conforme a necessidade; se atendimento pré-natal >> orientações iniciais e promoção do aleitamento; se atendimento pós- natal: reforço de orientações e manejo das dificuldades (CASO O PROFISSIONAL NÃO SEJA APTO A REALIZAR TAIS ORIENTAÇÕES INDICAR OUTRO PROFISSIONAL E BANCOS DE LEITE DE SUA CIDADE) Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 DIFERENCIAIS O profissional não deve julgar seu paciente. Fique atendo aos relatos e seja empático. Após o relato você deverá ponderar, e após realizar suas orientações. Tente compreender os motivos pelos quais o paciente faz tal relato e seja um aliado para que as mudanças necessárias sejam realizadas. RESPEITAR OS LIMITES CONHECER o paciente além do prontuário APOIAR as decisões COMPREENDER as reais necessidades OUVIR as principais queixas Não julgar Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 Outros fatores que são importantes diferenciais - apresentação pessoal o vestimenta e sapatos o maquiagem o cabelos o unhas - disponibilidade para “urgências” do cliente - adequação da linguagem ao paciente – nem sempre é possível utilizar termos técnicos - seja ético - cumpra os combinados e os prazos - para pacientes que querem seguir o tratamento e são comprometidos vale pensar em pacotes de serviços (desconto) para facilitar a adesão - responda aos e-mails - caso disponibilize algum outro meio de comunicação – retorne o contato (não deixe seu cliente sem respostas) - tenha um sistema eficiente de agendamento de consultas (online, secretária..) - marque visitas em dias e horários mais adequados aos clientes - marque horário e cumpra o mesmo - ao confirmar as consultas/ visitas domiciliares, confirme também o endereço - retribua presentes - incentive seu paciente – ELOGIE Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 ATENDIMENTO NUTRICIONAL NA GESTAÇÃO E LACTAÇÃO A gestação é um período de maior demanda nutricional do ciclo de vida da mulher, uma vez que envolve rápida divisão celular e desenvolvimento de novos tecidos e órgãos. Os complexos processos que ocorrem no organismo durante a gestação demandam uma oferta maior de energia, proteínas, vitaminas e minerais para suprir as necessidades básicas e formar reservas energéticas para mãe e feto (Vitolo, 2008). AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE Tem como objetivo avaliar e acompanhar o estado nutricional da gestante e o ganho de peso durante a gestação para (Brasil 2006): - • Identificar gestantes em risco nutricional (baixo peso, sobrepeso ou obesidade) no início da gestação; - • Detectar as gestantes com ganho de peso baixo ou excessivo para a idade gestacional; - • Realizar orientação adequada para cada caso, visando à promoção do estado nutricional materno, condições para o parto e peso do recém-nascido Medidas antropométricas - Peso - Altura - Circunferência do braço e medida do do tríceps (Accioly, SAuders; Lacerda, 2009) o Avaliar modificação/ transferência de reserva o Fazer sempre as duas medidas o Parâmetro – medidas primeira consulta e evolução/ padrão de referência para mulheres CMB = Circunferência do braço (cm) – 0,314 x tríceps IMC = P/ A2 Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 Diagnóstico nutricional deve ser realizado a partir do IMC pré-gestacional. E então, será determinada a conduta, bem como, será feito o cálculo para determinar ganho de peso adequado. IMC (kg/m2) Classificação <18,5 Baixo Peso 18,5 a 24,9 Eutrofia ≥25 Sobrepeso 25 a 29,9 Pré-obeso 30 a 34,9 Obeso I 35 a 39,9 Obeso II ≥ 40 Obeso III www.abeso.org.br Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 CONDUTA A SER TOMADA, CONFORME CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL, A PARTIR DO IMC PRÉ GESTACIONAL (BRASIL, 2006) • história alimentar, hiperêmese gravídica, infecções, parasitoses, anemias e doenças debilitantes; • orientação nutricional > peso adequado e de hábitos alimentares saudáveis; • consulta em intervalo menor do que o habitual. Baixo peso (BP) • orientação nutricional > manutenção do peso adequado hábitos alimentares saudáveis; • seguir calendário habitual Adequad o (A) • investigar obesidade pré-gestacional, edema, polidrâmnio, macrossomia, gravidez múltipla e doenças associadas; • orientação nutricional > peso adequado e de hábitos alimentares saudáveis no período gestacional, não se deve perder peso; • consulta em intervalo menor que o habitual Sobrepeso e obesidade (S e O) Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 Após realizar a avaliação nutricional é fundamental realizar marcação no gráfico, para que possamos acompanhar a evolução do ganho de peso da gestante Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 *** atenção para avaliação de gestantes adolescentes: maturidade biológica deve ser levada em consideração Segundo São Paulo (2010), para adolescentes que engravidaram dois ou mais anos depois da menarca (em geral maiores de 15 anos), a interpretação dos achados é equivalente à das adultas. Para gestantes que engravidaram menos de dois anos após a menarca, é provável que se observe que muitas serão classificadas como de baixo peso. Nesses casos, o mais importanteé acompanhar o traçado, que deverá ser ascendente. Deve-se tratar a gestante adolescente como de risco nutricional, reforçar a abordagem nutricional e aumentar o número de visitas à unidade de saúde. - Percentil Escore z Classificação <3 <-2 Baixo Peso ≥3 <85 ≥ - 2 < +1 Eutrofia ≥85 <97 ≥ +1 < +2 Sobrepeso ≥97 ≥ +2 Pré-obeso Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 GESTANTE GEMELAR (Luke, 2005 apud Werutsky ET AL, 2008) Tendo em vista as alterações fisiológicas diferenciadas, as recomendações de ganho de peso para gestantes gemelares também é diferenciada. - Cálculo do IMC – pré gestacional e em todas as consultas com aferição da altura - - Classificação IMC para idade materna (MS, 2008) para determinar metas de ganho de peso - - Durante a gestação > classificação e avaliação pelos padrões de IMC para idade Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 Estado nutricional na gestação A gestação é um fenômeno que evolui sem intercorrências na maior parte dos casos (BUCHABQUI et al 2006). O crescimento fetal e peso ao nascer são influenciados pelo estado nutricional materno, não apenas no período gestacional mas primeiramente no período pré- concepção (MELO et al 2007). Existem diversos métodos disponíveis para aferir a quantidade de massa magra e massa gorda no organismo. Algumas técnicas utilizadas para estimar mais precisamente a gordura corporal, como bioimpedância elétrica, tomografia computadorizada, água duplamente marcada e densitometria por DEXA (dual-energy X-ray absorptiometry), além de serem de aplicabilidade complexa, têm custo bastante elevado, e portanto, não são utilizadas rotineiramente (MEI, GRUMMER-STRAWN e PIETROBELLI et al, 2002). A antropometria é uma das mais básicas ferramentas utilizadas na avaliação e diagnóstico nutricional. Medidas baseadas no peso e altura são as mais práticas para realizar diagnóstico do estado nutricional, tendo em vista sua simplicidade e baixo custo. Dentre estes métodos, o Índice de Massa Corporal (IMC), obtido através da divisão do peso atual pelo quadrado da altura/comprimento (IMC=P/A2), é o mais comumente utilizado para classificação de adultos em sobrepeso e obesidade, tendo sido também recomendado para a triagem de sobrepeso e obesidade em adolescentes (MEI, GRUMMER-STRAWN e PIETROBELLI et al, 2002). E mais recentemente, incorporado à lista de métodos recomendados para diagnóstico de sobrepeso e obesidade na infância (WHO, 2006). Estado nutricional materno e desenvolvimento fetal O ganho ponderal ao longo da gestação é um fator importante para o crescimento fetal (WELLS et al, 2006). Há consenso na literatura acerca do reconhecimento da influência do estado nutricional materno nos períodos pré-gestacional e gestacional, no resultado obstétrico, principalmente no peso ao nascer (TAKIMOTO et al, 2006; YEKTA et al, 2006). Padilha et al (2007) e Bondnar et al (2007) relatam maior risco de resultado obstétrico desfavorável para gestantes com desvio no ganho ponderal, sendo as obesas mais propensas ao desenvolvimento das síndromes hipertensivas da gestação. A obesidade, segundo WHO Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 (1995) representa um risco aumentado em cinco vezes para o desenvolvimento de pré- eclâmpsia entre aquelas mulheres com IMC acima de 35kg/m2. E ainda, segundo McDonald et al (2010), mulheres com sobrepeso e/ou obesidade têm maiores riscos de parto prematuro antes de 32 semanas e prematuridade induzida antes de 37 semanas. Mulheres obesas têm maior risco de desenvolvimento de disfunção placentária em função do fluxo sanguíneo debilitado (KRISTENSEN et al 2005), tendo em vista que alteração no perfil lipídico é uma comorbidade característica da obesidade (GELONEZE et al, 2007) e hiperlipidemia pode, através de uma redução na secreção de prostaciclinas e uma elevação da produção de tromboxanos, aumentar o risco de trombose e diminuir a perfusão placentária. Ganho de peso abaixo do recomendado, durante a gestação também é fator de risco para desfechos obstétricos insatisfatórios. Diversos fatores parecem influenciar para o ganho de peso insuficiente na gestação, como idade materna precoce, baixa estatura, baixos níveis sócio econômicos e educacionais, etilismo, droga dicção e baixa ingestão calórica (IOM, 2007). E o baixo ganho de peso na gestação (abaixo das faixas de ganho de peso recomendadas pelo IOM, 1990) também está relacionado ao crescimento fetal, sendo associado à restrição de crescimento intrauterino e consequente nascimento de crianças pequenas para idade gestacional e/ou com baixo peso ao nascimento (ABRAMS et al 2000). Segundo Spinillo et al (1998), o risco de parto prematuro espontâneo associado ao baixo IMC pré-gestacional é maior em mulheres gestantes com menor ganho ponderal nos 2o e 3o trimestre gestacional, quando comparadas com aquelas com maior ganho de peso neste período. Além da obesidade, outras situações maternas podem interferir no desenvolvimento da gestação e influenciar no nascimento de crianças pequenas para aidade gestacional. A hipertensão crônica materna, uma das mais comuns condições apresentadas durante a gestação, é uma das situações maternas intimamente relacionada com nascimento PIG, bem como a presença de pré-eclampsia (McCOWAN e HORGAN, 2009). Pré-eclâmpsia é uma desordem multifatorial da gestação, caracterizada pela presença de hipertensão e proteinúria. Em casos mais severos pode haver comprometimento hepático, cerebral e renal, resultando em limitado funcionamento placentário e por conseguinte, retardo no crescimento fetal e parto prematuro (AYDIN et al, 2008). São diversos os fatores determinantes para uma gestação de alto risco, e tão Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 importante quanto a avaliação e acompanhamento maternos, a atenção ao recém-nascido é fundamental. Durante a gestação, a mulher necessita de uma quantidade maior de calorias para suprir o elevado gasto energético ocasionado pelo aumento da Taxa de Metabolismo Basal (TMB) e para formar os depósitos de energia dos tecidos materno e fetal (Vitolo, 2009) As alterações metabólicas da gestação promovem também, aumento nas necessidades de micronutrientes. Idealmente deve-se levar em consideração as recomendações das DRIs (Dietary REference Intake) para determinar as necessidades de micronutrientes para as gestantes (anexo 1). Ferro – essencial para síntese das hemácias e oxigenação do organismo; tem maior requerimento no último trimestre da gestação para suprir as necessidades maternas e também fetais. A carência de ferro pode levar à anemia materna, que aumenta as chances de parto prematuro e morte perinatal; além disto, pode comprometer o neurodesenvolvimento do bebê, determinando consequências a longo prazo. A recomendação atual é de 27mg/dia de ferro no 2º e 3º trimestres da gestação, sendo a suplementação medicamentosa uma medida profilática preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2003). Ácido Fólico – é precursor de diversos fatores enzimáticos envolvidos na síntese e divisão celular; tem papel fundamental na formação do tubo neural do feto. A suplementação está indicada para mulheres em idade fértil que pretendem engravidar (400μg) e deve continuar durante as primeiras semanas de gestação (600μg-800μg). Vitamina A - é essencial para diversos processos metabólicos, comoa diferenciação celular, o ciclo visual, o crescimento, a reprodução e para os sistemas antioxidante e imunológico. A recomendação de vitamina A é de 770μg/dia para mulheres gestantes. Ressalta-se que apesar da importância desta vitamina para o bom funcionamento do organismo, quantidades muito exacerbadas podem ser tóxicas, e por isto é importante o cuidado com a utilização de suplementos vitamínicos. Vitamina C – facilita absorção do ferro pelo organismo; possui ação antioxidante; A deficiência está relacionada à baixa produção de colágeno, com prematuridade e resultados obstétricos indesejáveis. É recomendada ingestão diária de 85mg para gestantes entre 19 e 50 anos, que é facilmente alcançada por meio da alimentação. Vitamina D – essencial para a saúde da criança e da gestante; importante coadjuvante Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 na mineralização óssea e na regulação de fósforo/potássio. A indicação de vitamina D para mulheres, gestante ou não, é de 5μg/dia, sendo que mulheres com exposição regular aos raios solares não necessitam de suplementação Zinco – mineral necessário à reprodução, diferenciação celular, crescimento e desenvolvimento, bem como auxilia na manutenção do sistema imunológico. Sendo a deficiência relacionada à maior chance de aborto espontâneo, retardo do crescimento intrauterino (RCIU), prematuridade, pré-eclâmpsia. Quando necessário, a suplementação deste mineral está indicada em doses de 25mg/dia de zinco Cálcio – essencial para formação óssea e dentição. O período de maior requerimento de cálcio por parte do feto é o último trimestre. Recomendação de 1000 mg/dia – Gestante e nutriz (19-50 anos)/ 1300 mg/dia – Gestantes e nutriz(14-18 anos) AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA NUTRIZ A demanda nutricional da mulher que amamenta também é aumentada, tendo relação direta com a produção de leite materno. No primeiro semestre de vida do bebê, a mulher pode produzir uma média de 800ml de leite/ dia, tendo um gasto energético médio de 500kcal/ dia para esta produção. Enquanto no segundo semestre, momento em que o bebê deverá iniciar a introdução da alimentação complementar e diminuir o número de mamadas, a mulher passa a produzir uma média de 550ml de leite/ dia, tendo então o gasto energético médio de 460kcal/ dia. Vale ressaltar que o acompanhamento deverá sempre ser individualizado, levando em consideração as particularidades de cada um dos pacientes. Demanda do bebê Produção de leite Demanda do bebê Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 Para aquelas puérperas que buscam atendimento para perda de peso, é importante lembrar que existem parâmetros para perda de peso segura, e que o aumento excessivo de peso durante a gestação não poderá ser compensado tão rapidamente como muitas mulheres desejam. Para a avaliação do estado nutricional da nutriz, utilizamos também o IMC como parâmetro para determinação da perda de peso segura, conforme quadro que segue: IMC (kg/m2) atual Meta PP recomendada < 18,5 Alcance de IMC saudável - >18,5 e < 25 Manutenção do peso - >25 e < 30 Perda de peso 0,5 a 1kg/mês >30 Perda de peso 0,5 – 2kg/mês Accioly (2009) Vale ressaltar que a atividade física deve ser recomendada para as nutrizes, mas sempre orientada por profissional habilitado. E para nutrizes obesas ou sobrepeso, uma dieta com restrição de até 500kcal aliada à atividade física, pode trazer benefícios para perda de peso, sem prejudicar o aleitamento materno. Adoçantes na gestação e lactação Os adoçantes são substitutos naturais ou artificiais do açúcar que conferem sabor doce com menor número de calorias por grama. Os adoçantes, como qualquer outra droga, também recebem uma classificação de risco potencial para uso na gravidez, criada pelo Food and Drug Administration (FDA) (Torloni et al, 2007). • Os adoçantes seguros para utilização durante a gestação são: – Acesulfame-K, – Aspartame – Sacarina – Sucralose - preferencialmente Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 LCPUFAS na gestação e lactação O consumo de alimentos fonte de LCPUFAS durante a gestação e lactação é seguro e indicado, proporcionando aumento dos níveis de DHA e EPA na corrente sanguínea materna e transferência para o feto sendo depositados no cérebro e na retina, bem como no leite materno durante a lactação. Diversos estudos relacionam maiores níveis de DHA e EPA (durante a gestação e lactação com melhores resultados em testes de QI e melhor acuidade visual de recém-nascidos e crianças) (Silva et al 2007; Bernardi et al 2012). Restrições alimentares na gestação e lactação Segundo o Consenso Brasileiro de Alergia Alimentar (2007) não há indicação de dietas restritivas hipoalergênicas para gestante no último trimestre de gestação e nutrizes; Bem como restrições de ovo, leite de vaca e peixe não são recomendadas a priori, somente em situações individualizadas. Embora existam alguns estudos relacionando o consumo de polifenóis durante a gestação com a persistência do canal arterial, há de se lembrar que OS ÓRGÃOS COMPETENTES NÃO RECOMENDAM A EXCLUSÃO DE ALIMENTOS RICOS EM COMPOSTOS FENÓLICOS, MAS SIM O CONSUMO ADEQUADO, DENTRO DO RECOMENDADO PARA CADA UMA DAS GESTANTES. Segundo Freitas et al (2010) as evidências atuais da literatura afirmam que, ingeridos dentro dos parâmetros habituais, os alimentos ricos em polifenóis são seguros para as gestantes e seus fetos. Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 ATENDIMENTO PERSONALIZADO NA PRIMEIRA INFÂNCIA A Organização da saúde e o Ministério da Saúde preconizam: ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO ATÉ O 6O MÊS DE VIDA E COMPLEMENTAR ATÉ OS DOIS ANOS OU MAIS O Personal diet baby não necessariamente está apto a prestar o atendimento específico para consultoria em aleitamento materno, portanto, nestes casos deve indicar profissional com habilidade e experiência para prestar o serviço. Porém, cabe ao profissional realizar promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. E estas ações podem ter início durante o pré-natal, através de rodas de conversas mini cursos para famílias, bate papo; ou seja, atividades que possam proporcionar um momento para explicações sobre as vantagens do aleitamento materno, sobre as novas condutas, sobre eventuais dificuldades, e principalmente para que seja possível conhecer os medos e as dúvidas das pacientes e seus familiares no que tange o assunto amamentação. Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 Como estruturar o cronograma de consultas para crianças Introdução da alimentação complementar Educação nutricional – orientações para alimentação saudável Tratamento – obesidade; sobrepeso; Periodicidade conforme definição do profissional >> deve ser o suficiente para acompanhar a evolução do paciente em relação à alimentação Dependente da idade da criança e da aceitação quanto aos combinados Sugestão: 1 x a cada 20 dias para retomar os combinados nos primeiros 2 meses e após, 1x/mês No momento em que a criança já estiver adaptada às mudanças 1x a cada 2 ou 3 meses Visitas ou consultas a cada 15 dias nos primeiros 2 meses - apoio para que a criança lembre da importânciadas mudanças - apoio para que os pais consigam auxiliar a criança na implementação das mudanças Para todos os profissionais que trabalham na área infantil é fundamental conhecer os marcos dos desenvolvimento. Para tanto seguem algumas definições: Definições básicas de desenvolvimento “Desenvolvimento é o aumento da capacidade do indivíduo na realização das funções cada vez mais complexas” ( Marcondes et al, 1991) “Desenvolvimento são mudanças nas estruturas físicas e neurológicas, cognitivas e comportamentais que emergem de maneira ordenada e são relativamente duradoura” (Mussen et al, 1995) “Desenvolvimento infantil é um processo que começa na concepção, e envolve vários aspectos, compreendendo crescimento e, maturação física, neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva da criança” (OPAS, 2005) Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 Desenvolvimento X Crescimento Crescimento somático é o aumento do tamanho do corpo e está associado à multiplicação celular (hiperplasia) e ao aumento do tamanho das células (hipertrofia), como por exemplo: peso, altura/ estatura e composição corporal. Desenvolvimento é a aquisição das funções, sendo associado à diferenciação celular e à maturação dos diferentes sistemas e órgãos, como por exemplo: a capacidade de sustentação da cabeça, a manipulação de objetos, o controle esfincteriano e a linguagem. Segundo a OPAS (2005), um desenvolvimento infantil satisfatório, principalmente nos primeiros anos de vida, contribui para a formação de um sujeito com suas potencialidades desenvolvidas, com maior possibilidade de tornar-se um cidadão mais resolvido, apto a enfrentar as adversidades que a vida oferece, reduzindo assim as disparidades sociais e econômicas da nossa sociedade. A Caderneta da Criança – Ministério da Saúde / Brasil apresenta uma parte dedicada ao uso/ preenchimento exclusivo por parte dos profissionais da área da saúde, englobando diversas áreas assistenciais, promovendo interação entre as mesmas. Está disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=29889&janela=1 Neste material encontramos área específica com, por exemplo, dados do nascimento, da gravidez e puerpério, além do espaço reservado para a VIGILÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO, no qual são preenchidos campos com dados das consultas, exames, vacinas e toda e qualquer intervenção realizada/ ocorrida para com a criança. Para acompanhar o desenvolvimento da criança, a caderneta do Ministério da Saúde dispõe também de uma tabela na qual estão os marcos do desenvolvimento esperados, por idade, e dicas de como o profissional deve investigar a presença ou não destes marcos. Tais marcos estão também representados, de maneira menos detalhada, por um dos gráficos da Organização Mundial da Saúde. Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 Durante o acompanhamento nutricional infantil (em consultório ou visita domiciliar), a avaliação nutricional se faz necessária. Contudo, eventualmente é possível não realizar as medidas antropométricas; porém, a não aferição de medidas cabe APENAS para aquelas crianças que a) estão em dia com a consulta de puericultura e compareceram à mesma em menos de 15 dias E b) estão na fase de introdução da alimentação complementar e cujo as mães solicitam apenas orientações (sobre preparo, combinações de alimentos e melhor maneira de proceder com a introdução alimentar) {muitas vezes as mães vão à consulta sozinhas, inclusive; pois estão em busca de orientações bem específicas sobre preparo) PARA QUALQUER OUTRO CASO A AFERIÇÃO DE MEDIDAS É ESSENCIAL E INDISPENSÁVEL E será a partir desta avaliação que as sugestões e planos alimentares serão elaborados. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NO RECÉM-NASCIDO E DA CRIANÇA (VITOLO, 2009; COSTA e KAC, 2002; FALCÃO, 2003, 2009; CARDOSO e FALCÃO, 2006) É essencial estabelecer um roteiro para avaliação nutricional do recém-nascido, principalmente prematuros, com o intuito de se fazer um diagnóstico nutricional Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 adequado e consequentemente prosseguir com uma conduta e/ou terapia nutricional adequada. Durante o processo de crescimento e desenvolvimento, a composição corporal sofre mudanças e a avaliação nutricional deve utilizar ferramentas que possam refletir adequadamente tais alterações. A avaliação do estado nutricional tem por objetivo verificar o crescimento e as proporções corporais em um indivíduo ou comunidade, visando estabelecer atitudes de intervenção. A antropometria consiste na avaliação das dimensões físicas e da composição global do corpo humano. Segundo a OMS (1995), mesmo considerando suas limitações, a antropometria tem se revelado como o método isolado mais adequado para diagnóstico nutricional, tanto em nível populacional quanto individual, sobretudo na infância e adolescência, pela facilidade de execução, uma vez que é realizado por profissionais treinados e é um método de baixo custo. ETAPAS DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1) A ANAMNESE CLÍNICA - Deve ser realizada minuciosamente, sendo necessário colher dados desde a gestação até o presente momento. a) Gestação e parto Estado nutricional prévio e ganho de peso durante a gestação Doenças associadas (HAS, DM, PEG...) Uso de medicamentos e de suplementos vitamínicos e minerais Tabagismo, etilismo ou uso de drogas ilícitas Gestação planejada ou não Tipo de parto Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 b) Período neonatal Peso, comprimento e perímetro cefálico ao nascer Intercorrências ou doenças no primeiro mês de vida Aleitamento materno c) Fase de lactente (1-2 anos) Aleitamento materno Intercorrências (doenças, internações..) História alimentar detalhada Uso de suplementos vitamínicos e minerais Condições de habitação e saneamento Atividades da vida diária Desenvolvimento neuropsicomotor, cognitivo e social 1.A) ANAMNESE NUTRICIONAL a) Recordatório alimentar de 24 horas b) Registro Alimentar de 1 ou 3 dias c) Questionário de Frequência Alimentar 2) EXAME FÍSICO No exame físico são avaliadas características do corpo. Através desta avaliação podemos constatar sinais de deficiência nutricional leve, moderada ou grave. O anexo 4 trás uma tabela com os sinais físicos de risco nutricional. Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 3) ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL As medidas antropométricas mais comumente utilizadas para avaliação do estado nutricional em pediatria são PESO, COMPRIMENTO E PERÍMETRO CEFÁLICO. E para avaliação da composição corporal o ÍNDICE DE MASSA CORPORAL e as medidas das DOBRAS CUTÂNEAS e da CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO. Para crianças nascidas a termo, utiliza-se as curvas da OMS (2006) como padrão ouro para avaliação nutricional. Enquanto para crianças prematuras utiliza-se a curva de Fenton (2013) Contudo, antes de realizar avaliação do estado nutricional pelos meios antropométricos é importante determinar a IDADE GESTACIONAL do recém-nascido, assim, a avaliação dos dados será realizada de acordo com o desenvolvimento fisiologicamente esperado para aquela criança. Portanto, é importante saber a classificação dos recém-nascidos de acordo com as semanas de gestação: RN a termo – acima de 37semanas RN prematuro – < 37 semanas PESO O peso expressa a dimensão da massa orgânica e inorgânica das células, dos tecidos de sustentação, órgãos, músculos, ossos, gordura e água. É uma medida composta, que reflete de maneira geral o conteúdo de músculos, pele, ossos e desenvolvimento dos órgãos internos. Peso de nascimento é considerado um dos melhores parâmetros para avaliação do crescimento perinatal, sendo que qualquer alteração no mesmo pode refletir distúrbios agudos ou crônicos, bem como pode mostrar a eficácia ou não da terapia nutricional. É a variável antropométrica que expressa a dimensão da massa ou volume corporal, constituído tanto pelo tecido adiposo quanto pela massa magra. O peso ao nascer, obtido na primeira hora após o nascimento, reflete as condições nutricionais do recém-nascido e da gestante, sendo considerado indicador Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 apropriado de saúde individual. Além disto, influencia o crescimento e desenvolvimento da criança, tendo também repercussão na vida adulta. A avaliação do aumento do peso é a medida que melhor define a saúde e o estado nutricional da criança, tendo em vista que distúrbios na saúde e nutrição, independentemente de suas etiologias, invariavelmente afetam o crescimento infantil. Sendo assim, temos também uma classificação para os recém-nascidos de acordo com o peso de nascimento: PN Classificação >2500 Peso normal 1500- 2500 Baixo Peso < 1500 Muito baixo peso < 1000g Extremo Baixo Peso Devemos ainda classificar o recém-nascido de acordo com o peso para a idade gestacional, conforme gráfico de Alexander et al (1996) sendo a classificação distribuída em: ● GIG – gigante para a idade gestacional- aqueles bebês classificados acima do percentil 90 do gráfico ● AIG – adequado para a idade gestacional- aqueles bebês classificados entre o percentil 10 e o percentil 90 do gráfico ● PIG- pequeno para a idade gestacional - aqueles bebês classificados abaixo do percentil 10 do gráfico *** PIG podem ser proporcionais ou simétricos: afetados tanto o peso quanto o Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 comprimento, desde o primeiro trimestre da gravidez. Essas crianças nascem pequenas mas com proporções idênticas aos parâmetros da normalidade, ou *** PIG podem ser desproporcionais ou assimétricos: recebem influências no terceiro trimestre, quando o peso aumentaria mais que o comprimento perda de peso com manutenção do comprimento e PC dentro da normalidade. Como aferir o peso a. Utilizar balança pediátrica até os 2 anos de idade b. utilizar sempre balança calibrada c. recém-nascido ou criança devem ser despidos – em temperaturas muito frias devem ficar com o mínimo de roupa possível COMPRIMENTO Esta medida reflete as diferenças do potencial genético do crescimento e sofre menor influência da nutrição fetal. Ao contrário do peso, o comprimento não é influenciado pelo estado hídrico e nem sofre variação negativa. Estatura é o indicador do tamanho corporal e do crescimento linear da criança. Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 Como aferir o comprimento a. Criança deitada de barriga pra cima – braços e ombros alinhados ao corpo b. Fixar cabeça – ajuda da mãe, pai ou responsável c. Esticar as pernas – calcanhares devem estar em contato com a parte móvel PERÍMETRO CEFÁLICO A medida do perímetro cefálico tem relação direta com o tamanho do encéfalo, e consequentemente, seu aumento proporcional indica crescimento adequado e melhor prognóstico neurológico. O perímetro cefálico é a medida antropométrica menos afetada por uma nutrição inadequada e á a primeira que cresce ao se atingir uma oferta proteico-calórica ideal. Como aferir o perímetro cefálico a. utilizar fita métrica inelástica b. transpassar a fita c. realizar a leitura da medida na lateral da cabeça - acima da orelha CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO É uma medida que reflete tanto as reservas de energia quanto a massa magra, sendo utilizada como uma alternativa na avaliação do estado nutricional em situações nas quais a criança está impossibilitada de ser pesada e medida. A circunferência do braço pode ser utilizada isoladamente ou em associação com a medida das dobras cutâneas. O ponto de corte para esta medida, segundo a OMS (1995) é de 12,5 cm, sendo medidas abaixo deste ponto indicativo de baixo peso. Como aferir a circunferência do braço a. localizar o ponto médio do braço com o braço flexionado b. passar a fita métrica no ponto médio, sem comprimir o tecido Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL Este índice está sendo amplamente empregado por ser o melhor e mais útil marcador de adiposidade, ou seja, um índice que reflete a proporcionalidade do crescimento. Além da validação do IMC como um bom marcador de adiposidade em crianças, o interesse pelo seu uso cresceu à medida que se notou a possibilidade deste índice na infância ser preditivo para um mesmo indivíduo na idade adulta. DOBRAS CUTÂNEAS A medida das dobras cutâneas promove uma estimativa do depósito de gordura e obesidade. Estudos sobre balanço nutricional demonstraram que a estimativa apropriada da quantidade de gordura corpórea total e da porcentagem do peso que equivale ao tecido adiposo é muito importante na determinação da oferta adequada de proteína e energia, principalmente para crianças prematuras e/ou em risco. O uso de dobras cutâneas para avaliação do estado nutricional é um método simples para aferição da massa gorda. A medida da dobra do tecido adiposo subcutâneo reflete uma proporção constante do total de gordura corporal. Contudo, tendo em vista que a concentração de gordura durante o período de crescimento infantil tem grande variabilidade, junto ao fato de a técnica ser um tanto desconfortável aos bebês, sua utilização ainda é mais difundida para fins de pesquisa, ou acompanhamento do estado nutricional para aquelas crianças nas quais as medidas antropométricas de rotina (peso, comprimento/ estatura) não são possíveis. Velocidade de Crescimento Fase intra-uterina A média da velocidade de crescimento do feto é de 1,2 a 1,5 cm/sem, mas apresenta grandes variações. A velocidade de crescimento no meio da gestação é de Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 2,5 cm/sem e diminui para quase 0,5 cm/sem logo antes do nascimento. O final da gestação é caracterizado, portanto, por baixa velocidade de crescimento e intenso ganho ponderal. Fase do lactente A velocidade de crescimento continua elevada, porém é menor do que na fase intra-uterina. O primeiro ano de vida é caracterizado por maior velocidade de crescimento (cerca de 25 cm/ano), sobretudo nos primeiros seis meses, a qual se reduz a partir do segundo ano (15 cm/ano). Nessa fase, os principais fatores implicados no crescimento da criança são os nutricionais e ambientais Valores médios de ganho de peso por dia, por trimestre, referencial NCHS 77/78 1o trimestre: 700g/mês – 25-30g/dia 2o trimestre 600g/mês – 20g/dia 3o trimestre 500g/mês – 15g/dia 4o trimestre: 300g/mês – 10g/dia Fonte: SBP. Tratado de Pediatria, 2007 4) Parâmetros laboratoriais Os parâmetros laboratoriais servem para auxiliar no diagnóstico, determinaçãode tratamento e acompanhamento de crianças com déficit nutricional, no crescimento e desenvolvimento, a fim de se excluir enfermidades maiores. PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO/ DIAGNÓSTICO DO ESTADO NUTRICIONAL Em 2006 e 2007 a Organização Mundial da Saúde publicou as novas curvas de padrão de crescimento, que devem ser utilizadas para avaliação longitudinal do crescimento. O padrão da OMS deve ser usado para avaliar crianças de qualquer país, independente de etnia, condição socioeconômica e tipo de alimentação Disponíveis em : http://www.who.int/childgrowth/standards/en/ Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 Interpretação dos curvas de crescimento: - LINHA ASCENDENTE: representa crescimento satisfatório, desde que a linha permaneça entre os percentis 10 e 90. - Alerta: se a curva se mantiver acima do percentil 75 existe risco para sobrepeso e obesidade, devendo ser analisados outros fatores como genética, por exemplo. - LINHA RETA: representa crescimento estático, sendo necessário investigação para determinação dos fatores influenciadores. - LINHA DESCENDENTE: representa crescimento insatisfatório, risco para baixo peso/ desnutrição. Necessário estratégia de intervenção. Os valores críticos e o diagnóstico nutricional segundo as referencias da OMS 2006 e 2007 podem ser encontrados no site do Ministério da Saúde/ SISVAN - Norma Técnica. Disponível em: http://nutricao.saude.gov.br/sisvan.php?conteudo=curvas_cresc_oms A velocidade de crescimento e altura alcançadas nas diferentes idades da criança são fenótipos condicionados, relacionados à plasticidade do desenvolvimento e herança genética, que por sua vez, são relacionados à um ótimo estado nutricional, alimentação adequada e boas condições de vida Insatisfatório – risco para desnutrição / baixo peso Insatisfatório – “sem” crescimento Satisfatório – desde que entre P 10 e P 90 Alerta se > P 75 – risco para sobrepeso e ob. Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 PERÍMETRO CEFÁLICO Aumenta 2 cm/mês no primeiro trimestre de vida 1cm/mês no segundo trimestre 0,5 cm/mês no segundo semestre COMPRIMENTO Média 3,0 cm/ mês até o 4º mês Após diminui GANHO DE PESO Duplica PN até o 6º mês de vida > 20g/dia (>600g/mês) Triplica PN até 12 meses média de 15g/dia Quadruplica até os 2 anos de idade Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 UM POUCO SOBRE A CRIANÇA PREMATURA (ANXIETA, XAVIER; COLOSIMO, 2004) Os fatores determinantes do crescimento e desenvolvimento adequados para bebês pré-termo ainda geram divergências. Recém-nascidos prematuros deveriam a seguir um padrão de crescimento intrauterino, porém, a necessidade de desenvolvimento no meio extrauterino resulta em uma série de susceptibilidades que influenciam diretamente na capacidade de crescimento desta população. Em relação ao crescimento intrauterino, o 3º trimestre de gestação parece ser o mais crítico e importante para o ganho de peso fetal. Consequentemente, crianças prematuras perdem parte deste ganho. Recém-nascidos prematuros são crianças que tem a dinâmica de crescimento diferenciada no primeiro ano de vida, portanto devem ter acompanhamento nutricional direto, visto que as consequências das decisões com relação à nutrição durante este período podem durar por toda a vida . CATCH UP O déficit de crescimento pode ser recuperado em parte ou completamente, ou não recuperado. Aqueles recém-nascidos que não fazem o “catch-up” na fase esperada provavelmente não o farão. A média de crescimento durante o “cath-up” é de 40 a 45g/dia para PESO; 4cm/mês para COMPRIMENTO e 4,5cm/mês para PERÍMETRO CEFÁLICO. É muito difícil predizer o crescimento ideal de recém nascidos prematuros uma vez que o crescimento é um processo contínuo, complexo. Resultante da interação de diversos fatores genéticos, ambientais, nutricionais e hormonais. Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 IDADE CORRIGIDA Ao avaliar o crescimento e desenvolvimento de crianças nascidas pré-termo e/ou com baixo peso, deve-se levar em conta que, se utilizados as curvas de crescimento para crianças nascidas a termo, é provável que os pré-termo sejam classificados abaixo dos níveis adequados, portanto em toda e qualquer avaliação é indicado corrigir a idade da criança. Para corrigir a idade de crianças nascidas prematuras utilizamos a fórmula sugerida pela Academia Americana de Pediatria. E após calculada a idade corrigida, a avaliação deve ser realizada utilizando-se as curvas da Organização Mundial da Saúde, levando-se em conta a idade corrigida da criança no momento da avaliação. Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 ORIENTAÇÃO PARA INTRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR A orientação para introdução da alimentação complementar deve seguir o manual do Ministério da Saúde (2010) sobre alimentação para crianças menores de 2 anos, no qual são largamente explicados os 10 passos para alimentação saudável. Fonte: MS 2010; Manual SBP, 2012 Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Abrams B, ALtaman SL, Pickett K. Pregnancy weight gain: still controversial. Am J Clin Nutr 2000;71(suppl):1233S–41S. ALCIOLY E; SAUNDERS C; LACERDA E M A. Nutrição em obstetrícia e pediatria. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2009. ALEXANDER GR, HIMES JH, KAUFMAN RB, MOR J, KOGAN M. A United States national reference for fetal growth. Obstet Gynecol. 1996;87(2):163-8 Amancio, OMS; Bernardi, JLD; Goulart, A. 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