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UNIVERSIDADE PAULISTA DARLISANGELA APARECIDA DE SOUSA – D99BFA1 FABIANE CARVALHO SILVA – F076BA6 GABRIELLY TEIXEIRA – F003329 LAURA SAYURI TOMO – N5162C1 PINOQUIO ÀS AVESSAS GOIANIA – GOIÁS 2019 DARLISANGELA APARECIDA DE SOUSA – D99BFA1 FABIANE CARVALHO SILVA – F076BA6 GABRIELLY TEIXEIRA – F003329 LAURA SAYURI TOMO – N5162C1 PINOQUIO ÀS AVESSAS Atividade avaliativa apresentada como requisito parcial para aprovação na disciplina de Psicologia do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem – PDTA, do curso de Psicologia, na Universidade Paulista – UNIP, sob orientação do Profa. Etiene Macedo. GOIANIA – GOIÁS 2019 3 INTRODUÇÃO A proposição deste trabalho se baseia em uma abordagem sobre o livro “Pinóquio às avessas”, de Rubem Alves. Para tanto, é necessário relacionar as tendências do ensino Tradicional, Humanista e comportamental, harmonizando o estudo com a história do menino Felipe, que embora questionador e curioso, foi impedido de realizar seu sonho, tornando um adulto frustrado e triste. 4 ABORDAGEM HUMANISTA Humanismo, no sentido literal, significa valorizar o ser humano e sua condição, acima de tudo. De acordo com o dicionário “Aurélio”, humanismo é a doutrina ou atitude que se situa expressamente numa perspectiva antropocêntrica, em domínios e níveis diversos, assumindo, com maior ou menor radicalismo, as consequências daí recorrentes. Na visão humanista, elaborada pelo senso comum, o ser humano se reconstrói partindo de suas próprias experiências. No exame do livro de Rubem Alves, ‘Pinóquio às Avessas”, percebe-se que Felipe é uma criança com pensamentos criativos, bem como se mostra bastante curioso e questionador, uma vez que é possível detectar, na narrativa, esses atributos, tal como se vê: “Curiosidade é uma coceira que dá dentro da cabeça, no lugar onde moram os pensamentos, (...) elas querem saber o que está por detrás das coisas”. (Rubens Alves, 2005, p.13) Na abordagem humanista o aluno se posiciona como o centro da aprendizagem, sendo participativo, que raciocina em torno de si, baseado em suas experiências fora da escola. Nesse modelo o aluno deve ser respeitado e priorizado em seus interesses sentimentais e emocionais. Assim, extrai-se que Felipe cresceu frustrado em uma escola com o ensino restrito, que seguia um padrão de conteúdo, o que se contrapõe ao estudo humanista mencionado. Registra-se, por oportuno, a visão de Alexander Neill, educador e escritor, que acreditava que as crianças eram criadoras do seu próprio conhecimento, presumindo que o processo de desenvolvimento escolar deveria ser uma atividade prazerosa. Assim, em análise detida sobre o assunto, conclui-se que Felipe foi tratado numa visão convergente com perspectiva oposta ao humanismo, uma vez que sua escola o tratava de modo tradicional. 5 ABORDAGEM TRADICIONAL Este modelo é empirista, porém não se fundamenta em teorias validas empiricamente, porque o professor traz um conteúdo, uma teoria empirista, baseada em um estudo culturalmente respeitado e que tem um certo poder. Nesta abordagem o conhecimento do professor tem poder sobre o conhecimento do aluno. É também diretivo onde o professor transmite conhecimento para o aluno, formando assim um cidadão disciplinado. No livro “Pinóquio às avessas” de Ruben Alves, começa com o pai de Felipe contando o clássico da literatura infantil Pinóquio para ele, onde dizia que para se tornar um menino de verdade, teria que ir à escola. No clássico, Pinóquio fugiu, preferiu brincar e logo cresceram orelhas e rabo de burro nele, pois quem não vai para escola fica burro. Na abordagem tradicional ir para escola é sinônimo de ter conhecimento, pois é lá que se acumula informações e assim fica “inteligente”. Na escola em que Felipe estudava seguia se um modelo com características tradicionais, como por exemplo, na sala de aula todos eram divididos por idades, decidindo assim qual turma ele iria participar, todos sentavam enfileirados, prestando atenção somente na professora que conduzia apenas um tipo de matéria e quando ela acabasse em um determinado tempo, entraria outro e assim sucessivamente até o final do dia escolar. Os conhecimentos que obtinham não eram importantes por serem úteis, mas sim por serem conteúdos de prova, sendo um ensino “decoreba”. Os pais de Felipe diziam para ele que na escola encontraria respostas para todas as suas perguntas, mas não o avisaram que teriam que ser perguntas sobre o conteúdo, como diz no livro “aquilo que o programa manda”, ou seja, os educadores são dominados por programas escolares padronizados. A professora diz que na escola não se aprende o que quer, exatamente como no modelo tradicional, a escola é um ajustamento social, onde se raciocina, tem se uma rotina, que o conteúdo é transmitido, reproduzindo conhecimento para serem ao final avaliados por uma prova do conteúdo ensinado, que dão notas “medindo sua inteligência” através de números de 0 a 10, para que possam passar de ano, sendo assim até a sua formação final. Seus pais queriam que Felipe entrasse na escola, tirasse notas boas, passasse no vestibular, entrasse na universidade e finalmente no mercado de trabalho, para se tornar um adulto bem-sucedido. Diziam que “As escolas existem para transformar crianças que brincam em adultos que trabalham”. Este trecho se identifica muito com o pensamento tradicionalista. 6 O que importa ao final do trajeto da formação académica quando ocorre a formatura, é o diploma, a “chave” para se atuar em uma profissão que exige um estudo. No livro, isto si afirma quando o pai do menino fala que o diploma é quem diz o que ele é. E também é representado em um dos sonhos de Felipe, havia um corvo que cantava “Formatura. Entram diferentes e saem iguais: profissionais. É assim que um pirralho entra no mercado de trabalho”. A abordagem exige que todos passem pelo mesmo sistema generalizado, no mesmo ritmo, independente da capacidade do aluno, para chegar no mesmo destino, a formação. No texto Felipe questiona este fato, ao sonhar com a “corrida de Dodô”, em que todos correm com velocidades diferentes, mas ao final ganham o mesmo prêmio, já na escola é diferente, só leva prémios os que chegam na frente. Este livro tem muitas características do tradicionalismo. Felipe representa bastante o nosso presente e como esta abordagem nos impacta. ABORDAGEM COMPORTAMENTAL A história fala sobre uma família que idealiza o futuro do filho, o que será quando crescer, pela razão de sermos valorizados somente por nossas profissões. O acontecimento se passa em uma escola, com um personagem curioso, cheio de dúvidas. Seus pais sempre falavam: “é na escola que você vai tirar boas notas, passar de ano e ir para universidade para conseguir um diploma e ser um adulto de verdade”. Na abordagem comportamental há um reforçamento para que o sujeito (aluno) seja estimulado com o objetivo de obter uma resposta. O texto cita várias passagens que há uma não-satisfação da autorrealização, onde cita o insucesso da profissão, no meio social onde há mal interação com os colegas, ao contrário de uma abordagem que prioriza o bem estar, o sucesso na profissão, que no texto de Rubem Alves cita Felipe, um adulto frustrado e triste. Neste modelo, existe a implicação de ações pelas quais são reforçadas, com recompensas, visandoa aquisição de habilidades pelo sujeito, através da contingência de reforço. Desta forma, o individuo ora responde e ora é passivo às solicitações do meio. O ensino é compreendido por padrões de comportamento estabelecidos em sequencias especificas. 7 CONCLUSÃO A proposta deste trabalho fundamenta uma análise relacionando as abordagens humanista, comportamental e tradicional, baseada no livro “Pinóquio As Avessas”. Conclui-se que a abordagem principal do texto é a Tradicional, pois a ênfase está nos métodos e conteúdos reproduzidos onde a inteligência está ligada apenas ao acúmulo de informações. 8 REFERENCIAS ALVES, Rubens. Pinóquio às Avessas; uma estória sobre crianças e escolas para pais e professores. Campinas, SP; Verus Editora, 2005. https://pedagogiaaopedaletra.com/abordagem-humanista por Thais Simoka.
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