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TÉCNICAS BÁSICAS DE AVALIAÇÃO SEMIOLÓGICA Prof.: Karyne Negromonte 1 Definição Técnicas sistematizadas e empregadas para pesquisar, sentir, e refletir sobre os sinais e sintomas do cliente. Vantagens da coleta de dados sistematizada: Inclusão de todos os dados relevantes; Melhor seleção da informação, apoiada em conhecimento; Menor perda das informações; Padronização; Disponibilidade das informações (Auditoria; Pesquisa) Legibilidade e organização dos dados 2 3 4 5 FACE ANTERIOR 1 – REGIÃO SUPRACLAVICULAR 2 – REGIÃO CLAVICULAR 3 – REGIÃO INFRACLAVICULAR 4 – REGIÃO MAMÁRIA 5 – REGIÃO INFRAMAMÁRIA 6- REGIÃO SUPRA- ESTERNAL 7 – REGIÃO ESTERNAL SUPERIOR 8 – REGIÃO ESTERNAL INFERIOR 6 FACE LATERAL 1 – REGIÃO AXILAR 2 – REGIÃO INFRA AXILAR 7 FACE POSTERIOR 1 – REGIÃO SUPRA- ESCAPULAR 2 – REGIÃO SUPRA - ESPINHOSA 3 – REGIÃO INFRA – ESPINHOSA 4 – REGIÃO INTERESCÁPULO- VERTEBRAL 5 – REGIÃO INFRA- ESCAPULAR Considerações Anatômicas 8 a- Hipocôndrio direito b - Epigástrio c - Hipocôndrio esquerdo d - Região flanco direito e - Região umbilical (mesogástrica) f - Região flanco esquerdo g - Fossa ilíaca direita ou região inguinal direita h - Hipogástrio i - Fossa ilíaca esquerda ou região inguinal esquerda Técnicas de exame físico Utilizar panos de campo para a área exposta seja aquela submetida ao exame. Desenvolva um padrão para o exame, começando no mesmo sistema corporal e procedendo na mesma sequência (céfálo-caudal). Organize as etapas de forma a minimizar o número de vezes que o cliente precisa mudar de posição. Independente de onde iniciar o exame você usará 4 técnicas: inspeção, palpação, percussão, ausculta e OLFATO. 9 10 Inspeção • Realizada com o paciente em repouso; • Observado contornos anatômicos do corpo (forma do tórax e cabeça, condições da pele). Estática • Observa-se os movimentos de determinado seguimento do corpo (amplitude respiratória, retrações intercostais, emprego da musculatura acessória). Dinâmica 11 12 INSPEÇÃO UTILIZA O SENTIDO DA VISÃO; Pode ser localizada ou panorâmica; Pode ser estática ou dinâmica; Pode ser efetuada a olho nú ou com auxílio de lupa. 13 Quando feita apressadamente, produz achados falsos ou enganadores; Inspeção direta: Baseia-se na visão, audição e olfato; Inspeção indireta: Usa material para expor tecidos internos ou aumentar a visão de uma área específica; Abrange marcos, cor, tamanho, localização, movimento, textura, simetria, odor e sons. INSPEÇÃO 14 INSPEÇÃO PANORÂMICA “R.S.L, feminina, 18 anos, admitida na Clínica Médica deste hospital (...) à inspeção geral, cabelos desgrenhados, com sujidade aparente, presença de pediculoses; pele íntegra, descorada, desidratada, anictérica, acianótica...” 15 INSPEÇÃO LOCALIZADA “R.D.S, masculino, 39 anos, foi admitido no setor de Emergência Geral com uma forte dor abdominal, queixando-se de êmese e diarreia; à inspeção observou- se equimoses periumbilicais e em flanco direito...” Equimose em flancos – Sinal de Grey-turner Equimose periumbilical – Sinal de Cullen 16 Sinal de Grey- Turner Equimoses nos flancos. Este sinal leva 24-48 horas para aparecer e prediz um ataque severo de pancreatite aguda 17 18 Sinal de Cullen È caracterizado equimoses azuis-pretas na região periumbilical devido à hemorragia retroperitoneal, associada principalmente à ruptura de gravidez ectópica, mas também eventualmente presente na pancreatite aguda INSPEÇÃO DINÂMICA Expansibilidade Manobra de Ruaut – Os ápices pulmonares: coloca-se as mãos nas fossas supra-claviculares e os dedos polegares unindo formando um ângulo. O normal é observar a elevação das mãos na inspiração profunda 19 Expansibilidade - ápices assimetria unilateral Ex.: derrame pleural, pneumonia, dor pleural, obstrução brônquica assimetria bilateral. Ex.: enfisema pulmonar 20 SEMIOTÉCNICA - INSPEÇÃO Necessário conhecimento de anatomia topográfica; Ambiente claro e calmo; Desnudar apenas o local examinado; Se necessário uso de foco luminoso em cavidades; 21 AUSCULTA Consiste na aplicação do sentindo da audição para ouvir sons ou ruídos produzidos pelos órgãos. Esses sons são decorrentes das vibrações das estruturas anatômicas. A maioria dos sons auscultados são movimentos de ar ou líquido, como fluxo de ar nas vias respiratórias, fluxo turbulento de sangue ao longo dos vasos e o movimento de gás ao longo dos intestinos. 22 AUSCULTA ESTETOSCÓPIO MONOAURICULAR OU “PINARD” 23 ESTETOSCÓPIO BIAURICULAR *Câmpânula: Sons de baixa freqüência * Diafragma: Sons de alta frequência AUSCULTA Pulmonar: ouvir ruídos respiratórios normais (murmúrios vesiculares) e patológicos (ruídos adventícios: sibilos, roncos, estertores) Cardíaca: ausculta as bulhas cardíacas normais e alteradas e para reconhecer sopros e outros ruídos. Vasos: artéria ou veias onde se podem originar sopros. Abdome: para detectar ruídos hidroaéreos. 24 Como usar o estetoscópio 25 POSIÇÕES EM AUSCULTA Decúbito dorsal, cabeça apoiada em um pequeno travesseiro, tórax e abdome descoberto. Paciente sentado e o enfermeiro em pé ao lado paciente; Paciente em decúbito lateral esquerdo e a mão esquerda na cabeça. O ENFERMEIRO EM PÉ DO LADO DIREITO (BOM PARA ÁREA MITRAL E 3ªbulha). 26 PALPAÇÃO Recolhe dados do paciente a partir do tato e pressão das mãos do examinador, permitindo analisar texturas, volume, dureza, sensibilidade do paciente. Pode ser realizada de diferentes formas, desde utilizando uma única mão até ambas formando garras ou permitindo aumento da área de palpação. Também: digitopressão, vitropressão, pinçamento, puntipressão. LEMBRAR: mãos aquecidas e unhas cortadas. 27 28 PALPAÇÃO Recolhe dados do paciente a partir do tato e pressão das mãos do examinador, permitindo analisar texturas, volume, dureza, sensibilidade do paciente. Pode ser realizada de diferentes formas, desde utilizando uma única mão até ambas formando garras ou permitindo aumento da área de palpação. Também: digitopressão, vitropressão, pinçamento, puntipressão. LEMBRAR: mãos aquecidas e unhas cortadas. 29 PALPAÇÃO Utiliza o tato (estruturas superficiais) e a pressão (estruturas profundas) subjacentes ao exame. Palpação Profunda Palpação Superficial 30 OBJETIVOS DA PALPAÇÃO Avaliar as modificações da textura,temperatura, espessura, consistência, sensibilidade, volume, e dureza dos órgãos; Percepção de frêmito Presença de flutuações; Elasticidade da pele; Edema. 31 Avaliação do Edema 32 OBJETIVOS DA PALPAÇÃO A medida que palpar cada sistema corporal, avalie esses aspectos: Textura – irregular ou lisa? Temperatura – morno, quente ou frio ? Umidade – seco, molhado ou úmido? Movimento – imóvel ou com vibração? Consistência das estruturas – sólido oucheio de líquido? 33 TÉCNICAS DE PALPAÇÃO É preciso, para que a palpação seja correta, uma sensação de tato bastante desenvolvida. Não se esqueça de vestir luvas ao palpar, especialmente ao palpar mucosas ou outras áreas onde você poderá entrar em contato com líquidos corporais. O cliente pode reagir à palpação com ansiedade, constrangimento ou desconforto. Esses fatores podem provocar tensão muscular ou resguardo. 34 TÉCNICAS DE PALPAÇÃO Para pôr o cliente à vontade siga as orientações: Aqueça as mãos antes de começar; Explique o que fará e qual o motivo, e descreva o que o cliente pode esperar, especialmente nas áreas sensíveis. Estimule o cliente a relaxar, respirando várias vezes. Interrompa a palpação imediatamente se o cliente se queixar de dor. 35 Técnicas fundamentais para palpação 36 Técnicas fundamentais para palpação 37 38 Sinal de Blumberg: dor ou piora da dor à compressão e descompressão súbita do ponto de McBurney (entre o umbigo e a espinha ilíaca ântero-superior) Apendicite Sinal de Rovsing: palpação do quadrante inferior esquerdo do abdomem que resulta em dor no quadrante inferior direito Apendicite PERCUSSÃO Emprega-se o golpe para gerar vibrações com características específicas de cada localização; Sente-se também a resistência da área golpeada. 39 PERCUSSÃO Piparotes com os dedos ou as mãos de maneira rápida e precisa contra superfícies corporais, a fim de produzir sons, para detectar sensibilidade ou para avaliar reflexos. A percussão para observação do som ajuda a localizar os bordos do órgão, identificar a forma e a posição e determinar se o órgão encontra-se sólido ou cheio de líquidos ou gás. Os órgãos e tecidos produzem sons de sonoridade, timbre e duração variáveis. 40 Percussão Usa-se pancadas rápidas e leves para criar vibrações que penetrem cerca de 4 a 5 cm sob a superfície da pele. Os sons NORMAIS do tórax e abdome incluem: Ressonância (som claro pulmonar) – som longo, superficial e oco, ouvido sobre o espaço intercostal acima do tecido pulmonar sadio (pulmões insuflados) Timpanismo – som alto, de timbre alto, semelhante a tambor ouvido sobre bolhas de AR no estômago ou intestino cheio de GÁS. Macicez – som suave, de timbre alto e curta duração, normalmente ouvido sobre órgãos mais sólidos, como fígado e coração. 41 42 Percussão Bata os dedos ou as mãos de modo rápido e preciso contra superfícies corporais para detectar sensibilidade ou verificar reflexos. Localize as margens dos órgãos para identificar a forma e a posição e determinar se estão sólidos ou inflados de ar ou gazes. 43 PERCUSSÃO PERCUSSÃO DIRETA PUNHO-PERCUSSÃO BORDA DA MÃO PIPAROTE PERCUSSÃO DÍGITO-DIGITAL PLEXOR PLEXÍMETRO 44 Técnicas de percussão 45 Técnicas de percussão 46 Técnicas de percussão 47 Orientações para a Percussão Para aperfeiçoar a técnica de percussão, mantenha as unhas curtas e aqueça as mãos antes de começar. Peça ao cliente que urine antes de começar. Você poderá confundir a bexiga cheia com uma massa ou poderá provocar desconforto ao cliente. Remova as jóias ou outras peças que possam provocar ruídos que interfiram na ausculta. Explique ao cliente o que fará. Compare sons de um lado com o outro lado do corpo. 48 OLFATO PERCEPÇÃO DE UM DETERMINADO ODOR PODERÁ FORNECER INDÍCIO VALIOSO. 49 OLFATO HÁLITO ALCOÓLICO CETOACITOSE DIABÉTICA COMA HEPÁTICO (misto de rato, cadáver, terra molhada, urina ou peixe) HÁLITO URÊMICO (IRC- amônia/ urina/ peixe) 50 Registro dos Achados Anote com precisão todos os achados do exame físico; Inclua todas as informações sobre um sistema corporal antes de passar para outro; Use descrições, como marcos anatômicos e posições, para anotar os achados; Use um formulário adequado. 51 REFERÊNCIAS AGREST, Alberto. El ocaso de la semiología. Medicina (B. Aires) [online]. 2008, vol.68, n.2, pp. 175-175. ISSN 0025-7680. JARVIS, Carolyn. EXAME FÍSICO & AVALIAÇÃO DA SAÚDE. 6ªed. Rio de Janeiro: Artmed, 2004. PORTO, Celeno. EXAME CLÍNICO. 3º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. POSSO, Maria Belém Salazar. SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA DE ENFERMAGEM. São Paulo: Editora Atheneu,2004. 52
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