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MÓDULO 1: A teoria da terapia cognitiva.
A Terapia Cognitiva emerge da busca de Beck por evidências empíricas de proposições psicodinâmicas relativas aos quadros depressivos. A não validação empírica dessas proposições e o surgimento de evidências que contrariavam as proposições em questão, serviram como pontos de partida para a edificação do modelo denominado Terapia Cognitiva. 
Este modelo propõe a cognição como o elemento central na determinação do comportamento e da vivência emocional do indivíduo, submetendo assim todos os sistemas psicológicos – atenção, memória, percepção, comportamento, emoção - prioritariamente à sua influência. Nas palavras de Beck (2000,pg.23), cognição é definida como aquela função que envolve deduções sobre nossas experiências e sobre a ocorrência e o controle de eventos futuros... a cognição inclui o processo de identificar e prever relações complexas entre eventos, de modo a facilitar a adaptação a ambientes passíveis de mudanças. 
Desta forma a teoria da Terapia Cognitiva apresenta-se como uma teoria formal acerca da influência que teorias pessoais – as cognições automáticas do indivíduo – exercem sobre seus sistemas psicológicos. Podendo assim ser entendida como uma teoria de teorias.
Ao subordinar os diversos sistemas psicológicos à influência das cognições, a terapia cognitiva eleva a cognição ao estatus de lócus determinante da adaptação psicológica e consequentemente atribui àquelas cognições distorcidas o papel de causador e mantenedor dos diversos distúrbios psicológicos.
A termo "cognições distorcidas" como o elemento comum a todos os quadros de distúrbios psicológicos, a correção destas passa a ser entendida como o caminho para promoção da remissão dos sintomas psicopatológicos.
Atividade recomendada:
A partir do modelo de determinação do comportamento apresentado pelos autores, faça uma reflexão quanto a sua característica dualista e mediacional deste processo de determinação, elencando seus componentes.
O modelo cognitivo proposto por Aaron T. Beck se caracteriza pelo seguinte paradigma: D) Estímulo, Pensamento, Emoção, Comportamento
Se você compreendeu corretamente a proposta do autor, você deve ter assinalado a alternativa D que atribui à variável Pensamento a posição de elemento determinante e regente dos sistemas psicológicos, como por exemplo, Emoções e Comportamento.
Qualquer teoria, seja ela científica, filosófica, teológica ou de senso comum, deriva suas proposições de pressupostos tomados como válidos ‘a priori’. Ou seja, suas proposições se sustentam em postulados com os quais os adeptos daquele corpo teórico devem necessariamente concordar. Para que uma teoria científica tenha seu estatus de cientificidade validado dentro da comunidade acadêmico-científica faz-se necessário que todas as proposições que componham um dado corpo teórico apresentem-se como congruentes com seus pressupostos fundamentais. Para que tal congruência possa ser explicitada é necessário que estes pressupostos sejam apresentados. No primeiro capítulo de seu livro "O poder integrador da terapia cognitiva" , (Beck & Alford, 2000) os autores apresentam o que entendem serem os dez axiomas do modelo teórico.
Nestes pressupostos estão descritas as relações de influências entre variáveis cognitivas, emocionais, comportamentais, ambientais, de caráter interpessoal e de caráter sócioculturais que balizam o modelo teórico proposto por Beck.
São contemplados nesses axiomas: a natureza das cognições, a relação entre cognições e os diversos sistemas psicológicos, o caráter maladaptativo de cognições disfuncionais, os diversos níveis de cognição e de significados, bem como o caráter contextualista da terapia cognitiva.
Mediante os axiomas propostos por Beck, podemos afirmar que é uma característica da terapia cognitiva:D) Que as experiências emocionais desagradáveis são necessariamente produtos de cognições disfuncionais e por isso devem ser alteradas sempre que surgirem.
Se você compreendeu corretamente o texto a alternativa D foi a sua escolha, pois enfatiza a qualidade contextualista da terapia cognitiva em que nenhuma conclusão acerca da funcionalidade ou não das crenças pode ser tirada se não em relação ao contexto ao qual ela se relaciona.
 
Exercícios modulo "1"
Exercício 1: De acordo com o modelo de Beck, a temática do pensamento das pessoas com depressão gira em torno de perdas e desvalorização, enquanto o processamento cognitivo de pessoas com ansiedade envolve temas relativos a ameaças, isto ocorre em função de:
A - Especificidade de conteúdo. B - Vulnerabilidade cognitiva 
C - Latência dos esquemas. D - Estratégias compensatórias 
E - Hipervalência dos esquemas 
Exercício 2: Sobre a natureza da cognição proposta por Beck, podemos afirmar:
A - A cognição é um mecanismo que é determinado por variáveis externas e ambientais. 
B - Seu processamento e conteúdo fenomenológico são determinados por aspectos motivacionais e emocionais do indivíduo. 
C - A cognição não é um constructo interacional, contextual, uma vez que comanda os demais sistemas psicológicos do indivíduo. 
D - O aparato cognitivo é capaz de captar (ou “representar”) diretamente a realidade. 
E - A cognição faz a mediação entre o ambiente e as respostas orgânicas do indivíduo. 
Exercício 3: Quanto às psicopatologias, a teoria cognitiva afirma que:
A - A melhora sintomática do transtorno psicológico resulta da mudança ambiental. 
B - O processamento cognitivo inconsciente pode ser alterado por meio do conhecimento da história de vida infantil. 
C - Para A. T. Beck, o comportamento independe da natureza do ambiente social em que está situado. 
D - O indivíduo só compreende a realidade que está baseada em sua experiência pessoal. 
E - Ao modificar o pensamento disfuncional, os comportamentos maladaptativos podem se alterar. 
Exercício 4: Sobre o desenvolvimento inicial da terapia cognitiva, assinale a sentença verdadeira:
A - A terapia cognitiva teve origem no pensamento de Skinner. 
B - A terapia cognitiva desde o início não se interessa pelo comportamento manifesto, pelo contrário, ela está interessada nos processos mentais. 
C - A terapia cognitiva surgiu para tratar preferencialmente pacientes ansiosos. 
D - A terapia cognitiva surgiu do sucesso atingido por A. T. Beck na tentativa de fornecer suporte empírico para certas formulações psicodinâmicas. 
E - A terapia cognitiva surgiu de tentativas de modificação de conteúdos e distorções cognitivas negativas comuns aos quadros de depressão. 
Exercício 5: Beck sugere três categorias de cognições automáticas, os pensamentos automáticos, as creças intermediárias e as crenças centrais. sobre as crenças intermediárias podemos afirmas que: (indique a alternativa FALSA)
A - Relaciona-se com as crenças centrais. 
B - Relacionam-se com os pensamentos automáticos. 
C - Podem tomar a forma de regras, suposições e atitudes. 
D - São comportamentos regidos pela crença central. 
E - Podem apresentar-se tanto como funcionais quanto disfuncionais. 
Exercício 6: Com relação às crenças centrais podemos afirmar que: (indique a alternativa FALSA)
A - Localiza-se no inconsciente, portanto inacessíveis, devendo assim ser identificadas através da interpretação de seus conteúdos distorcidos. 
B - São globais. 
C - São avaliações não deliberativas generalizadas. 
D - São o nível mais básico da estrutura cognitiva. 
E - Servem de referencia para as crenças intermediárias. 
Exercício 7: Dentre as categorias de pensamentos que Beck subdivide, as cognições automáticas encontram-se as crenças intermediárias. sobre elas, podemos afirmar que: (indique a alternativa FALSA)
A - São pensamentos subjacentes aos pensamentos automáticos. 
B - As regras são normas que quando acionadas influenciam as emoções apresentadas pelo indivíduo. 
C - As suposições são como hipóteses contruídas apartir da condição em que a crença central nos coloca. 
D - As atitudes são os comportamentosregidos pelas regras e suposições. 
E - As crenças Intermediárias podem apresentar um caráter tanto funcional quanto disfuncional. 
Exercício 8: Sobre conceituação cognitiva, é incorreto afirmar:
A - Uma conceituação cognitiva fornece a estrutura para o atendimento de um Cliente pelo Terapeuta. 
B - A conceituação cognitiva busca encontrar: o diagnóstico, a história do problema em questão, os pensamentos e as crenças associadas ao problema. 
C - A conceituação cognitiva ajuda a planejar uma intervenção eficiente e efetiva. 
D - A conceituação cognitiva começa no segundo encontro entre Terapeuta e Cliente, após o vínculo ser estabelecido. 
E - A conceituação cognitiva dura até a última sessão, durante todo o processo terapêutico.
MODULO 2: Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 1997. [Introdução e capítulos, 1 e 2]. De maneira resumida podemos dizer que a terapia cognitiva propõe que a modificação das cognições automáticas distorcidas promovem a melhora dos quadros de distúrbios psicológicos. Esta afirmação sustenta-se na ideia de que as cognições automáticas distorcidas são comuns a todos os quadros de distúrbios psicológicos, sendo portanto responsáveis por seu surgimento e manutenção. Após os trabalhos de Aaron T. Beck com os quadros depressivos, muito autores se dedicaram a demonstrar a eficácia do modelo cognitivo no tratamento de outros quadros psicopatológicos demonstrando assim a amplitude de psicopatologias que se mostravam suscetíveis às intervenções cognitivistas. Dentre os quadros que apresentam uma importante melhora frente a terapia cognitiva encontram-se transtornos de ansiedade, transtornos de humor, transtornos alimentares, transtornos de personalidade, dentre outros. A terapia cognitiva também teve sua eficácia avaliada em relação a populações de diferentes faixas etárias, de diferentes gêneros, de diferentes classes sociais, com diferentes índices de inteligência e de níveis de educação. Desta forma o modelo cognitivista apresenta-se como uma forma de psicoterapia de grande amplitude de ação em uma ampla gama de populações.
A partir deste modelo psicoterapêutico o terapeuta buscara modificar as cognições automáticas distorcidas do paciente de modo que este possa desenvolver formas mais adaptativas da relação com si mesmo e o mundo.
tomando as concepções adotas pela Terapia cognitiva de Beck, seus postilados fundamentais, sua noção de psicopatologia e sua proposta de tratamento, assinale a alternativa correta abaixo:
C) A mudança das cognições automáticas, quando resultam em correções destas em relação à realidade em que acontecem promovem a remissão dos sintomas patológicos como consequência de uma alteração do elemento determinante da experiência emocional do indivíduo.
Se você compreendeu corretamente as propostas dos autores você assinalou a alternativa C que explicita, a relação entre cognições, o processo de determinação de comportamento, a sujeição das respostas emocionais ao processamento cognitivo, a relação deste processamento com a realidade a que se refere, e a ideia de estrutura cognitiva como instância basilar da experiência psicológica dos indivíduos.
São propostos dez princípios para a prática clínica da terapia cognitiva. Tais princípios têm por meta orientar uma prática eficaz, congruente com as propostas teóricas da terapia cognitiva, rigorosa quanto à utilização de suas técnicas, eficiente quanto ao estabelecimento de uma relação terapêutica que efetivamente propicie um contexto favorecedor de transformação para o paciente, e que oriente o terapeuta na utilização do grande arsenal de técnicas com o qual o terapeuta cognitivo pode contar em sua ação clínica.
Cada um dos princípios apresentados por Judith S. Beck descreve condições e características próprias da prática clínica cognitivista. Sendo assim, atentar a estes princípios é reconhecer a complexidade do trabalho do terapeuta cognitivo e facilitar o atingimento dos objetivos o processo psicoterapêutico.
São exemplos de consequências a atentar para tais princípios:
Manter a conceituação cognitiva em constante aprimoramento.
Não descartar o contexto em que determinados distúrbios psicológicos se desenvolveram.
Priorizar a construção de uma aliança terapêutica.
Promover o engajamento do paciente no processo terapêutico.
Favorecer a apropriação do modelo cognitivo pelo paciente.
Propomos que você reflita sobre as implicações e dificuldades que emergem da tentativa de se orientar uma prática clínica a partir dos princípios propostos por Judith S. Beck, e responda qual das alternativas abaixo está correta. 
E) A diversidade de técnicas que estão à disposição do terapeuta cognitivo é muito ampla. Inclui-se neste conjunto técnicas desenvolvidas por clínicos de outras orientações teóricas.
 
Se você compreendeu corretamente esses princípios você assinalou a alternativa E. As técnicas utilizadas pelos terapeutas cognitivos não necessitam ter tido origem dentro de seu universo teórico, apenas devem ser compreendidas a partir de seus referenciais teóricos da terapia cognitiva para que possam ser utilizadas.
Toda prática psicoterapêutica necessita de um modelo de compreensão da experiência do ser humano. O modelo cognitivo utiliza-se da conceituação cognitiva para traçar um entendimento acerca da experiência vivida pelo indivíduo à luz da teoria cognitiva. O processo de elaboração da conceituação cognitiva consiste em reconhecer e identificar os componentes descritos no paradigma proposto por A. T. Beck. Ou seja, cabe ao terapeuta cognitivo identificar, juntamente com seu paciente, as situações problema, o pensamento atual do paciente e seus padrões duradouros de interpretação, as emoções presentes nessas situações problema e o comportamento apresentado pelo paciente. O aspecto central da conceituação cognitiva refere-se a identificação dos Pensamentos Automáticos, das Crenças Intermediárias e das Crenças Centrais. Uma vez elaborada a conceituação o terapeuta deve seguir aprimorando-a uma vez que a “terapia cognitiva se baseia na formulação em contínuo desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos cognitivos” (Beck, 1997, p. 21).
Para uma conceituação cognitiva efetiva o terapeuta deve construir um entendimento coerente acerca das relações entre todas as instâncias que a integram. Tal coerência poderá ser atingida quando o terapeuta tiver uma rica descrição do contexto e da vivencia do paciente e uma significativa competência em articular tais dados empíricos com os pressupostos fundamentais (axiomas) da teoria da terapia cognitiva.
Propomos que você partindo da descrição do processo de conceituação cognitiva apresentado por Judith S. Beck reflita sobre a relação destes procedimentos e os axiomas da terapia cognitiva e assinale a alternativa incorreta abaixo:
A) A especificidade do conteúdo cognitivo pode ser um conceito facilitador para a identificação de cognições automáticas relevantes para o processo terapêutico.
B) A primazia da cognição é contemplada na conceituação cognitiva por tomarmos o pensamento como o lócus principal de atenção do terapeuta cognitivo.
C) A inclusão de elementos ambientais na conceituação cognitiva evidencia a natureza contextualista da Terapia Cognitiva.
D) A busca por cognições inconscientes refere-se a capacidade de identificação de cognições automáticas.
E) A busca por entender o significado que o indivíduo atribui aos contextos nos quais está inserido refere-se a identificação de significado público veiculado por uma determinada crença.
Se você entendeu corretamente as propostas da autora você assinalou a alternativa E. O significado público de um evento é facilmente acessível, portanto a busca principal no processo de conceituação cognitiva é pelo nível de significado privado.
Exercícios modulo 2
Exercício 1: A todo instante, as pessoas podem apresentar pensamentos automáticos, que não são pensamentos decorrentes de deliberação ou raciocínio. Estes pensamentos parecem surgir automaticamente,de repente e são breves. Segundo a Terapia Cognitiva, quando pensamentos disfuncionais são sujeitos à reflexão racional, nossas emoções tendem a mudar. De onde os pensamentos automáticos surgem? Assinale a alternativa correta.
A - A partir de alterações na configuração do ambiente. 
B - A partir da observação do comportamento de outras pessoas. 
C - A partir de determinadas crenças que a pessoa desenvolve sobre si mesma, outras pessoas e seus mundos. 
D - A partir da base genética transmitida a membros da mesma família. 
E - A partir das práticas grupais características do contexto cultural em que a pessoa está inserida. 
Exercício 2: A modificação da maneira de pensar é fundamental para que o cliente se sinta melhor. Assinale a alternativa que não descreve adequadamente aquilo que se espera que o cliente aprenda durante o processo terapêutico.
A - Reconhecer a interação entre pensamento, emoção, respostas fisiológicas, comportamento, ambiente. 
B - Considerar o maior número possível de ângulos de um problema. 
C - Pensar positivamente. 
D - Testar seus pensamentos através de experimentos. 
E - Reconhecer as distorções cognitivas. 
Exercício 3: Com relação aos pensamentos automáticos, podemos afirmar que não é característica destes: 
A - Serem uma experiência comum a todas as pessoas. 
B - Serem usualmente bastante breves. 
C - Poderem ser trazidos facilmente à consciência. 
D - Aparecerem com maior freqüência em pessoas com transtornos psicológicos. 
E - Produzirem uma mudança no afeto, quando os indivíduos conseguem responder a eles de forma adaptativa, após identificá-los e avaliá-los. 
Exercício 4: Quando o terapeuta identifica que a avaliação feita do PA não aliviou a aflição do paciente, ele procura examinar os motivos que contribuíram para a não eficiência da avaliação. Assinale a alternativa que não corresponde a este exame: 
A - A avaliação do P.A. é superficial. 
B - O paciente não expressou suficientemente a evidência de que acredita sustentar o P.A. 
C - O paciente desconsiderou a avaliação feita por ele e pelo terapeuta 
D - O P.A. em si é também uma crença central. 
E - O paciente se recusou a fazer a tarefa de casa, portanto impediu o terapeuta de ter acesso ao seu P.A. 
Exercício 5: A dualidade ‘Saúde/Doença’ está presente em grande parte das orientações teóricas em Psicoterapia. Para a Terapia Cognitiva proposta por A. T. Beck, a realidade é um elemento primordial na definição de um determinado esquema como mantenedor ou não de um dado distúrbio psicológico. Assim, podemos afirmar que: 
A - A patologia é resultado de uma fuga do paciente de uma realidade insuportável. 
B - A patogênese é o resultado de um ambiente desfavorável ao bem estar do paciente. 
C - A interpretação da realidade é um fator relevante na adaptação do indivíduo ao ambiente, ainda que este ambiente seja desfavorável. 
D - A realidade, por não ser objetiva ou dada a priori, pode ser corretamente interpretada tanto por pensamentos funcionais quanto disfuncionais. 
E - A realidade é construída a partir do olhar do observador, assim, não pode ser tomada como referência para a definição de parâmetros diagnósticos. 
Exercício 6: Um terapeuta cognitivo recomenda a seu cliente a prévia preparação para cada sessão. Sendo assim, orienta o mesmo para que antes da sessão pense sobre o que sentiu na semana, se realizou a tarefa de casa, o que foi discutido na sessão anterior, se há algum assunto inacabado da sessão anterior, que problemas desejaria trabalhar neste momento entre outras questões. Este tipo de intervenção se faz necessária, pois:
I Um dos princípios da Terapia Cognitiva é a ênfase na colaboração e participação ativa do paciente.
II A Terapia Cognitiva é orientada no objetivo e focada no problema.
III O estilo passivo e não-diretivo do terapeuta é próprio do modelo cognitivo. 
A - As alternativas I, II, III são corretas. 
B - As alternativas I e II são corretas* 
C - As alternativas I e III são corretas 
D - Somente a alternativa II é correta 
E - Somente alternativa III é correta 
Exercício 7: Uma adequada conceituação cognitiva torna a psicoterapia mais efetiva e eficiente. Ela consiste na organização os diversos dados trazidos pelo paciente partindo dos principais conceitos do modelo cognitivo. Através deste recurso o terapeuta cognitivo tem como objetivo:
A - Entender quais as contingências ambientais que controlam as respostas afetivas e comportamentais do paciente. 
B - Compreender a relação entre o processamento cognitivo e os diferentes problemas do paciente. 
C - Evitar que ocorra a não-adesão ao tratamento. 
D - Entender por que certos fatos determinam as reações emocionais e fisiológicas do paciente. 
E - Identificar as crenças centrais do paciente, embora isto pouco auxilie na modificação deste processamento cognitivo equivocado e involuntário do paciente. 
Exercício 8: Para a Terapia Cognitiva a distorção Cognitiva é um elemento comum a todos os transtornos psicológicos. Alguns exemplos destes padrões distorcidos são: (indique a alternativa FALSA)
A - Catastrofização 
B - Sublimação 
C - Personificação 
D - Leitura Mental 
E - Filtro Mental 
MÓDULO 3 Beck, JS. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 1997. [Introdução e capítulos, 6 e 8].    Dentro do modelo de psicoterapia proposto por Aaron T. Beck, os pensamentos automáticos estão alocados no nível mais superficial da estrutura cognitiva. Este fato faz dessas cognições automáticas as de mais fácil identificação e modificação. Porém, esta superficialidade não pode ser entendida como algo que diminua sua importância dentro do processo terapêutico. 
O trabalho de identificação e avaliação dos pensamentos automáticos é fundamental para que a terapia cognitiva possa produzir os frutos a que se propões. Este processo de identificação e avaliação é bem descrito por Judith S. Beck (1997). Há varias possibilidades de interação com o paciente que favorecem a identificação dos pensamentos automáticos, a pergunta “o que está passando pela sua cabeça neste momento” amplamente utilizada na busca por essas cognições já é um clássico dentro os terapeutas cognitivistas, entretanto uma série de outras estratégias pode ajudar terapeuta e paciente na tarefa de identificação dessas cognições. A correta identificação dos pensamentos automáticos pode ser dificultada pela maneira que ele é expresso pelo paciente, que muitas vezes pode relatá-los, em forma de pergunta, como uma interpretação racional, envolto e outros pensamentos automáticos menos úteis,na forma de pensamentos telegráficos ou mesmo de modo implícito no discurso. Uma vez identificados, cabe ao terapeuta decidir por abordar, ou não tal pensamento automático. Há algumas dimensões que devem ser levadas em conta na decisão de abordar ou não um pensamento automático em uma sessão de terapia. 
A pertinência de tal abordagem se caracteriza pelas seguintes condições:
- A situação em que tal pensamento ocorre é relavante para o atingimento da meta estabelecida para a terapia? Quanto o paciente acredita nesse pensamento.
- O quanto o paciente acredita neste pensamento?
- Qual a relevância do estado emocional regido por este pensamento automático?
- Quais as sensações corporais relacionadas a ocorrência destes pensamentos?
Tendo os pensamentos automáticos como o elemento mais superficial da estrutura cognitiva, ao mesmo tempo que seu importância para o processo terapêutico não é diminuída, a identificação deste tipo de cognição automática passa a ser entendida como fundamental na aplicação da terapia cognitiva. Sobre os pensamentos automáticos podemos afirmar que:
C) São cognições automáticas que coesistem com um nível manifesto de pensamento e se relacionam com situações específicas sendo menos amplas ou generalizadas como as cognições subjacentes a elas.
Se você compreendeu corretamente as proposições da autora em relação aos pensamentos automáticos, sua natureza, características e função, a respostaassinalada por você deve ter sido a alternativa ‘C’ que explicita a sua qualidade de cognição automática e sua delimitação a situações específicas.
     Tendo o processo de avaliação dos pensamentos automáticos como de fundamental importância para a terapia cognitiva, cabe compreendermos oque será avaliado quando mencionamos tal avaliação. Esta avaliação tem por objetivo determinar a funcionalidade ou não destes pensamentos. A idéia de funcionalidade é entendida aqui como relativa à validade e utilidade dos pensamentos automáticos. Quando nos referimos à validade dos pensamentos automáticos estamos enfatizando sua congruência com a realidade. Para concebermos a possibilidade de fazer tal análise temos que entender o Mundo como dotado de uma realidade dada passível de ser conhecida pelo observado, e mediante tal realidade podemos fazer a checagem da congruência de um determinado pensamento automático e a realidade a que este se refere. Quando percebemos que um pensamento automático distorce uma determinada realidade podemos afirmar que tal pensamento é disfuncional. A outra dimensão a ser avaliada neste processo é a utilidade deste pensamento. Alguns pensamentos automáticos, apesar de serem congruentes com a realidade, nos conduzem a estados emocionais e a comportamentos que não nos ajudam na adaptação ao contexto em que nos encontramos. Estes pensamentos automáticos avaliados como não úteis tornam-se também alvo do processo terapêutico por não serem favorecedores da adaptação do indivíduo ao meio. 
A partir das formas de intervenções propostas pela autora, podemos compreender como concepções de Homem e de mundo característico deste modelo terapêutico:
C) A realidade dada pode ou não ser apreendida de forma fidedigna pela pessoa que nela está inserida, sendo a distorção uma ocorrência comum a todos os seres humanos.
Se você compreendeu claramente as concepções que sustentam as proposições da terapia cognitiva a alternativa que assinolou foi a ‘C’ que caracteriza a visão racionalista do modelo Beckiano de psicoterapia.
Exercícios modulo 3:
Exercício 1: Sobre conceituação cognitiva, é incorreto afirmar:
A - Uma conceituação cognitiva fornece a estrutura para o entendimento de um paciente pelo terapeuta. 
B - A conceituação cognitiva busca encontrar: o diagnóstico, a história do problema em questão, os pensamentos e as crenças associadas ao problema. 
C - A conceituação cognitiva ajuda a planejar uma intervenção eficiente e efetiva. 
D - A conceituação cognitiva começa no segundo encontro entre terapeuta e paciente, após o raport ser estabelecido. 
E - A conceituação cognitiva dura até a última sessão. 
Exercício 2: O questionamento socrático é um importante recurso na prática clínica, sobre está técnica é possível afirmar que:
A - Aumenta a participação ativa do cliente 
B - Reduz a chance do terapeuta impor suas ideias 
C - Treina o cliente na exploração das possíveis soluções para seus problemas 
D - Permite que o terapeuta forneça as necessárias correções aos pensamentos disfuncionais do cliente 
E - Possibilita que o cliente aprenda a identificar e questionar seus pensamentos 
Exercício 3: Com relação à Terapia Cognitiva, não se pode afirmar que:
A - A TC dá valor à formação do vínculo terapêutico. 
B - Procura favorecer novas formas de pensar. 
C - A TC é orientada para a personalidade e não para o problema apresentado. 
D - O modelo da TC é que os pensamentos regem afetos e comportamentos. 
E - O terapeuta procura confrontar as crenças de forma a verificar a funcionalidade das mesmas. 
Exercício 4: Sobre conceituação cognitiva, é incorreto afirmar:
A - Uma conceituação cognitiva fornece a estrutura para o entendimento de um paciente pelo terapeuta. 
B - A conceituação cognitiva busca encontrar: o diagnóstico, a história do problema em questão, os pensamentos e as crenças associadas ao problema. 
C - A conceituação cognitiva ajuda a planejar uma intervenção eficiente e efetiva. 
D - A conceituação cognitiva começa no segundo encontro entre terapeuta e paciente, após o raport ser estabelecido. 
E - A conceituação cognitiva dura até a última sessão. 
Exercício 5: Aaron T. Beck, na década de 60 desenvolveu uma psicoterapia breve, estruturada, para depressão, direcionada para resolver problemas atuais e modificar pensamentos e comportamentos disfuncionais. Estudos já demonstram a eficácia da TC no transtorno depressivo, na ansiedade generalizada, no pânico, na fobia social, no abuso de substâncias, nos transtornos alimentares, em problemas de casais, nos transtorno obsessivo-compulsivo, em transtorno do estresse pós-traumático, nos transtornos de personalidade, na dor crônica, na hipocondríase e na esquizofrenia. A terapia cognitiva é efetiva para clientes com diferentes níveis de educação, renda, idade, individual ou em grupo, para problemas de casais e terapia familiar. Sobre a terapia cognitiva de Aaron Beck podemos afirmar que:
A - A terapia cognitiva foi influenciada pela abordagem gestáltica. 
B - Adota-se uma concepção dualista de Homem em que a mente é tomada como um conceito demasiado subjetivo para a investigação científica. 
C - A psicologia cognitiva enfatiza a importância da cognição no processamento das informações e na mudança comportamental. 
D - O comportamento é consequência direta da forma que o indivíduo interpreta o seu mundo e a si mesmo. Sendo assim, o ambiente em que este Homem se encontra apresenta-se como irrelevante para definição de um dado esquema como funcional ou disfuncional. 
E - A Terapia cognitiva tem como objetivo equilibrar a energia psíquica do paciente, ou seja, a relação entre seus desejos inconscientes e suas cognições. 
Exercício 6: De acordo com o Ministério da Saúde “Aproximadamente 10 milhões de brasileiros sofrem de depressão. Embora a doença possa afetar as pessoas em qualquer fase da vida, alguns estudos indicam que os sintomas são altamente prevalentes nas fases tardias da vida, no Brasil e no mundo. Um artigo publicado em abril de 2002 na Revista Brasileira de Psiquiatria concluiu que cerca de 10% da população mundial de idosos apresentam quadros depressivos que necessitam de atenção médica”. Sendo um problema que compromete bastante a qualidade de vida dos idosos é importante compreender os mecanismos envolvidos no seu aparecimento, para a terapia cognitiva os quadros depressivos:
A - Ocorrem pela intensa e conflitante ação de forças inconscientes envolvendo perdas importantes que ocorrem na terceira idade. 
B - São fruto de interpretações realistas e antecipações acuradas sobre as possíveis soluções dos problemas associados ao envelhecimento. 
C - É decorrente da interpretação das experiências cotidianas de forma absolutista e inflexível. 
D - Está relacionada à ativação de esquemas cognitivos funcionais que estiveram presentes ao longo de toda a vida da pessoa. 
E - É determinada pelas perdas emocionais impostas por um ambiente aversivo que se instala para grande parte dos idosos brasileiros. 
Exercício 7: O questionamento socrático é um importante recurso na prática clínica, sobre esta técnica e possível afirmar:
A - Aumenta a participação ativa do cliente. 
B - Reduz a chances do Terapeuta impor suas ideias. 
C - Treina o Cliente na exploração das possíveis soluções para seus problemas. 
D - Permite que o terapeuta forneça as necessárias correções aos pensamentos disfuncionais do Cliente. 
E - Possibilita que o cliente aprenda a identificar e questionar seus pensamentos. 
Exercício 8: Sobre os pensamentos automáticos podemos afirmar que: (Indique a alternativa FALSA).
A - São cognições automáticas de caráter avaliativo de situações específicas. 
B - São irracionais e disfuncionais. 
C - São um fluxo de pensamento que coexiste com um fluxo de pensamentos mais manifesto. 
D - influênciam nossas emoções e comportamentos. 
E - São o nível mais superficial de nossas cognições automáticas. 
MÓDULO 4: Bibliografia Básica: Beck, JS. Terapia Cognitiva: teoriae prática. Porto Alegre: Artmed, 1997. [Introdução e capítulos, 8 e 9].    Uma vez identificados, os pensamentos automáticos são submetidos à avaliação. O primeiro passo no processo de avaliação é a definição sobre abordar ou não o pensamento automático identificado. Nesta direção o elemento central a ser contemplado é a relação que este pensamento automático tem com a situação problema e as potenciais alterações emocionais e comportamentais que a alteração deste pensamento automático identificado poderá promover. Uma vez definido como um pensamento automático a ser abordado em sessão, inicia-se o processo de desafio a este pensamento. Este processo deve se dar de forma colaborativa de acordo com o princípio do empirismo colaborativo proposto por Beck. Esta etapa da terapia caracteriza-se pelo levantamento de evidências, contra e a favor destes pensamentos, pela elaboração de explicações alternativas àquelas apresentadas pelos pensamentos automáticos, pela criação de novas perspectivas de avaliação das consequências descritas pelo pensamento automático e pela tentativa de promover um entendimento distinto acerca da situação em questão do promovido pelo pensamento automático identificado. Este trabalho é conduzido sempre de modo que o Cliente colabore ativamente, envolvendo-se no processo terapêutico de maneira ativa e, muitas vezes, mesmo nos períodos compreendidos entre as sessões. Na Terapia Cognitiva não se pretende tomar todas as cognições automáticas do paciente como alvo do processo terapêutico. Desta forma, a seleção dos pensamentos a serem trabalhados deve ser precisa para que evitemos perda de tempo com intervenções ineficazes no decorrer do processo. 
A avaliação dos pensamentos automáticos deve contemplar quais dos aspectos listados abaixo:A) Sua congruência com a realidade, sua utilidade e sua relevância para o estado emocional relacionada à queixa do paciente.
Se você compreendeu corretamente o processo de avaliação dos pensamentos automáticos, você deve ter assinalado a alternativa ‘A’ que explicita os dois aspectos que determinam a disfuncionalidade de um pensamento automático e o aspecto que determina a relevância deste pensamento disfuncional para o atingimento da meta da psicoterapia.
Exercícios modulo 4
Exercício 1: O RPD (Registro de Pensamentos Disfuncionais) é uma das principais ferramentas que um terapeuta cognitivo utiliza para que os seus pacientes avaliem e respondam, por escrito, aos seus pensamentos automáticos (BECK, J.S Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed Editora, 1997, Capítulo 9 – Identificando os Pensamentos Automáticos).
Assinale abaixo a alternativa incorreta relacionada a utilização do RPD:
A - O RPD é uma atividade que pode ser utilizada como uma tarefa de casa. 
B - O RPD é utilizado por todos os pacientes para o registro de todos os pensamentos automáticos que o paciente tem no decorrer do dia. 
C - Prescrever o RPD como tarefa para casa logo na primeira sessão pode se constituir como uma estratégia ineficaz de intervenção. 
D - O RPD proporciona uma oportunidade ao paciente para consultar importantes notas de terapia durante as próximas semanas, meses ou até mesmo anos. 
E - O RPD é uma minuta que ajuda o paciente a responder mais efetivamente a seus pensamentos automáticos, reduzindo assim a sua disforia. 
Exercício 2: Um dos importantes princípios da terapia cognitiva é que esta é orientada em meta e focalizada em problemas. Isto repercute diretamente na forma como é conduzido o trabalho terapêutico. Uma importante implicação da adoção deste princípio é que:
A - O terapeuta trabalha com vários problemas do cliente simultaneamente sem necessariamente priorizar um deles. 
B - O terapeuta se concentra nas cognições, distorcidas ou disfuncionais, relacionadas a problemas importantes que possam ser passiveis de mudança e que envolvam temas recorrentes no pensamento do paciente. 
C - O terapeuta procura trabalhar com todos os pensamentos disfuncionais que ocorrem ao cliente durante o dia e que levam a angústia e a comportamentos disfuncionais. 
D - O terapeuta estabelece como meta a eliminação de qualquer pensamento que cause angústia ou sofrimento. 
E - O terapeuta foca seu trabalho na mudança das contingências que geram sentimentos de angústia e comportamentos disfuncionais. 
Exercício 3: O paciente frequentemente não percebe o efeito de seus pensamentos automáticos. Isso ocorre em função das características próprias destas cognições.
Assinale a alternativa que não descreve adequadamente estes pensamentos.
A - Não são determinados deliberdamente. 
B - São oriundos de crenças centrais não reconhecidas. 
C - São mediadores entre situações e as respostas emocionais. 
D - ocorrem de forma muito rápida. 
E - Geralmente são aceitos de forma crítica. 
Exercício 4: A todo instante, as pessoas podem apresentar pensamentos automáticos, que não são pensamentos decorrentes de deliberação ou raciocínio. Estes pensamentos parecem surgir automaticamente, de repente e são breves. segundo a Terapia cognitiva quando pensamentos dusfuncionais são sujeitos à reflexão racional, nossas emoções tendem a mudar. De onde os pensamentos automáticos surgem?
Assinale a alternativa correta.
A - Apartir de alterações na configuração do ambiente. 
B - Apartir da observação do comportamento de outras pessoas. 
C - Apartir de determinadas crenças que a pessoa desenvolve sobre si mesma, outras pessoas e seus mundos. 
D - Apartir da base genética transmitida a membros da mesma família. 
E - Apartir das práticas grupais características do contexto cultural em que a pessoa está inserida. 
Exercício 5: A modificação da maneira de pensar é fundamental para que o cliene se sinta melhor.
Assinale a alternativa que NÃO descreve adequadamente aquilo que se espera que o Cliente aprenda durante o processo terapêutico.
A - Reconhecer a interação entre pensamento, emoção, respostas fisiológicas, comportamento e ambiente. 
B - Considerar o maior número possível de ângulos de um problema. 
C - Pensar positivamente. 
D - Testar seus pensamentos através de experimentos. 
E - Reconhecer as distorções cognitivas. 
Exercício 6: Com relação aos pensamentos automáticos podemos afirmar que NÃO é caracteristica destes:
A - Serem uma experiência comum a todas as pessoas. 
B - Serem usualmente breves. 
C - Podem ser trazidos facilmente à consciência. 
D - Aparecem com maior frequência em pessoas com transtornos psicológicos. 
E - Produzem uma mudança no afeto, quando os indivíduos conseguem responder a eles de forma adaptativa, após identificá-las e avaliá-las. 
Exercício 7: Quando o Terapeuta identifica que a avaliação feita do pensamento automático não aliviou a aflição do Cliente, ele procura examinar os motivos que contribuíram para a não eficiência da avaliação.
Assinale a alternativa que NÃO corresponde a este exame.
A - A avaliação do pensamento automático é superficial. 
B - O Cliente não expressou suficientemente a evidência de que acredita sustentat o pensamento automático. 
C - O Cliente desconsiderou a avaliação feita por ele e pelo Terapeuta. 
D - O pensamento automático em i é também uma crença central. 
E - O Cliente se recusou a fazer a tarefa de casa, portanto impediu ao Terapêuta de ter acesso ao seu pensamento automático. 
Exercício 8: Sobre o pensamento: "Acho que algo não vai dar certp", as perguntas a seguir ajudariam o Cliente a compor uma resposta alternativa, EXCETO:
A - Será que você pode descobrir as coisas assim? 
B - Quais as evidências contrárias a esta ideia? 
C - Quais as evidências que apóiam esta ideia? 
D - O que de pior poderia acontecer? 
E - O que você diria a um amigo se ele estivesse na mesma situação? 
MÓDULO 5: Ferreira, RF. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Cadernos de Psicologia, Ribeirão Preto, v. 4, n. 1, p. 27-39, 2001.
Grandesso, MA. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica.Casa do Psicólogo, São Paulo, 2000 [cap. 01].
     Com o fim da idade média, uma nova forma de olhar o mundo emerge na Europa renascentista. Na tentativa de construir novos referenciais de segurança e inteligibilidade do mundo, um novo empreendimento humano começa a tomar corpo, a "Modernidade". Essa nova forma de conceber o mundo e de produzir conhecimento coloca novamente o Homem no lugar de legitimador do saber produzido, alçando a razão à condição de elemento fundante do saber verdadeiro. O método científico surge então como o conjunto de procedimentos que, quando seguido pelos pesquisadores, garantiria um acesso direto e inequívoco ao real, propiciando assim um saber desprovido das distorções promovidas pelas emoções, desejos, interesses ou superstições; permitindo assim que o conhecimento científico, sustentado na razão, desvelasse a verdade contida no mundo. Podemos dizer então que a modernidade estabelece novos parâmetros de validação e de produção de saberes considerados legítimos, o que implica dizer que se estabelece uma nova concepção epistemológica, que passou a ser chamada de epistemologia moderna. É partir dessa nova concepção epistemológica é que é construído o edifício da ciência moderna. Essa ciência adota uma visão de mundo própria, entendendo-o como sendo um mundo organizado por leis, dotado de essências, constituído por fenômenos regulares e que é passível de ser apreendido através da observação rigorosa e neutra. Para os modernos o pesquisador, quando munido de um método rigoroso, seria capaz de colocar-se na posição de "observador neutro" de um fenômeno e de “deixar-se impregnar” pela realidade de modo a construir representações fidedignas deste real, o que faria do conhecimento produzido uma representação fiel da essência do real.  
O conhecimento produzido nos diferentes momentos históricos atendeu a diferentes critérios de validação pelas comunidades nos quais estes emergiram. A modernidade caracteriza-se dentre outras coisas por uma determinada concepção epistemológica, sobre ela é correto afirmar que: C) A posição de neutralidade é imprescindível para a construção de um saber verdadeiro.
     Se você compreendeu corretamente as proposições do autor, você deve ter assinalado a alternativa ‘C’ uma vez que a neutralidade apresenta-se, dentro do pensamento moderno, como um elemento imprescindível para a construção de um conhecimento verdadeiro. Uma das principais funções da adoção do método científico moderno é a promoção de uma posição de neutralidade do observador frente ao objeto de pesquisa.
     Na medida em que se avolumava o conhecimento construído a partir de preceitos modernos, cada vez mais fenômenos eram abordados pelos pesquisadores que, munidos de suas teorias e instrumentos, buscavam descobrir a verdade oculta neles. Tais empreendimentos se mostraram muito bem sucedidos, porém ao se depararem com fenômenos que se mostravam irregulares os pesquisadores modernos tiveram sua metodologia colocada em questão. A emergência dos paradigmas pós-modernos se dá a partir da dificuldade dos modelos modernos de dar conta de explicar e compreender satisfatoriamente um conjunto de fenômenos que não se mostravam dotados de regularidade. Tal dificuldade propicia o surgimento de uma nova maneira de se conceber o conhecimento e de um novo olhar para os critérios de validação deste conhecimento como verdadeiro. É dentro desta crise paradigmática que o construtivismo terapêutico nasce. Nesta nova perspectiva critérios tão caros à ciência moderna são colocados em cheque, a ideia de neutralidade na relação entre sujeito e objeto, da existência de leis gerais regendo a totalidade dos fenômenos, a concepção de um mundo constituído de fenômenos regulares e, sobre tudo, a crença em um conhecimento que fosse uma representação fiel de uma realidade dada, são todas colocadas em questão. A partir destes questionamentos surge uma nova forma de entender o que é o conhecimento, a este novo modelo adotado no universo das psicoterapias é dado o nome de Construtivismo Terapêutico.
A partir da chamada crise da modernidade, um novo modelo epistemológico é proposto. No universo das psicoterapias este modelo vem sendo chamado de construtivismo terapêutico. Sobre esta nova concepção e possível afirmar que:
E) O universo apresenta-se como a potencialidade de construção de uma diversidade de mundos possíveis.
     Se você compreendeu corretamente as proposições do autor, você deve ter assinalado a alternativa ‘E’. A visão construtivista rompe com a concepção essencialista de mundo, própria da visão moderna, e passa a olhar os fenômenos como definidos nas relações.
Exercícios modulo 5:
Exercício 1: O núcleo da perspectiva epistemológica construtivista, na psicologia, é de que o homem procura, consistentemente, organizar suas várias experiências de vida através de um conjunto significativo e articulado de construções de conhecimento, permitindo-lhe localizar-se no mundo e realizar seus projetos pessoais, sem a preocupação de alcançar representações “verdadeiras” (Ferreira, 1998). Assinale a afirmativa coerente com esta epistemologia:
A - Os seres humanos são considerados co-autores da realidade pessoal a qual respondem 
B - Há o reconhecimento da primazia, estrutural e funcional, dos processos abstratos (tácitos) sobre os processos concretos (explícitos) em toda a experiência maladaptativa. 
C - capacidade de pensar sobre a realidade é limitada pelos esquemas conceptuais adquiridos através da história de vida. 
D - É enfatizada a natureza ativa de toda percepção metacognitiva, aprendizagem e memória. 
E - A capacidade de construir narrativas verdadeiras acerca da sua existência é primordial para esta epistemologia 
Exercício 2: Nietzsche, numa crítica à tradição metafísica, já assinalava a necessidade do homem conviver com a idéia de a linguagem não ter o poder de captar a “coisa em si”, vista como a verdade pura. Assinale a alternativa que não corresponde às idéias construtivistas:
A - Apesar do homem acreditar saber algo das coisas mesmas, possui nada mais do que metáforas delas e, de nenhum modo, correspondentes aos entes de origem.
B - Sob essa ótica, o cientista “cria” descrições do mundo, permitindo-lhe fazer boas previsões e ter controle sobre os fenômenos.
C - O pressuposto de um universo constituído fundamental-mente de regularidades, passível de ser descrito através de leis transcendentes ao mundo histórico, é posto em questão.
D - A noção de conhecimento como representação exata, tornada possível por processos mentais especiais e tornada inteligível através de uma teoria geral da representação, deve ser abandonada.
E - O homem acredita em sua própria essência, pura como a verdade da sua existência
Exercício 3: “Dentro da epistemologia construtivista, cada cliente é considerado único nas suas circunstâncias, e, portanto, cada sistema terapêutico e cada relação terapeuta-cliente são também idiossincráticos. Portanto, se uma depressão não é igual à outra depressão, por exemplo, a experiência que o terapeuta acumula é a habilidade de desconstruir sua escuta fechada, de estar em diálogo, de criar um contexto conversacional gerador de novos significados mais libertadores, o que implica, necessariamente, uma atitude de respeito de humildade” (Grandesso, 2006). Assinale a alternativa correta:
A - A terapia como um encontro trivial que se dá na linguagem, um evento lingüístico entre terapeuta e cliente. 
B - A terapia constitui-se de pessoas que se relacionam na, e por meio da, linguagem 
C - O contexto terapêutico não pode ser estendido para além da sala de terapia e ter uma permanência no tempo, por meio da linguagem escrita. 
D - Um terapeuta pós-moderno não está se comprometendo com a diversidade dos contextos e as idiossincrasias dos casos particulares. 
E - O terapeuta assume o papel de condutor do processo monológico de mudança. 
Exercício 4: A Psicologia Narrativa, ao apresentar-se como alternativa aos modelos racionalistas e mecanicistas dominantes na psicologiano decurso do último século, propõe: (assinale a ‘FALSA’)
A - Recolocar o objeto de estudo da psicologia no domínio da experiência do indivíduo. 
B - Uma psicologia independente e científica pautada pelo esclarecimento experimental de fenômenos psicológicos localizados dentro do indivíduo e cuja a realidade estrutural poderá clarificar. 
C - Que a experiência não possa ser dissociada do conheciomento, que é visto como um processo contínuo de construção do mundo através da própria vida 
D - Entender o comportamento humano compreendendo os sistemas interpretativos utilizados pelos indivíduos no sentido de expandir a complexidade e coerência dos significado dados as suas experiências. 
E - Conceber a psicopatologia como um discurso e não como o reflexo de uma disfunção interna, seja ela mental ou neurobiológica. 
Exercício 5: Como resultado de uma crise paradigmática dentro da ciências modernas novas formas de conceber o conhecimento tomaram corpo e passaram a influenciar a forma de se fazer ciência a partir do século XX. A essas novas formas de conhecer, resultantes da crise do modelo modernos, foi dado o nome de Pós-Modernidade. Inserido dentro desta nova referência está o construtivismo terapêutico.
Dentro de um marco referencial pós-moderno o que podemos afirmar quanto ao diagnóstico e definição de problema. (assinale a única alternativa INCORRETA)
A - Os problemas podem ser descritos e classificados dentro de categorias, e assim, tratados a partir de terapêuticas pré-determinadas* 
B - Os problemas são compreendidos como significados estruturados em narrativas organizadas em torno do sofrimento. 
C - Os problemas são compreendidos considerando o contexto no qual este se dá, não podendo estar dissociados das pessoas envolvidas. 
D - Os problemas são descrições sempre em aberto a novas versões possíveis. As possibilidades de versões são infinitas, podendo sempre ser revistas e modificadas. 
E - Os problemas não podem ser definidos independentemente do observador que os define. 
Exercício 6: As terapias cognitivas construtivistas estão baseadas em concepções epistemológicas pós-modernas e surgem a partir da insatisfação com o modelo tradicional das terapias cognitivas. Dentre as características das terapias construtivistas estão: (assinale a alternativa Falsa)
A - A premissa de que há a possibilidade do desenvolvimento de representações verdadeiras diversas sobre os fenômenos e objetos do mundo real.
B - Conceber o terapeuta como um representante do conhecimento científico que, através da relação terapêutica, ira favorecer a construção de narrativas mais adequadas à experiência real do cliente.*
C - Enfatiza a importância das emoções como fundamentalmente legitimas e não como patológicas.
D - Enfatiza a natureza ativa de toda percepção, aprendizagem e memória.
E - Considerar os seres humanos co-autores da realidade pessoal à qual respondem, em vez de simples receptores passivos de informação
Exercício 7: As críticas que recaem, atualmente, sobre as Ciências Modernas, focalizam os paradigmas que a sustentaram até hoje, apesar de esses terem sido fundamentais para o desenvolvimento da sociedade, principalmente no âmbito tecnológico. Críticas essas que implicam três elementos básicos na elaboração do conhecimento: o próprio conhecimento, o sujeito (observador ou cientista) e seu objeto observado. Baseado nessa proposição identifique abaixo os elementos compatíveis com o novo paradigma.
I. Se na ciência moderna o pesquisador era o dono da verdade, isento e distanciado de seu objeto, agora, esse se torna constituinte tanto da realidade quanto de si mesmo.
II. A nova concepção traz a possibilidade de se perceber os fenômenos de um modo mais real, pois passa a considerar a neutralidade do cientista.
III. A nova concepção deixa de tornar relevantes as vontades e desejos dos agentes sociais.
IV. A nova concepção compreende que o conhecimento seria um objeto original que transforma tanto o conhecedor quanto seu objeto de estudo.
V. A nova concepção integra no processo de conhecimento a intencionalidade do pesquisador.
A - São corretas somente as alternativas II, III e IV. 
B - São corretas somente as alternativas III, IV e V. 
C - São corretas somente as alternativas I, II, e III. 
D - São corretas somente as alternativas I, IV e V. 
E - São corretas somente as alternativas II, III e V. 
Exercício 8: Na busca por uma nova visão da realidade, surge a ciência moderna com preceitos contrários às visões tradicionais baseadas no mito e na religião. Aspecto que provocou uma revolução no mundo ocidental quanto a forma dos significados estabelecidos em relação à realidade, a natureza do conhecimento e o próprio conhecedor. É correto afirmar que:
I. A quantificação, na ciência moderna é dada como categoria primária para definição do conhecimento. Com isso, os elementos da matemática são fundamentais.
II. O método científico foi desenvolvimento, como uma das funções prioritárias, para criar um distanciamento entre conhecedor e seu objeto de pesquisa com a intenção de eliminar a intencionalidade do conhecedor.
III. As Ciências Modernas foi um movimento científico altamente prejudicial para o mundo ocidental.
IV. Um dos paradigmas das Ciências Modernas compreende que o conhecimento independe da cultura, nesse sentido é a-histórico. E que, é necessário estabelecer a neutralidade científica para que o conhecimento seja considerado verdadeiro.
V. O cientista passou a ser reconhecido como o legitimador das verdades estabelecidas na comunidade.
A - São corretas somente as alternativas I, III, IV e V. 
B - São corretas somente as alternativas II, III, e V. 
C - São corretas somente as alternativas I, II, e III. 
D - São corretas somente as alternativas I, II, III e IV. 
E - São corretas somente as alternativas I, II, IV e V. 
MÓDULO 6 Gonçalves, O. Psicoterapia Cognitiva Narrativa: manual de terapia breve. Campinas: Editorial Psy.1998. (cap. 01, 02, 03). 
Grandesso, MA. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. Casa do Psicólogo, São Paulo, 2000 [cap. 03].
 
     A Terapia Cognitiva Narrativa localiza-se dentre os modelos construtivista que emergiram a partir da adoção da epistemologia construtivista por parte dos terapeutas cognitivistas, desde o início da década de 1980. O modelo narrativo assume uma concepção de Homem fundamentalmente linguística, e toma a linguagem como o elemento que distingue a experiência humana da experiência de qualquer outro animal. Oscar Gonçalves refere-se a Bruner para ressaltar o fato de a "virada linguística" na psicologia cognitiva ter se dado na busca de retomar o projeto inicial da revolução cognitiva ocorrida na década de 1950, quando foi dado ao processo de construção do significado o estatus de objeto primeiro das investigações da psicologia cognitivista.
     Ao atribuir à linguagem a qualidade de elemento com o qual se constrói a experiência humanizada muitas das concepções tradicionais adotadas pelas diversas abordagens psicológicas passam a necessitar de revisão. A linguagem passa a ser entendida não mais como um fenômeno de segunda ordem, deixando se ser concebida como um instrumento utilizado pelo indivíduo, e passa a ser tomado como o elemento com o qual o indivíduo se constitui. A partir desta nova referência faz-se necessário que um conjunto de pressupostos que dêem sustentação a esse novo corpo teórico seja apresentado, configurando-se assim como o pano de fundo mediante o qual novas proposições teóricas serão postuladas.
A tomado do processo de significação como objeto principal de estudo dos psicólogos cognitivistas elevou o estatus da linguagem dentre os fenômenos psicológicos. Sobre o entendimento de linguagem e sua relação com o fenômeno homeno é correto afirmar que:     D) a linguagem é, em si mesma, o elemento humanizador da experiência dita humana.
Se você compreendeu corretamente a proposta do autor, você deve ter assinalado a alternativa ‘D’. Umavez que a linguagem é o elemento com o qual o Homem se constitui, é ela mesma a responsável pela constituição de uma experiência humanizada.
     Para uma compreensão adequada do modelo Cognitivo Narrativo proposto por Gonçalves é necessário que tenhamos clareza dos pressupostos que dão sustentação a tal modelo. Gonçalves em seu livro ‘Terapia Cognitiva Narrativa: manualm de terapia breve” apresenta o que chamou de “os fundamentos de uma psicologia narrativa”. 
Tais fundamentos são sintetizados nas quatro proposições seguintes:
I - Existência como Conhecimento.
II – Conhecimento como Hermenêutica.
III – Hermenêutica como Discurso Narrativo.
IV – Discurso narrativo como Cultura.
     Tais proposições se articulam de maneira a criar uma trama que contenha o entrelaçamento entre os componentes lingüísticos e experienciais/existenciais que possibilitam a constituição do que chamamos de sujeito, ou indivíduo.
Tal entrelaçamento mostra que existimos como humanos, a partir de nossas narrativas acerca de nossos encontros com os fenômenos com os quais nos deparamos. Mostra também que tais narrativas são sempre, e inevitavelmente, a realização de um interpretação. E enfatizando o caráter social da experiência humanizada, mostra que tal possibilidade linguística apenas pode se dar dentro de um contexto cultural.
Tomando as proposições de Gonçalves é correto afirmar que: D) A experiência humanizada somente pode emergir a partir do encontro entre dois, ou mais, organismos capazes de ingressar no mundo da linguagem.
Se você compreendeu corretamente a proposta do autor, você deve ter assinalado a alternativa ‘D’. Considerando que a experiência humanizada é constituída pela linguagem e que o aparato linguístico não é uma qualidade inata no ser humano, na ausência de um outro ser humano não há a possibilidade da emergência de tal experiência.
Exercícios modulo 6
Exercício 1: A Psicologia Narrativa se apresenta como alternativa aos modelos racionalistas e mecanicistas dominantes na psicologia no decurso do último século. Os pressupostos epistemológicos desta teoria são alicerçados em quatro pilares: existência, significação, narrativa e cultura. De acordo com estes pressupostos, assinale abaixo a alternativa que considerar correta:
A - O conhecimento passa a ser indissociável da própria existência 
B - Busca compreender os sistemas interpretativos utilizados pelos sujeitos no sentido de expandir e dar significados à coletividade 
C - A multiplicidade de significados só é possível graças ao poder criativo e múltiplo da linguagem e do discurso individual.
D - A terapia não é um ato mental individual mas uma produção discursiva de natureza intrapsíquica. 
E - A linguagem da narrativa deve representar as verdades encontradas pelo sujeito. 
Exercício 2: “Ser __________________significa constituir-se, enquanto indivíduo, de uma maneira diversa da propiciada pela concepção epistemológica _________________ um dos fundamentos da ciência moderna. É desenvolver uma _________________ aberta e efetivamente interessada em compreender a _________________ do outro, tendo como base as construções de realidade dele, mesmo que aparentemente estranhas.” (Ferreira, 1998), Assinale a alternativa que melhor completa os espaços acima:
A - construtivista, objetivista, subjetividade, singularidade.
B - cognitivista, objetivista, subjetividade, singularidade 
C - objetivista, construtivista, objetividade, complexidade 
D - cognitivista, objetivista, subjetividade, especificidade 
E - cognitivista, construtivista, alteridade, complexidade. 
Exercício 3: A Psicologia Cognitiva Narrativa se apresenta como alternativa aos modelos racionalistas e mecanicistas dominantes na psicologia no decurso do último século. Os pressupostos epistemológicos desta teoria são alicerçados em quatro pilares: 1) existência, 2) significação, 3) narrativa e 4) cultura.
Assinale verdadeiro (V) ou falso (F) nas alternativas que se referem aos pressupostos do primeiro pilar - existência:
I. ( ) O conhecimento passa a ser indissociável da própria existência.
II. ( ) O objeto da psicologia é o contexto das cognições do indivíduo.
III.( ) Todos os seres conhecem, reconhecem, transformam e transformam-se no decurso de sua existência.
IV.( ) O processo de construção dos pensamentos automáticos é um processo de construção ativa.
V. ( ) É a passagem da visão cognitivista para uma visão essencialista.
Assinale a alternativa correta:
A - V-F-F-V-F B - V-F-F-V-V C - F-V-V-F-V D - V-F-V-F-F E - V-F-V-F-V 
Exercício 4: Tomando as proposições de Gonçalves é correto afirmar que:
A - O conhecimento é algo produzido a partir de uma perspectiva aistórica 
B - a existência humana prescinde de linguagem 
C - a hermenêutica conduz a uma construção narrativa mas, não se constitui como tal 
D - A experiência humanizada somente pode emergir a partir do encontro entre dois, ou mais, organismos capazes de ingressar no mundo da linguagem 
E - O uso incorreto das normas gramaticais de um língua conduz o indivíduo a uma experiência distorcida do real. 
Exercício 5: Com a emergência da ciência pós-moderna, o indivíduo deixa de ser considerado um mero processador de informação para ser visto como um construtor ativo de significados. Deste modo, a realidade é encarada como algo que só fará sentido depois de ser construída pelo próprio sujeito. Assume-se a possibilidade de existirem construções múltiplas desta mesma realidade, fomentando a multiplicidade do conhecimento, que está dependente do próprio sujeito. Assim, a psicoterapia cognitiva narrativa procura responder os problemas através da facilitação da construção narrativa. Diante dessas informações a narrativa surge: 
A - Como uma representação de uma realidade cognitiva essencial, preocupando-se tanto com a entrada, tratamento e devolução de informação. 
B - Através do processo de estruturação da desordem psicopatológica e dentro desta estrutura narrativa, que o ser humano encontra coerência e significado na sua vida. 
C - Como um elemento central da experiência do indivíduo, uma forma de construir um conhecimento indissociável da experiência de existir. 
D - Através do reconhecimento de uma única experiência verdadeira sobre as quais novas formas de significação podem começar a ser construídas. 
E - Como uma ciência de significação, mas sem preocupar-se com o aumento progressivo da coerência no discurso. 
Exercício 6: Os quatro pressopostos centrais da Psicologia Narrativa se articulam na organização de quatro pressupostos, são eles: existência como conhecimento; conhecimento como hermenêutica; hermenêutica como discurso narrativo; e discurso narrativo como cultura. Identifique as afirmações compatíveis com esses pressupostos:
I. A existência como conhecimento compreende que o ser humano assimila e armazena ativamente o conhecimento.
II. Em relação ao conhecimento como hermenêutica (significado) compreende-se que os sistemas interpretativos dos indivíduos são utilizados para limitar as significações das suas experiências.
III. A hermenêutica como discurso narrativo compreende que os significados se ligam à experiência por intermédio da linguagem.
IV. O discurso narrativo como cultura contém a idéia de que as interpretações dos acontecimentos ocorrem no âmbito da interpessoalidade e nesse sentido se liga intrinsecamente à cultura.
V. Narrativa, conhecimento e linguagem não correspondem à transitoriedade histórica.
A - São corretas somente as alternativas I, IV e V. 
B - São corretas somente as alternativas II, IV e V. 
C - São corretas somente as alternativas I, II e III. 
D - São corretas somente as alternativas II, III e V. 
E - São corretas somente as alternativas I, III e IV. 
Exercício 7: Segundo Gonçalves (1998), os indivíduos ignoram ou evitam narrativas fundamentais da sua vida porque estão incapazes de dar coerência à sua experiência ou ainda pela dificuldade em integraremcertas experiências na trama narrativa da vida. Dias sem sentido, espaços em branco nas memórias do passado, falta de um sentido de direção para a vida, sentimentos de estranheza e despersonalização, desrealização e sintomas dissociativos variados são algumas das queixas mais comuns reveladoras das dificuldades ______________________.
Assinale a alternativa que completa a frase, segundo o autor:
A - de possuir um senso de autoria da própria vida. 
B - na gramática narrativa da história de vida. 
C - no processo de organização da experiência de vida. 
D - na coerência da estrutura narrativa. 
E - na construção do discurso narrativo do sujeito. 
Exercício 8: A Psicologia Narrativa se apresenta como alternativa aos modelos racionalistas e mecanicistas dominantes na psicologia no decurso do último século. Os pressupostos epistemológicos desta teoria são alicerçados em quatro pilares: existência, significação, narrativa e cultura.
De acordo com estes pressupostos, assinale abaixo a alternativa correta:
A - O conhecimento passa a ser indissociável da própria existência. 
B - Busca compreender os sistemas interpretativos utilizados pelos sujeitos no sentido de expandir e dar significados à coletividade. 
C - A multiplicidade de significados só é possível graças ao poder criativo e múltiplo da linguagem e do discurso individual. 
D - A terapia não é um ato mental individual mas uma produção discursiva de natureza intrapsíquica. 
E - A linguagem da narrativa deve representar as verdades encontradas pelo sujeito. 
MÓDULO 7: Gonçalves, O. Psicoterapia Cognitiva Narrativa: manual de terapia breve. Campinas: Editorial Psy.1998. (cap. 01, 02, 03).
 Grandesso, MA. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. Casa do Psicólogo, São Paulo, 2000 [cap. 03].
    
A partir dos pressupostos da Terapia Narrativa o entendimento de psicopatologia é modificado, sendo abandonada a ideia de uma psicopatologia com existência própria independente do observador e adotando-se a ideia de psicopatologia como uma construção do encontro entre observador e objeto. Desta forma, a psicopatologia deixa de ser entendida como uma realidade externa objetivável que encontra-se disponível a uma pretensa descoberta. Com isso, o modelo narrativo como proposto por Gonçalves apresenta uma forma própria de compreensão do que se entende por psicopatologia.
Para tal, Gonçalves apresenta três dimensões de análise das narrativas que constituem o indivíduo. São elas: Estrutura Narrativa, Processo Narrativo e Conteúdo Narrativo.
Tais dimensões de análise se referem respectivamente a: Coerência das Narrativas (seja no eixo sincrônico ou diacrônico), Complexidade das narrativas e Conteúdo narrativo.
Tomando estas dimensões como eixo de análise, a psicopatologia passa a ser entendida como resultado de uma dificuldade do indivíduo de organizar suas experiências de maneira a promover narrativas coerentes, complexas e multifacetadas, produzindo assim narrativas empobrecidas de suas experiência que, por sua vez, favorecem experiências de sofrimento para esses indivíduos.
A partir do modelo de psicopatologia apresentado pelo autor, faça uma reflexão quanto a sua natureza relacional, não essencialista e contextual, e responda a questão abaixo:
A partir da visão narrativa sobre a psicopatologia é correto afirmar que:
D) Toda psicopatologia é resultado do encontro entre o diagnosticado e o diagnosticador.
    
Se você compreendeu corretamente a proposta do autor, você deve ter assinalado a alternativa D que explicita o caráter não essencialista, relacional e contextual da psicopatologia.
Tomando a Estrutura, o Processo e o Conteúdo das narrativas como os eixos de compreensão da constituiçãoo da experiência psicológica, a Terapia Narrativa, como apresentada por Gonçalves, propõe um modelo de intervenção organizado em cinco fases. São elas: 1)a Recordação, 2)a Objetivação, 3)a Subjetvção, 4)a Metaforização e 5)a Projeção.
Tais fases tem como objetivo favorecer um enriquecimento das narrativas do indivíduo de modo que o estreitamento de possibilidades de significações, resultantes do empobrecimento das narrativas do indivíduo, possa dar lugar a um alargamento das possibilidades de significação, e com isso trazer ao indivíduo a possibilidade de novas organizações narrativas de maneira a contemplar a pluralidades de experiências em toda a sua complexidade e de maneira coerente.
De maneira breve podemos entender o objetivo destas fases da seguinte maneira:
Recordação: possibilitar a construção de novos referenciais de significação a partir de um novo posicionamento do indivíduo como autor de sua própria história.
Objetivação: Ampliar as narrativas do indivíduo na direção de contemplar de maneira mais amplas as ocorrências objetivas de sua experiência cotidiana.
Subjetivação: Ampliar as narrativas do indivíduo na direção de contemplar de maneira mais amplas as ocorrências subjetivas de sua experiência cotidiana.
Metaforização: visa permitir a pluralidade de possibilidades de significação através de metáforas condensadoras de significado.
Projeção: busca construir novas possibilidades de organização não apenas do passado mas também do futuro, de modo o que o indivíduo aproprie-se das múltiplas possibilidades de significação de suas experiências passadas e de suas perspectivas futuras.
Partindo das fases da terapia cognitiva narrativa proposta por Gonçalves analise as alternativas a seguir e assinale a correta:
D) A subjetivação busca ampliar as narrativas do indivíduo acerca de suas experiências subjetivas permitindo assim o emergir de novas possibilidades de significação de suas emoções, sentimentos e percepções.
Se você compreendeu corretamente a proposta do autor, você deve ter assinalado a alternativa 'D' que explicita o enriquecimento da dimensão subjetivadas narrativas do indivíduo como sendo o objetivo da fase de subjetivação na terapia narrativa proposta por Gançalves.
Exercícios modulo 7
Exercício 1: Óscar Gonçalves, o autor da Psicoterapia Cognitiva Narrativa, propõe uma psicoterapia que procurará criar condições para um desenvolvimento da coerência, complexidade e multiplicidade nas narrativas do cliente.
De acordo com este autor, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) nas frases abaixo:
I. 	Não há, pois psicopatologia sem interlocutor, e outra eventualmente seria a patologia, se outro fosse o interlocutor.
II. 	A psicoterapia se propõe a ouvir as narrativas do cliente como uma forma de compreender as cognições quentes.
III. 	O terapeuta busca expandir os entendimentos do paciente sobre suas cognições automáticas.
IV. 	A psicopatologia é entendida como a incapacidade para uma visão multifacetada da experiência.
V. 	Os diferentes tipos psicopatologia se referem a diferentes protótipos narrativos.
Assinale a alternativa correta:
A - V-V-V-F-F; B - V-F-F-V-V; C - F-V-V-F-F; D - F-F-V-V-V; E - V-F-V-V-V. 
Exercício 2: A Psicologia Cognitiva Narrativa se apresenta como alternativa aos modelos racionalistas e mecanicistas dominantes na psicologia no decurso do último século. Os pressupostos epistemológicos desta teoria são alicerçados em quatro pilares: 1) existência, 2) significação, 3) narrativa e 4) cultura.
A linguagem e o discurso constituem os fins do processo de significação.
É na linguagem que se constrói o significado.
A narrativa maladaptativa não é algo que escolhemos fazer, elas são ativadas pelas crenças centrais.
Como o ser não é dissociável do conhecer, a narrativa é também aquilo que conhecemos.
A narrativa é inerentemente automática, podendo ser distorcidas, dependendo do contexto.
 Assinale a alternativa correta:
A - V-F-F-V-F; B - V-F-F-V-V; C - F-V-F-V-F; D - V-F-V-F-F; E - V-F-V-F-V; 
Exercício 3: “Dias sem sentido, espaços em branco nas memórias do passado, falta de um sentido de direção para a vida, sentimentos de estranheza e despersonalização, desrealizaçãoe sintomas dissociativos variados são algumas das queixas mais comuns dos pacientes, reveladoras das dificuldades ______________________”. (Óscar Gonçalves). Assinale a alternativa que melhor completa a frase acima:
A - de possuir uma narrativa funcional e adaptativa. 
B - na gramática narrativa da história de vida. 
C - no processo de organização dos esquemas. 
D - na tradução do discurso narrativo. 
E - na coerência da estrutura narrativa. 
Exercício 4: A Psicologia Cognitiva Narrativa se preocupa e apresenta uma nova concepção de psicopatologia onde os papéis de psicoterapeuta e paciente seriam repensados dentro do contexto psicoterapêutico. Diante disso, o papel do psicoterapeuta pode ser caracterizado como o de:
A - Um professor que persegue sínteses dialéticas entre os conhecimentos disfuncionais sobre a existência do cliente. 
B - Um professor que facilita a compreensão dos padrões disfuncionais da experiência do cliente. 
C - Um profissional que busca a matriz narrativa desadaptada do cliente, recolocando-a no padrão normativo de menor sofrimento. 
D - Aquele que busca a reconstrução do self do cliente, encaixando-o no modelo essencial interno dos impulsos de self da teoria. 
E - Um criador de condições para um melhor desenvolvimento da coerência, complexidade e multiplicidade do cliente dentro do processo terapêutico. 
Exercício 5: Segundo Grandesso (2006), um terapeuta narrativo trabalha como um criador de contextos exploratórios para as histórias vividas pelos clientes, procurando por narrativas da experiência, referendadas pelos clientes, revelando recursos, competências e habilidades veladas pelos recortes feitos na experiência por meio de narrativas dominantes, edificadas em torno de problemas”.
Pode-se afirmar que:
A - Neste tipo dialógico de conversação, o terapeuta fala sobre o cliente, sobre os aspectos intrapessoais apenas. 
B - Cliente e terapeuta se envolvem numa parceria genuína, no encontro da solução verdadeira do problema. 
C - Existe um contexto de acolhimento genuíno em que a voz do cliente pode ser ouvida na terceira pessoa. 
D - Não há espaço, neste tipo de terapia, para posições privilegiadas do cliente, apenas do terapeuta. 
E - A mudança do cliente decorre do contar histórias sobre sua vida. 
Exercício 6: Diferentes abordagem teóricas reservam algumas características ao papel do terapeuta. No caso da terapia construtivista, o terapeuta tem como papel na terapia: Qual das alternativas abaixo é a correta?
A - Ser um espectador isento. 
B - Ser alguém que sabe a melhor forma de entender a realidade. 
C - Ser um instrutor. 
D - ser um facilitador do processo de mudança humana. 
E - ser alguém que identifica os erros nos sitemas de significação. 
Exercício 7: Ao analisarmos a psicologia narrativa, consideramos diversos aspectos sobre a narrativa, entre eles a coerência e a complexidade. Podemos afirmar que em alguns casos o discurso narrativo do cliente é coerente, porém há baixa complexidade. São exemplos de discursos coerentes e pouco complexos:
A - Clientes esquizofrênicos. 
B - Clientes megalomaníacos. 
C - Clientes depressivos. 
D - Clientes com Transtornos Obsessivo-compulsivos. 
E - Clientes psicóticos. 
Exercício 8: Considerando a psicologia narrativa e seus princípios, analise as afirmações e assinale a alternativa correta.
I – A procura de essências cognitivas dá lugar à organização da matriz existencial.
II – Uma hermenêutica absolutista e apriorística é substituída por uma hermenêutica facilitadora de uma multicompreensão.
III – A abstração lógica cederá lugar à discursividade narrativa.
IV – O indivíduo isolado transformar-se-á num espaço individual e único, fechando em sua matriz narrativa.
V – O terapeuta deixa de ser um doutor da interioridade e da individualidade para procurar criar condições, no contexto da realidade conversacional que é a terapia, para um desenvolvimento da coerência, da complexidade e da multiplicidade do cliente.
Está correto apenas o que se afirma em: 
A - Todas as afirmações são verdadeiras. 
B - Todas as afirmações são falsas. 
C - Apenas a afirmação V é falsa. 
D - Apenas as afirmações I, II e III são verdadeiras. 
E - Apenas a afirmação IV é falsa. 
MÓDULO 8: Grandesso, MA. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clinica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000. [cap.V, itens 2.1; 2.2; 2.3 3.1; 3.2; 3.3].
Duran, AP. Depressão. In Abreu, CN; ROSO, M. Psicoterapias Cognitiva e Construtivista: novas fronteiras da prática clínica. Porto Alegre, 2003. [cap. 16 (pg. 195)].
 
Grandesso (2000) entende a terapia como uma prática social, estruturada em torno de um tipo especial de discurso, a conversação terapêutica. Trata-se de uma conversação propositada de natureza dialógica, estruturada em torno dos dilemas que as pessoas vivem, tendo como propósito a criação de um contexto facilitador para a construção de novos significados edificados em novas narrativas, ampliando o seu sentido de autoria e suas possibilidades existenciais. A definição como dialógica e a capacidade para estabelecer novas relações entre eventos da vida e entre pessoas, criando novos marcos de sentido, favorecem para que essas conversações tenham uma natureza transformadora.
Assim caracterizada, essa prática deixa de lado os conceitos de patologia, normalidade e de terapeuta como um expert. Antes de se definir como uma prática hierárquica, em uma concepção pós-moderna, a terapia apresenta-se como uma prática colaborativa que se constrói no momento presente e a partir de dentro do próprio contexto dos participantes. Por essa razão, autores como Anderson (1997) consideram inconveniente o uso dos termos terapia, terapeuta e terapêutico. No lugar de terapeuta, propõe o conceito de consultor e o de falar com pessoas, em vez de fazer terapia. Embora me parecesse coerente com a posição da autora, considero que, pelo menos no nosso meio, ainda necessitamos do termo terapia, uma vez que os propostos pela autora são por demais abrangentes e tenderiam a deixar de lado a especificidade dos contextos de conversação terapêutica.
Assim, Grandesso nos introduz a questionamentos como: terapia como prática social, terapia como prática de conversação dialógica e terapia como prática narrativa.
 
Falando sobre o processo terapêutico e seus propósitos quanto à mudança, dentro desse marco referencial pós-moderno, ênfase especial, no meu entender, deve ser colocada sobre a relação terapêutica. Partindo da análise do processo terapêutico, proponho-me a analisar as questões referentes à definição dos problemas, aos objetivos da terapia, à conceituação da mudança terapêutica e sua incorporação à vida dos clientes, bem como a definição de duração do processo como um todo.
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É preciso contornar uma possível contradição entre a perspectiva construtivista e o conceito de transtorno psiquiátrico entendido como categoria nosológica. A contradição estaria tanto na posição a respeito das possibilidades e necessidades de categorização – o construtivismo pende claramente para uma visão ideográfica, e a psiquiatria, em geral, para uma visão nomotética – quanto na dimensão patologizante intrínseca à psiquiatria e exterior à visão construtivista.
A segunda contradição é que, ao se colocar no contexto de um paralelo prático entre terapias, sugere-se uma distinção entre prático e algo diferente de prático, talvez teórico, o que contrariaria os termos construtivistas. Nesses termos, qualquer fato em relação ao qual podemos ser práticos, isto é, em relação ao qual podemos agir com um grau de eficácia, só é conhecido enquanto inserido em um universo simbólico, uma teoria explicativa ou implícita, que o define como tal em suas relações com outros fatos também nela definidos, inclusive a ação e seu autor. Assim, o fato, a ação sobre ele (prática), bem como o sujeito dessa ação, habitam uma realidade que não é dada exteriormente, mas significada, construída (teoria).

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