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Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD 
Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila do Curso 
Personal Diet Baby 
 
 
Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD 
Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 
 
 
ESTRUTURAÇÃO DO SERVIÇO 
O serviço de Personal Diet refere-se à prestação de um serviço personalizado; Neste serviço o 
paciente deve ser entendido também como cliente, tendo em vista que estará investindo em 
um serviço diferenciado. Para tanto é fundamental entender as necessidades do paciente e 
determinar se o seu serviço pode atender às expectativas do seu CLIENTE. 
O Personal Diet Baby visa atendimento às mulheres que pretendem engravidar, gestantes, 
nutrizes e crianças na primeira infância; deve englobar promoção do aleitamento materno e 
pode englobar também, atendimento direcionado ao manejo e de dificuldades com 
aleitamento materno. É um atendimento prestado à clientes em diferentes fases do ciclo da 
vida e que requer conhecimento específico na área materno infantil. 
Etapas da estruturação do serviço – traçar objetivos: 
1) Estruturar material de atendimento 
2) Determinar valores para consultas 
3) Determinar o público alvo 
4) Determinar estratégia de marketing 
5) Feedback 
 
 
 
 
 
 
Todas as etapas andam juntas 
e devem ser pensadas a cada 
nova fase profissional 
 
 
Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD 
Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 
 
O material a ser utilizado para o atendimento deve ser de qualidade e adequado ao público 
com o qual se pretende trabalhar. Deve constar minimamente de materiais adequados para 
avaliação do estado nutricional e prescrição: 
- Jaleco identificado 
- Prontuários 
- Receituários 
- Carimbo 
- Balança – para aferição de peso adulto e infantil 
- Estadiômetro – para aferição de comprimento/ altura adulto e infantil 
- Fita métrica inelástica 
- Adipômetro 
 
Além destes, é fundamental dispor de materiais para a orientação prática do paciente, sempre 
levando em consideração o serviço a ser prestado, como por exemplo: 
- Orientação de cozinheiras: touca, luvas, utensílios de cozinha 
- Orientações de babás e introdução alimentar: utensílios para alimentação infantil 
- Promoção e manejo do aleitamento materno: boneco e mama didática 
 
 
 
O melhor material para atendimento é seu conhecimento! 
Invista em qualificação profissional; Mostre-se confiante e detentor do conhecimento; 
Porém, respeite a opinião e principalmente as experiências e vivencias pessoais de seu 
paciente 
 
 
 
Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD 
Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 
 
A determinação de valores a serem cobrados pelo serviço deve levar em conta diversos 
fatores: 
- tempo de consulta 
- tempo para deslocamento 
- materiais utilizados 
- material disponibilizado para o paciente 
 
 
 
Outros itens que podem agregar valor ao atendimento estão relacionados ao ambiente de 
atendimento, para aqueles profissionais que farão atendimento em consultório, além de 
visitas domiciliares. Dispor de um ambiente adequado, de boa aparência e localização pode 
ser um diferencial. Procure lugares nos quais o paciente possa encontrar outros serviços além 
do seu, pois os clientes com certeza levam em consideração toda e qualquer facilidade 
oferecida que viabilize a otimização do tempo ( estacionamento facilitado, conveniências 
próximas – farmácias, bancos, postos de gasolina, restaurantes..) 
Para escolha do público alvo o profissional deve determinar primeiramente uma opção dentro 
da área materno infantil  é sugerido que o profissional dê início aos atendimentos com o 
público para o qual se vê mais preparado para atender, visando oferecer um atendimento de 
qualidade, e que à longo prazo possa refletir em um maior número de clientes satisfeitos, e 
outros clientes em busca do serviço. 
Com o passar o tempo, o gama de serviços pode expandir, mas é importante ter cautela para 
não perder o foco. Tenha sempre bem esclarecidos os objetivos de seu atendimento e para 
qual tipo de atendimento você está apto. 
 
 
Também é importante considerar os custos com formação e 
atualização profissional ao compor o valor das consultas 
 
 
Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD 
Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 
 
Após as definições iniciais deve –se pensar em como divulgar o seu trabalho/ serviço. Para 
tanto, definir a estratégia de marketing é fundamental. E muitas vezes é um dos fatores 
importantes para se ter um maior número de clientes, fazendo-se necessário investimento 
nesta ferramenta (contudo, vale lembrar que, antes de marketing o fundamental para a 
consolidação da imagem são o trabalho bem executado e a satisfação do cliente) 
Para a divulgação dos serviços é possível lançar mão de diversas estratégias, porém, há de se 
ter o cuidado para evitar propaganda desleal, e ainda propagandas indevidas. Alguns exemplos 
de estratégias possíveis: 
- flyer 
- folder 
- divulgação em mídia (rádio, televisão, jornal) 
- redes sociais (blog, instagram, facebook, twitter) 
 
 
Para quem, quando e onde eu devo divulgar meus serviços? 
A divulgação varia conforme o publico alvo! É preciso encontrar lugares frequentados pelo seu 
público. Trace metas. Pergunte-se: 
Onde estão as gestantes? 
Onde estão as crianças que eu quero atender? 
Onde estão as nutrizes? 
Quando você conseguir responder à estas perguntas, conseguirá determinar locais e mídias a 
serem utilizados para sua divulgação. 
 
 
 
 
Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD 
Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 
 
 
E então, após a prestação do serviço é sempre importante tentar obter o feedback do seu 
paciente. 
- deixar disponível uma área no blog ou e-mail para receber depoimentos 
- retomar o contato com o paciente para saber “notícias” 
- solicitar um retorno com a impressão do paciente sobre o serviço prestado 
 
Enfim, são diversos os fatores de facilitam a consolidação da imagem profissional e do serviço 
prestado. 
Trabalhar a imagem pessoal/ profissional é muito 
diferente de trabalhar a imagem de um produto. 
O produto do nutricionista Personal Diet é o serviço 
prestado (atendimento), e este está atrelado à sua 
imagem pessoal/profissional, uma vez que o Personal Diet 
estará presente em diversos setores da vida de seu 
paciente. 
O profissional bem educado, empático e bem capacitado 
agrega qualidade à sua imagem profissional, e 
consequentemente ao seu produto (atendimento). 
PERGUNTE-SE: EU SERIA MEU CLIENTE? EU ESTARIA SATISFEITO COM MEU ATENDIMENTO? COM 
A DISPONIBILIDADE DO MEU NUTRICIONISTA? EU ESTARIA CONFIANTE? 
 
 
Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD 
Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 
 
 
PRIMEIRA VISITA 
Para os atendimentos domiciliares: durante a primeira visita é importante deixar claro quais 
serão os serviços prestados, qual será o cronograma de visitas, quanto tempo de consulta, o 
que será feito em cada consulta. 
Para os atendimentos em consultório: para a maioria dos casos a primeira consulta segue a 
mesmo método de consulta domiciliar, porém, há casos em que o atendimento se resume em 
apenas uma consulta (normalmente quando o cliente vem até o profissional apenas para um 
“tira dúviads”, dispensando o acompanhamento). 
 
 
SEGUNDA VISITA E VISITAS SUBSEQUENTES 
A partir da segunda visita o profissional irá conhecer melhor seu cliente. Determinar as novas 
metas e verificar se a estratégia utilizadaestá sendo satisfatória para adesão ao tratamento. 
Disponibilize novos materiais: informativos, receitas, sugestões.. é uma maneira de agradar 
seu cliente! 
Ao longo do acompanhamento ofereça novos serviços (desde que você esteja apto para tal). 
Tenha parceiros que possam trabalhar ao seu lado e que tenham produtos que valorizem seu 
trabalho. Troque ideias com outros profissionais e com colegas de profissão: isto faz com que 
você cresça e tenha mais a oferecer à seus pacientes. 
Qual o objetivo do meu cliente? 
Como posso atender às expectativas? 
 
 
Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD 
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CLIENTES QUE PROCURAM O SERVIÇO PERSONAL 
DIET BABY 
 
 Mulheres que pretendem engravidar: cronograma 
conforme necessidade; orientações gerais sobre 
alimentação saudável e fertilidade; quando necessário – 
perda de peso saudável pré-gestação 
 
 Gestantes: cronograma conforme orientação dos órgãos 
competentes – 1x/ mês ou em intervalos mais curtos , 
quando gestantes de alto risco; orientações pertinentes à 
fase da gestação para manutenção da saúde e controle do 
ganho de peso; iniciar orientações sobre aleitamento 
materno (baseado em evidências atuais) 
 
 Nutrizes ou puérperas: cronograma conforme necessidade 
– orientações para perda de peso saudável; manutenção do 
aleitamento materno para as nutrizes; 
 
 
 
Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD 
Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 
 
 
 Crianças: cronograma dependente da idade e 
necessidades; tratamento de patologias/ intolerâncias >> 
orientar consulta com profissional habilitado 
 
 ** mãe – bebê para manejo e promoção do aleitamento: 
materno: não há cronograma específico ou pré-definido. 
Atendimento deve ser realizado sempre conforme a 
necessidade; se atendimento pré-natal >> orientações 
iniciais e promoção do aleitamento; se atendimento pós-
natal: reforço de orientações e manejo das dificuldades 
(CASO O PROFISSIONAL NÃO SEJA APTO A REALIZAR TAIS 
ORIENTAÇÕES INDICAR OUTRO PROFISSIONAL E BANCOS 
DE LEITE DE SUA CIDADE) 
 
 
 
 
 
 
 
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DIFERENCIAIS 
 
 
 
O profissional não deve julgar seu paciente. Fique atendo aos relatos e seja empático. 
Após o relato você deverá ponderar, e após realizar suas orientações. 
Tente compreender os motivos pelos quais o paciente faz tal relato e seja um aliado 
para que as mudanças necessárias sejam realizadas. 
RESPEITAR OS LIMITES 
CONHECER o paciente além do prontuário 
APOIAR as decisões 
COMPREENDER as reais necessidades 
OUVIR as principais queixas 
Não julgar 
 
 
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Outros fatores que são importantes diferenciais 
- apresentação pessoal 
o vestimenta e sapatos 
o maquiagem 
o cabelos 
o unhas 
- disponibilidade para “urgências” do cliente 
- adequação da linguagem ao paciente – nem sempre é possível utilizar termos 
técnicos 
- seja ético 
- cumpra os combinados e os prazos 
- para pacientes que querem seguir o tratamento e são comprometidos vale 
pensar em pacotes de serviços (desconto) para facilitar a adesão 
- responda aos e-mails 
- caso disponibilize algum outro meio de comunicação – retorne o contato (não 
deixe seu cliente sem respostas) 
- tenha um sistema eficiente de agendamento de consultas (online, secretária..) 
- marque visitas em dias e horários mais adequados aos clientes 
- marque horário e cumpra o mesmo 
- ao confirmar as consultas/ visitas domiciliares, confirme também o endereço 
- retribua presentes 
- incentive seu paciente – ELOGIE 
 
 
 
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ATENDIMENTO NUTRICIONAL NA GESTAÇÃO E LACTAÇÃO 
 
A gestação é um período de maior demanda nutricional do ciclo de vida da mulher, 
uma vez que envolve rápida divisão celular e desenvolvimento de novos tecidos e 
órgãos. Os complexos processos que ocorrem no organismo durante a gestação 
demandam uma oferta maior de energia, proteínas, vitaminas e minerais para suprir 
as necessidades básicas e formar reservas energéticas para mãe e feto (Vitolo, 2008). 
 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE 
Tem como objetivo avaliar e acompanhar o estado nutricional da gestante e o ganho 
de peso durante a gestação para (Brasil 2006): 
- • Identificar gestantes em risco nutricional (baixo peso, sobrepeso ou 
obesidade) no início da gestação; 
- • Detectar as gestantes com ganho de peso baixo ou excessivo para a idade 
gestacional; 
- • Realizar orientação adequada para cada caso, visando à promoção do estado 
nutricional materno, condições para o parto e peso do recém-nascido 
 
Medidas antropométricas 
- Peso 
- Altura 
- Circunferência do braço e medida do do tríceps (Accioly, SAuders; Lacerda, 2009) 
o Avaliar modificação/ transferência de reserva 
o Fazer sempre as duas medidas 
o Parâmetro – medidas primeira consulta e evolução/ padrão de 
referência para mulheres 
 
CMB = Circunferência do braço (cm) – 0,314 x tríceps 
IMC = P/ A2 
 
 
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Diagnóstico nutricional deve ser realizado a partir do IMC pré-gestacional. E então, 
será determinada a conduta, bem como, será feito o cálculo para determinar ganho de 
peso adequado. 
 
IMC (kg/m2) Classificação 
<18,5 Baixo Peso 
18,5 a 24,9 Eutrofia 
≥25 Sobrepeso 
25 a 29,9 Pré-obeso 
30 a 34,9 Obeso I 
35 a 39,9 Obeso II 
≥ 40 Obeso III 
www.abeso.org.br 
 
 
 
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CONDUTA A SER TOMADA, CONFORME CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO 
NUTRICIONAL, A PARTIR DO IMC PRÉ GESTACIONAL (BRASIL, 2006) 
 
• história alimentar, hiperêmese gravídica, 
infecções, parasitoses, anemias e doenças 
debilitantes; 
• orientação nutricional > peso adequado e de 
hábitos alimentares saudáveis; 
• consulta em intervalo menor do que o habitual. 
Baixo 
peso (BP) 
• orientação nutricional > manutenção do peso 
adequado hábitos alimentares saudáveis; 
• seguir calendário habitual 
Adequad
o (A) 
• investigar obesidade pré-gestacional, 
edema, polidrâmnio, macrossomia, 
gravidez múltipla e doenças 
associadas; 
• orientação nutricional > peso 
adequado e de hábitos alimentares 
saudáveis  no período gestacional, 
não se deve perder peso; 
• consulta em intervalo menor que o 
habitual 
Sobrepeso e 
obesidade (S e O) 
 
 
Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD 
Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 
 
 
Após realizar a avaliação nutricional é fundamental realizar marcação no gráfico, para 
que possamos acompanhar a evolução do ganho de peso da gestante 
 
 
 
 
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Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 
 
 
 
 
*** atenção para avaliação de gestantes adolescentes: maturidade biológica deve 
ser levada em consideração 
Segundo São Paulo (2010), para adolescentes que engravidaram dois ou mais anos 
depois da menarca (em geral maiores de 15 anos), a interpretação dos achados é 
equivalente à das adultas. Para gestantes que engravidaram menos de dois anos após 
a menarca, é provável que se observe que muitas serão classificadas como de baixo 
peso. Nesses casos, o mais importanteé acompanhar o traçado, que deverá ser 
ascendente. Deve-se tratar a gestante adolescente como de risco nutricional, reforçar 
a abordagem nutricional e aumentar o número de visitas à unidade de saúde. 
 
- 
 
Percentil Escore z Classificação 
<3 <-2 Baixo Peso 
≥3 <85 ≥ - 2 < +1 Eutrofia 
≥85 <97 ≥ +1 < +2 Sobrepeso 
≥97 ≥ +2 Pré-obeso 
 
 
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 GESTANTE GEMELAR 
(Luke, 2005 apud Werutsky ET AL, 2008) 
 Tendo em vista as alterações fisiológicas diferenciadas, as 
recomendações de ganho de peso para gestantes gemelares 
também é diferenciada. 
 
- Cálculo do IMC – pré gestacional e em todas as consultas com 
aferição da altura 
- 
- Classificação IMC para idade materna (MS, 2008) para determinar 
metas de ganho de peso 
- 
- Durante a gestação > classificação e avaliação pelos padrões de 
IMC para idade 
 
 
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Estado nutricional na gestação 
A gestação é um fenômeno que evolui sem intercorrências na maior parte dos casos 
(BUCHABQUI et al 2006). O crescimento fetal e peso ao nascer são influenciados pelo estado 
nutricional materno, não apenas no período gestacional mas primeiramente no período pré-
concepção (MELO et al 2007). 
Existem diversos métodos disponíveis para aferir a quantidade de massa magra e massa gorda 
no organismo. Algumas técnicas utilizadas para estimar mais precisamente a gordura corporal, 
como bioimpedância elétrica, tomografia computadorizada, água duplamente marcada e 
densitometria por DEXA (dual-energy X-ray absorptiometry), além de serem de aplicabilidade 
complexa, têm custo bastante elevado, e portanto, não são utilizadas rotineiramente (MEI, 
GRUMMER-STRAWN e PIETROBELLI et al, 2002). 
A antropometria é uma das mais básicas ferramentas utilizadas na avaliação e 
diagnóstico nutricional. Medidas baseadas no peso e altura são as mais práticas para realizar 
diagnóstico do estado nutricional, tendo em vista sua simplicidade e baixo custo. Dentre estes 
métodos, o Índice de Massa Corporal (IMC), obtido através da divisão do peso atual pelo 
quadrado da altura/comprimento (IMC=P/A2), é o mais comumente utilizado para classificação 
de adultos em sobrepeso e obesidade, tendo sido também recomendado para a triagem de 
sobrepeso e obesidade em adolescentes (MEI, GRUMMER-STRAWN e PIETROBELLI et al, 2002). 
E mais recentemente, incorporado à lista de métodos recomendados para diagnóstico de 
sobrepeso e obesidade na infância (WHO, 2006). 
Estado nutricional materno e desenvolvimento fetal 
O ganho ponderal ao longo da gestação é um fator importante para o crescimento 
fetal (WELLS et al, 2006). Há consenso na literatura acerca do reconhecimento da influência 
do estado nutricional materno nos períodos pré-gestacional e gestacional, no resultado 
obstétrico, principalmente no peso ao nascer (TAKIMOTO et al, 2006; YEKTA et al, 2006). 
Padilha et al (2007) e Bondnar et al (2007) relatam maior risco de resultado obstétrico 
desfavorável para gestantes com desvio no ganho ponderal, sendo as obesas mais propensas 
ao desenvolvimento das síndromes hipertensivas da gestação. A obesidade, segundo WHO 
 
 
Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD 
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(1995) representa um risco aumentado em cinco vezes para o desenvolvimento de pré-
eclâmpsia entre aquelas mulheres com IMC acima de 35kg/m2. E ainda, segundo McDonald et 
al (2010), mulheres com sobrepeso e/ou obesidade têm maiores riscos de parto prematuro 
antes de 32 semanas e prematuridade induzida antes de 37 semanas. 
Mulheres obesas têm maior risco de desenvolvimento de disfunção placentária em 
função do fluxo sanguíneo debilitado (KRISTENSEN et al 2005), tendo em vista que alteração 
no perfil lipídico é uma comorbidade característica da obesidade (GELONEZE et al, 2007) e 
hiperlipidemia pode, através de uma redução na secreção de prostaciclinas e uma elevação da 
produção de tromboxanos, aumentar o risco de trombose e diminuir a perfusão placentária. 
Ganho de peso abaixo do recomendado, durante a gestação também é fator de risco para 
desfechos obstétricos insatisfatórios. Diversos fatores parecem influenciar para o ganho de 
peso insuficiente na gestação, como idade materna precoce, baixa estatura, baixos níveis sócio 
econômicos e educacionais, etilismo, droga dicção e baixa ingestão calórica (IOM, 2007). E o 
baixo ganho de peso na gestação (abaixo das faixas de ganho de peso recomendadas pelo 
IOM, 1990) também está relacionado ao crescimento fetal, sendo associado à restrição de 
crescimento intrauterino e consequente nascimento de crianças pequenas para idade 
gestacional e/ou com baixo peso ao nascimento (ABRAMS et al 2000). 
Segundo Spinillo et al (1998), o risco de parto prematuro espontâneo associado ao 
baixo IMC pré-gestacional é maior em mulheres gestantes com menor ganho ponderal nos 2o e 
3o trimestre gestacional, quando comparadas com aquelas com maior ganho de peso neste 
período. 
Além da obesidade, outras situações maternas podem interferir no desenvolvimento 
da gestação e influenciar no nascimento de crianças pequenas para aidade gestacional. A 
hipertensão crônica materna, uma das mais comuns condições apresentadas durante a 
gestação, é uma das situações maternas intimamente relacionada com nascimento PIG, bem 
como a presença de pré-eclampsia (McCOWAN e HORGAN, 2009). 
Pré-eclâmpsia é uma desordem multifatorial da gestação, caracterizada pela presença 
de hipertensão e proteinúria. Em casos mais severos pode haver comprometimento hepático, 
cerebral e renal, resultando em limitado funcionamento placentário e por conseguinte, 
retardo no crescimento fetal e parto prematuro (AYDIN et al, 2008). 
São diversos os fatores determinantes para uma gestação de alto risco, e tão 
 
 
Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD 
Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 
 
importante quanto a avaliação e acompanhamento maternos, a atenção ao recém-nascido é 
fundamental. 
Durante a gestação, a mulher necessita de uma quantidade maior de calorias para 
suprir o elevado gasto energético ocasionado pelo aumento da Taxa de Metabolismo Basal 
(TMB) e para formar os depósitos de energia dos tecidos materno e fetal (Vitolo, 2009) 
As alterações metabólicas da gestação promovem também, aumento nas necessidades de 
micronutrientes. Idealmente deve-se levar em consideração as recomendações das DRIs 
(Dietary REference Intake) para determinar as necessidades de micronutrientes para as 
gestantes (anexo 1). 
Ferro – essencial para síntese das hemácias e oxigenação do organismo; tem maior 
requerimento no último trimestre da gestação para suprir as necessidades maternas e 
também fetais. A carência de ferro pode levar à anemia materna, que aumenta as chances de 
parto prematuro e morte perinatal; além disto, pode comprometer o neurodesenvolvimento 
do bebê, determinando consequências a longo prazo. A recomendação atual é de 27mg/dia 
de ferro no 2º e 3º trimestres da gestação, sendo a suplementação medicamentosa uma 
medida profilática preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2003). 
 Ácido Fólico – é precursor de diversos fatores enzimáticos envolvidos na síntese e 
divisão celular; tem papel fundamental na formação do tubo neural do feto. A suplementação 
está indicada para mulheres em idade fértil que pretendem engravidar (400μg) e deve 
continuar durante as primeiras semanas de gestação (600μg-800μg). 
Vitamina A - é essencial para diversos processos metabólicos, comoa diferenciação 
celular, o ciclo visual, o crescimento, a reprodução e para os sistemas antioxidante e 
imunológico. A recomendação de vitamina A é de 770μg/dia para mulheres gestantes. 
Ressalta-se que apesar da importância desta vitamina para o bom funcionamento do 
organismo, quantidades muito exacerbadas podem ser tóxicas, e por isto é importante o 
cuidado com a utilização de suplementos vitamínicos. 
Vitamina C – facilita absorção do ferro pelo organismo; possui ação antioxidante; A 
deficiência está relacionada à baixa produção de colágeno, com prematuridade e resultados 
obstétricos indesejáveis. É recomendada ingestão diária de 85mg para gestantes entre 19 e 50 
anos, que é facilmente alcançada por meio da alimentação. 
Vitamina D – essencial para a saúde da criança e da gestante; importante coadjuvante 
 
 
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na mineralização óssea e na regulação de fósforo/potássio. A indicação de vitamina D para 
mulheres, gestante ou não, é de 5μg/dia, sendo que mulheres com exposição regular aos raios 
solares não necessitam de suplementação 
Zinco – mineral necessário à reprodução, diferenciação celular, crescimento e 
desenvolvimento, bem como auxilia na manutenção do sistema imunológico. Sendo a 
deficiência relacionada à maior chance de aborto espontâneo, retardo do crescimento 
intrauterino (RCIU), prematuridade, pré-eclâmpsia. Quando necessário, a suplementação 
deste mineral está indicada em doses de 25mg/dia de zinco 
Cálcio – essencial para formação óssea e dentição. O período de maior requerimento 
de cálcio por parte do feto é o último trimestre. Recomendação de 1000 mg/dia – Gestante e 
nutriz (19-50 anos)/ 1300 mg/dia – Gestantes e 
nutriz(14-18 anos) 
 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA NUTRIZ 
A demanda nutricional da mulher que 
amamenta também é aumentada, tendo relação direta 
com a produção de leite materno. 
No primeiro semestre de vida do bebê, a mulher 
pode produzir uma média de 800ml de leite/ dia, tendo 
um gasto energético médio de 500kcal/ dia para esta 
produção. Enquanto no segundo semestre, momento 
em que o bebê deverá iniciar a introdução da 
alimentação complementar e diminuir o número de 
mamadas, a mulher passa a produzir uma média de 
550ml de leite/ dia, tendo então o gasto energético 
médio de 460kcal/ dia. Vale ressaltar que o acompanhamento deverá sempre ser 
individualizado, levando em consideração as particularidades de cada um dos pacientes. 
Demanda 
do bebê 
Produção 
de leite 
Demanda 
do bebê 
 
 
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Para aquelas puérperas que buscam atendimento para perda de peso, é importante 
lembrar que existem parâmetros para perda de peso segura, e que o aumento excessivo de 
peso durante a gestação não poderá ser compensado tão rapidamente como muitas mulheres 
desejam. 
Para a avaliação do estado nutricional da nutriz, utilizamos também o IMC como 
parâmetro para determinação da perda de peso segura, conforme quadro que segue: 
IMC (kg/m2) atual Meta PP recomendada 
< 18,5 Alcance de IMC saudável - 
>18,5 e < 25 Manutenção do peso - 
>25 e < 30 Perda de peso 0,5 a 1kg/mês 
>30 Perda de peso 0,5 – 2kg/mês 
Accioly (2009) 
 Vale ressaltar que a atividade física deve ser recomendada para as nutrizes, mas 
sempre orientada por profissional habilitado. E para nutrizes obesas ou sobrepeso, uma dieta 
com restrição de até 500kcal aliada à atividade física, pode trazer benefícios para perda de 
peso, sem prejudicar o aleitamento materno. 
 Adoçantes na gestação e lactação 
Os adoçantes são substitutos naturais ou artificiais do açúcar que conferem sabor 
doce com menor número de calorias por grama. Os adoçantes, como qualquer outra 
droga, também recebem uma classificação de risco potencial para uso na gravidez, criada 
pelo Food and Drug Administration (FDA) (Torloni et al, 2007). 
 
• Os adoçantes seguros para utilização durante a gestação são: 
– Acesulfame-K, 
– Aspartame 
– Sacarina 
– Sucralose - preferencialmente 
 
 
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LCPUFAS na gestação e lactação 
O consumo de alimentos fonte de LCPUFAS durante a 
gestação e lactação é seguro e indicado, proporcionando 
aumento dos níveis de DHA e EPA na corrente sanguínea 
materna e transferência para o feto sendo depositados no 
cérebro e na retina, bem como no leite materno durante a 
lactação. Diversos estudos relacionam maiores níveis de DHA e 
EPA (durante a gestação e lactação com melhores resultados 
em testes de QI e melhor acuidade visual de recém-nascidos e 
crianças) (Silva et al 2007; Bernardi et al 2012). 
 
 
Restrições alimentares na gestação e lactação 
Segundo o Consenso Brasileiro de Alergia Alimentar (2007) não há indicação de dietas 
restritivas hipoalergênicas para gestante no último trimestre de gestação e nutrizes; Bem 
como restrições de ovo, leite de vaca e peixe não são recomendadas a priori, somente em 
situações individualizadas. 
Embora existam alguns estudos relacionando o consumo de polifenóis durante a 
gestação com a persistência do canal arterial, há de se lembrar que OS ÓRGÃOS 
COMPETENTES NÃO RECOMENDAM A EXCLUSÃO DE ALIMENTOS RICOS EM COMPOSTOS 
FENÓLICOS, MAS SIM O CONSUMO ADEQUADO, DENTRO DO RECOMENDADO PARA CADA 
UMA DAS GESTANTES. Segundo Freitas et al (2010) as evidências atuais da literatura 
afirmam que, ingeridos dentro dos parâmetros habituais, os alimentos ricos em polifenóis 
são seguros para as gestantes e seus fetos. 
 
 
 
 
 
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ATENDIMENTO PERSONALIZADO NA PRIMEIRA 
INFÂNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Organização da saúde e o Ministério da Saúde preconizam: 
ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO ATÉ O 6O MÊS DE VIDA E 
COMPLEMENTAR ATÉ OS DOIS ANOS OU MAIS 
 
O Personal diet baby não necessariamente está apto a prestar o atendimento 
específico para consultoria em aleitamento materno, portanto, nestes casos deve 
indicar profissional com habilidade e experiência para prestar o serviço. 
Porém, cabe ao profissional realizar promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. E 
estas ações podem ter início durante o pré-natal, através de rodas de conversas mini cursos 
para famílias, bate papo; ou seja, atividades que possam proporcionar um momento para 
explicações sobre as vantagens do aleitamento materno, sobre as novas condutas, sobre 
eventuais dificuldades, e principalmente para que seja possível conhecer os medos e as 
dúvidas das pacientes e seus familiares no que tange o assunto amamentação. 
 
 
 
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Como estruturar o cronograma de consultas para crianças 
Introdução da 
alimentação 
complementar 
Educação nutricional – orientações 
para alimentação saudável 
Tratamento – obesidade; 
sobrepeso; 
Periodicidade 
conforme definição do 
profissional 
 
 >> deve ser o 
suficiente para 
acompanhar a 
evolução do paciente 
em relação à 
alimentação 
Dependente da idade da 
criança e da aceitação quanto 
aos combinados 
 
Sugestão: 1 x a cada 20 dias 
para retomar os combinados 
nos primeiros 2 meses e após, 
1x/mês 
 
No momento em que a criança 
já estiver adaptada às 
mudanças 1x a cada 2 ou 3 
meses 
Visitas ou consultas a cada 
15 dias nos primeiros 2 
meses 
- apoio para que a 
criança lembre da 
importânciadas 
mudanças 
 
- apoio para que os pais 
consigam auxiliar a 
criança na 
implementação das 
mudanças 
 
Para todos os profissionais que trabalham na área infantil é fundamental conhecer os 
marcos dos desenvolvimento. Para tanto seguem algumas definições: 
Definições básicas de desenvolvimento 
“Desenvolvimento é o aumento da capacidade do indivíduo na realização das 
funções cada vez mais complexas” ( Marcondes et al, 1991) 
“Desenvolvimento são mudanças nas estruturas físicas e neurológicas, 
cognitivas e comportamentais que emergem de maneira ordenada e são relativamente 
duradoura” (Mussen et al, 1995) 
“Desenvolvimento infantil é um processo que começa na concepção, e envolve 
vários aspectos, compreendendo crescimento e, maturação física, neurológica, 
comportamental, cognitiva, social e afetiva da criança” (OPAS, 2005) 
 
 
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Desenvolvimento X Crescimento 
Crescimento somático é o aumento do tamanho do corpo e está associado à 
multiplicação celular (hiperplasia) e ao aumento do tamanho das células (hipertrofia), 
como por exemplo: peso, altura/ estatura e composição corporal. 
Desenvolvimento é a aquisição das funções, sendo associado à diferenciação 
celular e à maturação dos diferentes sistemas e órgãos, como por exemplo: a 
capacidade de sustentação da cabeça, a manipulação de objetos, o controle 
esfincteriano e a linguagem. 
Segundo a OPAS (2005), um desenvolvimento infantil satisfatório, 
principalmente nos primeiros anos de vida, contribui para a formação de um sujeito 
com suas potencialidades desenvolvidas, com maior possibilidade de tornar-se um 
cidadão mais resolvido, apto a enfrentar as adversidades que a vida oferece, 
reduzindo assim as disparidades sociais e econômicas da nossa sociedade. 
A Caderneta da Criança – Ministério da Saúde / Brasil apresenta uma parte 
dedicada ao uso/ preenchimento exclusivo por parte dos profissionais da área da 
saúde, englobando diversas áreas assistenciais, promovendo interação entre as 
mesmas. Está disponível em: 
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=29889&janela=1 
Neste material encontramos área específica com, por exemplo, dados do 
nascimento, da gravidez e puerpério, além do espaço reservado para a VIGILÂNCIA DO 
DESENVOLVIMENTO, no qual são preenchidos campos com dados das consultas, 
exames, vacinas e toda e qualquer intervenção realizada/ ocorrida para com a criança. 
Para acompanhar o desenvolvimento da criança, a caderneta do Ministério da 
Saúde dispõe também de uma tabela na qual estão os marcos do desenvolvimento 
esperados, por idade, e dicas de como o profissional deve investigar a presença ou não 
destes marcos. Tais marcos estão também representados, de maneira menos 
detalhada, por um dos gráficos da Organização Mundial da Saúde. 
 
 
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Durante o acompanhamento nutricional infantil (em consultório ou visita domiciliar), 
a avaliação nutricional se faz necessária. 
Contudo, eventualmente é possível não realizar as medidas antropométricas; porém, 
a não aferição de medidas cabe APENAS para aquelas crianças que 
a) estão em dia com a consulta de puericultura e compareceram à mesma em 
menos de 15 dias E 
b) estão na fase de introdução da alimentação complementar e cujo as mães 
solicitam apenas orientações (sobre preparo, combinações de alimentos e 
melhor maneira de proceder com a introdução alimentar) {muitas vezes as 
mães vão à consulta sozinhas, inclusive; pois estão em busca de orientações 
bem específicas sobre preparo) 
PARA QUALQUER OUTRO CASO A AFERIÇÃO DE MEDIDAS É ESSENCIAL E 
INDISPENSÁVEL 
E será a partir desta avaliação que as sugestões e planos alimentares serão 
elaborados. 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NO RECÉM-NASCIDO E DA CRIANÇA 
(VITOLO, 2009; COSTA e KAC, 2002; FALCÃO, 2003, 2009; CARDOSO e FALCÃO, 2006) 
É essencial estabelecer um roteiro para avaliação nutricional do recém-nascido, 
principalmente prematuros, com o intuito de se fazer um diagnóstico nutricional 
 
 
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adequado e consequentemente prosseguir com uma conduta e/ou terapia nutricional 
adequada. 
Durante o processo de crescimento e desenvolvimento, a composição corporal 
sofre mudanças e a avaliação nutricional deve utilizar ferramentas que possam refletir 
adequadamente tais alterações. 
 A avaliação do estado nutricional tem por objetivo verificar o crescimento e as 
proporções corporais em um indivíduo ou comunidade, visando estabelecer atitudes 
de intervenção. A antropometria consiste na avaliação das dimensões físicas e da 
composição global do corpo humano. 
Segundo a OMS (1995), mesmo considerando suas limitações, a antropometria 
tem se revelado como o método isolado mais adequado para diagnóstico nutricional, 
tanto em nível populacional quanto individual, sobretudo na infância e adolescência, 
pela facilidade de execução, uma vez que é realizado por profissionais treinados e é 
um método de baixo custo. 
ETAPAS DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
1) A ANAMNESE CLÍNICA - Deve ser realizada minuciosamente, sendo necessário 
colher dados desde a gestação até o presente momento. 
a) Gestação e parto 
Estado nutricional prévio e ganho de peso durante a gestação 
Doenças associadas (HAS, DM, PEG...) 
Uso de medicamentos e de suplementos vitamínicos e minerais 
Tabagismo, etilismo ou uso de drogas ilícitas 
Gestação planejada ou não 
Tipo de parto 
 
 
 
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b) Período neonatal 
Peso, comprimento e perímetro cefálico ao nascer 
Intercorrências ou doenças no primeiro mês de vida 
Aleitamento materno 
c) Fase de lactente (1-2 anos) 
Aleitamento materno 
Intercorrências (doenças, internações..) 
História alimentar detalhada 
Uso de suplementos vitamínicos e minerais 
Condições de habitação e saneamento 
Atividades da vida diária 
Desenvolvimento neuropsicomotor, cognitivo e social 
1.A) ANAMNESE NUTRICIONAL 
a) Recordatório alimentar de 24 horas 
b) Registro Alimentar de 1 ou 3 dias 
c) Questionário de Frequência Alimentar 
2) EXAME FÍSICO 
No exame físico são avaliadas características do corpo. Através desta avaliação 
podemos constatar sinais de deficiência nutricional leve, moderada ou grave. O anexo 
4 trás uma tabela com os sinais físicos de risco nutricional. 
 
 
 
 
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3) ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL 
As medidas antropométricas mais comumente utilizadas para avaliação do 
estado nutricional em pediatria são PESO, COMPRIMENTO E PERÍMETRO CEFÁLICO. E 
para avaliação da composição corporal o ÍNDICE DE MASSA CORPORAL e as medidas das 
DOBRAS CUTÂNEAS e da CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO. Para crianças nascidas a termo, 
utiliza-se as curvas da OMS (2006) como padrão ouro para avaliação nutricional. 
Enquanto para crianças prematuras utiliza-se a curva de Fenton (2013) 
 Contudo, antes de realizar avaliação do estado nutricional pelos meios 
antropométricos é importante determinar a IDADE GESTACIONAL do recém-nascido, 
assim, a avaliação dos dados será realizada de acordo com o desenvolvimento 
fisiologicamente esperado para aquela criança. Portanto, é importante saber a 
classificação dos recém-nascidos de acordo com as semanas de gestação: 
RN a termo – acima de 37semanas 
RN prematuro – < 37 semanas 
PESO 
O peso expressa a dimensão da massa orgânica e inorgânica das células, dos 
tecidos de sustentação, órgãos, músculos, ossos, gordura e água. É uma medida 
composta, que reflete de maneira geral o conteúdo de músculos, pele, ossos e 
desenvolvimento dos órgãos internos. 
Peso de nascimento é considerado um dos melhores parâmetros para 
avaliação do crescimento perinatal, sendo que qualquer alteração no mesmo pode 
refletir distúrbios agudos ou crônicos, bem como pode mostrar a eficácia ou não da 
terapia nutricional. É a variável antropométrica que expressa a dimensão da massa ou 
volume corporal, constituído tanto pelo tecido adiposo quanto pela massa magra. 
O peso ao nascer, obtido na primeira hora após o nascimento, reflete as 
condições nutricionais do recém-nascido e da gestante, sendo considerado indicador 
 
 
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apropriado de saúde individual. 
Além disto, influencia o crescimento e desenvolvimento da criança, tendo 
também repercussão na vida adulta. A avaliação do aumento do peso é a medida que 
melhor define a saúde e o estado nutricional da criança, tendo em vista que distúrbios 
na saúde e nutrição, independentemente de suas etiologias, invariavelmente afetam o 
crescimento infantil. 
Sendo assim, temos também uma classificação para os recém-nascidos de 
acordo com o peso de nascimento: 
 
PN Classificação 
>2500 Peso normal 
1500- 2500 Baixo Peso 
< 1500 Muito baixo peso 
< 1000g Extremo Baixo Peso 
 
Devemos ainda classificar o recém-nascido de acordo com o peso para a idade 
gestacional, conforme gráfico de Alexander et al (1996) sendo a classificação 
distribuída em: 
● GIG – gigante para a idade gestacional- aqueles bebês classificados 
acima do percentil 90 do gráfico 
● AIG – adequado para a idade gestacional- aqueles bebês classificados 
entre o percentil 10 e o percentil 90 do gráfico 
● PIG- pequeno para a idade gestacional - aqueles bebês classificados 
abaixo do percentil 10 do gráfico 
 
*** PIG podem ser proporcionais ou simétricos: afetados tanto o peso quanto o 
 
 
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comprimento, desde o primeiro trimestre da gravidez. Essas crianças nascem 
pequenas mas com proporções idênticas aos parâmetros da normalidade, ou 
*** PIG podem ser desproporcionais ou assimétricos: recebem influências no terceiro 
trimestre, quando o peso aumentaria mais que o comprimento perda de peso com 
manutenção do comprimento e PC dentro da normalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como aferir o peso 
a. Utilizar balança pediátrica até os 2 anos de idade 
b. utilizar sempre balança calibrada 
c. recém-nascido ou criança devem ser despidos – em temperaturas muito 
frias devem ficar com o mínimo de roupa possível 
 
COMPRIMENTO 
Esta medida reflete as diferenças do potencial genético do crescimento e sofre 
menor influência da nutrição fetal. Ao contrário do peso, o comprimento não é 
influenciado pelo estado hídrico e nem sofre variação negativa. Estatura é o indicador 
do tamanho corporal e do crescimento linear da criança. 
 
 
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Como aferir o comprimento 
a. Criança deitada de barriga pra cima – braços e ombros alinhados ao corpo 
b. Fixar cabeça – ajuda da mãe, pai ou responsável 
c. Esticar as pernas – calcanhares devem estar em contato com a parte móvel 
 
PERÍMETRO CEFÁLICO 
A medida do perímetro cefálico tem relação direta com o tamanho do encéfalo, 
e consequentemente, seu aumento proporcional indica crescimento adequado e 
melhor prognóstico neurológico. O perímetro cefálico é a medida antropométrica 
menos afetada por uma nutrição inadequada e á a primeira que cresce ao se atingir 
uma oferta proteico-calórica ideal. 
Como aferir o perímetro cefálico 
a. utilizar fita métrica inelástica 
b. transpassar a fita 
c. realizar a leitura da medida na lateral da cabeça - acima da orelha 
 
CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO 
É uma medida que reflete tanto as reservas de energia quanto a massa magra, 
sendo utilizada como uma alternativa na avaliação do estado nutricional em situações 
nas quais a criança está impossibilitada de ser pesada e medida. A circunferência do 
braço pode ser utilizada isoladamente ou em associação com a medida das dobras 
cutâneas. O ponto de corte para esta medida, segundo a OMS (1995) é de 12,5 cm, 
sendo medidas abaixo deste ponto indicativo de baixo peso. 
Como aferir a circunferência do braço 
a. localizar o ponto médio do braço com o braço flexionado 
b. passar a fita métrica no ponto médio, sem comprimir o tecido 
 
 
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ÍNDICE DE MASSA CORPORAL 
Este índice está sendo amplamente empregado por ser o melhor e mais útil 
marcador de adiposidade, ou seja, um índice que reflete a proporcionalidade do 
crescimento. Além da validação do IMC como um bom marcador de adiposidade em 
crianças, o interesse pelo seu uso cresceu à medida que se notou a possibilidade deste 
índice na infância ser preditivo para um mesmo indivíduo na idade adulta. 
DOBRAS CUTÂNEAS 
A medida das dobras cutâneas promove uma estimativa do depósito de 
gordura e obesidade. Estudos sobre balanço nutricional demonstraram que a 
estimativa apropriada da quantidade de gordura corpórea total e da porcentagem do 
peso que equivale ao tecido adiposo é muito importante na determinação da oferta 
adequada de proteína e energia, principalmente para crianças prematuras e/ou em 
risco. 
O uso de dobras cutâneas para avaliação do estado nutricional é um método 
simples para aferição da massa gorda. A medida da dobra do tecido adiposo 
subcutâneo reflete uma proporção constante do total de gordura corporal. Contudo, 
tendo em vista que a concentração de gordura durante o período de crescimento 
infantil tem grande variabilidade, junto ao fato de a técnica ser um tanto 
desconfortável aos bebês, sua utilização ainda é mais difundida para fins de pesquisa, 
ou acompanhamento do estado nutricional para aquelas crianças nas quais as 
medidas antropométricas de rotina (peso, comprimento/ estatura) não são possíveis. 
Velocidade de Crescimento 
Fase intra-uterina 
A média da velocidade de crescimento do feto é de 1,2 a 1,5 cm/sem, mas 
apresenta grandes variações. A velocidade de crescimento no meio da gestação é de 
 
 
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2,5 cm/sem e diminui para quase 0,5 cm/sem logo antes do nascimento. O final da 
gestação é caracterizado, portanto, por baixa velocidade de crescimento e intenso 
ganho ponderal. 
Fase do lactente 
A velocidade de crescimento continua elevada, porém é menor do que na fase 
intra-uterina. O primeiro ano de vida é caracterizado por maior velocidade de 
crescimento (cerca de 25 cm/ano), sobretudo nos primeiros seis meses, a qual se 
reduz a partir do segundo ano (15 cm/ano). 
Nessa fase, os principais fatores implicados no crescimento da criança são os 
nutricionais e ambientais 
Valores médios de ganho de peso por dia, por trimestre, referencial NCHS 77/78 
1o trimestre: 700g/mês – 25-30g/dia 
2o trimestre 600g/mês – 20g/dia 
3o trimestre 500g/mês – 15g/dia 
4o trimestre: 300g/mês – 10g/dia 
Fonte: SBP. Tratado de Pediatria, 2007 
 
4) Parâmetros laboratoriais 
Os parâmetros laboratoriais servem para auxiliar no diagnóstico, determinaçãode tratamento e acompanhamento de crianças com déficit nutricional, no crescimento 
e desenvolvimento, a fim de se excluir enfermidades maiores. 
PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO/ DIAGNÓSTICO DO ESTADO NUTRICIONAL 
Em 2006 e 2007 a Organização Mundial da Saúde publicou as novas curvas de 
padrão de crescimento, que devem ser utilizadas para avaliação longitudinal do 
crescimento. O padrão da OMS deve ser usado para avaliar crianças de qualquer país, 
independente de etnia, condição socioeconômica e tipo de alimentação 
Disponíveis em : http://www.who.int/childgrowth/standards/en/ 
 
 
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Interpretação dos curvas de crescimento: 
- LINHA ASCENDENTE: representa crescimento satisfatório, desde que a linha 
permaneça entre os percentis 10 e 90. 
- Alerta: se a curva se mantiver acima do percentil 75 existe risco para sobrepeso e 
obesidade, devendo ser analisados outros fatores como genética, por exemplo. 
- LINHA RETA: representa crescimento estático, sendo necessário investigação para 
determinação dos fatores influenciadores. 
- LINHA DESCENDENTE: representa crescimento insatisfatório, risco para baixo peso/ 
desnutrição. Necessário estratégia de intervenção. 
Os valores críticos e o diagnóstico nutricional segundo as referencias da OMS 2006 e 
2007 podem ser encontrados no site do Ministério da Saúde/ SISVAN - Norma Técnica. 
Disponível em: http://nutricao.saude.gov.br/sisvan.php?conteudo=curvas_cresc_oms 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A velocidade de crescimento e altura alcançadas nas diferentes idades da criança são 
fenótipos condicionados, relacionados à plasticidade do desenvolvimento e herança 
genética, que por sua vez, são relacionados à um ótimo estado nutricional, alimentação 
adequada e boas condições de vida 
 
Insatisfatório – risco para desnutrição / 
baixo peso 
Insatisfatório – “sem” crescimento 
Satisfatório – desde que entre P 10 e P 90 
Alerta se > P 75 – risco para sobrepeso e ob. 
 
 
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PERÍMETRO CEFÁLICO 
Aumenta 2 cm/mês 
no primeiro 
trimestre de vida 
1cm/mês no 
segundo trimestre 
0,5 cm/mês no 
segundo semestre 
COMPRIMENTO 
Média 3,0 cm/ mês até o 4º mês Após diminui 
GANHO DE PESO 
Duplica PN até o 6º 
mês de vida > 
20g/dia 
(>600g/mês) 
Triplica PN até 12 
meses média de 
15g/dia 
Quadruplica até os 2 
anos de idade 
 
 
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UM POUCO SOBRE A CRIANÇA PREMATURA (ANXIETA, XAVIER; COLOSIMO, 2004) 
Os fatores determinantes do crescimento e desenvolvimento adequados para 
bebês pré-termo ainda geram divergências. Recém-nascidos prematuros deveriam a 
seguir um padrão de crescimento intrauterino, porém, a necessidade de 
desenvolvimento no meio extrauterino resulta em uma série de susceptibilidades que 
influenciam diretamente na capacidade de crescimento desta população. 
Em relação ao crescimento intrauterino, o 3º trimestre de gestação parece ser 
o mais crítico e importante para o ganho de peso fetal. Consequentemente, crianças 
prematuras perdem parte deste ganho. Recém-nascidos prematuros são crianças que 
tem a dinâmica de crescimento diferenciada no primeiro ano de vida, portanto devem 
ter acompanhamento nutricional direto, visto que as consequências das decisões com 
relação à nutrição durante este período podem durar por toda a vida . 
 
CATCH UP 
O déficit de crescimento pode ser recuperado em parte ou completamente, ou 
não recuperado. Aqueles recém-nascidos que não fazem o “catch-up” na fase 
esperada provavelmente não o farão. A média de crescimento durante o “cath-up” é 
de 40 a 45g/dia para PESO; 4cm/mês para COMPRIMENTO e 4,5cm/mês para 
PERÍMETRO CEFÁLICO. 
É muito difícil predizer o crescimento ideal de recém nascidos prematuros uma 
vez que o crescimento é um processo contínuo, complexo. Resultante da interação de 
diversos fatores genéticos, ambientais, nutricionais e hormonais. 
 
 
 
 
 
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IDADE CORRIGIDA 
Ao avaliar o crescimento e desenvolvimento de crianças nascidas pré-termo 
e/ou com baixo peso, deve-se levar em conta que, se utilizados as curvas de 
crescimento para crianças nascidas a termo, é provável que os pré-termo sejam 
classificados abaixo dos níveis adequados, portanto em toda e qualquer avaliação é 
indicado corrigir a idade da criança. 
Para corrigir a idade de crianças nascidas prematuras utilizamos a fórmula 
sugerida pela Academia Americana de Pediatria. E após calculada a idade corrigida, a 
avaliação deve ser realizada utilizando-se as curvas da Organização Mundial da Saúde, 
levando-se em conta a idade corrigida da criança no momento da avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ORIENTAÇÃO PARA INTRODUÇÃO DA 
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR 
A orientação para introdução da alimentação complementar deve 
seguir o manual do Ministério da Saúde (2010) sobre alimentação 
para crianças menores de 2 anos, no qual são largamente 
explicados os 10 passos para alimentação saudável. 
Fonte: MS 2010; Manual SBP, 2012 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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Nutr 2000;71(suppl):1233S–41S. 
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Rio de Janeiro: Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2009. 
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reference for fetal growth. Obstet Gynecol. 1996;87(2):163-8 
Amancio, OMS; Bernardi, JLD; Goulart, A. Growth And Energy Intake And Protein 
Intake Of Preterm Newborns In The First Year Of Gestation-Corrected Age. São Paulo 
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ANCHIETA LM, XAVIER CC, COLOSIMO EA. Crescimento de recém-nascidos pré-termo 
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http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/index.php?p=html&id=477 
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alimentar e nutricional – 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações 
ProgramáticasEstratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: 
atenção qualificada e humanizada – manual técnico/Ministério da Saúde, Secretaria de 
 
 
Apostila Personal Diet Baby – Modalidade EAD 
Nutricionista Ana Carolina Terrazzan CRN2 8330 
 
Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: 
Ministério da Saúde, 2006. 163 p. 
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