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Traqueostomia A traqueostomia é um procedimento cirúrgico que consiste em uma abertura realizada na traqueia, com inserção de um tubo (cânula), que permitirá a passagem do ar. A traqueia é um tubo vertical cilíndrico, cartilaginoso e membranoso, localizado entre a laringe e os brônquios, fortalecido por anéis de cartilagem, que levam o ar inspirado até os pulmões. A pratica de traqueostomias é mais comumente utilizada em pacientes de UTI, intubação prolongada (intubação prolongada normalmente após 7 dias para evitar necrose e complicações que podem ir até o esôfago) É importante saber adequadamente a anatomia. Anatomia Indicações 1.Obstrução de vias aéreas; suspeita de VAS quando o paciente apresenta dispnéia, estridor expiratório, inspiratório ou bifásico, alteração de voz, dor, tosse, redução ou ausência de sons respiratórios, instabilidade hemodinâmica e queda do nível de consciência (estes dois últimos eventos mais tardios). Essa obstrução pode ser por: -tumores -infecções -disfunções mecânicas -planejamento cirúrgico -traqueomalácia -anomalias congênitas das vias aéreas -queimaduras de vias aéreas -trauma – lesão medular -anafilaxia -doenças neuromusculares 2.Proteção de lesão traqueal -indicação + comum -via aérea mais estável/menor taxa de autoextubação -fonação/ingestão oral -projeção contra injúria traqueal -melhor higiene oral e pulmonar/diminui o risco de pneumonia associada a ventilação mecânica -diminui a necessidade de sedação do paciente – melhora o conforto do paciente -diminui a permanência do paciente na UTI “indicação/timing”: -mais de 10 dias de intubação orotraqueal -candidatos a traqueostomia precoce (2 a 5 dias) trauma raquimedular/TCE/ escore de Glasgow < 8/ AVC com impossibilidade de proteção de vias aéreas/ Síndrome de Guilain-Barré Técnicas cirúrgicas Qual a mais adequada ? -transversal: linhas de força + estética e + acumulo secreção -longitudinal - estética e + higiene A traqueostomia é um procedimento feito geralmente em um centro cirúrgico (porém pode ser realizados em outros locais, como por exemplo a UTI, no entanto é necessário arrumar o local adequadamente), sob anestesia geral, mas em algumas situações pode se fazer sob anestesia local. O cirurgião limpa a região onde será realizado o procedimento, faz um corte na traqueia para expor os anéis de cartilagem presentes nesta região, depois corta entre dois desses anéis (geralmente entre 2 e 3) e insere a cânula, de forma que a traqueia e o meio externo se comuniquem. Feito isso, são conectados os aparelhos de respiração artificial na ponta da cânula, que possui uma borda para evitar que ocorram vazamentos. Posicionar o paciente. Entender o pescoço do paciente para ter um melhor acesso a traqueia do paciente, exceto em causa de traumas, onde pode lesionar mais o paciente. -realizar uma incisão o menor possível Complicações -sangramento: eletrocautéreo e ligadura dos vasos, corrigir coagulação no pré-operatório, cuidado com dissecção muito inferior – artéria inominada -lesão de nervo: cuidado com a disseção lateral ou retração vigorosa da traquéia -pneumotorax -enfisema subcutâneo -fístula traqueo-esofágica -infecção -estenose -óbito Técnica cirúrgica aberta CUIDADOS: -indicação precisa -consentimento informado (eletivo) -beira do leito (UTI) ou centro cirúrgico -assegurar via aérea previamente SN -Acordado, sedado ou anestesiado -checar material e equipamento -antibioticoterapia Procedimento: -posicionamento (restrições, comorbidades) -infiltração com anestésico local -definir local da incisão baseado na indicação (horizontal ou vertical) -abertura do TCSC -divulsão musculatura na rafe mediana -isolamento da traquéia -istmo da tireóide -abertura da traquéia: horizontal, vertical, cruz, meia-lua, U, U invertido, T, H, O ou ressecção de anel -segundo à quarto anel traqueal -inserção da cânula de traqueostomia -posicionamento da cÂnula -insuflação do “cuff” -revisão da hemostasia -reparação ou não abas -curativo e fixação da canula Cricotireoidostomia Colocação de um tubo por uma incisão na membrana cricotireoide. Mais complicações – ESTENOSE -reservada para situação de emergência, quando a intubação translaríngea não é possível -relativamente rápida e de técnica simples -via aérea rápida é o procedimento mais indicado Indicações Indica quando há necessidade de via aérea de emergência e não há possibilidade, insucesso ou contraindicação, de intubação oro ou nasotraqueal. -hemorragia maciça -trismo – não abre a boca -lesões obstrutivas (tumores) + insuficiência respiratória -trauma Técnica cirúrgica – standart Técnica cirúrgica - rápida Técnica cirúrgica – seldinger
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