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RESUMÃO AP2 EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA

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EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA 
RESUMÃO AP2 
 
AULA 18 – O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE EDUCANDOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 
➢ Estudos realizados na década de 1980, baseados nos pressupostos da Teoria Piagetiana e do Construtivismo, 
reconheceram que crianças e jovens com deficiência mental/intelectual possuíam condição de se alfabetizarem e 
desenvolverem competências escolares, porém, o que faltava era a possibilidade de vivenciarem um currículo e 
propostas pedagógicas desafiadoras. 
➢ Somente a partir dos anos de 1990, principalmente após a Declaração de Salamanca e as discussões acerca 
da Educação Inclusiva, os alunos com deficiência mental/ intelectual começaram a frequentar as classes comuns nas 
escolas públicas. 
 
O PROCESSO DE INCLUSÃO DE EDUCANDOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NAS CLASSES COMUNS 
Tão logo feito o diagnóstico, além da criança ser encaminhada a uma unidade de saúde com equipe multidisciplinar 
(serviço social, neurologia, pediatria do desenvolvimento, psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, 
psicopedagogia e pedagogia hospitalar), ela deve ser encaminhada à Educação Infantil, que é a modalidade oferecida 
a crianças de zero a cinco anos de idade pelas Secretarias Municipais de Educação. Se a Educação Infantil é 
importante para uma criança sem necessidade especial, imagine para a criança com deficiência intelectual, que terá 
oportunidade de vivenciar atividades curriculares que desenvolverão a linguagem, a motricidade, a criatividade, a 
inteligência e as competências sociais! 
Na Educação Básica, durante o Ensino Fundamental do primeiro ao nono ano, o processo de inclusão pode ser 
acompanhado com serviços e sistemas de suporte da Educação Especial, ou seja, a implementação de salas de 
recursos, da modalidade de professor itinerante e consultoria. Atualmente, o Ministério da Educação vem implantando 
em redes públicas salas multifuncionais com apoio de materiais e equipamentos para a garantia desses suportes. 
Contudo, o suporte fundamental é o professor, seja ele da classe regular ou dos sistemas de apoio. É importante que 
esses profissionais possam dialogar no sentido de organizarem uma proposta pedagógica para este educando. 
 
MAS DE QUE FORMA O EDUCANDO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL TERÁ ACESSO AO CURRÍCULO NO 
ENSINO FUNDAMENTAL? 
Alunos com deficiência intelectual podem necessitar de um contínuo de apoios e suportes para seu sucesso 
acadêmico. 
Nas séries iniciais, durante o processo de alfabetização, é importante que o professor esteja atento a adaptações 
como, por exemplo, utilização de material concreto para a estruturação dos conceitos matemáticos (o conceito de 
número e as operações matemáticas podem e devem vir acompanhados de exercícios com blocos lógicos, material 
dourado, jogos lúdicos e softwares). 
É importante também que seu aluno perceba a fonetização da escrita, isto é, perceba que a escrita é uma 
representação da fala; então são importantes jogos de linguagem, como rimas e parlendas que estimulem essa 
percepção. 
Você deve estar se perguntando se a alfabetização de crianças com deficiência intelectual é semelhante à dos demais 
alunos. Sim, isso é verdade, porém alguns precisarão de um pouco mais de tempo e material concreto que os auxiliem 
na memorização, nos processos de associação e na construção de conceitos. 
Podem ser usadas também letras recortadas com papel-cartão ou material emborrachado (conhecido como 
EVA). Assim, seu aluno realiza a tarefa cognitiva de escolha da letra e a tarefa motora de colagem. Com esse 
recurso, você pode realizar ditados e seu aluno pode responder a pequenas perguntas e compor palavras. A 
informática também pode auxiliar bastante em um trabalho de parceria entre a professora de classe comum, o 
professor de sala de recursos e o professor de informática. 
 
AULA 19 – O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE EDUCANDOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL 
 
ATENDIMENTOS EDUCACIONAL AO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL 
O professor do atendimento educacional especializado adequará o currículo oferecendo oportunidades de seu aluno 
explorar seus sentidos remanescentes com ênfase no tato, audição, olfato e gustação. A exploração dos campos 
sensoriais é fundamental para o bebê cego. A percepção e identificação de sons e suas diferenças intensidades, o 
sabor, as diferentes texturas e suas gradações auxiliam a criança a construir as imagens mentais dos objetos por meio 
dos sentidos remanescentes. Para os bebês com visão subnormal, o professor poderá confeccionar materiais com 
contrastes em preto e branco para trabalhar sua percepção. 
O professor deve: 
- estabelecer um ambiente redundante em códigos alternativos aos visuais, tais como códigos orais, táteis; 
- promover habilidades que permitam ao aluno cego funcionar de forma independente no ambiente no qual se 
encontra; 
- organizar a sala de aula de maneira que a iluminação seja a correta, bem como o posicionamento do aluno em 
relação ao quadro, aos materiais, ao professor; 
- selecionar materiais escolares adequados aos educandos; no caso de cego total substituir canal visual pelo auditivo e 
tátil (relevos, descrições gravadas) 
 
Algumas estratégias para o professor ajudar seu aluno: 
- faça letras grandes no quadro negro ou utilize auxílios à visualização. O uso de giz colorido é recomendado; 
- leia em voz alta o que está escrito no quadro; 
- prepare materiais que o aluno possa ler com facilidade como, por exemplo, impressos com letras grandes. Outros 
alunos na sala podem ajudar nessa preparação; 
- organize cadernos com pautas mais grossas; 
- alguns alunos podem se adaptar bem ao uso de lentes de aumento. Dois tipos de lentes encontram-se à disposição. 
O primeiro tipo aumenta a página inteira, enquanto o outro amplia apenas uma linha de cada vez, o que pode ser útil 
como auxílio de leitura; 
- encoraje o aluno a acompanhar a leitura com os dedos ou com outro tipo de instrumento. Cubra o restante da página 
com papel, deixando à mostra apenas o parágrafo que ele está lendo; 
use elogios verbais e também o toque para dar encorajamento ao aluno. Um bom abraço nunca é demais! 
- pronuncie o nome dos alunos durante as discussões em sala de aula, para que a criança deficiente saiba quem está 
falando. 
 
AULA 20 – O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE EDUCANDOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA 
 
ATENDIMENTO EDUCACIONAL AO ALUNO SURDO 
A atual Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva garante a contratação de 
Assistentes Educacionais para atuarem nas turmas da Educação Infantil com o professor regente. Este assistente 
geralmente é um adulto surdo, usuário fluente de Libras, que funciona como mediador e modelo linguístico para o 
aluno. Este aluno possui o direito também de no contra turno receber apoio do atendimento educacional especializado, 
que proverá os suportes pedagógicos necessários para o aprendizado da Língua Portuguesa. 
➢ Nas séries iniciais do Ensino Fundamental, o grande desafio é o processo de alfabetização. Assim como a 
criança ouvinte organiza hipóteses durante o processo de aquisição da língua escrita, a criança surda também o fará. 
Inicialmente a criança ouvinte não percebe que a escrita serve para representar o que se fala. Esta é uma etapa 
seguinte e, após a mesma, a criança percebe que o fonema é representado no ato da escrita. A criança surda também 
formula hipóteses. 
➢ O aluno surdo é capaz de perceber os códigos da língua. Porém, cabe ao professor oferecer formas de que 
seu aluno possa identificar o que está escrito. Os alunos surdos adaptam-se aos métodos globais de alfabetização em 
que o professor pode utilizar textos produzidos pelos alunos, subdividi-los em cartelas, cartazes com textos e letras 
feitos pelos alunos, fichas com vocabulário e dicionário visual. 
➢ Por exemplo: as crianças comem bolo. Pode se transformar em desenho. Fichas com perguntas: Quem come 
bolo?O que as crianças fazem? O que as crianças comem? Dramatização do ato de comer. Leitura do texto. Ligar 
desenhos às palavras. Que outras coisas as pessoas comem? 
➢ Os exercícios devem ser acompanhados com gravuras, por exemplo, às vezes o surdo erra um exercício 
porque tem dificuldade para entender o que o professor propôs. Então, um desenho com a demonstração é 
fundamental. Por exemplo, circule o feminino de leão, demonstrar a ação através de desenho, risque o nome da capital 
do Brasil. 
➢ Os surdos utilizam também artifícios como os torpedos nos celulares, as redes sociais como Orkut e os 
sistemas de comunicação em tempo real com webcam, como skype. 
➢ É importante que o professor privilegie e estimule o uso de recursos visuais da tecnologia como suporte 
educacional. 
 
AULA 21 – O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE EDUCANDOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA E 
EDUCANDOS COM NECESSIDADES DE CUIDADOS ESPECIAIS DE SAÚDE 
 
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL A ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS FÍSICAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA 
Ao receber um aluno com deficiência física, é importante que o gestor avalie as condições de acessibilidade da escola. 
Algumas adequações razoáveis podem ser realizadas, como verificar qual a sala de aula que oferece maior 
acessibilidade. 
Atualmente, as escolas precisam se preparar para oferecer um ambiente acessível a todos, com rampas ou elevadores 
de acesso, banheiros com circulação para cadeiras de rodas. Enfim, uma rota de acesso a todos os ambientes de 
forma indiscriminada: biblioteca, sala de leitura, quadra de esporte, sala de informática e teatros, que deverão estar 
acessíveis a todos. 
Alunos com deficiência física, com dificuldade motora para escrita, poderão necessitar de cadernos maiores com 
pautas mais largas. As folhas de exercícios poderão ser presas às carteiras para facilitar a manipulação da criança. 
Outros alunos que possuem alterações no tônus muscular poderão necessitar de lápis mais grossos adaptados. Alguns 
alunos poderão necessitar de uso constante do computador para a escrita e deverão usar mouse e teclados 
adaptados, ou ainda a bancada poderá ser adequada ao seu padrão físico. 
O professor poderá solicitar o apoio de um colega de classe para copiar em carbono as atividades do dia para que o 
aluno com deficiência física leve as cópias para casa. Os alunos poderão ser estimulados a gravarem as aulas. 
A avaliação também pode e deve ser diferenciada. Sempre que se fizer necessário, pode ser realizada oralmente ou 
por computador utilizando, recursos de acessibilidade, sempre de forma processual, considerando os objetivos 
propostos para o(a) aluno(a) no plano de educação individualizado. 
 
CLASSE HOSPITALAR E ATENDIMENTO PEDAGÓGICO HOSPITALAR 
Cabe ao pedagogo da classe hospitalar desenvolver atividades curriculares flexíveis, que possam atender ao nível de 
desenvolvimento escolar e cognitivo de crianças e jovens em situação de internação escolar. Cabe a este profissional 
manter intercâmbio com os profissionais de saúde assistentes de seus alunos das enfermarias, manter contato com o 
acompanhante da criança e do jovem sob seu acompanhamento e, sempre que possível, com a escola em que este 
aluno encontra-se matriculado. 
 
AULA 22 – O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE EDUCANDOS COM TRANSTORNOS GLOBAIS DO 
DESENVOLVIMENTO 
Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das 
interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e 
repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil (BRASIL, 
2008). 
O Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais – DSM IV (2002) assim define os Transtornos Globais do 
Desenvolvimento: 
Comprometimento grave e global em diferentes áreas do desenvolvimento: habilidades de interação social e recíproca, 
habilidades de comunicação ou presença de estereotipias de comportamento, interesses e atividades. Estes 
transtornos abordam: 
– Transtorno autista. 
– Transtorno de Asperger. 
– Transtorno de Rett. 
– Transtorno Desintegrativo da Infância. 
– Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação. 
Os transtornos são caracterizados por anormalidades qualitativas nas interações sociais recíprocas e em padrões de 
comunicação e por um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. 
Na maioria dos casos, o desenvolvimento é anormal desde a infância e, com apenas poucas exceções, as condições 
que se manifestam nos primeiros anos de vida, podendo envolver outras necessidades educacionais especiais 
associadas, como a deficiência intelectual, por exemplo. 
 
Características do autismo infantil 
Definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometido que se manifesta antes dos três anos 
por um tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas: interação social, comunicação e 
comportamento restrito e repetitivo. A taxa média de prevalência do transtorno autista é de 15 casos por 10.000 
indivíduos. 
No comportamento, apresentam padrões restritos e repetitivos, maneirismos motores como abanar as mãos ou 
movimentos em partes do corpo. Resistem a mudanças de rotinas, a espaços físicos, hora de banho, de refeição, 
surgindo ataques de pânico e raiva. Cerca de 40% dos autistas possui um déficit de inteligência associado e, quanto 
mais presente o déficit, maiores são as dificuldades de interação. 
 
ABORDAGENS EDUCATIVAS PARA AUTISMO 
As habilidades funcionais são aquelas desempenhadas nos AMBIENTES NATURAIS familiares e comunitários. Por 
exemplo: tirar o cadarço de um sapato será natural se for no próprio vestiário, e não em um material montado para 
ensinar. As crianças autistas necessitam aprender nos próprios ambientes e com objetos de seu mundo social. 
a) Exercícios para desenvolver a capacidade e a possibilidade de interpretar situações afetivas. 
• reconhecer retratos e faces de alegria e tristeza, raiva e medo; 
• reconhecer desenhos em preto e branco; 
• reconhecer as emoções que um personagem irá sentir (medo, alegria, tristeza e raiva); 
• interpretar emoções em quadros; 
• interpretar histórias, o que pensam os personagens. 
b) Trabalhar com jogos de faz de conta. 
• jogos sensório-motores; 
• jogos de faz de conta. 
Algumas pistas para ajudar seus alunos: 
• fornecer suas expectativas de forma clara; 
• explicar as regras da conduta, com painéis e fotos; 
• utilizar listas de tarefas, calendários, atividades, rotinas diárias seja com fotos, desenhos ou palavras (de acordo com 
a possibilidade de compreensão); 
• utilizar bastante o concreto, com figuras, gráficos, roteiros, evitando assim sobrecarga verbal; 
• estimular atividades físicas; 
 
AULA 23 – O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE EDUCANDOS COM DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS 
Dois exemplos mais comuns são a surdo-cegueira e a deficiência intelectual e física. 
 
CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS 
As deficiências múltiplas podem ter várias causas: 
• As causas genéticas envolvem desde erros no agrupamento de cromossomos ou alteração nos genes. 
• Os erros inatos do metabolismo que ocasionam a ausência ou alteração de enzimas importantes para o metabolismo 
orgânico. Erros congênitos do metabolismo, como a fenilcetonúria, que hoje é diagnosticada no teste do pezinho e o 
bebê é tratado, precocemente, com dieta especial. Em caso de não tratamento, o bebê apresenta complicações graves 
como autismo e deficiência intelectual. 
• Medicamentos utilizados durante o pré-natal. 
• A baixa ou ausência de oxigênio no momento do parto (hipóxia e anóxia) pode acarretar prejuízos em uma ou mais 
áreas cerebrais do bebê responsáveis pela motricidade, audição, visão, linguagem e funções intelectuais. 
• Como causas pós natais, destacam-se as encefalites, meningites, doenças infecciosas como sarampo, além de 
traumatismoscrânio-encefálicos devido a quedas, acidentes e violência. 
 
OS EDUCANDOS COM SURDO-CEGUEIRA 
Surdo-cegueira é definida como uma deficiência que apresenta a perda do sentido da audição e visão 
concomitantemente em diferentes graus. 
 
Estratégias de Comunicação para alunos surdos-cegos 
 
Os surdos-cegos possuem diversas formas para se comunicar com as outras pessoas. 
 
➢ Libras 
➢ Tadoma 
➢ Sistema Braille 
➢ Sistema moon 
➢ Guia-intérprete 
 
As crianças com deficiências múltiplas podem apresentar necessidades muito diversas e demandar da equipe 
pedagógica da escola um planejamento individualizado que lhe permita adaptar-se ao novo ambiente de forma 
gradativa. Poderá necessitar de um horário diferenciado, uma atividade por vezes bastante individualizada entre 
professor e aluno, para que aos poucos se alarguem os espaços de confiança. Para estes alunos, nem sempre será 
possível estar diretamente na classe comum com suporte de sala de recursos no contraturno, pois para muitos destes 
alunos, dadas as suas especificidades, torna-se intolerante adaptar-se a um esquema de quatro horas diretas em sala 
de aula. 
Embora o Ministério da Educação, no documento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva (2007), indique a inclusão em classe comum para todos os alunos com necessidades educacionais 
especiais, reconheceu na publicação Surdo-cegueira/múltiplas deficiências sensoriais, saberes e práticas da inclusão 
(2006) que: "o processo educativo de crianças surdas-cegas exige alterações no currículo, nas estratégias e nos 
recursos que nem sempre são fáceis de concretizar em uma sala de aula tradicional". Esta publicação reconhece os 
benefícios que as classes e escolas especiais podem ter para estes alunos. 
O professor deverá sempre utilizar as pistas táteis para ações diretas e também para antecipar eventos, como 
tocar o ombro para indicar que chegou. Há também as pistas e situações antecipatórias do ambiente como a água do 
chuveiro indicando o banho. O professor deve explorar também objetos de referência que, a princípio, podem ser os de 
uso cotidiano da criança, como a toalhinha, o copo, o pratinho. 
As técnicas de orientação e mobilidade também são fundamentais para que o aluno possa utilizar os espaços da 
escola, da casa e de seus ambientes sociais com segurança e autonomia, aprendendo técnicas de deslocamento, 
utilizando os sentidos remanescentes da visão e/ou audição, identificando as pistas táteis nos percursos e as técnicas 
de proteção durante o deslocamento, colocando as mãos à frente, acima, abaixo e aos lados para evitar obstáculos. 
Você agora poderá observar nas figuras a seguir modelos de brinquedos que podem ser confeccionados para 
estimular o desenvolvimento de crianças com deficiências múltiplas, seja na Educação Infantil ou no Ensino 
Fundamental. Observe que estes brinquedos e materiais são fáceis de ser encontrados, mas possuem características 
bem marcantes, como: contrastes de cores fortes, acrescidos a pequenos guizos para facilitar o direcionamento da 
criança. 
 Brinquedos com contraste preto e branco, e contrastes fortes 
acrescidos a guizos para localização sonora são estímulos excelentes para bebês com visão subnormal. 
 Modelo de painel em que o professor adapta materiais do 
cotidiano da criança e trabalha integração sensorial, linguagem, etc. 
Este modelo de calça-almofada é uma solução de material 
pedagógico em que a criança com deficiência múltipla sente-se em contenção com brinquedos e objetos de cotidiano 
presos e próximos ao corpo. 
 
AULA 24 – PROGRAMAS DE ATIVIDADES ESPECIAIS PARA ALTAS HABILIDADES PROGRAMAS DE 
ATIVIDADES ESPECIAIS 
 
Seminários especiais 
 
➢ Aproveitamento de recursos humanos da comunidade 
➢ Monitorias 
➢ Visitas e excursões 
➢ Viagens 
➢ Atividades diversificadas em programas de férias 
 
Como resultados tais atividades levam a: 
• participação em grupos comunitários já existentes (grupos de escoteiros, clubes, grêmios), e 
• participação em campanhas e projetos existentes em benefício de algum setor da comunidade (campanhas de 
vacinação, limpeza e outros). 
 
Programas de atendimento específico para o desenvolvimento de talentos 
 Para os alunos com aptidões e talentos específicos para dança, música ou drama, artes plásticas, artes 
manuais, industriais, artesanato, artes literárias ou linguísticas, poderão ser planejados programas especiais que 
atendam ao desenvolvimento das potencialidades desses educandos, podendo ser utilizados cursos fora da escola e 
demais recursos da comunidade. 
 
Programas de aprendizagem diferenciada 
Pode ser viabilizado pelo professor em sala comum, objetivando atender às capacidades e talentos especiais 
de cada aluno. Uma parte das tarefas acadêmicas dos portadores de altas habilidades/superdotados coincide com o 
programa escolar comum a todos os alunos, o que dá oportunidade à expansão dos talentos e favorece a 
autoexpressão do educando. As estratégias de ensino estarão relacionadas à comunicação, à tomada de decisão, ao 
planejamento, à criatividade, à habilidade acadêmica, à capacidade de previsão e a talentos especiais nas áreas das 
artes visuais, dramáticas ou musicais. 
 
Abaixo encontram-se sugestões a serem consideradas na prática pedagógica: 
• procurar, juntamente com os alunos, encontrar tópicos de interesse como ponto de partida. Em seguida, ajudá-los 
a dimensionar o assunto. O tópico relativo ao Sistema Solar global, por exemplo, é muito amplo, mas o estudo de um 
planeta como Marte pode ser mais apropriado; 
• assegurar que a pesquisa desafie a imaginação e a intuição dos alunos e que realmente amplie sua capacidade de 
pensar, escrever, ler e descobrir; 
• estimular a frequência dos alunos a bibliotecas públicas ou particulares; 
• insistir na exigência de altos padrões de aproveitamento em todas as matérias por parte dos alunos, e não permitir 
mera cópia de material, por exemplo, de enciclopédias; 
• deixar cada aluno trabalhar segundo o seu próprio nível e ritmo, na medida do possível; 
 
 
AULA 25 – DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM - DISLEXIA 
Alguns comportamentos problemáticos observados em jovens com dificuldade de aprendizagem (SMITH, p. 15): 
1 – Hiperatividade: trata-se de uma inquietação extrema que afeta muitas dessas crianças. 
2 – Fraco alcance da atenção: a criança distrai-se com muita facilidade; perde o interesse por novas atividades 
rapidamente, salta de uma atividade para outra e não consegue concluir projetos ou trabalhar. 
3 – Dificuldade para seguir instruções: a criança costuma pedir ajuda com muita frequência e de forma repetitiva 
para realizar tarefas simples, como por exemplo: “Onde é mesmo que devo colocar isto?” “Como é mesmo que se faz 
isto?” Os enganos são cometidos porque as instruções não são completamente entendidas. 
4 – Imaturidade social: a criança age como se fosse mais jovem que sua idade cronológica e pode preferir brincar 
com crianças menores. 
5 – Dificuldade com a conversação: a criança tem dificuldade em encontrar as palavras certas. 
6 – Inflexibilidade: a criança teima em continuar fazendo as coisas à sua própria maneira, mesmo quando esta não 
funciona; ela resiste a sugestões e a ofertas de ajuda. 
 
A DISLEXIA é considerada por alguns autores um dos tipos mais complexos e preocupantes de dificuldade de 
aprendizagem. 
 
A dislexia compreende a dificuldade na aprendizagem da leitura, independentemente de instrução convencional, 
adequada inteligência e oportunidade sociocultural. Depende, portanto, fundamentalmente de dificuldades cognitivas, 
que são frequentemente de origem constitucional. 
 
Atualmente usa-se a seguinte definição: DIS = distúrbio; LEXIA (do latim) = leitura – (do grego) = linguagem, ou seja, 
dificuldades na leitura e na escrita. 
 
A dislexia está associada a dificuldades específicas de aprendizagem. Alunos disléxicosrequerem atenção 
individualizada, com apoios curriculares significativos, que atendam plenamente suas necessidades educacionais 
específicas da dislexia. 
 
AULA 26 – CONDUTAS TÍPICAS (DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM) 
 
CONDUTAS TÍPICAS 
Sobre Condutas Típicas, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) esclarecem que: 
Condutas Típicas são as manifestações de comportamentos típicas de portadores de síndromes e quadros 
psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento 
social, em grau que requeira atendimento educacional especializado. 
 
Para que os alunos com condutas típicas possam freqüentar a escola é necessário utilizar recursos que garantam o 
acesso ao currículo, atendendo às suas necessidades especifi cas e o que é fundamental: preparar o professor para 
atender esse tipo de aluno. Quando falamos em acesso ao currículo, referimo-nos ao conjunto de modifi cações nos 
elementos físicos e materiais da escola, à capacidade pessoal do professor que deverá estar preparado para atender 
as necessidades específi cas dos alunos. Ele assim produz condições que facilitam o desenvolvimento do currículo. 
 
Aqui apresentamos algumas sugestões de implementação e de desenvolvimento do currículo que estão presentes nos 
PCNs: 
A – encorajar o estabelecimento de relações com o ambiente físico e social; 
B – oportunizar e exercitar o desenvolvimento das competências dos alunos com condutas típicas; 
C – estimular a atenção do aluno para as atividades escolares; 
D – utilizar instruções e sinais claros, simples e condizentes com as atividades realizadas; 
E – oferecer modelos adequados e corretos de aprendizagem (evitar alternativas do tipo "aprendizagem por ensaio e 
erro"); 
F – favorecer o bem-estar emocional. 
 
RESUMO 
Condutas típicas são manifestações de comportamentos, características de portadores de síndromes e quadros 
psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento 
social, em grau que requeira atendimento educacional especializado. 
 
AULA 30 – PROFISSIONALIZAÇÃO E MERCADO DE TRABALHO 
 
Os brasileiros têm convivido com decretos, regulamentos e leis visando assegurar os direitos desses cidadãos e 
cidadãs ao exercício pleno de sua cidadania como, por exemplo, o Decreto Nº 3.298 em 20/12/1999 < 
http://www.mj.gov.br/sndh/corde_legis_fed/decretao.html>, que regulamenta a Lei nº 7.853 de 24 de outubro de 1989 e 
dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência na sociedade em geral e no 
mercado de trabalho com ênfase na obrigatoriedade de contratação pelas empresas de pessoas com deficiências e 
assim, criando uma reserva no mercado. 
 
São pontos críticos no recrutamento e na seleção dos portadores de deficiência como: 
• a baixa escolaridade; 
• a pouca qualificação e inexperiência. 
 
Precisa ter formação básica sólida, ser criativo, saber trabalhar em equipe, ter capacidade de liderança e ser um 
“camaleão”, ou seja, deve ser versátil, ser capaz de exercer funções diferentes e ocupar postos diferenciados sem 
perda de qualidade e produtividade. 
 
Os trabalhadores brasileiros não correspondem a esse perfil devido à falta de investimentos, principalmente na 
educação. E se as pessoas ditas normais estão longe de atender às exigências do mercado, imaginem as pessoas 
portadoras de deficiência que, são submetidas às mesmas exigências e que somadas às suas dificuldades comuns a 
todos, estão as dificuldades e restrições impostas pela deficiência. 
 
RESUMO 
Os portadores de deficiência sempre foram muito discriminados no mercado de trabalho. Atualmente existem leis que 
os apoiam nesse sentido e é com base nessas leis que muitos estão conseguindo um emprego. Infelizmente um 
número muito significativo de deficientes não têm escolaridade compatível com os cargos que as empresas oferecem.

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