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Digestibilidade, valor nutricional e classificação dos alimentos

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NUTRIÇÃO ANIMAL
PROCESSAMENTO DE AMOSTRAS
Na análise de alimentos nós devemos observar: 
Composição química
Ação do alimento no organismo
Valor alimentício e calórico
Propriedades físicas e químicas
Substâncias toxicológicas e adulterantes
Contaminações
Fraudes
Nós temos alguns tipos de erros associados a esses métodos:
Erros grosseiros: utilização de reagentes adulterados
Erros acidentais: quantidade incorreta
Erros sistemáticos: com repetições mais distantes do real
OBTENÇÃO DE AMOSTRAS
A obtenção de amostras representativa é a coleta do material que será levado para análise em laboratório, onde esse material vai representar todo o conjunto da dieta, ou seja, tudo aquilo que o animal irá comer. Aquilo que o animal não come não deverá estar na análise bromatológica, por exemplo, a raiz. É importante também observar a forma como o animal pasteja e só então coletar as amostras (da mesma forma que o animal pasteja) que serão levadas para o laboratório.
Na análise de alimentos iremos analisar:
Matéria seca
Material mineral (cinzas)
Nitrogênio total (proteína bruta): método de Kjeldahl
Gordura bruta (Extrato Etéreo)
FDN e FDA
Carboidrato não fibroso (CNF)
Lignina
AVALIAÇÃO DA MATÉRIA SECA (MS)
Matéria seca é o alimento in natura menos água. MS = ASE, só que MS é a ASA quando temos material com baixa concentração de água (farelo de milho, soja). Mas se você tem um material com mais de 20% de UMIDIDADE, calcula ASA e depois calcula ASE para descobrir a % de MS.
Fórmulas:
MN= (T + MN) – T
ASA= (T + ASA) – T
ASE= (T + ASE) – T
Onde: MN= matéria natural; T=tara; ASE= amostra seca em estufa; ASA= amostra seca ao ar.
Para calcular a % de MS, primeiro devemos saber a porcentagem de ASA e de ASE. Então,
%ASA= ASA/MN x 100
%ASE= ASE/ASA x 100
%MS= %ASA x% ASE/100
	AMOSTRA
	TARA(g)
	TARA + MN
	TARA +ASA
	TARA + ASE
	MN(g)
	ASA(g)
	ASE(g)
	%ASA
	%ASE
	%MS
	SILAGEM SORGO
	42,21
	48,21
	44,23
	43,96
	6
	2,02
	1,75
	33,66
	86,63
	29,15
	SILAGEM MILHO
	43,52
	51,52
	45,53
	45,32
	8
	2,01
	1,8
	25,12
	89,55
	22,49
AVALIAÇÃO DE MATERIAL MINERAL (MM)
MM= (CAD + MM) – CAD
%MMasa= MM/ASA x 100
%MMase= MM/ASE x 100
%MMms= %MMasa/%ASE x 100
%MOms= 100 - %MMms
	AMOSTRA
	CAD(g)
	MN(g)
	ASA(g)
	ASE(g)
	%ASA
	%ASE
	CAD+MM
	MM
	%MMasa
	%MMase
	%MMms
	%MOms
	SILAGEM SORGO
	42,21
	6
	2,02
	1,75
	33,66
	86,63
	42,41
	0,2
	9,90
	11,42
	11,42
	88,58
	SILAGEM MILHO
	43,52
	8
	2,01
	1,8
	25,12
	89,55
	43,72
	0,2
	9,95
	11,11
	11,11
	88,89
AVALIAÇÃO DO NITROGENIO TOTAL (PROTEÍNA BRUTA)
Para a avaliação do nitrogênio total nós passamos por 3 etapas distintas: digestão, destilação e titulação.
> Digestão: nessa primeira fase ocorre o aquecimento do ácido sulfúrico. Esse ácido promoverá a oxidação dos compostos orgânicos (sulfato e amônia) disponibilizando o N da proteína. Isso reduz o composto inorgânico numa substancia estável difícil de quantificar. Ocorre então a digestão pelo sulfato de sódio e potássio que eleva o ponto de ebulição do ácido sulfúrico que, por sua vez, decompõe a matéria orgânica.
> Destilação: o sulfato de amônia será aquecido para que possa evaporar e depois condensar. Adiciona-se hidróxido de sódio que transformará a amônia numa solução de ácido bórico, formando o ácido borato de amônia e tornando o N quantificável.
> Titulação: o borato de amônia (verde) é titulado em ácido clorídrico + fenolftaleína, o que vai definir o teor de N na amônia (rosa).
Para se calcular o nitrogênio total, utiliza-se a seguinte forma:
Ntitulante x Vtitulante = Ntitulado x Vtitulado, onde:
Ntitulante é o que caiu da bureta.
Vtitulante é o volume da bureta.
Ntitulado é o que será calculado.
Vtitulado é o que está no recipiente com HCL.
O teor de proteína bruta de um alimento é obtido pela multiplicação do teor de N total pelo fator de conversão (6,25).
A maioria dos alimentos possui em média de 16% de nitrogênio, portanto:
16g N ------- 100g proteínas
1g N -------- Xg
Xg= 100/16= 6,25 (fator de conversão)
AVALIAÇÃO DA GORDURA BRUTA (EE)
Gordura é insolúvel em água, mas é solúvel em solventes orgânicos (extratores). EE tem 2, 25 vezes mais energia que o carboidrato (CHO).
EE= (copo + EE) – copo
%EEasa= peso EE/ASA x 100
%EEms= %EEasa/%ase x 100
PESO EE= Copo EEg – copo g
AVALIAÇÃO DE FDN E FDA
 FDN FDA
FDN = (saco + FDN) – saco FDA = (saco – FDA) – saco
% FDNasa = FDN/ASA x 100 %FDAasa = FDA/ASA x 100
% FDNms = %FDNasa/%ase x 100 %FDAms = %FDAasa/%ase x 100
AVALIAÇÃO DE CNF (CARBOIDRATO NÃO FIBROSO)
CNF= 100 – (MM + PB + EE + FDN)
Silagem de milho = 62%FDN > % MM ms = 11,11
Silagem de sorgo = 58% FDN > % MM ms = 11,42
AVALIAÇÃO DE LIGNINA
% LIGasa = RES – RM/ASA x 100
% LIGms = %LIGasa/%ASE x 100
RES= tratamento H2SO4
RM= resíduo mineral (mufla)
Depois calcula-se a porcentagem de digestibilidade e a de indigestibilidade. Lembrando que a porcentagem de indigestibilidade é entre 2 e 4%.
Lucas Da Rocha
Acadêmico de Medicina Veterinária
Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

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