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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
AULA 04 – PARTES E PROCURADORES 
Extraída de: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. 15. ed. LTr, 2017. 
Atualizado com a Reforma Trabalhista 
 
I. Partes x sujeitos do Processo 
 
1) Sujeitos 
Os principais sujeitos do processo são: 
a) As partes (Autor e Réu) – parte é sempre parcial, pois tem o objetivo de sair vencedora da lide. São 
sujeitos do processo e da lide. 
b) O juiz como representante do Estado é sujeito do processo cujo papel é compor o conflito com 
imparcialidade e justiça, fazendo atuar o ordenamento jurídico. O juiz é sujeito (desinteressado) do 
processo no que concerne à pretensão deduzida pelas partes. Logo, não é parte da lide. 
Há ainda outros sujeitos que participam do processo como parte desinteressada na lide, praticando atos 
processuais, que podem ser permanentes: Secretário de Audiência, Distribuidor de Cartório, Oficial de 
Justiça ou eventuais como Peritos, Tradutores, Intérpretes e outros e terceiros como Testemunhas, licitantes 
ou outros. 
Também temos como sujeitos que atuam no processo: advogados (art. 791, §§ 1º e 2º da CLT) e o Ministério 
Público do Trabalho que pode atuar em nome próprio como órgão agente, na defesa da ordem jurídica, dos 
interesses metaindividuais, coletivos, difusos, individuais homogêneos ou indisponíveis (art. 127, CRFB, art. 
83 LC 75/93) ou como órgão interveniente emitindo pareceres nos autos quando entender presente o 
interesse público que justifique sua intervenção. 
 
2) Partes 
As partes são os sujeitos interessados em um resultado que lhes seja favorável, em função do que são 
sempre parciais. 
As partes são, de um lado a pessoa (ou ente) que postula a prestação jurisdicional do Estado e, de outro, a 
pessoa (ou ente) em relação à qual tal providência é pedida. É “quem pede e contra quem se pede tutela 
jurisdicional.”. 
No processo trabalhista o autor é chamado de Reclamante e o réu de Reclamado. Na execução são 
chamados de Exequente e Executado. Nos dissídios coletivos suscitante (geralmente sindicato da categoria) e 
suscitado (sindicato patronal ou empresa). Já nos Recursos como no processo civil Recorrente e Recorrido, 
Agravante e Agravado. 
 
 
 
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II. CAPACIDADE DE SER PARTE E CAPACIDADE PROCESSUAL 
 
1) Capacidade de ser PARTE 
Toda pessoa humana, também chamada de pessoa natural ou pessoa física é capaz de adquirir direitos e contrair 
obrigações. Trata-se da personalidade civil, que se inicia com o nascimento com vida, muito embora a lei já garanta ao 
nascituro, desde a concepção, alguns direitos fundamentais. Todo ser humano tem capacidade de ser parte, 
independentemente de sua idade ou condição psíquica mental, seja para propor ação, seja para defender-se, seja para 
intervir na relação processual. É, pois, um direito universal conferido a toda pessoa humana. 
Além das pessoas naturais, os ordenamentos jurídicos reconhecem às pessoas jurídicas a capacidade de ser parte, uma 
vez que também podem ser titulares de direitos e obrigações. As pessoas jurídicas são abstrações criadas pelo gênio 
humano com vistas à facilitação da circulação da riqueza e dos negócios, principalmente o comércio. Por serem entes 
abstratos a lei determina que necessitam ser representadas judicial e extrajudicialmente por determinada pessoa 
natural. 
Temos ainda partes que não são consideradas pessoa jurídica, mas com capacidade de ser parte: massa falida, espólio, 
MP. 
 
2) Capacidade Processual 
A capacidade processual ou capacidade de estar em juízo é outorgada pelo direito positivo às pessoas que possuem 
capacidade civil (Art. 70 NCPC). Entende-se por capacidade civil a faculdade que tem a pessoa de praticar todos os atos 
da vida civil e de administrar os seus bens. Em regra a pessoa com capacidade de ser parte também terá capacidade 
processual. Mas nem sempre que a pessoa tenha capacidade de ser parte terá a capacidade de postular em juízo, como 
ocorre com os absolutamente incapazes (art. 3ª do CC e art. 71 do NCPC). 
No Direito do Trabalho a capacidade civil plena dos empregados se dá aos 18 anos. Ou seja, a partir dos 18 anos o 
empregado já pode demandar e ser demandado na Justiça do Trabalho, sendo-lhe lícito também constituir advogado, 
conforme se verifica no art. 402 da CLT, segundo o qual considera menor para os efeitos do Direito do Trabalho, o 
trabalhador de 14 a 18 anos de idade. Logo, o trabalhador com idade igual ou superior a 18 anos é considerado maior e 
adquire capacidade processual. 
Com menos de 18 anos tem capacidade de ser parte no processo do trabalho, porém não tem capacidade processual, 
devendo ser representado ou assistido, tendo capacidade processual seu representante ou assistente legal: 
- Com menos de 16 anos = absolutamente incapaz = representado 
- Com mais de 16 e menos de 18 anos relativamente incapaz - assistido 
Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na 
falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual 
ou curador nomeado em juízo. 
 
 
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Se o empregador for pessoa física este adquire a capacidade de estar em juízo aos 18 anos ou antes disso se for 
emancipado conforme art. 5º § único do CC. Os emancipados gozam de capacidade plena para estar em juízo. 
O Artigo 792 da CLT demonstra a questão machista histórica, mas também um avanço, pois a partir da CLT (1943) a 
mulher casada trabalhadora adquiriu capacidade processual trabalhista plena. 
Art. 792 – Os maiores de 18 (dezoito) e menores de 21 (vinte e um) anos e as mulheres casadas 
poderão pleitear perante a Justiça do Trabalho sem a assistência de seus pais, tutores ou maridos. 
Dessa forma, toda pessoa com capacidade civil plena (CC, art. 5ª § único) também possui capacidade processual, isto é, 
capacidade para estar em juízo na condição de autor. 
 
3) Capacidade Postulatória (JUS POSTULANDI) 
 
 
Capacidade Postulatória, também chamada de Jus Postulandi é a capacidade para postular em juízo. Trata-se 
de autorização reconhecida a alguém pelo ordenamento jurídico para praticar atos processuais. 
No processo civil, salvo exceções previstas em lei, o jus postulandi é conferido de forma monopolisticamente 
aos advogados. Trata-se de um pressuposto processual referente às partes, pois estas só podem estar 
representadas em juízos por advogados. 
Já no processo do trabalho a capacidade postulatória é facultada diretamente aos empregados e 
empregadores, nos termos do art. 791 da CLT: 
Art. 791 – Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do 
Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. 
1º – Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por 
intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do 
Brasil. 
2º – Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado. 
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 – A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante 
simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência 
da parte representada. (Incluído pela Lei nº 12.437, de 2011). 
 
Jus postulandi na justiça do trabalho é capacidade conferida por lei às partes, como sujeitos da relação de 
emprego, para postularem diretamente em juízo, sem a necessidade de representação por advogado. 
Discutiu-se por muito tempo sobre a inconstitucionalidade do art. 791 da CLT já que a CRFB/88 em seu artigo 
133 considera o advogado como parte essencial à administração da justiça 
No entanto, em decisão a ADI 1127-8 o STF decidiu quea postulação por advogado não é obrigatória em 
casos específicos, inclusive na Justiça do Trabalho, sendo o jus postulandi faculdade das partes (empregados 
e empregadores). 
 
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No entanto, esse jus postulandi somente poderá ser exercido nos casos de processos direcionados às Varas e 
TRTs, não podendo ser utilizado no STF e TST, conforme Súmula 425 do TST. 
 
 
4) Representação e Assistência 
 
Representar significa estar presente no lugar de outra pessoa, praticando os atos em nome do representado. 
A representação ocorre quando em um dos pólos da demanda estiver representante que agirá em nome e na 
defesa do interesse de outrem. 
Pode ser legal, como ocorre com as pessoas de direito público (art. 75, I e II, NCPC) ou convencional como 
ocorre com a dos representantes das pessoas jurídicas de direito privado em geral (Art. 75, VIII, 1ª parte, 
NCPC). 
Já a assistência possui, em termos processuais, multifários significados, como a assistência interventiva, 
litisconsorcial, a assistência judiciária, a assistência judicial dos menores, etc. 
A CLT faz confusão com esses dois conceitos. Exemplos 843, § 2º CLT (neste caso seria assistir) e 791 § 2º CLT, 
neste caso o correto seria representar, pois o advogado não assiste, mas representa o cliente. 
 
4.1 Representação das pessoas físicas 
Considerando que todas as pessoas que tem capacidade civil tem capacidade processual, o que acontece 
com as pessoas físicas que não possuem capacidade civil? 
Art. 71 NCPC: incapaz, será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador na forma da lei. 
Art. 72, I, se os interesses forem conflitantes ou não houver representante legal: o juiz nomeará curador 
especial. O mesmo acontece em relação ao réu preso e àquele citado por edital, ou com hora certa, 
enquanto não for constituído advogado (art. 72, II, NCPC). 
Essas regras do direito civil se aplicam ao processo do trabalho? Vejamos: 
 
4.1.1 Representação do empregado por sindicato 
Art. 791 § 1º c/c Art. 513, “a”, CLT. Neste caso trabalhador poderá ser representado pelo sindicato de sua 
categoria independente de ser associado ou não. 
 
4.1.2 Representação do empregado por outro empregado 
 
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Se o empregado não puder comparecer à audiência por motivo de doença ou qualquer outro motivo 
poderoso, devidamente comprovado, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença a 
mesma profissão ou pelo seu sindicato. Art. 843 § 2º, CLT. 
Nesse caso não se trata de representação, o poder legal do outro empregado ou membro do sindicato é suis 
generis, ou seja, papel de apenas comprovar o motivo que provocou a sua ausência. Não poderão praticar 
atos processuais. 
 
4.1.3 Representação dos empregados na reclamação plúrima e na ação de cumprimento 
Na reclamação plúrima estamos diante do litisconsórcio ativo, neste o sindicato não representa os 
litisconsortes, cabendo esse papel ao advogado. No entanto, é comum os juízes aceitarem a comissão de 
representantes dos litisconsortes ou dos substituídos, principalmente quando há um numero grande de 
trabalhadores que comparecem junto com os sindicatos na audiência. 
Trata-se de representação fática, pois o Sindicato não poderá transigir, desistir da ação, confessar, recorrer, 
etc. 
Já na ação de cumprimento1 o sindicato atua como substituto processual, agindo em nome próprio, 
defendendo direitos alheios (individuais homogêneos). 
 
4.1.4 Representação dos empregados menores 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a 
menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta 
destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador 
nomeado em juízo. 
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos 
os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
(...) 
 
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 É uma ação de conhecimento de cunho condenatório proposta pelo sindicato profissional ou pelos próprios 
trabalhadores interessados, perante a Vara do Trabalho, obedecida a regra do artigo 651 da CLT, cuja finalidade é o 
cumprimento das cláusulas constantes dos instrumentos normativos coletivos. 
 
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V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em 
função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
A Doutrina converge para o seguinte entendimento: 
a) Menores de 16 anos - absolutamente incapazes para os atos da vida civil, devendo ser representados 
por quem detenha o poder familiar ou na forma do art. 793, CLT. 
b) Entre 16 e 18 anos incompletos – se tiver carteira assinada adquire capacidade processual plena (por 
emancipação) para exercer todos os atos da vida civil, podendo postular diretamente na justiça do 
trabalho ou contratar advogado para representa-lo. 
Em relação ao menor temos que observar o art. 440 da CLT quanto à prescrição. 
 
4.1.5 Representação do empregado falecido 
A rigor a representação do espólio cabe ao inventariante. Art. 75, VII, NCPC. 
Como nem sempre se abre inventário, pelo princípio da instrumentalidade2das formas, permite-se a 
representação pelos herdeiros ou dependentes habilitados junto a Previdência Social. 
 
4.2 Representação das pessoas jurídicas e outros entes sem personalidade 
O Artigo 843 da CLT aponta que o processo do trabalho exige a presença pessoal das partes na audiência. No 
entanto, o próprio art. 843 faculta ao empregador fazer-se representar, sendo que recentemente a Reforma 
Trabalhista trouxe como novidade a possibilidade do preposto não ser empregado. Esse entendimento já era 
utilizado em relação ao empregador doméstico LC 150, art. 1º e ao micro e pequeno empreendedor – 
Súmula 377 do TST. 
 
Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, 
independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas 
ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua 
categoria. (Redação dada pela Lei nº 6.667, de 3.7.1979) 
 
 § 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha 
conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente. 
 
 § 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao 
empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à 
mesma profissão, ou pelo seu sindicato. 
 
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 o princípio da instrumentalidade das formas pressupõe que, mesmo que o ato seja realizado fora da forma prescrita 
em lei, se ele atingiu o objetivo, esse ato será válido. 
 
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 § 3o O preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada. 
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Em relação às pessoas de direito público ou privado temos a representação disciplinada no art. 75 do NCPC: 
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: 
 
I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; 
II - o Estado e o Distrito Federal, porseus procuradores; 
III - o Município, por seu prefeito ou procurador; 
IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar; 
V - a massa falida, pelo administrador judicial (Art. 22, III, Lei 11.101/2005); 
VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador3; 
VII - o espólio, pelo inventariante; 
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa 
designação, por seus diretores; 
IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela 
pessoa a quem couber a administração de seus bens; 
X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou 
sucursal aberta ou instalada no Brasil; 
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico. 
 
§ 1o Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o 
espólio seja parte. 
 
§ 2o A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua 
constituição quando demandada. 
 
§ 3o O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação 
para qualquer processo. 
 
§ 4o Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processual 
por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas 
procuradorias. 
 
Itens I, II, III e IV => Súmula 436 do TST 
 
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 Da herança jacente e da herança vacante. Herança jacente é a hipótese de quando não há herdeiro certo e 
determinado, ou quando não se sabe da existência dele. Já a herança vacante ocorre quando a herança é devolvida à 
fazenda pública por se ter verificado não haver herdeiros que se habilitassem no período da jacência. 
 
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OJ 255 da SBDI-1 => CONTRATO SOCIAL. 
 
4.3 Representação por Advogado 
Art. 791 § 1º, CLT. 
Súmula 425 TST 
Artigo 103, § Ú, NCPC – advogado regularmente inscrito na OAB 
Art. 106, NCPC – advogado em causa própria 
Súmula 456 do TST 
MANDATO: EXPRESSO, TÁCITO, APUD ACTA 
Art. 15 NCPC – procuração para o foro em geral – 105 NCPC 
791 § 3º - mandato apud acta 
Mandato tácito permite praticar atos Ad Judicia – Artigo 105 NCPC 
OJ 200 SBDI-1 TST – mandato tácito => substabelecimento não é válido em caso de mandato tácito. 
OJ 349 SBDI-1 TST – juntada de nova procuração sem ressalva aos poderes conferidos anteriormente implica 
revogação tácita do mandato. 
Súmula 427 TST – publicação em nome diverso do expressamente indicado (nulidade, salvo se não houver 
prejuízo). 
 
5) Litisconsórcio 
 
Quando ocorre a pluralidade de partes, seja no pólo ativo ou no pólo passivo, ou em ambos. No processo do 
trabalho não será aplicado o prazo em dobro em razão da pluralidade de litigantes (art. 229, NCPC e OS 310 
SBDI-1 TST). 
 
Pode ser: 
Quanto ao nº de partes: 
- Ativo: multiplicidade de autores – reclamação plúrima (842, CLT) 
- Passivo: multiplicidade de réus 
- Misto: multiplicidade de autores e réus 
 
Quanto à obrigatoriedade de sua formação: 
- Facultativo 
- Necessário 
 
Quanto à decisão: 
- Simples: decisão não uniforme para todos os litisconsortes 
- Unitário: sentença uniforme para todos os litisconsortes 
 
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- Art. 842, CLT 
 
- litisconsórcio multitudinário: configuração e limitação (art. 113 § 1º e 2º do NCPC). 
A jurisprudência entende que na esfera trabalhista não pode ser limitado o nº de autores na relação 
processual. 
 
6) Substituição Processual 
 
- legitimação ordinária e extraordinária (art. 18, NCPC) 
- o substituto não pode transigir, reconhecer o pedido ou renunciar, pois o direito não lhe pertence; 
- legitimidade concorrente: o substituído pode ingressar na lide a qualquer momento na qualidade de 
assistente litisconsorcial. 
- substituição pelo sindicato: art. 8º, III, CF; cancelamento da súmula 310, TST, OJ 359, SDI-1 (prescrição) 
 
7) Sucessão 
 
Enquanto na substituição o substituto atua em na defesa de interesse material de uma pessoa (ou pessoas) 
que não figura na relação processual. Já na sucessão ocorre quando uma parte sai do processo e outra a 
substitui. Pode ocorrer no polo ativo ou passivo. Pode decorrer de ato inter vivos ou causa mortis – 483 § 2º 
CLT. 
Arts. 10 e 448, CLT. 
 
 
8) Justiça Gratuita e Assistência Judiciária Gratuita 
 
Em relação à gratuidade de justiça a Reforma Trabalhista trouxe importantes modificações, expressas nos 
artigos 790, 790-A, 790-B, todos da CLT. 
 
 
 
9) Honorários advocatícios 
Também tivemos importantes modificações em razão da Reforma Trabalhista no tema honorários 
advocatícios na Justiça do Trabalho. 
 
Artigo 791-A CLT – Honorários. 
 
Antes: 
- relações de emprego: súmulas 219 e 329, TST; 
- Súmula 463 TST 
 
10) Litigância de Má Fé 
 
Art. 793-B, CLT

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