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O Trato Urinário Inferior e Sistema Genital Masculino Prof. Ana Flávia Nóbrega de Paiva Moura Disciplina: Patologia médica - Unipê PRÓSTATA Pesa 20 g Os tipos de lesões proliferativas variam com a região. Hiperplasias: zona de transição Adenocarcinomas: zona periférica. Histologicamente Os componentes glandulares são revestidos por duas camadas de células: 1- Camada basal (epitélio cubóide baixo) 2- Camada de células secretoras colunares 3- Estroma fibromuscular ESTÍMULO HORMONAL Andrógenos produzidos pelo testículo Controlam o crescimento das células prostáticas. A castração provoca : Atrofia da próstata causada por apoptose difusa. Histologia Processos Patológicos Três processos patológicos Inflamação prostatite bacteriana aguda e crônica( E.coli, enterococos, estafilo e gram -) prostatite abacteriana crônica prostatite granulomatosa Aumento nodular benigno (hiperplasias) Idades avançadas, + frequentes Tumores Adenocarcinoma próstático ( + comum) Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) ou Hiperplasia Nodular Comum acima dos 50 anos 70% aos 60 anos e para 90% aos 80 anos Hiperplasia do estroma e das glândulas prostáticas Complicações: Obstrução parcial ou completa da uretra. Fisiopatogenia: Fisiopatogenia: As células estromais são responsáveis pelo crescimento prostático dependente de andrógeno. Ação de andrógenos Testosterona -> enzima 5α-redutase tipo 2 -> Diidrotestosterona (DHT) Fatores de crescimento (FGFs 1 e 2, e TGFβ) induzidos por DHT atuem aumentando a pro-liferação das células estromais diminuindo morte das células epiteliais. 60 e 100 g O diagnóstico não pode ser feito na biópsia por agulha NÃO CONSTITUÍ UMA LESÃO PRÉ-MALIGNA ATERAÇÕES BENIGANS HIPERPLASIA NODULAR CLÍNICA Resistência ao fluxo urinário provoca hipertrofia e retenção urinária. Urina residual Noctúria, dificuldade em iniciar e interromper o fluxo de urina, Disúria (micção dolorosa) Infecções bacterianas da bexiga e dos rins TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Alfa-bloqueadores Diminuem o tônus da musculatura lisa prostática Inibidores da 5-α-redutase inibição dos receptores de ALFA -adrenérgicos RTU – 1 opção terapêutica Prostatectomia aberta TUMORES PROSTÁTICOS TUMORES:ADENOCARCINOMA Forma mais comum de câncer em homens Comportamento clínico varíavel: formas indolentes -> formas agressivas. Etiologia e Patogenia: Pouco conhecida Andrógenos: induzem ao crescimento e ativação de receptores Agentes protetores: licopenos, selênio, produtos de soja e vitamina D Fisiopatogenia Ação androgênica na mantenção e crescimento na neoplasia Importância do efeito terapêutico da castração ou do tratamento anti-androgênico. Com o tempo, os tumores se tornam resistente ao tratamento do bloqueio androgênico Mutações PIN (Neoplasia intraepitelial próstatica) -> lesão prercusora dos adenocarcinomas -> ambas apresentam mutações semelhantes Incerteza se todo PIN evolui para um câncer Macroscopia e histologia Histologia Histologia Camada única e uniforme de epitélio cubóide ou colunar baixo. Mais aglomeradas e caracteristicamente não possuem ramificações e dobras papilares. A camada de células basais externas típicas de glândulas benignas está ausente. A-racemase (AMACR) é suprarregulada -> podendo ser usada na imunohistoquímica. Metátase e disseminações Metástese para linfáticos -> linfonodos obturatórios. Metástase linfonodal indica um prognóstico ruim (N1) Extensão local: Tecido periprostático, as vesículas seminais e a base da bexiga urinária Disseminação hematogênica ocorre principalmente para os ossos, em particular o esqueleto axial Metástase: osteoblásticas Classificação e Estadiamento O esquema de classificação Sistema de Gleason - indicador prognóstico TNM- norteia a terapêutica Estratificados em cinco graus (1à 5) com base nos padrões glandulares de diferenciação. A soma dos graus fornece o escore de Gleason Gleason de 2 (1 + 1) - bem diferenciados e 10 (5 + 5) - pouco diferenciados Pontuações de Gleason Graus 2 a 4 representando câncer bem diferenciado Graus 5 e 6 para um tumor de grau intermediário (moderad.) Graus 7 para um câncer moderadamente a pouco diferenciado Graus 8 a 10 para um tumor de alto grau (pouco diferenciado) Surgem perifericamente - a clínica é tardia Biópsia por agulha transretal (padrão ouro) Necessária para confirmar o diagnóstico PSA (4 ng/ml) Teste mais importante usado no rastreio e no seguimento do câncer de próstata Específico para o órgão, mas não para o câncer Prostatite, infarto, instrumentação da próstata e ejaculação Tratamentos PATOLOGIAS DO TRATO-URINÁRIO INFLAMAÇÃO Cistite Aguda e Crônica + comum em mulheres – uretra mais curta Os agentes etiológicos comuns da cistite são: Escherichia coli, Proteus, Klebsiella e Enterobacter sp. Outros: Vírus (p. ex., adenovírus), Clamídia e Micoplasma ; tuberculose Fatores predisponentes incluem: cálculos vesicais, obstrução urinária diabetes mellitus instrumentação deficiência imunológica. Irradiação da região da bexiga origina a cistite por radiação. Todas as formas de cistite são caracterizadas por uma tríade de sintomas: (1) Frequência - micção a cada 15 a 20 minutos (2) Dor abdominal baixa - região da bexiga ou na suprapúbica; (3) Disúria – dor ou queimação ao urinar. Formas Especiais de Cistite Cistite Polipóide Cistite Intersticial forma crônica persistente, dolorosa, etiologia desconhecida Tardiamente na fibrose transmural Malacoplaquia placas de mucosa, moles, amarelas relacionada a infecção bacteriana crônica, principalmente por E. coli e transplantados - Macrófagos grandes, esponjosos, misturados com células gigantes multinucleadas ocasionais e linfócitos intercalados. - Depósito de cálcio em lisossomos aumentados, conhecidas como corpos de Michaelis-Gutmann LESÕES METAPLÁSICAS Cistite Glandular e Cistite Cística epitélio cresce para baixo do epitélio(ninhos de Brunn) Células caliciformes podem estar presentes – metaplasia intestinal – risco de adenocarcinoma Metaplasia Escamosa Agressão crônica ao epitélio(calculoses Adenoma nefrogênico Outras cistites Cistite Eosinofílica Cistite hemorrágica infecção por adenovírus Cistite folicular Neoplasias da bexiga Neoplasias benignas Tumores uroteliais 90% (multifocal e recorrentes) Papilomas Representam 1% ou menos dos tumores Exófíticos e pequenas (0,5 a 2,0) Papilas delicadas, fixadas superficialmente à mucosa. Papilomas invertidos Neoplasias uroteliais de baixo potencial maligno(PNUNLPs) Maiores, mitoses, atipias nucleares Dificil diferenciar de uma lesão de baixo grau Carcinoma urotelial de baixo grau Carcinoma urotelial de alto grau Lesões prercusoras do carcinoma urotelial invasivo Tumores papilares não invasivos e carcinoma urotelial não invasivo plano CIS- não tem invasão da lâmina própria Invasão da muscular própria ( músculo detrussor) – aumenta a mortalidade do paciente Carcinoma urotelial de baixo grau Carcinoma urotelial de alto grau Carcinoma in situ plano Discoesão celular (citologia urinária) Câncer de bexiga 7% dos cânceres / 3% da mortalidade Menos de 10% de cânceres de baixo grau invadem 80% dos carcinomas uroteliais de alto grau são invasivos. Estágios mais avançados Invadie a próstata adjacente, as vesículas seminais, os ureteres e o retroperitônio. comunicações fistulosas com a B vagina ou reto. Etiologia e clínica + Homens Tabagismo aumenta o risco de três a sete vezes. A exposição industrial 2-naftilamina Infecções por Schistosoma haematobium O uso em longo prazo de analgésicos Ciclofosfamida Exposição prévia da bexiga a irradiação Clínica: hematúria assintomática, hidronefrose e pielonefrites. A dificuldade clínica é a detecção precoce e o acompanhamento adequado. Invasão muscular Formas invasivas, o prognóstico é insatisfatório apesar da terapia. Citologia urinária e marcadores Cistoscopia e a biópsia constituem os fundamentos do diagnóstico Tratamento depende do grau, e do estágio: Cirurgia Imunoterapia tópica instilação intravesical de uma cepa atenuada do bacilo da tuberculose chamada de bacilo Calmette-Guérin (BCG) Patologias Testiculares INFLAMAÇÃO Epididimite e Orquite Inespecífica infecções do trato urinário Inflamações Específicas Gonorreia Caxumba Tuberculose Sífilis DISTÚRBIOS VASCULARES Emergências urológicas Dor intensa se início súbito - sem fator desencadeante TUMORES TESTICULARES 95% são de células germinativas. 60% são mistos seminomatosos e não seminomatosos Câncer agressivos disseminação rápida Boa resposta a terapia atual. Tumores do estroma São em geral benignos. Tumores de Células Germinativas Incidência nos EUA 6 a cada 100.000 hab e 300 mortes por ano. Aumento mundial na incidência Na faixa etária de 15 a 34 anos tumor mais comum em homens e causam aproximadamente 10% de todas as mortes por câncer. Mais comuns em caucasianos do que em negros (proporção de 5:1) Fatores Ambientais e Predisposição Genética. Síndrome de disgenesia testicular (SDT). criptorquidia, hipospádias e qualidade inadequada de espermatozoides Síndrome de Klinefelter: 50x Predisposição familiar Seminoma Tipo mais comum de tumor de células germinativas (50%). Incidência na terceira década e quase nunca ocorre em lactentes. Histologia Célula do seminoma clássico grande, redonda a poliédrica membrana celular distinta citoplasma claro um núcleo grande e central com nucléolos proeminentes Histologia O citoplasma contém quantidades variáveis de glicogênio. + PLAP As células de seminoma são difusamente positivas para c-KIT (independentemente do estado mutacional de c-KIT) Exame Imunohistoquímico CD20 C-KIT Carcinoma Embrionário Grupo etário de 20 a 30 anos. + agressivos que o seminomas Histologia: aspecto epitelial, são grandes e anaplásicas, núcleos hipercromáticos com nucléolos proeminentes. + OCT3/4 e PLAP + citoqueratina e CD30 - c-KIT Coriocarcinoma Forma altamente maligna de tumor testicular. Forma “pura” é raro, Menos de 1% de todos os tumores de células germinativas. Tumor do Saco Vitelino Mais comum em lactentes e crianças até 3 anos de idade 50% dos tumores, estruturas semelhantes aos seios endodérmicos (corpos de Schiller-Duval) Imuno: alfa-fetoproteína (AFP) e α -anti-tripsina AFP é altamente característica deste tumor Em geral, é misto. Forma pura é rara Prognóstico muito bom. TERATOMA Grupo de tumores testiculares complexos que apresentam vários componentes celulares. Formas puras: comuns em lactentes e crianças e raros em adultos. Os elementos podem ser maduros ou imaturos Teratomas maduros seguem um curso benigno. Teratoma Crianças os teratomas maduros diferenciados geralmente seguem um curso benigno. Homens após a puberdade todos os teratomas são malignos, capazes de comportamento metastático, independentemente de os elementos serem maduros ou imaturos.
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