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Políticas Públicas e Organização da Educação Básica

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Disciplina: Políticas públicas e organização de
Educação Básica
Aula 07: A base legal da Educação Básica no Brasil –
parte II
Apresentação
Na aula anterior estudamos um pouco sobre a LDB/96 e as DCNs, e vimos que esses documentos in�uenciam diretamente
todos aqueles que estão ligados às escolas e universidades.
Agora, continuaremos o estudo dos marcos legais da Educação brasileira, mas aprenderemos sobre alguns aspectos do
Plano Nacional da Educação (PNE) e do Estatuto da Criança e da Adolescência, e como esses instrumentos legais estão
inseridos no cotidiano de toda a sociedade.
Veremos que essas leis resultam das reformas dos anos 1990, por meio da in�uência dos organismos internacionais como o
Banco Mundial e a UNESCO.
Você aprenderá sobre os principais pontos do PNE, do ECA e da aplicação desses instrumentos do cotidiano escolar. Então,
animado? Vamos começar nossa jornada!
Objetivos
Reconhecer outros aspectos relevantes da LDB e sua aplicação no contexto escolar;
Identi�car os principais aspectos do Plano Nacional da Educação (PNE) e sua relação com a vida cotidiana e com a
BNCC;
Compreender a política educacional brasileira a partir da década de 1990 e os tópicos importantes do Estatuto da
Criança e da Adolescência e sua in�uência no cotidiano escolar.
A LDB e sua aplicação no contexto escolar
A LDB propõe que a Educação Básica deva ter por �nalidade o desenvolvimento do aluno, de modo a assegurar-lhe formação
comum para que exerça sua cidadania, e que a educação escolar forneça meios para progressão no trabalho e nos estudos
posteriores (art. 22 da LDB).
Para isso, as escolas organizarão os estudos em séries anuais, períodos semestrais, ciclos ou grupos não seriados, com base na
idade, na competência ou em diversos outros critérios (art. 23 da LDB).
Veja o que diz a LDB sobre cada nível ou modalidade de ensino.
A Educação Infantil (E.I.)
O tema da E. I é tratado na LDB nos artigos 29 a 31, e a de�ne como a primeira etapa da Educação Básica, cujo objetivo é
desenvolver integralmente a criança de até 5 anos em vários aspectos:
Físico;
Psicológico;
Intelectual;
Social.
 Fonte: Pressmaster / Shutterstock
Mas, tudo o que a criança aprende na escola precisa ser complementado pela família (art. 29 da LDB). Nessa etapa o Estado
deverá disponibilizar creches para crianças de até 3 anos e pré-escolas para atender aquelas de 4 a 5 anos. A avaliação deve ser
mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, mas não para aprovar ou reprovar. A carga horária é de
800 horas divididas em 200 dias letivos.
Saiba mais
Antes de continuar seus estudos, leia os artigos 30 e 31 da Lei 9.394 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm> .
O Ensino Fundamental (E.F.)
 Fonte: Kozlik / Shutterstock
Saiba mais
Antes de continuar, veja os objetivos do E. F. nos artigos 24 a 32 da LDB <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm> .
Deve ser ministrado na língua portuguesa, mas será assegurada às comunidades indígenas estudarem em suas línguas maternas
e ter processos próprios de aprendizagem (§3º do artigo 32 da LDB), se desejarem. O currículo do E.F. deverá compor conteúdos e
assuntos que trabalhem os direitos das crianças e dos adolescentes, de acordo com o ECA e também devem ser abordados os
símbolos nacionais como tema transversal (§3º do artigo 32/LDB).
O Ensino Médio (E.M.)
É a etapa �nal da Educação Básica e deverá ter a duração mínima de 3 anos. Constitui também um momento muito difícil na
educação nacional, pois nessa fase muitos adolescentes evadem da escola, seja porque não se reconhecem nela, ou porque
precisam trabalhar ou ainda porque as notas não os favorecem para progredir nos estudos.
Por esses e outros motivos, a discussão sobre a qualidade do ensino no Brasil e principalmente sobre a estrutura curricular
disposta no ensino médio no país, tem levantado muitas questões de re�exão para professores, alunos, pro�ssionais da
Educação e todos que estão envolvidos nessa área.
 Fonte: Pressmaster / Shutterstock
A Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio é uma evidência dessa preocupação não só com a Educação e a
qualidade do que se tem entregado aos nossos jovens, mas, fundamentalmente com a estrutura curricular dos últimos 20 anos.
Perguntas como essas são feitas nessas discussões:
Há um excesso de componentes curriculares no Ensino
Médio?
Qual é a abordagem pedagógica utilizada nessa etapa da
Educação Básica? Será que ela conversa com a cultura dos
adolescentes e jovens atuais?
A escola tem falado a linguagem dos jovens, de seus
interesses e do mundo do trabalho?
Todas essas são re�exões importantes que todos nós, da Educação, devemos fazer, pois a evasão no E. M. brasileiro é muito
grande. A OCDE — Organização para a Cooperação Econômica — divulgou em 2015 um relatório sobre as condições dos alunos
brasileiro no Ensino Médio.
Veja abaixo alguns números do relatório de 2015 sobre os dados da Educação no Brasil.
 Fonte: https://www.oecd.org/brazil/Education-at-a-glance-2015-Brazil-in-Portuguese.pdf
<https://www.oecd.org/brazil/Education-at-a-glance-2015-Brazil-in-Portuguese.pdf>
Perceba, de acordo com os dados da tabela, temos um percentual muito pequeno de pessoas cursando o Ensino Médio no Brasil,
em relação à média internacional. Se somarmos a esse percentual, a evasão que gira em torno de 13% no Ensino Médio
<http://portal.inep.gov.br/artigo/-/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/inep-divulga-dados-ineditos-sobre-�uxo-escolar-na-
educacao-basica/21206> entendemos que essa etapa é um grande gargalo na educação brasileira e precisa receber atenção
criteriosa por parte de todos os envolvidos na Educação.
Muitos alunos brasileiros abandonam a escola sem concluir o Ensino Médio, por esse motivo o PNE estabeleceu a Meta 8
dizendo que até o ano de 2024, o Brasil precisa:

Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar, no
mínimo, 12 anos de estudo no último ano de vigência deste plano, para as populações
do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, e igualar a
escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística.
IBGE
Atividade
1. Alguns educadores a�rmam que a escola não é atrativa para os adolescentes e jovens e por isso eles não conseguem
aprovações nas disciplinas. Por essa razão abandonam a escola. O que você pensa sobre isso? Analise a charge abaixo e re�ita
sobre o assunto.
 Fonte: http://www.jornaldebrasilia.com.br/charges/reforma-do-ensino-medio/
<http://www.jornaldebrasilia.com.br/charges/reforma-do-ensino-medio/>
Leia sobre as �nalidades e o currículo do E. M. no artigo 35 da LDB, em que a�rma que o currículo do E. M. deve ser formado pela
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e por roteiros formativos, que deverão ser organizados mediante a oferta de diferentes
arranjos curriculares.
As áreas do conhecimento de�nidas pela BNCC para o E. M. são:
Linguagens e suas tecnologias (Arte,
Educação Física, Língua inglesa e Língua
portuguesa);
Matemática;
Ciências da Natureza (Biologia, Física e
Química);
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
(História, Geogra�a, Sociologia e Filoso�a).
A BNCC do E. M. organiza também o conhecimento a partir das competências.
As competências gerais são as mesmas propostas para a Educação Infantil e o Ensino
Fundamental relacionadas ao pensamento cientí�co, crítico e criativo, diversidade cultural,
comunicação, cultura digital, trabalho e projeto de vida, argumentação, autoconhecimento,
cooperação, empatia, responsabilidade para consigo e com o outro e cidadania.
A carga horária também mudou. Antes, tínhamos 1.800 horas. Agora, o E. M. diurno, terá 2.400 horas, mas deverá ser ampliada
para 3.000 horas, até o início do ano letivo de 2022.
NoE. M. noturno, a proposta pedagógica poderá, para garantir a permanência e o êxito desses estudantes, que enfrentam
questões como trânsito e emprego, ampliar a duração do curso para mais de 3 anos, com menor carga horária diária e anual,
garantido o total mínimo de 2.400 horas até 2021 e de 3.000 horas a partir do ano letivo de 2022.
A Educação Pro�ssional Técnica de Nível Médio
 Fonte: Industryviews e Akimov Igor / Shutterstock
De acordo com o artigo 36 da LDB, a Educação pro�ssional de nível médio deverá ser desenvolvida de maneira articulada com o
E. M. ou ocorrer de maneira subsequente à conclusão do EM.
Esses cursos:
Conferirão diploma aos estudantes e possibilitarão a quali�cação para o trabalho (BRASIL, 1996);
Têm os seus objetivos contidos nas diretrizes curriculares nacionais e só podem ser oferecidos a quem já tenha concluído o
ensino fundamental;
Devem ser planejados de modo a guiar o estudante para a habilitação pro�ssional técnica de nível médio.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA)
De acordo com o artigo 37, essa modalidade de ensino é destinada aos estudantes que não conseguiram estudar na idade
própria e será instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida.
 Fonte: Monkey Business Images / Shutterstock
Os sistemas de ensino público deverão assegurar a EJA, de forma gratuita, a todo cidadão brasileiro e levar em conta as
peculiaridades desse público, como: interesses, condições de vida e de trabalho (BRASIL, 1996).
Uma característica da EJA é que essa modalidade deve se vincular com a Educação pro�ssional, e os sistemas de ensino deverão
manter cursos e exames supletivos correspondentes ao currículo comum nacional, a �m de habilitar o aluno a prosseguir seus
estudos.
Esses exames acontecem nos seguintes momentos especí�cos:
Na conclusão do Ensino Fundamental, para maiores de 15 anos;
Na conclusão do Ensino Médio, para os maiores de 18 anos; e
Em testes de conhecimentos e habilidades adquiridos de maneira informal pelos alunos.
A Educação Especial
Está de�nida no artigo 58 da LDB como:

Modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino,
para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação.
BRASIL, 1996
A Lei 9394/96 (LDB) assegura ao estudante que se enquadra na E. I. de ter um serviço de apoio especializado, na escola regular,
que atenda às suas especi�cidades enquanto aprendiz. Caso não seja possível a integração da criança em classes comuns do
ensino regular, esse atendimento deverá ser realizado em classes, escolas ou serviços especializados que atendam às condições
especí�cas desses alunos, desde a Educação Infantil.
Para esses alunos, os sistemas de ensino e as escolas precisarão assegurar currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e
organização especí�cos, para atender às suas necessidades (BRASIL, 1996), bem como a terminalidade necessária e especí�ca
para que concluam o ensino fundamental.
Aos superdotados é assegurada a aceleração para a conclusão dos estudos em um tempo menor.
As escolas precisam oferecer professores especializados para atendimento individual e professores capacitados para a
integração desses educandos nas classes comuns (BRASIL, 1996). Esse requisito está diretamente ligado à qualidade da
formação docente no Brasil, sendo centro de muitas discussões.
 Fonte: Olesia Bilkei / Shutterstock
Os alunos especiais não estão fora da perspectiva do trabalho, por esse motivo as escolas precisam pensar também na educação
especial para o trabalho, com a �nalidade de efetiva integração desses alunos à sociedade.
O artigo 59-A da LDB institui que o poder público deverá instituir cadastro nacional de alunos com altas habilidades ou
superdotação matriculados na Educação Básica e na Educação Superior, a �m de fomentar a execução de políticas públicas
destinadas ao desenvolvimento pleno das potencialidades desse alunado (BRASIL, 1996).
Inclusive as Metas 4 e 8 do Plano Nacional de Educação (PNE) preveem que até 2024 o Brasil deverá reduzir as desigualdades e
valorizar a diversidade.
Saiba mais
Antes de continuar seus estudos, leia as metas 4 e 8 <http://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-
nacional-de-educacao-lei-n-13-005-2014> .
Você leu ao longo dessa aula, algumas metas do Plano Nacional de Educação e pode ser que esteja se perguntando do que se
trata. Então, vamos lá?
O Plano Nacional de Educação (PNE)
O PNE é elaborado para a educação brasileira,
instituído pela Lei 13.005/2014 que tem vigência de
10 anos e disposto pela Constituição Federal de
1988. Institui 20 metas que dão uma visão geral da
Educação Básica e do Ensino Superior no Brasil.
Mas, podemos dividi-las em grupos.
Vejamos:
O primeiro grupo diz respeito às metas estruturantes para que a educação brasileira garanta o direito à Educação Básica com
qualidade. São elas: metas 1, 2, 3, 5 6, 7, 10 e 11.
Outro aspecto importante e que já sinalizamos nesta aula é a formação do formador. O PNE, preocupado com essa questão,
estabeleceu 4 metas que dizem respeito à formação de professores. São as metas de 15 a 18.
Finalmente, os últimos blocos de metas do PNE relacionam-se ao Ensino Superior, ou seja, estão também diretamente ligadas ao
seu cotidiano acadêmico e social. Então, preste muita atenção também nas metas de 12 a 14.
Saiba mais
Antes de continuar seus estudos, leia as metas <http://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-nacional-
de-educacao-lei-n-13-005-2014> na íntegra.
Política da Educação no Brasil: da descontinuidade à reforma dos
anos 1990 e sua in�uência no contexto escolar
Todas essas políticas públicas começam a acontecer no Brasil a partir dos anos 1990.
Mas, será por quê?
Porque a partir dessas reformas mundiais e também no Brasil, começou um processo de descentralização das decisões e das
ações públicas e �rmou-se também a ideia de que a Educação precisaria ser observada por meio dos critérios de e�ciência e
qualidade.
Os anos de 1990 marcam, de maneira especial, esse período de reformas nas leis, nos programas de �nanciamento da Educação
e atuação das ONGs e associações que começaram a debater, realizar fóruns nacionais e campanhas com a �nalidade de discutir
e levantar propostas para a instituição de políticas educacionais no país.
Dentre as pessoas que lideravam esses movimentos, estavam os organismos internacionais, como:
ONU, OMC, OMS, FMI, Banco
Mundial, UNESCO, UNICEF, e União
Europeia que são considerados
intergovernamentais.
As ONGs: Greenpeace, Cruz
Vermelha, Internacional Human
Rights e outras.
Certamente, você já ouviu falar dessas instituições. Essas agências internacionais a�rmavam, lá na década de 1990, que a
Educação é uma maneira de o país conseguir ser competitivo e se desenvolver no contexto internacional. Por isso, esses
organismos internacionais sustentam que deve haver uma Agenda Global Estruturada para tratar da Educação em todos os
países que fazem parte dessas instituições estrangeiras.
No Brasil, o movimento neoliberalista inicia-se no governo do presidente Collor de Mello
(1990-1992), quando começou um processo de reforma econômica, abrindo o mercado
brasileiro aos produtos internacionais, visando aumentar a competitividade dos produtos
brasileiros.
Claro que esse processo in�uenciou a indústria nacional a se remodelar, mas causou também grande impacto em todos os
setores da economia, porque a indústria brasileira estava em desvantagem devido a todo o seu processo histórico.
A competitividade gerou a busca por melhoria e, claro, esbarrou na Educação, pois, de acordo com os neoliberalistas, a Educação
um dos principais e determinantes elementos para a competividade entre os e o desenvolvimento de uma nação.
Dessa forma, aliou-se a competitividade e a produtividade econômicaà quali�cação pro�ssional dos trabalhadores, ou seja, a
Educação é o sustentáculo da economia de um país. Entendeu a relação?
A educação brasileira como estava não dava conta dessa competitividade toda, por isso necessitava de reformas educacionais
que atendessem às exigências da nova realidade social, econômica e política.
Por essa razão, surgiram os discursos da universalização da Educação escolar e da democratização das oportunidades
educacionais. Atuaram nessa interlocução entre governo e sociedade, os organismos internacionais, o Banco Mundial e as
Agências da Organização das Nações Unidas (ONU). Esses dois órgãos determinaram a reestruturação econômica e educacional
não só no Brasil como em toda a América Latina, em que a privatização da Educação era um ponto fundamental para que a
reforma ocorresse de maneira satisfatória.
Saiba mais
Foram elaborados alguns importantes eventos, documentos ou intervenção de algumas agências que demonstram e narram
essas ideias e interlocuções da ONU e do Banco Mundial na Educação do Brasil e da América Latina. Antes de continuar, clique
aqui <galeria/aula7/anexo/doc1.pdf> para conhecê-los.
O Estatuto da Criança e do Adolescente e as políticas públicas
dos anos 1990
A década de 1990 também fez surgir diversas políticas, o ECA (Lei 8.069/90
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm> ) é uma delas.
O Estatuto regulamenta os direitos das crianças e
dos adolescentes mediante as orientações
a�rmadas na CF/88, na Declaração dos Direitos da
Criança
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm>
, nas regras de Beijing (regras mínimas que os
países precisam seguir para cuidar de suas
crianças e adolescentes com justiça e equidade) e
também nas Diretrizes das Nações Unidas
<https://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/comissoes/comissoes-
permanentes/cdhm/comite-brasileiro-de-direitos-
humanos-e-politica-externa/DeclDirCrian.html> para
prevenção da Delinquência Juvenil
<http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Crian%C3%A7a/principios-
das-nacoes-unidas-para-a-prevencao-da-
delinqueencia-juvenil-principios-orientadores-de-
riad.html> .
Tem a �nalidade de proteger integralmente
crianças e adolescentes, sendo um grande passo
para garantir direitos a esses sujeitos. Mas só
funcionará plenamente quando o conhecermos e
discutirmos o seu teor político, social e ético.
Sobretudo, quando entendermos que a infância e a
adolescência representam fases importantes e
peculiares do desenvolvimento humano e por isso,
precisam ter tratamento especial, com bases
pedagógicas.
Em reconhecimento a essas especi�cidades, o ECA entende esses sujeitos:
como cidadãos de direitos que precisam ter, como prioridade, ensino, lazer, saúde;
necessitados de cuidados especiais para não sofrerem nenhum tipo de violência;
carentes de políticas públicas de atendimento;
a serem protegidos contra a exploração para não serem forçadas a trabalhar, exceto em situação de aprendizes, a partir dos
14 anos de idade.
Um item importante no ECA foi a instituição dos Conselhos Tutelares que resguardam os direitos previstos no ECA. No entanto,
há alguns pontos no Estatuto que geram, atualmente, muita discussão e polêmica, como por exemplo o tema da maioridade
penal.
Saiba mais
Antes de encerrar seus estudos, leia mais sobre maioridade penal
<http://fundacaotelefonica.org.br/promenino/trabalhoinfantil/colunistas/reducao-da-maioridade-penal-e-o-estatuto-da-crianca-e-
do-adolescente> .
Atividade
2. As reformas realizadas nos anos 1990, principalmente na área da Educação tinham como vertente central o processo de:
a) Centralização.
b) Descentralização.
c) Participação.
d) Automação.
e) Redução de impostos.
3. Sobre a Conferência Mundial de Educação para Todos, em Jomtien, podemos a�rmar que:
I – centrou-se na discussão das Nebas para os países pobres;
II - foi convocada por organismos internacionais, como UNESCO, UNICEF, PNUD e o Banco Mundial;
III – tinha o objetivo de desenhar diretrizes para que os países pobres pudessem elaborar políticas públicas destinadas à melhoria
e à erradicação do analfabetismo.
Assinale a única alternativa que contém a resposta correta em relação à Conferência de Jomtien:
a) Estão corretas todas as alternativas.
b) Somente a alternativa I está correta.
c) Somente a alternativa III está correta.
d) I e III estão corretas.
e) I e II estão corretas.
4. Sobre o ensino de jovens e adultos, podemos a�rmar que:
I – É uma modalidade de ensino destinada aos estudantes que não conseguiram estudar na idade própria;
II – Deverá ser gratuita nas instituições públicas;
III – Somente alunos nas faixas etárias dos 15 aos 18 anos poderão participar do EJA.
Assinale a única resposta corretas.
a) I e III estão corretas.
b) I e III estão corretas.
c) Todas as afirmativas estão corretas.
d) Somente a III está correta.
e) Somente a I está correta.
NotasReferências
BRASIL. Lei 9394/96. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 1996. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm> . Acesso em: 2 mar.
2019
2019.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente, Câmera dos Deputados. Lei 8.069, de 13 de julho de 1990. DOU de 16/07/1990 –
ECA. Brasília, DF. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm> . Acesso em: 2 mar. 2019.
Próxima aula
Como está organizada a lei para regular a formação do professor no Brasil;
As diretrizes curriculares nacionais que orientam e regulamentam os cursos de licenciaturas no Brasil na forma da
Resolução CNE nº 2/2015.Explore mais
Leia:
Carta Educação; <http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/>
Concepções de gestão escolar pós–LDB; <http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/viewFile/673/701>
A descentralização do poder; <https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,a-descentralizacao-do-poder,10000100131>
O ECA e a proteção social; <https://educacaoeparticipacao.org.br/materiais/eca-protecao-social/>
Neoliberalismo e educação: manual do usuário;
<https://barricadasabremcaminhos.�les.wordpress.com/2010/06/neoliberalismo-e-educacao.pdf>
ECA em quadrinho. <http://www.conselhodacrianca.al.gov.br/sala-de-imprensa/publicacoes/ECA_ilustrado%20tirinhas.pdf>
Assista aos vídeos:
Observatório do PNE; <http://www.observatoriodopne.org.br/>
ECA Atualizado 2019 (parte 1) Comentado artigo a artigo "Das Disposições Preliminares"; <https://www.youtube.com/watch?
v=-fKHXCqY1_w>
BNCC Educação Infantil - Direitos Básicos de Aprendizagem. <https://www.youtube.com/watch?v=juiixWzPKfc>

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