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Aula 4 -Traqueo-crico

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Traqueostomia
A traqueostomia é um procedimento cirúrgico que consiste em uma abertura realizada na traqueia, com inserção de um tubo (cânula), que permitirá a passagem do ar. A traqueia é um tubo vertical cilíndrico, cartilaginoso e membranoso, localizado entre a laringe e os brônquios, fortalecido por anéis de cartilagem, que levam o ar inspirado até os pulmões.
A pratica de traqueostomias é mais comumente utilizada em pacientes de UTI, intubação prolongada (intubação prolongada normalmente após 7 dias para evitar necrose e complicações que podem ir até o esôfago)
É importante saber adequadamente a anatomia.
Anatomia
Indicações
1.Obstrução de vias aéreas; suspeita de VAS quando o paciente apresenta dispnéia, estridor expiratório, inspiratório ou bifásico, alteração de voz, dor, tosse, redução ou ausência de sons respiratórios, instabilidade hemodinâmica e queda do nível de consciência (estes dois últimos eventos mais tardios). 
Essa obstrução pode ser por: 
-tumores 
-infecções 
-disfunções mecânicas
-planejamento cirúrgico
-traqueomalácia
-anomalias congênitas das vias aéreas 
-queimaduras de vias aéreas 
-trauma – lesão medular 
-anafilaxia 
-doenças neuromusculares 
2.Proteção de lesão traqueal
-indicação + comum 
-via aérea mais estável/menor taxa de autoextubação 
-fonação/ingestão oral 
-projeção contra injúria traqueal 
-melhor higiene oral e pulmonar/diminui o risco de pneumonia associada a ventilação mecânica 
-diminui a necessidade de sedação do paciente – melhora o conforto do paciente 
-diminui a permanência do paciente na UTI 
“indicação/timing”: 
-mais de 10 dias de intubação orotraqueal 
-candidatos a traqueostomia precoce (2 a 5 dias) trauma raquimedular/TCE/ escore de Glasgow < 8/ AVC com impossibilidade de proteção de vias aéreas/ Síndrome de Guilain-Barré
Técnicas cirúrgicas
Qual a mais adequada ?
-transversal: linhas de força + estética e + acumulo secreção
-longitudinal - estética e + higiene 
A traqueostomia é um procedimento feito geralmente em um centro cirúrgico (porém pode ser realizados em outros locais, como por exemplo a UTI, no entanto é necessário arrumar o local adequadamente), sob anestesia geral, mas em algumas situações pode se fazer sob anestesia local. 
O cirurgião limpa a região onde será realizado o procedimento, faz um corte na traqueia para expor os anéis de cartilagem presentes nesta região, depois corta entre dois desses anéis (geralmente entre 2 e 3) e insere a cânula, de forma que a traqueia e o meio externo se comuniquem. Feito isso, são conectados os aparelhos de respiração artificial na ponta da cânula, que possui uma borda para evitar que ocorram vazamentos.
Posicionar o paciente. 
Entender o pescoço do paciente para ter um melhor acesso a traqueia do paciente, exceto em causa de traumas, onde pode lesionar mais o paciente. 
-realizar uma incisão o menor possível
Complicações
-sangramento: eletrocautéreo e ligadura dos vasos, corrigir coagulação no pré-operatório, cuidado com dissecção muito inferior – artéria inominada
-lesão de nervo: cuidado com a disseção lateral ou retração vigorosa da traquéia
-pneumotorax 
-enfisema subcutâneo 
-fístula traqueo-esofágica 
-infecção 
-estenose 
-óbito 
Técnica cirúrgica aberta
CUIDADOS:
-indicação precisa
-consentimento informado (eletivo)
-beira do leito (UTI) ou centro cirúrgico 
-assegurar via aérea previamente SN 
-Acordado, sedado ou anestesiado 
-checar material e equipamento 
-antibioticoterapia
Procedimento: 
-posicionamento (restrições, comorbidades)
-infiltração com anestésico local 
-definir local da incisão baseado na indicação (horizontal ou vertical)
-abertura do TCSC
-divulsão musculatura na rafe mediana 
-isolamento da traquéia 
-istmo da tireóide 
-abertura da traquéia: horizontal, vertical, cruz, meia-lua, U, U invertido, T, H, O ou ressecção de anel 
-segundo à quarto anel traqueal 
-inserção da cânula de traqueostomia 
-posicionamento da cÂnula 
-insuflação do “cuff”
-revisão da hemostasia 
-reparação ou não abas 
-curativo e fixação da canula 
 
 
Cricotireoidostomia
Colocação de um tubo por uma incisão na membrana cricotireoide. 
Mais complicações – ESTENOSE
-reservada para situação de emergência, quando a intubação translaríngea não é possível
-relativamente rápida e de técnica simples
-via aérea rápida é o procedimento mais indicado
Indicações 
Indica quando há necessidade de via aérea de emergência e não há possibilidade, insucesso ou contraindicação, de intubação oro ou nasotraqueal.
-hemorragia maciça 
-trismo – não abre a boca
-lesões obstrutivas (tumores) + insuficiência respiratória 
-trauma 
Técnica cirúrgica – standart 
 
Técnica cirúrgica - rápida
Técnica cirúrgica – seldinger

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