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APOSTILA OCLUSÃO (1)

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CURSO DE ODONTOLOGIA
APOSTILA
OCLUSÃO E DISFUNÇÕES TEMPORO-MANDIBULARES
4ª FASE
BALNEÁRIO CAMBORIÚ
INTRODUÇÃO A OCLUSÃO
A Oclusão tem sido um dos aspectos mais negligenciados na confecção de uma prótese, e na maioria dos casos está estabelecida de acordo apenas com o registro estático das relações maxilo-mandibulares.
FASE DE DIAGNÓSTICO
Deve fazer parte da anamnese, um perfeito exame da oclusão. 
Para um correto diagnóstico é necessário conhecer o sistema em sua forma saudável, e distinguir o que é ou pode vir a ser patológico.
ANÁLISE DA OCLUSÃO EXISTENTE
CONTATOS DE FECHAMENTO
CONTATOS EM MOVIMENTOS EXCURSIVOS
Determinar a relação horizontal dos maxilares, para a qual as restaurações serão construídas, é uma das primeiras decisões críticas que o dentista deve tomar.Todos os outros procedimentos de preparação da boca, dependem desta análise. A falha em tomar esta decisão corretamente, pode resultar na perda da osseointegração, afrouxamento de parafusos, fratura de componentes e destruição das estruturas que suportam os dentes. 
Quando você falha ao executar o seu planejamento, você planejou a sua falha.
Qual a relação horizontal dos maxilares a ser utilizada para tratar determinado paciente?
 Relação Cêntrica ou Máxima Intercuspidação Habitual?
FUNDAMENTOS DA OCLUSÃO
DEFINIÇÕES:
Aproximadamente 95% das pessoas adultas com dentição natural completa, apresenta duas posições para o fechamento (relação horizontal) dos maxilares: 
 Cêntrica 
 MIH
CÊNTRICA
Conceito anatômico
A Relação Cêntrica diz respeito ao posicionamento do côndilo em relação à cavidade articular. É portanto, óssea, muscular e neuro-ligamentosa, porém independente dos dentes.
CÊNTRICA
Conceito Clínico
Deve ser retruída
Deve ser guiada e não forçada
Deve ser confortável 
Deve ser facilmente repetitível.
CÊNTRICA
Conceito fisiológico
Na ausência de qualquer impedimento (contatos prematuros) ou patologia, todos nós sempre ocluiríamos em relação cêntrica.
É a única posição que apresenta previsibilidade, confiabilidade e respaldo científico para reconstruções extensas ou tratamento de patologias oclusais. 
Esta posição deve ser reconhecida pelo sistema neuro-vegetativo como fisiológica, sendo considerada ortopedicamente estável.
 
POSIÇÃO ARTICULAR ORTOPEDICAMENTE ESTÁVEL IDEAL
Pterigóideo lateral inferior: côndilo anteriormente contra a vertente posterior da eminência
Temporal: côndilos superiormente na fossa
Masseter e pterigóideo medial: côndilos ântero-superiormente
CÊNTRICA
Para que o dentista tenha chance de realizar com sucesso qualquer tratamento reconstrutivo por menor que seja, este deve dominar com total segurança alguma técnica de manipulação do paciente que permita determinar a relação cêntrica. Este objetivo só pode ser alcançado com treinamento, treinamento e treinamento.
MAXIMA INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL
Devido a discrepâncias entre as bases ósseas e o tamanho e forma dos dentes, em uma imensa maioria dos casos, estes não conseguem uma máxima intercuspidação quando os condilos giram em seu eixo terminal de rotação para o fechamento em relação cêntrica. 
Ocorrem então contatos prematuros em alguns dentes que obrigam a mandíbula a um desvio para anterior em busca de uma melhor intercuspidação que possibilite a mastigação.
Estes contatos (prematuros) se estabelecem durante a erupção dos dentes permanentes, e são registrados no sistema nervoso central, sendo assim na maioria dos casos, reconhecidos como fisiológicos.
Desta forma, os contatos prematuros quando mantidos em sua forma natural, sem que haja interferência do dentista, (Ortodontia, Prótese, Dentística) normalmente não causam patologias.
Mesmo assim, contatos prematuros que levam a um deslize para anterior em condições fisiológicas, podem em determinado momento, passar a produzir pára-funções e conseqüentes patologias. Estes fatos normalmente estão associados a condições de stress, ou qualquer outro fator que eleve o metabolismo, como o uso de drogas estimulantes.
Função
 Atividade específica que determinado sistema está preparado para executar
Disfunção
 Alteração da função
Parafunção
 Função deletéria
Distúrbio / desordem
Ruptura da homeostasia
Doença (dor / disfunção)
Da mesma forma que pode ser alterada por distúrbios sistêmicos,a condição de equilíbrio em MIH pode ser facilmente alterada pela incorporação de novos contatos prematuros em relação cêntrica; (Dentista, erupção dos III molares) os quais não seriam reconhecidos pelo sistema neuro-vegetativo.
NORMALMENTE O PACIENTE NÃO ACEITA QUE O DENTISTA INCORPORE NOVOS CONTATOS EM M.I.H., PORÉM NÃO PERCEBE AQUELES QUE FORAM INCORPORADOS EM RELAÇÃO CÊNTRICA.
Enquanto estamos acordados, a musculatura elevadora da mandíbula, já condicinada pelos contatos dentais, não precisa sequer passar pela relação cêntrica, fechando a mandíbula diretamente em MIH.
Porém durante o sono, nos períodos de maior atividade, a musculatura elevadora é ativada. Uma vez que o sub-consciente está no controle, a mandibula ao fechar segue a trajetória da relação cêntrica, com os côndilos girando no eixo terminal de rotação.
Neste momento, se os contatos prematuros encontrados forem reconhecidos como fisiológicos, o sistema neuro-vegetativo simplesmente os ignora, desviando e acomodando a mandíbula em MIH. 
Porém se os contatos forem considerados estranhos em relação aos que já estavam registrados (no sistema neuro-vegetativo), existe uma grande possibilidade de o organismo tentar eliminá-los durante o sono. Isto pode dar origem a pára-funções como bruxismo e apertamento (briquismo).
QUANDO UTILIZAR A MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL COMO PONTO DE PARTIDA PARA TRATAMENTOS COM P.S.I.
Quando existir um número suficiente de dentes naturais contactantes posteriores.
Quando existir um número suficiente de dentes naturais contactantes posteriores.
Quando ocorrer um deslizar harmonioso de aproximadamente 1,5mm, sem nenhum desvio lateral.
Dimensão vertical aceitável 
Ausência de Patologias Oclusais
EX:
 - Dores e ruídos articulares
 - Facetas de desgaste
 - Reabsorção vertical
 - Mobilidade
 - Migração
 - Diastemas anteriores, etc...
Para todos os outros casos, utilizar a relação cêntrica.
Isto significa que na presença de sinais ou sintomas de patologia, ou na ausência de contatos em dentes naturais posteriores, que garantam uma MIH estável e fisiológica, devemos eliminar todos os contatos prematuros por intermédio de um ajuste oclusal.
AJUSTE OCLUSAL
O objetivo deste procedimento é fazer com que, após removidas as prematuridades, a MIH e a relação cêntrica coincidam, eliminando o deslize da mandíbula para anterior.
Oclusão em Relação Cêntrica (ORC)
ORC RC = MIH
Posição ótima
A OCLUSÃO EM CONTATOS EXCENTRICOS
Os movimentos excursivos contactantes da mandíbula são determinados pelas guias de desoclusão. Estas são estabelecidas pelos componentes das articulações temporo-mandibulares e pelas superfícies palatinas e incisais dos dentes anteriores. Esses elementos juntamente com as curvas funcionais estabelecidas para os dentes posteriores, determinam o padrão oclusal de desoclusão do indivíduo. 
OCLUSÃO MUTUAMENTE PROTEGIDA
A natureza criou um padrão para a oclusão, o qual quando estabelecido normalmente garante uma condição de estabilidade para o sistema estomatognático. 
Denomina-se oclusão fisiológica, ou mutuamente protegida.
Os dentes posteriores protegem os anteriores das forças de fechamento e os anteriores protegem os posteriores dos movimentos excursivos contactantes da mandíbula (lateralidade e protrusão).
GUIA ANTERIOR (Incisivos) 
Para que exista uma guia anterior, deve também existir um transpasse vertical ligeiramente maior que a altura das cúspides: (Aprox. 2mm).
Quando a mandíbula excursiona para a frente (anterior), devido ao transpasse vertical, a superfície vestíbulo incisal dosincisivos inferiores colide com a superfície palatina dos incisivos superiores. 
Isto obriga a mandíbula a abaixar para desviar dos incisivos superiores, e em seguida avançar (Protruir).
Este movimento de descida da mandíbula que antecede a protrusão provoca a desoclusão dos dentes posteriores, protegendo-os assim, das forças laterais que seriam geradas se estes dentes contactassem durante a excursão.
Este contato de dentes posteriores durante o movimento protrusivo, alem de ser potencialmente prejudicial ao dente que sofre o contato(desgaste ou problema periodontal), ainda traz uma grande possibilidade de produzir para-funções 
GUIA ANTERIOR (Grupo)
Quando ocorre uma guia anterior em grupo, participam do movimento de protrusão além dos incisivos, as superfícies incisais e palatinas dos caninos.
GUIA LATERAL (Canino)
Os caninos são entre todos os elementos dentais , aqueles que receberam da natureza, as características ideais para guiarem sozinhos os movimentos laterais contactantes da mandibula no lado de trabalho.
Sempre que os caninos guiarem os movimentos laterais contactantes, com a desoclusão de todos os outros dentes, tanto em trabalho quanto em balanceio, o dentista estará diante de um bom prognóstico da oclusão, no que se refere à guia lateral.
QUANTIDADE DE FORÇA APLICADA AOS DENTES
Mais Força
Dentes posteriores
Perto da ATM e músculos
Uma força de 45 Kg na região do masseter (molares) reduz-se para 15 Kg na região do canino, tornando este dente mais apropriado para a desoclusão.
GUIA LATERAL (Grupo)
Ocorre quando além do canino, participam do movimento lateral contactante, os pre-molares e pelo menos um molar.
Se apenas um ou dois dentes participarem junto com o canino, é maior a possibilidade de que esses dentes sofram efeitos da sobrecarga gerada por forças laterais.
Mesmo ocorrendo contatos em vários dentes no lado de trabalho, não pode ocorrer nenhum contato no lado de balanceio (não trabalho).
Qualquer contato no lado de balanceio é considerado uma INTERFERÊNCIA.
As guias laterais em grupo ocorrem normalmente na natureza, em condições fisiológiocas (normalmente por desgaste do canino), devendo portanto ser mantidas inalteradas sempre que possível.
Deve ser utilizado este esquema oclusal, quando pre-existente em condições fisiológicas, ou na impossibilidade de se obter uma guia pelo canino.
Os autores concordam com o fato de que não se deve interferir em uma oclusão saudável simplesmente porque teoricamente ela não se ajusta a um padrão ideal. Porém, algumas situações são consideradas potencialmente patológicas e requerem intervenção mesmo sem que estejam presentes sinais ou sintomas de patologias, sejam:
Contatos em lateralidade no lado de não trabalho (balanceio ou contra-lateral)
Contatos em dentes posteriores durante a protrusão da mandíbula
Contatos prematuros (cêntrica ou m.i.h) em próteses ou restaurações
Desvios laterais no deslize de cêntrica para MIH.
Sempre que o padrão oclusal mostrar-se incoveniente, utilizar relação centrica e oclusão fisiológica (proteção mútua)
BALANCEIO BILATERAL
Este tipo de esquema oclusal raramente existe na natureza, e foi idealizado para melhorar a estabilidade de próteses totais.
Para que se obtenha um balanceio bilateral, o transpasse vertical deve ser igual à altura das cúspides, de modo que quando ocorrer a protrusão, os dentes posteriores não desocluam.
Da mesma forma, quando é feita a lateralidade, ocorre função em grupo no lado de trabalho, e contato em balanceio (contra-lateral). 
Isto ajudaria a melhorar a estabilidade das próteses totais, uma vez que ao contrário dos dentes naturais que absorvem as cargas individualmente, este tipo de prótese funciona como uma placa única.
Mesmo diante de tantas evidências científicas, existem também outros requisitos para um perfeito diagnóstico, planejamento e confecção de uma prótese que funcione em harmonia com o sistema estomatognático. A experiência clínica do profissional, e o bom senso para um perfeito julgamento do caso clínico, são igualmente importantes para o sucesso do tratamento.
GUIA PARA O EXAME OCLUSAL DO PACIENTE
Verificar se a Relação Cêntrica e a MIH se apresentam neste caso como posições separadas ou coincidentes.
Se não são coincidentes, qual o montante e a direção do deslize da relação cêntrica para MIH?
Os contatos prematuros e o consequente deslize para anterior ocorrem em condições fisiológicas, ou o paciente apresenta sinais ou sintomas de patologias oclusais?
Está presente uma guia anterior? 
A guia lateral : É um guia canino
 É um guia em grupo? 
 Existem contatos em balanceio? 
O plano oclusal precisa de modificações ?
Plano Oclusal-
Existem dentes extruídos?
- Espaço Interoclusal- 
 	É suficiente para acomodar os componentes, as infra-estruturas e os dentes artificiais?
É suficiente para acomodar os componentes, as infra-estruturas e os dentes artificiais?
MONTAGEM NO ARTICULADOR
Após o exame inicial da oclusão passamos à montagem dos modelos em articulador. Para isto já devemos ter definida a relação horizontal dos maxilares a ser utilizada como ponto de partida para o tratamento.
A montagem desses modelos pode e deve ser feita em uma das duas posições: M.I.H,ou Relação Cêntrica. 
(Oclusão Para Você e Para Mim. Ed. Santos – Antonio C. Cardoso, PG. 120)
Se a montagem for realizada em M.I.H, e os modelos permanecerem estáveis, nenhum registro oclusal se faz necessário. 
(Oclusão Para Você e Para Mim. Ed. Santos – Antonio C. Cardoso, PG. 120)
Se a montagem for realizada em M.I.H, e os modelos permanecerem estáveis, nenhum registro oclusal se faz necessário. 
(Oclusão Para Você e Para Mim. Ed. Santos – Antonio C. Cardoso, PG. 120)
Muitas vezes, esse registro só atrapalha na intercuspidação dos modelos, levando a erros na montagem. 
(Oclusão Para Você e Para Mim. Ed. Santos – Antonio C. Cardoso, PG. 120)
Os modelos preliminares devidamente montados serão utilizados para possibilitar o planejamento da prótese, selecionar os componentes, confeccionar provisórios,e a moldeira individual.
MONTAGEM EM M.I.H
Fazer o possível para a prótese não seja encarregada sozinha da guia anterior
Fazer o possível para a prótese não participe da guia lateral
Certificar-se de que a prótese não originou um novo contato prematuro, verificando não apenas em M.I.H.,mas também em Relação Cêntrica.
 	Todos os contatos em fechamento (M.I.H e R.C) nos dentes naturais devem permanecer os mesmos com e sem a prótese.
MONTAGEM EM CÊNTRICA
Nos casos em que não pode ser utilizada a M.I.H, devemos transferir as relações intermaxilares do paciente para o articulador através de um registro inter-oclusal. Esta é uma das fase mais importantes na confecção de próteses, e provavelmente a mais negligenciada.
A finalidade de um registro em cêntrica é fixar em algum material estável, as relações intermaxilares, quando os côndilos estão em sua posição de eixo terminal de rotação.
Um erro no registro inter-oclusal de um paciente que irá receber uma prótese implanto-suportada, pode ter consequências mais drásticas, devido à ausência do periodonto e da propriocepção.
TÉCNICA DO PONTO DE PARADA ANTERIOR
REGISTRO EM CERA, COMBINADA COM RESINA. 
A resina é excelente para registros das guias anteriores e a cera é própria para registros posteriores 
A função faz a forma, e esta existe para garantir aquela!
Preservando uma parada cêntrica posterior
DVO
 	 x
 RESOLUÇÃO PROTÉTICA
Os modelos são montados no articulador em relação cêntrica. (MIH e Cêntrica são coincidentes.)
A dimensão vertical de oclusão adequada é obtida simplesmente abrindo-se o articulador.
D.V.O. X Estética
Utilização do provisório para o registro.
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICOOclusão:
É o estado e a análise das relações interdentárias
Conhecimento do Sistema Estomatognático
Diagnóstico e tratamento corretos
Sistema Estomatognático
Conjunto Heterogêneo de Órgãos e Tecidos
Atuação integrada e harmoniosa
Envolvimentos fisiológicos e patológicos interdependentes
Sistema Estomatognático
1 –
2 – 
3 –
4 – 
5 – 
6 – 
Músculos - Contração Isométrica
A contração de um músculo esquelético nem sempre gera movimento
Há aumento de tensão intermuscular sem encurtamento
Sem encurtamento/Sem movimento
Músculos - Contração Isotônica
Encurtamento generalizado do músculo
Movimento
Contração
 
Isotônicos: Ação com alteração de comprimento (tenso com encurtamento)
 Isométricos: Ação sem alterar o comprimento
Relaxamento controlado
 
Interrupção do estímulo
Relaxamento das Fibras
 Masseter durante abertura da boca
Músculos da mastigação
 
Elevadores: Masseter, Pterigóideo Medial e parte anterior do Temporal
Depressores: Pterigóideo Lateral, parte anterior Digástrico, Supra Hioideos e os infra-hioideos 
Músculos da mastigação
 
Protrusores: Pterigoideos medial e lateral, masseter
Retrusores: Partes médias e posterior do Temporal e parte post. Digástrico
Lateralidade: Parte média e posterior do Temporal de um lado simultaneamente contrações dos Pterigóideo medial e lateral do outro lado 
Músculo Temporal (Leque)
Origem: Face externa do Temporal
Inserção: Processo coronóide até a borda anterior do ramo mandibular
Músculo Masseter (Quadrilátero)
Origem: Arco Zigomático
Inserção: Face lateral do ramo mandibular
Músculo Pterigóideo Medial (Quadrilátero)
Origem: Fossa Pterigóidea
Inserção: Face medial do ramo ascendente, próxima ao ângulo mandibular
Músculo Pterigóideo Lateral 
Feixe Superior
Origem: Asa maior do Esfenóide
Inserção: Disco articular
Músculo Pterigóideo Lateral 
Feixe Inferior
Origem: Superfície lateral do processo Pterigóide
Inserção: Côndilo
Grupo muscular Supra-Hióideo
 Digástrico
 Milo-Hióideo
 Gênio-Hióideo
 Estilo-Hióideo
Grupo muscular Supra-Hióideo
 Ação conjunta eleva o osso hióide e a base da língua durante deglutição
Ajudam na depressão mandibular durante abertura
Durante elevação mandibular sofrem relaxamento
Grupo muscular Infra-Hióideo
 Esternotireiodeo
 Esterno-Hióideo
 Tireo-Hióideo
 Omo-Hióideo
Grupo muscular Infra-Hióideo
Abaixar o osso hioide e a laringe
Fixar o osso hioide para que os músculos supra-hioideos atuem abaixando a mandíbula (abaixador indireto)
Sistema Estomatognático: 
 Mastigação
 Deglutição
 Respiração
 Fonação
 Postura língua 
Mastigação: 
 Atividade funcional e fisiológica
 Executada pelos músculos, dentes, periodonto, lábio, língua, palato e glândulas salivares
Ato reflexo adquirido 
Deglutição: 
 Nascimento até a morte
 Contrações musculares 
Língua, Palato, Faringe,Orbicular do lábio, bucinador, Suprahióides
Respiração: 
 Quando alterada (Bucal), causa injúrias ao sistema
Fonação: 
 Contração e relaxamento produz diferentes sons
Muito dependente da oclusão dentária
Postura:
Língua (Posição correta)
ARTICULAÇÃO TEMPORO MANDIBULAR
Componentes Ativos: Músculos guiados pelos impulsos nervosos, realizam atividade funcional
Componentes Passivos: Maxilares, ATM e ligamentos, dentes e estruturas de suporte
Funcionamento do SE:
Músculos (Ativo)
ATM e seus ligamentos (Passivo)
Articulações Fibrosas (Sinartroses) ou imóveis
 Articulações Cartilagíneas (Anfiartroses) ou com movimentos limitados
Articulações Sinoviais (Diartroses) ou articulações de movimentos amplos
Articulações Fibrosas (Sinartroses) ou imóveis
 As superfícies dos ossos estão quase em contato direto, como nas articulações entre os ossos do crânio (exceto a ATM)
Articulações Cartilagíneas (Anfiartroses) ou com movimentos limitados
Os ossos são unidos por cartilagem pelo fato de pequenos movimentos serem possíveis nestas articulações
Articulações Sinoviais (Diartroses) ou articulações de movimentos amplos
A maioria das articulações do corpo. As superfícies ósseas são recobertas por cartilagem articular e unidas por ligamentos revestidos por membrana sinovial
Articulações Sinoviais (Diartroses) ou articulações de movimentos amplos
 A articulação pode ser dividida completamente ou incompletamente por um disco ou menisco articular
Atuação
Sinergicamente (em conjunto)
Complexidade no corpo humano
Possibilidade de vários movimentos
Descrição anatômica:
Superfícies ósseas articulares
Disco Articular
 Meios de união de deslizamento
Movimentos realizados pela ATM
Superfície óssea articular
Definição:
Acidentes anatômicos contidos nos ossos temporais e na região dos côndilos
Osso Temporal
Posteriormente: Fossa mandibular ou Cavidade glenóide (Côncavo)
Anteriormente: Tubérculo articular do temporal ou Eminência articular (Convexo)
Composição:
Cavidade Glenóide: Tecido Conjuntivo Denso, fibroso,rico em fibras colágenas
O tecido conjuntivo denso: parte do tecido conjuntivo caracterizado pela abundância de fibras colágenas, o que lhe dá grande resistência.
As fibras colágenas: grossas e resistentes, distendendo-se pouco quando tensionadas
Eminência Articular
Osso
Fibrocartilagem
Delgada camada de células germinativas (fibrocartilagem)
Fibrocartilagem: - Tecido com características intermediárias entre o tecido conjuntivo denso e a cartilagem hialina
Funções das cartilagens 
Devido a sua propriedade flexível, se adapta nas conexões ósseas do corpo, garantindo a redução de impactos externos e atritos entre os ossos
Tipos de cartilagem
Cartilagem Hialina
- São bem resistentes e fortes, pois são formadas por densas fibras colágenas, suporta compressão
Cabeça ou côndilo mandibular
Elipsóide (circulo achatado)
Eixo longitudinal forma ângulo com lado oposto de 150° - 165° e ápice dirigido para trás.
Superfícies ósseas articulares:
Fossa mandibular do osso temporal (cavidade glenoide) + Eminência Articular – Parte superior
Cabeça da mandíbula (Côndilo) – Parte inferior
Composição tecidual:
Tecido conjuntivo denso e/ou fibrocartilagem e não de cartilagem hialina
TCD pode tolerar forças atrito (deslizamento)
 Cartilagem hialina suporta compressão
Disco Articular
Definição:
Placa colocada transversalmente, oval, avascular, delgada em sua porção central e consideravelmente mais espessa nas bordas.
Inserção:
Anteriormente – Músculo Pterigoideo Lateral Superior
Medial e lateralmente no contorno da cabeça do côndilo
Posteriormente com a Zona Bilaminar
Constituição (antero-posterior):
1 - Banda anterior – inserida ao músculo pterigoideo lateral
2 – Zona Intermediária – relacionada à área superior do côndilo
3 – Banda posterior – localizada atrás do côndilo
4 – Zona bilaminar
Zona bilaminar ou coxim retrodiscal de Sicher
Tecido conjuntivo frouxo 
Altamente inervado e vascularizado
Posicionamento posterior do côndilo comprime a área e provoca dor
Tecido conjuntivo frouxo
As fibras presentes no tecido conjuntivo frouxo são de três tipos: colágenas, elásticas e reticulares.
Zona bilaminar ou coxim retrodiscal de Sicher
Promove liberdade ao disco para se mover anteriormente
Fibras colágenas e fibras elásticas 
Intimamente ligada parte posterior do Disco = Coxim Retrodiscal
Zona bilaminar ou coxim retrodiscal de Sicher
 As fibras colágenas conferem resistência, evitando que ela se rasgue, quando esticada.
Zona bilaminar ou coxim retrodiscal de Sicher
 Fibras elásticas conferem elasticidade ao tecido conjuntivo frouxo, completando a resistência das fibras colágenas
Função
Lâmina Superior – liga a parte posterior do disco articular à parede timpânica e é composta principalmente por elastina.
Lâmina Inferior – composta principalmente por fibras colágenas e está ligada ao disco e ao côndilo.
Atua como antagonista das fibras do músculo pterigóideo lateral superior. 
Função Disco Articular:
Meiosde união e deslizamento:
Cápsula articular: Tecido Conj. Frouxo com extensão entre a superfície articular superior e o colo da mandíbula, fusionando-se articulamente com o disco articular.
 Tec. Conj. Frouxo: Permite movimentos, principalmente os deslizamentos anteriores
 Sup. Int. Caps. Art.: Membrana Sinovial. Além da porção bilaminar posterior
CÁPSULA ARTICULAR 
(Ligamento Capsular)
Envolve completamente a ATM, estando inserida nas bordas das superfícies articulares da cavidade glenóide, na eminência do osso temporal e no colo da mandíbula, envolvendo completamente a ATM.
Função
 
Manter a união entre os ossos temporal e mandibular e resistir aos movimentos que tendem a deslocar os componentes intracapsulares fora de seus limites funcionais
Meios de união e deslizamento:
Membrana Sinovial: Produz líquido Sinovial. Viscosidade, elasticidade e plasticidade. Proporciona ambiente liquido(lubrificado) para superfícies articulares, aumentando eficiência e reduzindo erosão 
Meios de união e deslizamento:
Líquido Sinovial: Composto por proteoglicanos
Lubrificar as sup. articulares. Quanto mais movimento, mais líquido produzido.
Ligamentos da ATM = Estabilidade
Temporomandibular
Esfenomandibular
Estilomandibular
Ligamentos = Estabilidade para ATM
Temporomandibular
	Formato triangular com base a frente e abaixo num corte sagital e ápice termina no colo do côndilo. Possui função de reforçar a cápsula
Ligamentos acessórios
ligamento esfenomandibular
ligamento estilomandibular
FUNÇÃO
Basicamente, limitam os movimentos da mandíbula.
Ligamentos = Estabilidade para ATM
Esfenomandibular e estilomandibular
	Ligamentos a distância e não apresentam função direta ligada à ATM
Inervação e suprimento sanguíneo da ATM
Nervos Auriculotemporal e Masseteriano
 Origem: Ramo Mandibular do N. Trigêmeo
 Suprem a articulação e as sensações das estruturas da ATM
O suprimento vascular é fornecido, basicamente, pelas artérias maxilar e temporal superficial, principais ramos da carótida externa.
 Plexo circulatório extenso ao redor ATM
 Cápsula Articular, membrana sinovial, zona bilaminar e periferia disco articular
VASCULARIZAÇÃO
A artéria maxilar é uma artéria que vasculariza as estruturas profundas da face.
 A artéria maxilar, a maior dos dois ramos terminais da artéria carótida externa, surge atrás do pescoço e da mandíbula, 
VASCULARIZAÇÃO
A artéria temporal superficial, a menor dos dois ramos terminais da carótida externa
Vasos Linfáticos da ATM drenam:
Nódulo Linfático Submandibular 
Nódulo Linfático Parotídico
Receptores neurossensoriais presentes na cápsula articular e ligamentos
Auxiliam na percepção da dor e ajudam a monitorar a posição e movimentos mandibulares
Proprioceptores
 
Localizados principalmente nas articulações, músculos e tendões, dão ao sistema nervoso central informações sobre a posição do corpo e sobre a força que é necessário aplicar
Principais funções da ATM
 
1 Movimentos Bordejantes
2 Abertura Simples da Boca
3 Movimento de lateralidade
4 Movimento Protrusivo
MOVIMENTOS MANDIBULARES
Movimentos Mandibulares
1 Movimentos Bordejantes
2 Abertura Simples da Boca
3 Movimento de lateralidade
4 Movimento Protrusivo
1 Movimentos Bordejantes
Movimentos musculares extremos, limítrofes, limitados por ossos, ligamentos ou tec. Moles
Extensão máxima nos mov. mandibulares
Diagrama de Posselt
Todos movimentos mandibulares têm lugar dentro dos mov. Bordejantes reprodutíveis
Diagrama de Posselt
Movimentos no plano sagital
RC 
Durante os primeiros 5 a 20mm deste movimento a mandíbula roda em um movimento de charneira puro, roda em torno de um eixo 
Se a boca continuar a ser aberta, chega-se a um ponto onde o movimento condilar muda de rotação em charneira pura, para movimento de deslizamento anterior,conhecido como translação
Separando-se os maxilares o máximo possível, chega-se à abertura máxima, posição que não pode ser ultrapassada 
Da posição de abertura máxima, a mandíbula pode ser deslocada para frente e para cima, o máximo possível. 
Alcança, assim, a mandíbula sua posição mais protrusiva. Nessa posição, a borda incisal do incisivo inferior fica em um nível mais alto que a borda incisal do incisivo superior 
O movimento seguinte é a translação da mandíbula para trás, enquanto se mantêm os dentes em leve contato. 
Quando os incisivos inferiores encontram os superiores, a mandíbula deve abaixar um pouco para permitir que os dentes se cruzem. Daí a mandíbula se desloca até chegar à oclusão central 
Arco Gótico
Os movimentos mandibulares podem ser vistos de frente, isto é, tendo-se como referência o plano frontal.
No movimento lateral direito, a partir da oclusão central, o côndilo esquerdo desloca-se para baixo e para frente (e ligeiramente para medial), enquanto o direito permanece em posição na fossa mandibular.
Se desta translação unilateral direita a mandíbula for movida a uma posição de abertura máxima, o côndilo direito desliza para frente. 
Enquanto ele vai para frente, ambos os côndilos também entram em rotação até seus limites máximos (translação e rotação condilar bilateral)  
O fechamento da boca iniciado na posição de abertura máxima e terminado na posição lateral esquerda é conseguido pela translação posterior do côndilo esquerdo, enquanto o côndilo direito permanece na posição avançada. Alguma rotação ocorre em ambos os côndilos 
Da posição lateral esquerda, um movimento para trás até a oclusão central envolve a translação posterior do côndilo direito e a rotação de ambos os côndilos, até que os dentes entrem em oclusão central. 
O gráfico de movimento traçado pelo incisivo inferior representa as bordas dos movimentos mandibulares máximos no plano frontal, ou movimentos bordejantes. Movimentos normais dos atos de mastigar e de falar são intrabordejantes
2 Abertura Simples da Boca – Fases:
Oclusão até posição repouso muscular
DVR até abertura para apreensão de pequenos objetos
Término da segunda fase até abertura total boca
Oclusão até posição repouso muscular
 Realizado sob ação da gravidade
 Atinge a Dimensão Vertical de Repouso
 Eixo de rotação nos côndilos
 Importante para determinação Oc e RC
DVR até abertura para apreensão de pequenos objetos
 Região dos incisivos gira em torno de 2cm
 Eixo de rotação nos côndilos
 Importante para determinação Oc e RC
Término da segunda fase até abertura total boca
 Durante a rotação há Distalização ângulo mandibular 
 Impedem a rotação pura dos côndilos, transferindo o eixo para proximidades
 Côndilos sofrem rotação e translação até a abertura total através guia condilar
3 Movimentos de lateralidade da Mandíbula (Movimento de Bennet)
Movimento excursivo da mandíbula para direita ou esquerda
Deslizamento do côndilo ao longo das vertentes laterais da fossa mandibular
3 Movimentos de lateralidade da Md (Movimento de Bennet)
 
Côndilo de Trabalho: Côndilo correspondente ao lado para qual a mandíbula desliza na lateralidade
Côndilo de Trabalho
 SL – Simplesmente Lateral
 LR – Lateralmente com retrusão
 LP – Lateralmete com protrusão
3 Movimentos de lateralidade da Mandíbula (Movimento de Bennet)
Lado oposto do movimento (lado balanceio) há o côndilo de Balanceio
Côndilo de Balanceio
Deslocamento para frente, para baixo e para dentro, formando um ângulo com plano mediano = Ângulo de Bennett
Ângulo de Bennett
Calibrado no ASA com 15 graus em média
3 Guia anterior – Componente lateral
Lado de Trabalho (Lado do deslocamento)
Lado de Balanceio (Lado oposto)
Lado de trabalho – 02 Tipos desoclusão
Desoclusão pelo Canino = Guia Canina
Função em grupo
Guia Canina
 Trajetória lateral guiada pela concavidade do canino
 Somente os caninos do lado de trabalho se tocam, os demais dentes ficam desocluidos
Função em Grupo
 Efetividade de contato deverá ser decrescente de anterior para posterior. Predominando força maior no canino
Lado deBalanceio ou não funcional
 Durante excursões de trabalho se aproxima do plano sagital mediano
 Não deve haver contatos dentário deste lado 
4 Movimento protrusivo da mandíbula
Movimento póstero-anterior da mandíbula
Topo a topo até protrusão máxima (Guia incisiva)
Guia Anterior – Componente Protrusivo – Guia Incisiva
 Impede o contato de dentes posteriores durante protrusão
 Proteção dos dentes posteriores e ATM de forças horizontais com conseqüente dano ao periodonto
Guia Condilar
 Na Protrusão mandibular os Côndilos são guiados pela parede anterior da cavidade glenóide 
Movimento pra frente e pra baixo
 Participação ativa da Guia Anterior
Guia Condilar
 Média de 30 graus no ASA
Fisiologia da Oclusão
1 Oclusão ideal
 Situação Funcional completamente harmônica do S.E.
 Nenhuma presença de Patologia
Oclusão mutuamente protegida
 RC = MIH - ROC
2 Oclusão Normal
 Situação Funcional harmônica do S.E.
 Nenhuma presença de Patologia
 Não é considerada oclusão ideal
Oclusão mutuamente protegida
 RC diferente MIH
3 Oclusão Balanceada Bilateral
 Contatos simultâneos e bilaterais dos dentes superiores e inferiores, nas áreas oclusais anteriores e posteriores, 2 lados
3 Oclusão Balanceada Bilateral
 Evitar deslocamento ou rotação por ação de alavancas das bases das Próteses Totais com relação as estruturas de suporte
3 Oclusão Balanceada Bilateral
 Máximo n. de contatos nos Mov. Mand.
 Lado de trabalho e balanceio
CLASSIFICAÇÃO DE ANGLE
Classificação de Angle
Criada em 1899 e modificada em 1907
Primeiros molares superiores permanentes como base
Constantes em tomar sua posição na arcada
 
Não dependem da esfoliação de nenhum dente decíduo
 Chamados de Chave de Oclusão
Classe I
Classe II – Divisão 1
 - Divisão 2
 Sub Divisão Direita
	 Sub Divisão Esquerda
Classe III
Classe I
Neutrooclusão
Relação mésio-distal correta entre molares
Harmonia de relação ântero posterior entre as arcadas 
Pode haver desarmonia entre ossos e dentes
Perfil facial Reto
Cúspide mésio-vestibular do 1o. Molar superior oclui no sulco mésio-vestibular do 1o. Molar inferior.
Classe II
Disto-oclusão
Primeiros molares inferiores distal aos primeiros molares superiores
Cúspide mésio-vestibular do 1o. Molar superior, oclui na vertente distal do 2o. Pré-molar inferior.
Ântero superiores projetados vestibularmente
Perfil facial Convexo
Classe II – Divisão 1a
Relação molar Classe II
Geralmente apresenta bom alinhamento
Vestibularização incisivos Superiores
Geralmente Overjet acentuado
Overjet
Distância entre a face vestibular do incisivo inferior e a borda incisal do incisivo superior (horizontalmente)
Classe II – Divisão 1ª - Subdivisão D ou E
Quando a relação molar de Classe II acontece em somente um dos lados
Classe II – Divisão 2ª
Relação molar classe II
Lingualização dos Incisivos Centrais Superiores
Geralmente Overbite acentuado
Overbite
Distância vertical da incisal dos IS a incisal dos II
Classe II – Divisão 2ª - Subdivisão D ou E
Quando a relação molar de Classe II acontece em somente um dos lados
Classe III
Mesio-oclusão
Primeiros molares inferiores mesial aos primeiros molares superiores
Arcada inferior anteriomente a superior
Normalmente deficiência maxilar
Perfil facial Côncavo
Classificação de Lisher
1911
 Classificar o mau posicionamento dental de forma individualizada
Geralmente associados:
Crescimento e desenvolvimento anormal dos maxilares
Posição anormal do dente no arco
Má-oclusão devido a perda dentária
Vestíbuloversão
Quando o dente apresenta a coroa vestibularizada em relação a sua posição normal
Linguoversão
Quando o dente apresenta a coroa lingualizada em relação a sua posição normal
Mesioversão
O dente está mesializado em relação a sua posição normal 
Distoversão
O dente está distalizado em relação a sua posição normal
Giroversão
Indica uma rotação do dente em torno do seu longo eixo
Infraversão
O dente apresenta sua face oclusal/incisal aquém do plano oclusal
Supraversão
O dente apresenta sua face oclusal/incisal além do plano oclusal
Transposição
Troca de posicionamento no arco dental por outro dente
Axiversão
 Alteração da inclinação do longo eixo dental
Perversão
 Impactação do dente, em geral por falta de espaço no arco
Diastema
Espaço entre dentes adjacentes do mesmo arco
Ausência de relação de contato
Apinhamento
Dentes desalinhados por falta de espaço
Planos Ocluso-Cranianos
Existentes oclusão dentária e esqueleto craniano
Próteses, oclusão, ortodontia
Plano de Frankfurt
Plano de orientação 
Borda superior do Trágus até a borda inferior da órbita (clinicamente)
Parte superior do MAE até a parte ais baixa da margem orbital inferior (radiograficamente
Plano Oclusal
Determinada por uma linha imaginária
Pontas das cúspides e bordas incisais
Ambos os arcos
Plano de Camper
Paralelo ao Plano Oclusal
Borda superior da Asa do nariz e metade do Trágus (clinicamente)
ENA até a parte superior do MAE (radiograficamente)
OCLUSÃO E CONDUTAS TERAPÊUTICAS INTEGRADAS/ OCLUSÃO E SUA RELAÇÃO COM ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS.
São várias as condutas terapêuticas das desordens oclusais e disfuncionais, porém o único objetivo é estabelecer uma oclusão fisiológica.
O Tratamento deve ser de forma multiprofissional e abranger vários aspectos, da terapia odontológica direta, ajuste oclusal por desgaste seletivo ou acréscimo de material restaurador, e da indireta, placas interoclusais, além de outras áreas, como a fisioterapia, as terapias médica, farmacólogica e psicológica, e o autorrecondicionamento. Assim sendo, as seguintes terapias podem, dependendo da análise individual, ser utilizadas:
a)ajuste oclusal por desgaste seletivo ou acréscimo de material restaurador
b)placa oclusal
c) ortopédica
d)ortodôntica
e)cirúrgica.
AJUSTE OCLUSAL por Desgaste Dentário Seletivo ou Acréscimo de Material Restaurador.
Conceito: Conduta terapêutica que trata das modificações feitas dos dentes, restaurações ou próteses, através de desgaste seletivo ou acréscimo de materiais restauradores, buscando harmonizar os aspectos funcionais maxilomandibulares na Oclusão em RC e nos movimentos excêntricos.
Deve-se indicar o ajuste oclusal somente após um correto diagnóstico das necessidades do paciente.
Indicações: Somente após um correto diagnóstico das necessidades do paciente. Presença de sinais e sintomas de oclusão traumática e quando as relações oclusais puderem ser melhoradas por meio de ajuste.
Contra-Indicações: Profilaticamente. Sem diagnóstico da causa do distúrbio.
Objetivos do Ajuste Oclusal
Eliminar discrepância oclusal em RC
Eliminar tensão muscular anormal 
Tratar da disfunção neuromuscular
Estabelecer um padrão de oclusão ótimo 
Auxiliar estabilização dos resultados tratamento ortodôntico e ortopédico
Auxiliar na estabilização dos resultados cirurgia BMF
Coadjuvante no tratamento periodontal
Princípios do Ajuste Oclusal
a)Eliminar contatos defletem a mandíbula de RC para MIH
b)Vetores de força longo eixo dos dentes
c)Evitar redução na altura das Cúspides Funcionais (cúspides de contenção cêntrica)
d)Estreitar mesa oclusal
e)Obtida estabilidade em RC, não tocar Cúspides Funcionais (cúspides de contenção cêntrica.
Fases do Tratamento
A execução do ajuste oclusal deve ser precedida de um meticuloso planejamento.
1)Análise Funcional Clínica
2)Análise Modelos Articulados
3)Mapeamento Desgaste Seletivo
4)Ajuste Oclusal Clínico
As regras para orientar o ajuste oclusal por desgaste seletivo foram concebidos didaticamente na seguinte sequência.
1)Ajuste Oclusal em RC.
a)Com deslize em direção à linha média;
b)Com deslize em direção contrária à linha média;
c)Com deslize em direção anterior;
d)Sem deslize
2)Ajuste Oclusal em Lateralidade
a)Movimento de trabalho
b)Movimento de balanceio
3)Ajuste Oclusal em ProtrusãoLEMBRETE: O AJUSTE OCLUSAL É SEMPRE REALIZADO EM RC, VISTO QUE O QUE SE BUSCA É O RESTABELECIMENTO DA ORC.
TIPOS DE AJUSTE OCLUSAL
AJUSTE EM RELAÇÃO CÊNTRICA 
CONTATO DEFLECTIVO COM DESLIZE EM DIREÇÃO À LINHA MÉDIA 
Sempre que houver um contato deflectivo entre uma cúspide de contenção e uma de não contenção, ele ocorrerá entre uma vertente lisa da cúspide de contenção (vestibular inferior ou palatina superior) e uma vertente triturante da cúspide de não contenção (lingual inferior ou vestibular superior)
LOCAL DO DESGASTE: Em se tratando de estruturas de diferentes importâncias funcionais, opta-se prioritariamente pelo desgaste na vertente lisa, até que o contato ocorra na ponta da cúspide funcional. Em seguida, desgasta-se o contato na vertente triturante da cúspide não funcional.
CONTATO DEFLECTIVO COM DESLIZE EM DIREÇÃO CONTRÁRIA A LINHA MÉDIA 
Sempre que houver um contato deflectivo entre duas cúspides de contenção cêntrica antagonistas, ele ocorrerá entre uma vertente triturante de uma cúspide de contenção e uma vetente triturante de uma cúspide de contenção antagonista.
LOCAL DO DESGASTE: Por se tratar de estruturas de mesma importância funcional, desgasta-se o contato que se localizar mais próximo da ponta da cúspide. Assim que se conseguir o contato na ponta da cúspide, desgasta-se a vertente triturante antagonista. Quando os dois contatos estiverem equidistantes da ponta da cúspide, desgasta-se o dente em posição mais desfavorável.
CONTATO DEFLECTIVO COM DESLIZE EM DIREÇÃO ANTERIOR
Sempre que houver um contato deflectivo entre duas cúspides de contenção cêntrica antagonistas, ele ocorrerá entre uma vertente triturante ou aresta longitudinal mesial da cúspide de contenção superior e uma vertente triturante ou aresta longitudinal distal da cúspide de contenção inferior.
Local do Desgaste: Deve-se observar a posição dos dentes na arcada. Se estiverem em boa posição, desgastas-se justamente o ponto demarcado nas vertentes e arestas em ambos os dentes; caso contrário, desgasta-se o dente em posição mais desfavorável.
CONTATO PREMATURO SEM DESLIZE
Sempre que houver um contato prematuro entre uma cúspide de contenção cêntrica e sua respectiva fossa antagonista, ele ocorrrerá entre uma ponta cúspide de contenção e a fossa do dente antagonista ou entre a ponta de cúspide de contenção e a faceta ou platô da vertente triturante de uma das cúspides antagonistas.
LOCAL DO DESGASTE: Deve-se consultar os movimentos de lateralidade:
a)se, durante o movimento de trabalho, a cúspide de contenção tocar na vetente triturante e/ou na ponta de cúspide de não contenção, e/ou se durante o movimento de balanceio, as cúspides de contenção tocarem-se, desgasta-se a ponta da cúspide de contenção.
b)se, durante os movimentos de lateralidade, a cúspide funcional não tocar no dente antagonista, desgasta-se a fossa, a faceta ou o platô.
AJUSTE OCLUSAL EM LATERALIDADE
MOVIMENTO DE TRABALHO
DESOCLUSÃO PELA GUIA CANINA. Durante o movimento para o lado de trabalho, os únicos dentes a contatarem são os caninos desse lado, não devendo haver nenhum outro contato entre os demais dentes anteriores e posteriores.
Local do Contato: Ponta de Cúspide ou vertente lisa de uma cúspide funcional (contenção cêntrica) versus ponta de cúspide ou vertente triturante de uma cúspide não funcional (contenção não cêntrica).
Local de Desgaste: Deve-se evitar o desgaste da ponta de cúspide funcional (contenção cêntrica)
DESOCLUSÃO PELA FUNÇÃO EM GRUPO
Nesse padrão de desoclusão, durante o movimento de trabalho, ocorrem contatos contínuos de deslocamento entre a superfície incisal do canino inferior e a fossa lingual do canino superior e entre as vertentes lisas ou pontas das cúspides vestibulares inferiores e as vertentes triturantes das cúspides vestibulares superiores de todos os dentes no lado do movimento de trabalho.
LOCAL DE DESGASTE: Quando as interferências ocorrerem em apenas alguns dentes posteriores, desgastam-se as vertentes lisas das cúspides vestibulares inferiores (funcionais) até contatarem a ponta da cúspide. Se o desgaste não for suficiente, desgastam-se as vertentes triturantes das cúspides vestibulares superiores dos dentes contatantes até harmonizar a desoclusão em grupo.
MOVIMENTO DE BALANCEIO: No ajuste do movimento de balanceio, busca-se remover todas as interferências oclusais que ocorreram entre os dentes desse lado.
LOCAL DO CONTATO: Ponta de cúspide ou vertente triturante de uma cúspide funcional versus ponta de cúspide ou vertente triturante da cúspide funcional antagonista.
LOCAL DO DESGASTE: Por se tratar de interferências oclusais entre estruturas dentárias de mesma importância funcional, deve-se desgastar a interferência que se localizar mais próxima da ponta da cúspide. Após obter-se a interferência na ponta da cúspide, desgasta-se a vertente triturante antagonista. Quando as duas interferências se localizarem à mesma distância da ponta da cúspide, desgasta-se o dente em posição mais desfavorável. Se a interferência ocorrer entre as pontas das cúspides, desgasta-se o dente em posição mais desfavorável na ORC.
AJUSTE OCLUSAL EM PROTRUSÃO
Assim como nos movimentos de lateralidade, a posição inicial do movimento de protrusão é o ORC, observando-se o contato contínuo da guia anterior (pelo menos em dois dentes incisivos inferiores) e a total desoclusão dos dentes posteriores. No movimento de protrusão, pode ocorrer interferência em diferentes situações.
SITUAÇÃO 1: DENTES ANTERIORES
AJUSTE OCLUSAL EM PROTRUSÃO
Assim como nos movimentos de lateralidade, a posição inicial do movimento de protrusão é o ORC, observando-se o contato contínuo da guia anterior (pelo menos em dois dentes incisivos inferiores) e a total desoclusão dos dentes posteriores. No movimento de protrusão, pode ocorrer interferência em diferentes situações.
SITUAÇÃO 1: DENTES ANTERIORES
LOCAL DE CONTATO: Quando um incisivo contacta, tanto em ROC quanto em protrusão, até a relação de topo.
LOCAL DE DESGASTE: Desgastar na incisal do dente inferior.
SITUAÇÃO 2: LOCAL DE CONTATO: Quando somente um incisivo contacta na ORC e na protrusiva todos se tocam.
LOCAL DE DESGASTE: Na concavidade palatina dos superiores, no contato em ORC.
SITUAÇÃO 3: DENTES POSTERIORES Essa interferência ocorrerá sempre que houver contato entre uma cúspide contenção e uma cúspide não contenção no movimento protrusivo.
LOCAL DO CONTATO: Ponta de cúspide ou vertente lisa mesial ou aresta longitudinal mesial da cúspide vestibular inferior versus ponta de cúspide ou vertente triturante distal ou aresta longitudinal distal da cúspide vestibular superior.
LOCAL DE DESGASTE: Sempre nas cúspides não funcionais e no local exato demarcado pela fita demarcadora.
Bibliografia Recomendada:
BARATIÉRI, LN; et al. Odontologia Restauradora – Fundamentos e Possibilidades – São Paulo: Santos, 2001.
CARDOSO, AC. Oclusão em Implantodontia – São Paulo: Quintessence, 2009.
LIMA, F.; et al. Prótese Dentária – Fundamentos e Técnicas – Florianópolis: Ponto, 2010
MEZZOMO, E.; et al. Reabilitação Oral Contemporânea – São Paulo: Santos, 2006.
PEGORARO, L.F.; et al. Prótese Fixa – São Paulo: Artes Médicas, 2004.
DISFUNÇÃO CRÂNIO- MANDIBULAR, PLACAS OCLUSAIS E DISFUNÇÕES DO SONO SONO
É um estado ordinário de consciência complementar ao da vigília (ou estado desperto), em que há repouso normal e periódico, caracterizado, tanto no ser humano como nos outros vertebrados, pela suspensão temporária da atividade perceptivo-sensorial e motora voluntária.
O sono é um estado complexo e ativo, muito importante para o desenvolvimento normal do cérebro, os processos de memória e aprendizado. 
O sono divide-se em dois tipos fisiologicamente distintos:
- NREM (Non Rapid Eye Movement ou "Movimento Não Rápido dos Olhos"); 
- REM (Rapid Eye Movement ou "Movimento Rápido dos Olhos").
O sono NREM (ou não-REM) ocupa cerca de 75% do tempo do sono e divide-se em quatro períodos distintos conhecidos como estágios 1,2, 3 e 4.
	O sono profundo é fundamental para a recuperação do corpo, enquanto que a fase REM (Rapid Eye Movement - fase onde ocorrem os sonhos) é importante para a consolidação do aprendizado e da memória
	
O sono dá ao corpo a chance de recuperar os músculos e outros tecidos, substituindo células mortas ou velhas; 
- Serve para que o cérebro organize e arquive as memórias. Acredita-se que os sonhos são uma parte desse processo; 
O que sabemos é que, depois de uma boa noite de sono, a sensação de bem-estar é maior pela manhã. Tanto o cérebro quanto o corpo estão descansados e prontos para um novo dia. 
“Pode ser uma maneira de recarregar o cérebro”
POLISSONOGRAFIA
A polissonografia (PSG) também é conhecida por exame do sono e consiste de avaliação completa do sono.
É o único método capaz de diagnosticar os vários distúrbios do sono catalogados.
É realizada à noite em um laboratório de sono sob a supervisão de um médico, técnico ou enfermeiro capacitado.
O paciente deve dormir com sensores fixados no corpo.
A PSG possibilita quantificar: 
índice de apneia e hipopneias (IAH), 
os despertares, 
os estágios do sono e suas porcentagens, 
alterações cadíacas, 
registro do ronco,
bruxismo,
posição corporal,
entre outras
DISTÚRBIOS DO SONO
Insônia
Sonolência Excessiva
Pesadelos
Terror Noturno
Sonambulismo
Síndrome das Pernas Inquietas
Bruxismo
Ronco
Apnéia do sono
Entre outros
O bruxismo é uma atividade parafuncional do sistema mastigatório que inclui apertar ou ranger os dentes, a nível subconsciente, podendo acarretar danos aos sistemas mastigatório e desordens temporomandibulares.
BRUXISMO
A palavra bruxismo do sono vem do grego brycheinm, que significa ranger dos dentes.
A etiologia do bruxismo é multifatorial, dentre estes fatores podemos citar: 
- fatores morfológicas 
- patofisiológicos
- psicológicos 
- hereditários. 
Os fatores morfológicos se referem a alterações na oclusão dentária, anormalidades articulares e ósseas. 
Os fatores patofisiológicos são os problemas sistêmicos. 
Os fatores psicológicos se relacionam a ansiedade, desordens psicossomáticas, problemas de personalidade e outros. 
Os fatores hereditários são uma predisposição genética 
BRUXISMO - CLASSIFICAÇÃO
	Bruxismo Primário (Idiopático)
Ranger de dentes em vigília Bruxismo do Sono
Na ausência de uma causa médica sistêmica ou psiquiátrica evidente
Bruxismo Secundário
Associado a:
 Síndromes neurológicas 
 Síndromes psiquiátricas
 Fatores iatrogênicos (dentista)
 Desordens do sono
 Uso de medicação
Os dois tipos devem ser avaliados de forma distinta, já que ocorrem em estados psicológicos diferentes e com diferentes influências na excitabilidade motora
Bruxismo pode ocorrer de 2 formas:
 bruxismo “cêntrico ou vertical” – apertamento (sem movimento de deslize)
 bruxismo “excêntrico” ou horizontal- apertar e ranger (movimento de deslize)
BRUXISMO:
- CRÔNICO: há adequação biológica e funcional do organismo
 - AGUDO: quando o processo se torna agressivo e ultrapassa a capacidade biológica de adaptação e defesa do sistema, e começa a aparecer sinais.
O bruxismo diurno é diferente do bruxismo noturno ou do sono. 
	Assim, o bruxismo diurno é caracterizado por uma atividade semi-voluntária da mandíbula, de apertar os dentes enquanto o indivíduo se encontra acordado, onde geralmente não ocorre o ranger de dentes, e está relacionado a um tique ou hábito. 
	
Já o bruxismo do sono é uma atividade inconsciente de ranger ou apertar os dentes, com produção de sons, enquanto o indivíduo encontra-se dormindo.
O ranger provoca um desgaste nos dentes que pode afetar a integridade dos mesmos e comprometer a saúde bucal. 
	O bruxismo do sono também "força" e cria tensões ao nível das articulações temporo-mandibulares (ATM) que pode causar desgastes e eventuais problemas
Algumas manifestações clínicas do bruxismo do sono:
- ruído característico do ranger dos dentes, 
desgaste dentário, 
hipertrofia dos músculos mastigatórios e temporais, 
dores de cabeça,
zumbido 
dores de ouvido,
disfunção da articulação temporo-mandibular,
 má qualidade de sono e sonolência diurna.
Na presença desses sinais, o dentista pode solicitar um exame polissonográfico por um médico para detectar a gravidade destes problemas e a correlação com o bruxismo.
PRINCIPAIS MÚSCULOS ENVOLVIDOS NO BRUXISMO
masseter
 temporal, fibras anteriores
Tratamento
Comportamental: Psicólogo/Psiquiatra 
Odontologia 
O tratamento de bruxismo é realizado com tratamento: 
Odontológico
Farmacológico
Psicológico.
O tratamento odontológico inclui:
ajuste oclusal, 
restauração da superfície dentária, 
tratamento ortodôntico 
placas oclusais. 
Placas Miorrelaxantes 
Placas de bruxismo 
Placas de mordida
Placas de Michigan 
Placas reposicionadoras
Indicação
Hiperatividade muscular, especialmente nos músculos elevadores;
 Dores de cabeça, ombro e pescoço, relacionadas com a hiperatividade muscular;
 Relaxamento neuro-muscular facilitando registros maxilo-mandibulares e melhorando os movimentos funcionais da mandíbula;
 Bruxismo diminuindo as sintomatologias musculares;
Desordens intra-capsulares, musculares e artrite reumática;
Como diagnóstico diferencial entre desordens musculares, articulares, vasculares e de origem neurogênica;
 Para melhorar o relacionamento côndilo/disco na cavidade articular;
Pré-requisito em terapias definitivas ou irreversíveis como ajuste oclusal e reabilitação oral.
Terapia com placa
 Placa mio-relaxante lisa 
	(Placa estabilizadora)
 Estabiliza ATM (Correta posição côndilo-fossa)
 Proteção aos dentes
 Distribuição uniforme das forças
 Diminuição dos sintomas
 Relaxamento dos músculos elevadores da mandíbula
 Redução do bruxismo ?
 Utilização noturna ou intermitente após (eventos estressantes
NÃO CURA, mas protege o sistema estomatognático por algum tempo
PLACA RÍGIDA
Permite desoclusão nos movimentos excursivos
 Melhor distribuição de forças
 Permite à ATM uma posição estável, sem sobrecarga
 Diminui contração dos músculos mandibulares
PLACA MACIA
Protege só a estrutura dentária
 Acabam gerando uma predisposição maior à hiperatividade muscular
 Não promove uma posição estável à ATM (os dentes é que definem a relação maxilo-mandibular nesse caso)
Placa de Silicone
Plastificada convencional
 Contra-indicada
O tratamento farmacológico consiste no uso de fármacos como antidepressivos, relaxantes musculares e outros medicamentos. 
O tratamento psicológico consiste na terapia comportamental baseada na higiene do sono, controle do estresse e técnicas de relaxamento 
Aplicações locais de toxina botulínica nos músculos envolvidos têm sido utilizadas em casos de bruxismo do sono que não respondem ao tratamento convencional. 
RONCO E APNÉIA
Recentemente a ciência começou a se preocupar com o ronco e apnéia, observando-os como problemas que podem atrapalhar a qualidade de vida, o trabalho e, o convívio com a sociedade, além de acarretar problemas de saúde.
Curiosamente, apesar de possuir alta prevalência na população, apenas recentemente a medicina reconheceu, através de estudos científicos, os riscos trazidos por esta doença e a importância do seu diagnóstico. 
Deste modo, sabe-se que cerca de 90% dos indivíduos que possuem apnéia do sono ainda não possuem o diagnóstico ou sequer foram alertados pelo seu médico para a possibilidade de sofrerem desta doença. 
O ronco é um sinal clínico da existência de uma obstrução parcial das vias áreas superiores, ocasionando uma vibração das estruturas da faringe, principalmente da úvula e do palato mole, resultando na produção de ruído. A intensidade do ronco aumenta ainda mais ao passar pela cavidade nasal, pois esta funciona como uma caixa de ressonância.
Apnéia quer dizer parada respiratória, e o termo Apnéia do Sono se refere à um transtorno no qual o indivíduo apresenta sucessivas paradas respiratórias de curta duração(geralmente entre 10 e 60 segundos) durante o sono.
Esta síndrome pode trazer graves consequências ao coração e vasos sanguíneos aumentando a incidência de infarto do miocárdio, AVC ("derrame"), hipertensão arterial, arritmias e insuficiência cardíaca. 
Causas da obstrução do RONCO E APNÉIA:
- pobre tonicidade muscular do palato mole; 
- aumento das tonsilas palatinas e adenóides; 
- presença de pólipos nasais e cistos;
- desvio de septo e hipertrofia dos cornetos nasais;
- aumento de peso corporal;
- rinites alérgicas e sinusites crônicas. 
Pacientes com perda da dimensão vertical:
- Desdentados: parciais ou totais
- Próteses totais mal adaptadas
- Dentes muito desgastados
PREJUÍZOS À SAÚDE?
Prejuízos à qualidade do sono levando:
sintomas de sonolência diurna, 
déficit de memória e aprendizado, 
impotência sexual, 
cefaléia,
 acidentes de trânsito e de trabalho, entre muitos outros
O ronco e a apnéia são fatores etiológicos de problemas físicos e psicológicos.
Problemas físicos: 
ronco alto; 
hipersonolência diurna; 
hipertensão arterial; 
arritmia cardíaca; 
sono agitado não reparador; 
cefaléia matinal e noturna; 
impotência sexual; 
refluxo gastroesofágico noturno.
Problemas psicológicos:
irritabilidade; 
dificuldade de concentração;
redução da capacidade intelectual; 
mudança de personalidade; 
depressão.
Polissonografia avalia o grau do ronco e a sua gravidade.
Obtendo os dados importantes para a decisão de qual tratamento adotar:
- Tratamentos odontológicos
- Tratamentos comportamentais
- Tratamento físico
- Tratamentos cirúrgicos
Tratamentos comportamentais:			
	- adoção de um horário de sono,
	- emagrecimento (no caso de pacientes obesos),
	- evitar o uso de sedativos, 
	- bebidas alcoólicas 
	- alimentação em excesso antes de dormir 
Tratamentos odontológicos: 
	- Aumento da dimensão vertical;
	- Avanço mandibular com placas intra-orais ou cirurgia;
	- Reabilitação oral (se necessário).
Tratamento físico:
	- aparelho de CPAP (Pressão Aérea Positiva Contínua)
Tratamentos cirúrgicos: 
	- uvulopalatofaringoplastia; 
	- avanços maxilo-mandibulares; 
	- tração do genioglosso; 
	- entre outros. 
O diagnóstico da apnéia do sono é feito através de um exame chamado polissonografia
O tratamento para pacientes com Síndrome da Apnéia e Hipoapnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS), muitas vezes, requer trabalho de equipe, de forma multidisciplinar, envolvendo o otorrinolaringologista, o neurologista, o psiquiatra, o ortodontista, o reabilitador bucal, o cirurgião bucomaxilofacial, além de outros profissionais.
O tratamento depende da causa e da gravidade da doença. 
O ronco sem apnéia, bem como a apnéia do sono leve podem ter melhora significativa com medidas simples como: dormir de lado, perder peso, evitar uso de álcool ou tranquilizantes, entre outras. 
	O uso de dispositivos orais confeccionado por dentistas que avançam a mandíbula durante o sono (placa oral) pode ser indicado em alguns casos. 
O tratamento mais eficaz e mais utilizado para os casos moderados ou graves consiste no uso do aparelho chamado CPAP (do inglês, Continuous Positive Airway Pressure). 
	O CPAP consiste em um pequeno compressor de ar muito silencioso de alta tecnologia que se conecta a uma máscara ajustada ao nariz do paciente. 
Esse aparelho previne a obstrução da garganta durante o sono e reestabelece o sono normal ao indivíduo. 
Alguns casos podem se beneficiar de algum tipo de cirurgia aplicada ao nariz e/ou à garganta. 
	Nestes casos, o paciente deve ser cuidadosamente avaliado por médico especialista em distúrbios do sono para indicar o tipo de cirurgia mais apropriada ou evitar uma cirurgia desnecessária.
PLACAS INTRA-ORAIS
A literatura médica e odontológica, que aborda a área específica da apnéia, relata a utilização de inúmeros aparelhos propostos com o intuito de diminuir o número de apnéias e hipoapnéias em pacientes portadores da SAHOS. 
	Os aparelhos intra-orais apresentam várias vantagens sobre outras modalidades terapêuticas, porque são de baixo custo e fácil confecção, não invasivos, são reversíveis e bem aceitos pelos paciente
Os aparelhos intra-orais mantêm as vias aéreas abertas da seguinte forma: 
- A mandíbula se movimenta para frente, assim como a língua, e dessa maneira aumenta as vias aéreas.
A terapia com dispositivos intrabucais deverá ser instituída somente após uma prescrição ou solicitação por escrito de um especialista em desordens do sono. 
	Cabe, então, ao cirurgião-dentista selecionar qual dispositivo intrabucal deverá ser utilizado, visto que vários tipos podem ser empregados para tratar a SAHOS. 
PROBLEMAS QUE PODEM ACONTECER:
- no início uma excessiva salivação, sensação de boca seca e um desconforto transitório. 
- Com o passar do tempo, um desconforto mandibular
- A movimentação dentária.
- Tais efeitos adversos podem ser reduzidos evitando-se o excessivo avanço mandibular e a redução da pressão nos dentes anteriores. 
- O paciente não deve ter dores significantes de manhã ou mesmo dificuldade de bocejar ao levantar.
DEVEMOS SEMPRE REALIZAR ACOMPANHAMENTOS PERIÓDICOS JUNTAMENTE COM O MÉDICO
CONFECÇÃO DE PLACA
Moldagem com hidrocolóide irreversível
Modelos obtidos com gesso especial
Incremento de gesso nos espaços interproximais e ameias para aliviar áreas retentivas
Modelos recortados
Modelos na plastificadora - confecção de duas placas a vácuo (superior e inferior) com placas marca bioart (modelo cristal de 1 mm de espessura)
Colocação de uma fina camada de acrílico fluido para aumentar a distância vertical de oclusão
Marcação da relação cêntrica nas duas placas na boca.
Medição da distância vertical de oclusão do paciente com um compasso de willys
Marcação nas placas em protrusão máxima do paciente
Marcação do avanço mandibular de 2/3 da protrusão máxima realizada pelo paciente
Guiar a mandíbula até esta posição
União das placas na boca nesta posição
Remoção das placas unidas
Preenchimento das áreas laterais com resina acrílica
Placas unidas e reposicionadas nos modelos
Abertura na região anterior para facilitar a respiração e proporcionar maior conforto ao paciente
Acabamento e polimento
Instalação da placa e realização dos ajustes se necessário
NUNCA ESQUECER
O CIRURGIÃO-DENTISTA DEVE ESTAR CIENTE DE SEU TRABALHO E SABER DO ELEVADO GRAU DE RESPONSABILIDADE PARA COM O PACIENTE COM SAHOS E RONCO VISTO QUE A NÃO REALIZAÇÃO DE UM CONTROLE SOBRE O SUCESSO DO TRATAMENTO PODE LEVAR O PACIENTE À MORTE. 
PORTANTO, O PLANEJAMENTO, A ESTABILIDADE DO APARELHO E A SUA MANUTENÇÃO SÃO MUITO IMPORTANTES
SOMENTE O MÉDICO, APÓS OS EXAMES REALIZADOS QUE PODERÁ ORIENTAR E CONDUZIR A MELHOR FORMA DE TRATAMENTO PARA CADA CASO, RESTAURANDO ASSIM UM SONO DE QUALIDADE PARA QUALQUER DISTÚRBIO DE SONO
QUEM DEFINE SE PODE OU NÃO USAR APARELHO DE RONCO E APNÉIA É O MÉDICO
SÓ FAÇA COM INDICAÇÃO MÉDICA ESCRITA
 
EXAME DA OCLUSÃO ESTÁTICO E DINÂMICO DA OCLUSÃO E HÁBITOS PARAFUNCIONAIS.
 
O exame de qualquer paciente precisa incluir uma abordagem sistemática, um protocolo que inclui: 
 História Médica:
Diabetes
Cardiopatias
Alterações Hormonais
Tabagismo...
História Odontológica:
Motivo da Consulta
História Odontológica
Hábitos de Vida
Histórico de Dor
Hábitos de Higiene Oral
Hábitos Alimentares
Hábitos Deletérios
Exame Extra-Oral:
Assimetrias Faciais
Palpação Bilateral Gânglios
Palpação dos Músculos
Palpação da ATMs
Avaliar Abertura Bucal e Trajetórias
Relações Esqueléticas
Fechamento Labial
Linha do Sorriso
Planos Incisais
Exame Intra-Oral:
Mucosas de Revestimentos
Língua
Gengiva
Dentes
Espaços Edêntulos
Desarmonias Plano Oclusal
Estabilidade Oclusal
Teste de Vitalidade Pulpar
 Exame Radiográfico
Comprimento e Forma Radicular
Proporção Coroa/Raiz
Altura Óssea
Qualidade do Espaço Periodontal
Áreas de Furca
Dimensão e Forma da Polpa
Calcificações Pulpares
Reabsorções Radiculares
Áreas Radiolúcidas Periápice
Presençade Cáries
Contornos e Qualidade das Restaurações
Exame Oclusal
Análise em MIH
Relação dentes e arcadas
Harmonia plano Oclusal
Extensão e localização áreas edêntulas
Deslocamento dentes
Espaço para pônticos
Relação de Trespasses
Manipulação Mandibular em R.C.
Exame Modelos Articulados
Exame Oclusão por lingual, posterior e oclusal
Visão dos dentes e estruturas adjacentes
Observar desarmonias oclusais
Observar o grau de extrusão dos dentes
Reproduz movimentos mandibulares
Auxilia no planejamento e execução AO
Preparo Diagnóstico dos Dentes
Enceramento Diagnóstico dos dentes
Documentação
Hábitos Parafuncionais - Toda atividade neuromuscular Não Funcional do Sistema Estomatognático, resultante da Repetição de um Ato, geradora de Hiperatividade de grupos musculares Craniomandibulares, além do Aumento da Pressão Interna das ATMs.
Apertamento Dentário e Bruxismo – Bruxismo é todo contato de dentes antagônicos com pressão e/ou deslizamentos fora dos movimentos fisiológicos de mastigação e de deglutição.
O termo “bruxismo” tem sido atribuído ao longo da história a vários distúrbios, tais como apertamento dentário(bruxismo cêntrico) e ranger dos dentes (bruxismo excêntrico), resultando em desgaste não funcional das superfícies dentárias.
Os fatores etiológicos do Bruxismo podem ser divididos em INTRABUCAIS: iatrogênico primário e iatrogênico secundário; e 
EXTRABUCAIS: psicológico, sistêmico, drogas.
Manifestações do bruxismo em dentes, periodonto, músculos e articulações.
Tratamento: Ajuste Oclusal, Placa Oclusal, Terapia Restauradora, Ortopédica, Ortodontica, Cirúrgica, terapia com fisioterapia, terapia farmacológica, terapia psicológica.
MOLDAGEM, MODELOS E ARTICULADORES
MOLDAGEM: São procedimentos clínicos em que se utilizam materiais e técnicas apropriadas com o objetivo de se obter os moldes (negativo) dos arcos dentais.
MOLDE: São reproduções em negativo das superfícies dos dentes.
MODELOS: São reproduções em gesso das superfícies moldadas. Sobre o molde (negativo) se obtém o modelo(positivo).
MOLDEIRAS: É um dispositivo que serve para conduzir o material de moldagem manipulado à boca do paciente, a fim de colocá-lo em contato com a área a ser moldada e remover o molde, sem que haja distorção. 
TIPOS DE MOLDEIRAS: 
 - Moldeiras de estoque
 - Moldeira Individual
SELEÇÃO E INDIVIDUALIZAÇÃO DA MOLDEIRA:
As moldeiras podem ser individualizadas com cera utilidade em tiras na borda dela, no palato( pode ser com cera, godiva de alta fusão, ou siliconas) e na região de papila retromolar ( com godiva de alta fusão ou siliconas).
HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL (ALGINATO)
APRESENTAÇÃO COMERCIAL:
É em forma de pó que pode vir envelopes de refil de 1Kg ou envelopes individuais para uma única moldagem.
MARCAS COMERCIAIS:
- Jeltrade
- Avagel 
- Deguprint
- Hidrogum
- Orthoprint 
- Cavex
- Algagel
MOLDAGEM COM HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL
- Seleção da moldeira 
- Proporção água/pó recomendada pelo fabricante
- A manipulação é feita com movimentos circulares e de amassamento contra as paredes.
- Secar os dentes e passar Alginato nas faces incisais e oclusais dos dentes. Isto impede o aprisionamento de ar e a interposição de uma película de saliva entre o material e os dentes.
- Centralização da moldeira.
- Aprofundamento de posterior para anterior.
ARTICULADORES
CONCEITO:
DORLAND’S ILLUSTRATED MEDICAL DICTIONARY (2003): 
	“Artefato mecânico que representa as articulações temporomandibulares e os maxilares, simulando os movimentos mandibulares, e sobre eles, modelos mandibulares e maxilares podem ser conectados”
HISTÓRICO
Phillip Pfaff, em 1756, foi o primeiro a relacionar os modelos superior com o inferior, criando um articulador de gesso.
GARIOT, em 1805, criou o primeiro articulador mecânico, que realizava somente os movimentos de abertura e fechamento. 
Em 1889, HAYES introduziu o primeiro dispositivo de guia condilar inclinada para frente e para baixo.
No início dos anos 20, Rudolph Hanau, desenvolveu articuladores estáveis e que permitiam ajustes. 
Em 1955, Charles Stuart criou o Articulador Totalmente Ajustável
Nos anos 60, Charles Stuart criou o Articulador Whip-Mix 8500, do qual surgiu de base para todos os Articulador Semi-Ajustável fabricados no Brasil.
OBJETIVO
É auxiliar nas fases laboratoriais do trabalho protético, substituindo partes anatômicas por mecânicas, tentando reproduzir, embora de maneira limitada, os movimentos fisiológicos.
Tem como objetivo registrar e simular a relação maxilo-mandibular reproduzindo os movimentos e as posições tais como: Protrusão, Lateralidade, MIH, RC.
CLASSIFICAÇÃO
Quanto a possibilidade de ajustes:
1 - Articuladores não ajustáveis
2- Articuladores semi-ajustáveis
3- Articuladores totalmente ajustáveis
1- ARTICULADORES NÃO AJUSTÁVEIS:
Só reproduzem o movimento de abertura e fechamento.
 Ex.: tipo charneira e verticulador
Esse instrumento chamado "charneira" é considerado o mais simples dos articuladores. 
	Ele só permite o movimento de fechamento. 
	Não é possível nele reproduzir os movimentos da mandíbula (lateralidades e protrusão). 
VANTAGENS:
- baixo custo
- pouco tempo gasto na montagem
DESVANTAGENS:
- sem reprodução dos movimentos mandibulares, nem o arco de fechamento correto
- muito tempo gasto nos ajustes dos trabalhos protéticos
2- ARTICULADORES SEMI- AJUSTÁVEIS
Reproduzem os movimentos de abertura, fechamento, protrusão e lateralidade (direita e esquerda). 
INDICAÇÕES
Diagnóstico
Planejamento
Ajuste Oclusal Diagnóstico
Análise Oclusal
Plano de Tratamento 
Documentação Legal
Enceramento de Diagnóstico
Confecção de Próteses
DTMs
Permitem três tipos de ajustes:
1- Distância intercondilar
2- Inclinação do teto da cavidade glenóide (guia condilar): movimento protrusivo
3- Ângulo de Bennet ou parede medial da cavidade glenóide: movimentos laterais
VANTAGENS:
- versatilidade.
- precisão dos trabalhos protéticos.
- estudos longitudinais.
- aceita o arco facial.
- melhor visualização estática e dinâmica;
- facilidade de executar os movimentos;
- exame da oclusão por lingual (visão posterior);
- reprodução dos movimentos sem a interferência do sistema neuro-muscular;
- complementa o exame clínico e radiográfico;
- permite o enceramento de diagnóstico;
DESVANTAGENS:
- montagem dos modelos mais complexa.
- introdução de erros na montagem dos modelos.
- não compatibilidade entre articuladores.
LIMITAÇÕES:
Valores médios de ângulos:
15° Parede medial ( ângulo de Bennet)
30° Teto da cavidade glenóide.
Forma da eminência articular:
- Cavidade mandibular rígida e reta (possíveis contatos nos movimentos mandibulares)
CLASSIFICAÇÃO
Há 2 tipos de A.S.A. quanto a posição dos côndilos:
Articuladores tipo NÃO - ARCON
Articuladores tipo ARCON
TIPO NÃO-ARCON
As superfícies articulares da cavidade glenóide estão unidas ao ramo inferior e os elementos condilares estão unidos entre si e posicionados no ramo superior. Ex.: Dentatus.
Possui a trajetória condilar ligado ao ramo inferior do articulador.
Ex: Hanau e Dentatus
TIPO ARCON
Articuladores tipo ARCON (articulador-côndilo)
Possui a trajetória condilar ligado ao ramo superior do articulador, corresponde melhor à situação do paciente.
Os côndilos mecânicos estão presentes no ramo inferior do articulador, assim como os côndilos naturais estão unidos à mandíbula. A fossa mecânica está unida ao membro superior do articulador. 
O articulador tipo Arcon mais utilizado é o Whip-Mix. No brasil, existem 3 aparelhos similares.
Ex: Bio-Art, Gnatus e o Dent-Flex
TIPO WHIP-MIX (TIPO ARCON)
São os articuladores mais populares no Brasil.
-Possuem 3 ajustes da distância intercondilar: 
(P, M, G) ou (S, M, L) ou (1,2,3)
S - Short (P) (1)
M - Midle (M) (2)
L - Large (G) (3)
Possuem ajuste das guias condilares (trajetória dos côndilos durante a protrusão e lateralidade)Registram em MIH, RC, protrusão e lateralidade. 
Possui valores médios: 
15° parede média
30° teto da cavidade glenóide
ARCO FACIAL
OBJETIVO
Localizar o eixo de fechamento e abertura mandibular – eixo terminal de rotação.
FUNÇÕES
Transferir o modelo superior ao articulador respeitando o posicionamento tridimensional da maxila
Relaciona a maxila com o crânio (plano horizontal de Frankfurt)
PLANO DE FRANKFURT
Um plano que passa através do ponto mais baixo no assoalho da cavidade orbitária, e o ponto mais alto na margem de cada meato auditivo externo do crânio. Se aproxima para horizontal quando a cabeça está numa posição ereta normal
FUNÇÕES
Estabelece por valores médios o centro de rotação condílica (olivas auriculares)
-Mede a distância intercondilar
COMPONENTES
OLIVA AURICULARES: Localizam-se nas extremidades do arco facial.
FUNÇÕES:
- Estabelecer a distância intercondilar por valores médios
- Estabelecer o centro de rotação condiliana por valores médios
- Estabilizar o arco facial aproximadamente no plano horizontal de Frankfurt (tragus auditivo – infra-orbital) em conjunto com o indicador do násio
GARFO:
INDICADOR NÁSIO:
 FUNÇÕES:
-Indicar o ponto infra-orbitário
-Estabilizar o arco facial aproximadamente no plano horizontal de Frankfurt (tragus auditivo / infra-orbital) em conjunto com as olivas
MONTAGEM DO ARCO FACIAL
1-Preparo do Garfo
2- Inserir a haste do garfo na articulação do arco
3- Posicionar as olivas no ouvido do paciente
4- Apertar os três parafusos do arco facial que regulam a distância intercondilar
5- Posicionar o indicador do násio
6- Aperto da Junta Universal
7- Anotar a distância intercondilar marcada no arco(P, M ou G)
8- Soltura dos parafusos do arco e remoção do arco facial.
1-Preparo do Garfo
Preparar godiva de baixa fusão ou silicone (opcional)
Colocar 3 pontos de godiva de baixa fusão (verde) ou silicone (opcional):
Haste do garfo coincidindo com a linha média da face do paciente.
Estabilizar do garfo contra os dentes superiores
Manutenção do garfo em posição pelo paciente
2- Inserir a haste do garfo na articulação do arco
3- Posicionar as olivas no ouvido do paciente:
- O mais para dentro e anterior possível
- O paciente deve auxiliar a segurar o arco facial com as olivas bem posicionadas
4- Apertar os três parafusos do arco facial que regulam a distância intercondilar
5- Posicionar o indicador do násio:
Contato firme com a glabela
Apertar o parafuso do indicador do násio.
6- Aperto da Junta Universal:
O mais próximo possível dos lábios
1- Apertar o parafuso que prende a junta universal ao cabo do garfo
2- Apertar o parafuso que prende a junta universal à haste vertical do arco facial
7- Anotar a distância intercondilar marcada no arco(P, M ou G).
8- Remoção do arco facial:
 Afrouxar o parafuso do indicador do násio.
Afrouxar os parafusos do arco facial
Remover da cabeça do paciente o arco facial unido ao garfo/placa base.
Afastar os braços do arco lateralmente
-Solicitar ao paciente abrir a boca lentamente
-Remover o conjunto
*Não afrouxar os parafusos da articulação do arco
Remover o indicador do násio do arco facial.
MONTAGEM DO ARCO FACIAL NO ASA
Ajuste da distância intercondilar (ramo inferior):
Ajuste da distância intercondilar (ramo superior):
Regular a distância intercondilar do articulador de acordo com a distância intercondilar marcada no arco facial (P, M ou G).
Ajuste das Guias Condilares:
Teto da cavidade glenóide: 30º
Ângulo de Bennet: 15º
Fixar o arco facial no ramo superior
Assentar o modelo sobre o garfo, verificar sua adaptação
Montagem - Modelo Superior
Fazer ranhuras na base do modelo 
Observar o espaço para fixação do modelo
Hidratar o modelo
Fixar o modelo à placa de fixação com uma pequena porção de gesso especial
Completar a fixação com gesso
Retirar o arco
MONTAGEM NO ASA- RAMO INFERIOR
Registro inter-maxilar:
- Relação Cêntrica – RC
- Máxima Intercuspidação Habitual- MIH
Registro da RC pode ser realizada com o uso de desprogramadores e/ou manipulação.
Ângulo de bennett negativo (travado – para que os ramos superior e inferior do articulador fiquem unidos durante a montagem).
* Sem registro de mordida – deixar o ramo superior paralelo ao inferior (marca do pino)
Pino Incisal:
Quando usarmos registro de mordida (RC) levantar o pino (compensar espessura da cera +/- 2 a 3 mm)
Inverter a articulador e posicionar o registro em cera no modelo superior
Relacionar o modelo inferior ao registro e estabilizar os modelos com palitos e godiva
Conferir o registro
Avaliar o espaço para fixação ao arco inferior
Hidratar o modelo inferior e acrescentar uma pequena porção de gesso à placa de fixação para evitar distorções.
Fechar o articulador fixando o modelo inferior à placa de fixação com uma pequena porção de gesso
Remover as fixações e o registro em cera
Liberar o pino incisal
Completar a fixação e dar acabamento
CONFERÊNCIA DA MONTAGEM
Comparar a localização dos contatos e trajetórias na boca com as do modelo.
“A não coincidência indica a realização de um novo registro e uma nova montagem no articulador”
ARTICULADORES TOTALMENTE AJUSTÁVEIS
Possuem distância intercondilar totalmente ajustável e proporcionam não só a reprodução completa dos movimentos da mandíbula, lateralidade e protrusão, como também a curvatura e a direção da inclinação condilar. 
 
Ex.: TT, Stuart, Denar.
VANTAGENS:
	- Reproduzem todos os movimentos mandibulares com precisão.
	- Menor tempo de ajuste das peças protéticas.
DESVANTAGENS:
	- Custo excessivo.
	- Muito tempo clínico para calibração do aparelho.
ARTICULADOR VIRTUAL
Desenvolvimento: Universidade de Greifswald e Fraunhofer Institute for Computer Graphics (IGD)
Objetivo: desenvolvimento de um sistema de diagnóstico oclusal.
Requisitos: imagem digital tridimensional dos arcos faciais.
DESPROGRAMADORES DO SISTEMA NEUROMUSCULAR, MANIPULAÇÃO E REGISTRO.
Relação Cêntrica (RC) 
Definição:
Relação maxilo-mandibular na qual o côndilo articula com a porção mais avascular e fina de seu respectivo disco, e este complexo côndilo-disco, localiza-se em uma posição mais anterior e superior contra a eminência articular, independe de contato dental.
Posição Mandibular Reprodutível.
Côndilos dentro da fossa Mandibular, passíveis de rotação.
Independe do contato dental.
Máxima Intercuspidação Habitual
(MIH)
Definição:
Posição maxilomandibular na qual os dentes adquirem um número máximo de contato oclusal. 
Posição dental.
Independente da posição condilar.
Posição variável.
Oclusão em Relação Cêntrica (ORC)
Definição:
Relação maxilomandibular onde ocorre a máxima intercuspidação habitual com os côndilos em relação cêntrica.
 Nãoexiste contato prematuro
Não existe deslize manibular de RC até MIH
Técnica de Manipulação
-TECNICA Frontal
 Paciente na posição horizontal
- Cabeça para trás (evitar ação muscular) 
- Boca entreaberta +/- 1cm
- Na arcada superior apoia-se o polegar e o indicador na face vestibular dos caninos ou pré-molares
Na arcada inferior o polegar é colocado na cervical dos incisivos ou no mento
Tecnica de Dawson
- Paciente na posição horizontal
Cabeça entre os braços e o peito do operador  
- Boca entreaberta +/- 1cm
Os polegares são posicionados sobre o mento ou incisivos e os demais dedos suportam o corpo da mandíbula
Quando utilizar a manipulação ? ? ?
Ajuste Oclusal
Registro em cera
Montagem de Próteses
Montagem modelos de Estudos
Confecção de desprogramadores
DESPROGRAMADORES OCLUSAIS
JIG de Lucia (Guia de Interferência Mandibular) 
Leaf gauge
Rolete de algodão
Gaze
Placa de proteção anterior ou Front Plateau
Espátula de madeira
Placa de Michigan
Ação se dá pelo afastamento dos dentes posteriores, de 5 à 15 minutos. 
Causa uma desprogramação da musculatura, esquecendo da posição habitual da mandíbula, diminuindo o desconforto

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