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Paper Infância e suas linguagens

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Pricila da Cruz Boff
Amanda Moreira Menezes Orth
	
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	
3. MATERIAIS E MÉTODOS
	 
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/infancia-e-suas-linguagens/25526
http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV073_MD1_SA9_ID9062_11102017111143.pdf
https://trilhaaprendizagem.uniasselvi.com.br/PED101_pratica_interdisciplinar/materiais/reggio_emilia.pdf
https://pt.slideshare.net/PollianeAlmeida/paper-tg
http://www.icepsc.com.br/ojs/index.php/gepesvida/article/view/321
https://fio.edu.br/manualtcc/co/7_Material_ou_Metodos.html
https://www.dicio.com.br/
INFÂNCIA E SUAS LINGUAGENS
Trabalhar com crianças pequenas é pensar nas diferentes linguagens, no choro, na birra, nas expressões, nos gestos, nos movimentos, na arte, na música, no desenho, na escrita e no brincar. Por vezes quando falamos em linguagem é comum remetermos à linguagem verbal e escrita, igualmente fundamental para o desenvolvimento infantil, no entanto, algumas professoras acabam priorizando essas duas formas de linguagem na educação das crianças, em detrimento de outras, privando-as de novas vivências, novas experiências que ampliem seus conhecimentos.
Cada criança em suas especificidades transforma sua rotina num verdadeiro espaço, num mundo imaginário, querendo sempre transpor o que sente em um emaranhado de fantasias. O criar, o brincar, o sonhar, o estar com o outro, e tantas outras expressões contínuas das crianças esbarram em muitas ideologias do adulto: "agora não pode", "agora não é hora", "este não é um lugar para isto", no entanto elas persistem. Querer que as crianças esqueçam que são crianças, que o seu universo é rodeado de "inocências", é querer que sejam pensantes como adultos, é queimar suas fases, no objetivo de substituir o mundo delas pelo mundo próprio de adultos.
As "cem linguagens" que a criança insiste em afirmar que existem, são pelas Instituições de Educação pouco consideradas. Como justificativa se atribui os mais diversos motivos, como: falta de formação profissional, pouco recurso material e pessoal, uma cultura massificante, as influências de concepções desenvolvimentistas que por algum tempo determinaram o foco da educação das crianças. Faz-se necessário um resgate da cultura infantil para que tenhamos em nosso meio, mais propriamente dito, nas Instituições Educacionais espaços onde as crianças possam ser elas mesmas.
 
 Segundo Fillipini (2009), a escola é vista como espaço de vida,
 acredita no potencial das crianças e tem dela uma imagem
 positiva: “Cada um de nós tem o direito de ser protagonista,
 de ter papel ativo na aprendizagem na relação com os outros.
 Esse é o motor da Educação.
Conforme Reggio Emília As crianças pequenas são encorajadas a explorar seu ambiente e a expressar a si mesmas através de todas as suas “linguagens” naturais ou de modos de expressão, incluindo palavras, movimentos, desenhos, pinturas, montagens, escultura, teatro de sombras, colagens, dramatizações e música. Levando-as a níveis surpreendentes de habilidades simbólicas e de ensino oferecido pela educação particular, mas, em vez disso, apresenta-se como um sistema municipal de cuidados infantis, operando em dois turnos, aberto a todos, incluindo as crianças com necessidades especiais.
O programa para a primeira infância realizado em Reggio Emila (Itália) tornou se reconhecido como uns dos melhores sistemas educacionais no mundo. Esta abordagem inovadora incrementa o desenvolvimento intelectual das crianças através da focalização sistemática na representação simbólica, levando as crianças pequenas (0-6 anos) a um nível surpreendente de habilidades simbólicas e a criatividade. O sistema não é privativo e elitista; pelo contrário, oferece atendimento integral à criança e está aberto para todas elas, inclusive aquelas portadoras de alguma deficiência.
 Nos Centros de Educação de Reggio Emília destaca-se a importância da organização do ambiente como algo que influencia as propostas pedagógicas. O ambiente, segundo Malaguzzi, deve ser organizado tendo o envolvimento das crianças, professores e famílias que movem a escola, e, portanto, cada escola se torna única. 
As escolas para crianças pequenas em Reggio Emília demonstram sensações de hospitalidade, tornando-se uma atmosfera de descoberta e serenidade. Há riqueza na qualidade e nos tipos de atividades das crianças, com altos padrões dos profissionais. Nossas escolas são o objeto mais visível de nosso trabalho; creio que oferecem múltiplas preocupações e mensagens. Têm décadas de experiência apoiando-as e conheceram três gerações de professores. Cada creche e cada pré-escola têm seu próprio passado e evolução, suas próprias camadas de experiência e sua própria mescla peculiar de estilos e níveis culturais. Jamais houve de nossa parte qualquer desejo de torná-las iguais (MALAGUZZI, 1999, p. 156).
No momento em que emergem, as discussões sobre a educação na infância, a necessidade de nos "alfabetizarmos" nas múltiplas linguagens das crianças, para podermos então pensar numa educação voltada para elas, que respeite seu direito de viver sua infância plenamente; nessas discussões também se inclui as culturas infantis que são vistas como "o desconhecido" ou até mesmo, pouco conhecido, as quais são essenciais aos nossos saberes. 
Assim sendo, é necessário observarmos como educadores, alguns pontos que são primordiais para que nos tornemos alfabetizados nas múltiplas linguagens das crianças, são elas:
• A sensibilidade de ouvir e entender as crianças;
• Momentos de interação, em que possamos viver e reviver a criança existente dentro de nós;
• Pedagogicamente, sempre avançar para uma educação voltada à infância do que em querer alfabetizar adultocentricamente;
• Transformar o nosso mundo em universo infantil para assim, compreendermos as nossas crianças;
•Entender as cem linguagens das crianças, não podando suas capacidades de ver um mundo mais harmonioso e sem tantas dificuldades;
• Despertar nas crianças a compreensão de suas culturas para que vivenciem a sua infância.
Em Reggio Emília o professor aprende a escutar a criança, não apenas o que ela diz com a boca, mas o que ela expressa através de suas diferentes linguagens. “Escutar através da observação, da sensibilidade, da atenção, das diferentes linguagens” (Barbosa e Horn, 2008, p.118)..
A prática da documentação pedagógica acontece e todas as escolas de Reggio Emilia, é um processo que torna o trabalho pedagógico visível e passível de interpretação, diálogo, argumentação e compreensão.
[...] a documentação pedagógica é um instrumento para vários fins. Visualiza os processos de aprendizado das crianças, a busca pelo sentido das coisas e as formas de construir o conhecimento. Permite a conexão entre teoria e prática, no trabalho do dia a dia. É um meio para o desenvolvimento profissional do educador, ao qual Reggio atribui grande importância, em especial pelo fato de o professor ser entendido e tratado tanto como pesquisador quanto como aprendiz (RINALDI, 2014, p. 45).
A documentação inclui registros
do diálogo das crianças e das atividades que executam, são feitas de várias maneiras – anotações, fotografia, vídeos , gravações em áudio, instrumentos como câmera fotográfica e de vídeo permitem que posteriormente as reflexões sejam mais críticas e com detalhes, trazendo acontecimentos que podem passar despercebidos apenas com a observação momentânea. Garantir escutar e ser escutado é uma função primordial da documentação, ela propicia a reflexão, a acolhida e a abertura ao outro, a seus olhares e a suas ideias. Conforme Rinaldi (2014, p. 135) “ Aquele que documenta enxerga os eventos que acontecerem com um olhar pessoal buscando compreende-los em profundidade e, ao mesmo tempo, almejando clareza de comunicação. ”O objetivo dos professores é colocar a criança como foco de seu registro, para depois refletir sobre o trabalho pedagógico, as relações estabelecidas e sua formação. O registro não deve ser organizado apenas do que o professor observa e pensa, mas principalmente do que fazem e pensam as crianças. Eles veem a documentação como uma ferramenta educacional, mas também como uma grande oportunidade.
Para se comunicar, transmitir o que está sentindo, interagir, a criança faz uso das múltiplas linguagens. É necessário que essas linguagens sejam contempladas nas práticas docentes escolares, através do planejamento. A pesquisa evidencia que professoras restringem seus planejamentos/práticas ao uso da linguagem oral e do desenho, esquecendo que as explorações de outras linguagens auxiliam um desenvolvimento integral mais harmonioso. O movimento, a dança, a música, o desenho e o brincar são linguagens que aparecem no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Faz-se necessário que um planejamento sério e sistemático, para que espaços significativos de desenvolvimento e aprendizagem sejam construídos para a criança.
Segundo Malaguzzi (1999, p. 62), o que desejavam era reconhecer o direito da criança de ser protagonista e a necessidade de manter a curiosidade espontânea de cada uma delas em um nível máximo. Tínhamos de preservar nossa decisão de aprender com as crianças, com os eventos e com as famílias, até o máximo de nossos limites profissionais.
De acordo com Malaguzzi (1999, p. 76) ... Apreciamos diferentes contextos, damos uma grande atenção à atividade cognitiva individual dentro das interações sociais e estabelecemos vínculos afetivos.
Nas palavras de Rinaldi (1999, p. 114),É uma abordagem que protege a originalidade e a subjetividade, sem criar o isolamento do indivíduo, e oferece às crianças a possibilidade de confrontarem situações especiais e problemas como pequenos grupos de camaradas.
Naturalmente, todos esses aspectos são interdependentes. Não pode haver, por exemplo, um planejamento de atividades sem o rapport profissional entre os adultos e sem que o ambiente esteja organizado e enriquecido de modo a manter nossa abordagem educacional. (RINALDI, 1999, p. 118)
Segundo Filippini (1990 apud EDWARDS; GANDINI; FORMAN, 1999, p. 147), os educadores de Reggio Emilia falam do espaço como um container que favorece a interação social, a exploração e a aprendizagem, mas também vêem o espaço como conteúdo educacional, isto é, contendo mensagens educacionais e estando carregado de estímulos para a experiência interativa e a aprendizagem construtiva.
O desenvolvimento desse trabalho tem enfoque qualitativo, possuí como característica principais a utilização de ambiente natural e das tecnologias, como fonte direta dos dados predominantemente descritivos a partir do contato do pesquisador com situação estudada e também a preocupação de trazer e abordar a perspectiva dos autores envolvidos.
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A abordagem de Vygotsky também está em concordância de como é visto o ensino e aprendizagem em Reggio Emília, “Vygotsky lembra-nos de como o pensamento e a linguagem operam juntos para a formação das ideias e para o planejamento da ação e, depois, para a execução, controle, descrição e discussão desta ação.” (Edwards, Forman e Gandini, 1999, p.95).
Para se comunicar, transmitir o que está sentindo, interagir, a criança faz uso das múltiplas linguagens. É necessário que essas linguagens sejam contempladas nas práticas docentes escolares, através do planejamento. A pesquisa evidencia que professoras restringem seus planejamentos/práticas ao uso da linguagem oral e do desenho, esquecendo que as explorações de outras linguagens auxiliam um desenvolvimento integral mais harmonioso. O movimento, a dança, a música, o desenho e o brincar são linguagens que aparecem no
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Essas, e outras linguagens, não devem servi, em práticas pedagógicas deste nível de educação, de pretexto para complementar a atividades realizadas, ou espaços da rotina escolar. Faz-se necessário que um planejamento sério e sistemático, para que espaços significativos de desenvolvimento e aprendizagem sejam construídos para a criança.
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa
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