Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 DROGAS EM REUMATOLOGIA Artrite Reumatoide- Terapía há 125 anos atrás Forma Aguda: - Repouso absoluto. - Se a dor fosse muita, enfaixava com algodão. - Whisky diluído em água livremente. Forma Crônica: - Óleo e tônicos de fígado de bacalhau. - Tintura da resina de guaiaco. - Preparados de arsênico e iodo. Artrite Reumatóide - Terapia há 60 anos Poucas Substâncias Disponíveis: - Colchicina (conhecida desde 460 AC) - Ácido acetil salicílico (do cascalho do Salgueiro), descoberto em 1876 e a forma sintética em 1899. - Sais de ouro usado pela 1a vez por Forestier em 1929, por causa da relação com tuberculose. Artrite Reumatóide – Avanços Terapêuticos 50=60 70-80 1999... Aspirina AINHs COXIBs Corticóides DMARDs Agentes Biológicos Antes da Prescrição - Diagnóstico correto - Comorbidades - Perfil do paciente - Custo financeiro do tratamento Classificação das Drogas - Drogas que modificam os sintomas: AINES e corticoides - Nenhum paciente entra em remissão de doença com essas drogas, apenas melhoram os sintomas. - Drogas modificadoras de doenças (DMARDs) - Essas drogas agem mais na “causa” da doença; modificam o curso da doença; - Terapias biológicas – são medicações derivadas de organismos (ex. vacinas). AINES Como utilizar? - É a droga mais utilizada em doenças inflamatórias. Quando usados em infeções virais podem ter efeitos adversos graves como vasculite, que pode levar a amputações. - Os principais efeitos colaterais ocorrem no TGI, coração e rim. Neste último, é mais difícil de reverter a situação. Tradicionais (não-específicos) - Inibem a COX-1 e COX-2 e os mediadores inflamatórios. - Possuem efeitos analgésicos, antiinflamatórios (dose maior) e antipiréticos (dose menor) - Ex. Ibuprofeno: em dose menor é usado como antipirético e em dose maior usado como anti-inflamatório. - Os AINEs tradicionais geralmente causam efeitos colaterais GI – devemos associar drogas protetoras, como IBP ou prescrever após as refeições (reduz um pouco a absorção, mas não evolui com ulcera). - Os inibidores da Cox 2 causavam muitos problemas cardíacos e muitos foram retirados do mercado. - Os antiinflamatórios podem causar anemia e leucopenia. Ex. Ibuprofeno: em dose menor é usado como antipirético e em dose maior usado como anti- inflamatório. - Os AINEs tradicionais geralmente causam efeitos colaterais GI – devemos associar drogas protetoras, como IBP ou prescrever após as refeições (reduz um pouco a absorção, mas não evolui com ulcera). - É a droga mais utilizada em doenças inflamatórias. Quando usados em infeções virais podem ter efeitos adversos graves como vasculite, que pode levar a amputações. Os principais efeitos colaterais ocorrem no TGI, coração e rim. Neste último, é mais difícil de reverter a situação. - Porém causam efeitos colaterais apenas em trato digestivo, levando também a alteração renal e cardiovascular. - Então, uma pessoa já de idade com creatinina de 1,1 – 1,2 tem que evitar fazer essa tipo de droga. 2 - O trato digestivo ao ser lesionado leva a sinais antes de lesionar (tem-se dor antes de sangrar), já no rim, leva-se a hipertensão, inchaço, doença renal, lesões já irreversíveis. Por tal fato deve-se ponderar o uso, principalmente em pessoas mais velhas. - Devido a essa toxicidade renal, deve-se ter o controle com exame de urina e creatinina (bioquímica renal), bioquímica hepática. Em um trauma, que faz-se a utilização por 5 dias, não se faz necessário esse acompanhamento, porém em doenças que é necessário fazer a droga por 1 ou mais meses, esse acompanhamento é essencial. Processo Inflamatório - Agressão tecidual → histamina (fenômeno vascular): hiperemia e dor. - Produção de mediadores inflamatórios → ⬆ da permeabilidade capilar e quimiotaxia (PMN, neutrófilos, macrófagos) - Fagocitose e produção de mais mediadores químicos: citocinas, quimiocinas, bradicininas, prostaglandinas e leucotrieneos. Contra Indicações - Úlcera péptica ativa - Dç Renal Crônica - Hepatopatias crônicas - Asma precipitada por AINE - Dç Arterial Crônica (relativa) - Insuficiência Cardíaca Congestiva (relativa) - Coxibes – alérgicos a sulfa!! - Os coxibes têm radical sulfa, alérgicos a sulfas não podem tomar. - Os inibidores de Cox 1 afetam o rim. Já os inibidores da Cox 2 favorece a função renal porque deixa a Cox 1 livre. - Os coxibes têm radical sulfa, alérgicos a sulfas não podem tomar. - Os inibidores de Cox 1 afetam o rim. Já os inibidores da Cox 2 favorece a função renal porque deixa a Cox 1 livre. Mediação Química da Inflamação Toxicidade Gastrointestinal: a) Dispepsia (10-20% casos) b) Ulcera péptica - 1-2% dos pacientes com > 3 meses - 2-5% > 1 ano Fatores de Risco Definitivos Idade > 65 anos - Úlcera prévia - Altas doses - Associação de AINEs - Uso de anticoagulantes - Uso de corticóide 3 - Doença sistêmica grave Toxicidade Renal: - Nefrite causada por AINES, principalmente em idosos. Deve ser acompanhado ureia e creatinina, EAS observar hematúria, proteinúria. O rim só apresenta manifestações em doenças avançadas. Toxicidade Cardiovascular: - Inibição da COX-2 (inibe prostaciclina mais intensamente do que o tromboxano) levando a trombose e vasoconstrição - Aumento da incidência de eventos cardiovasculares (angina, IAM, vasoconstricção) em 3 estudos com rofecoxibe, celecoxibe e valdecoxibe. - AINES deve ser usado em doença inflamatória. Efeitos Adversos: - Toxicidade renal, toxicidade hepática (aspirina), exacerbação da asma, reações alérgicas cutâneas, toxicidade do SNC, falha na fecundação e aplasia de medula. - Uso contínuo de AINES deve ter controle laboratorial (hemograma, ureia, creatinina, EAS e hepatograma). Utilizando os AINES - Evitar o uso crônico. Tratar a causa da dor. Na maioria dos casos, no máximo 1 semana de tratamento - Nem sempre é necessário utilizar a dose máxima, exceto nos casos de crise aguda de Gota e Espondiloartrites. Associar paracetamol ou dipirona para reduzir a dose. - Doses menores e por menores períodos em idosos - Alternativas para pacientes com alto risco de HDA: IBP? Cox-2 seletivos? - Prescrever os não-seletivos para baixo risco (menor custo) - Tratar H. pylorii quando indicado CORTICÓIDES Efeitos Antiinflamatórios e Imunológicos dos Corticoesteroides (antiinflamatório hormonal) - Tentamos evitar devido a série de efeitos adversos – falha de crescimento, obesidade, hiperglicemia, hipertensão. Na criança leva a efeitos adversos e no adulto piora as comorbidades. - Inibem a síntese de prostaglandina - Inibem a síntese de ácido araquidônico - Inibem a COX-2 - Inibem a produção de citocinas inflamatórias (TNF-alfa, IL- 1, IL-2, IL-3, IL-4, IL-5, IL-8 E IFNy), inibindo assim seus efeitos na célula-alvo. Vantagem dos COI sobre os AINES: - Os dois são antiinflamatórios, entretanto os corticoides têm ação mais intensa, mais potente. - Ex: Na cardite (na FR) usamos corticoide no lugar da aspirina, porque o mesmo é muito mais potente. Corticoide - Introdução do corticoide- primeiro grande avanço - São antiinflamatórios, imunossupressor de resposta imune Bioequivalência: Ação Curta Hidrocortisona................................................ 20 mg Ação IntermediáriaPrednisona........................................................ 5 mg Prednisolona..................................................... 5 mg Metilprednisolona............................................. 4 mg Ação Longa Betametasona.............................................. 0,60 mg Dexametasona............................................. 0,75 mg Ação curta: hidrocortisona. Ação intermediária: Prednisona, prednisolona, ambas drogas via oral e metilprednisolona via endovenosa. Não atravessa a placenta 4 Ação longa: Betametasona e dexametasona. - Não são muito usadas em reumatologia e sim em obstetrícia para maturação do pulmão fetal, pois são mais potentes e atravessam a barreira placentária fazendo o efeito desejado. Dose de Prednisona - Doses maiores farão efeito imunossupressor, tendo alteração na resposta imunológica, controlando muitas das manifestações das doenças autoimunes. A pulsoterapia é uma dose alta de corticoide endovenosa, em pacientes graves com risco de morte, como derrame pericárdico grave, nefrites com 5,0 de creatinina. - O corticoide é a medicação que tira o paciente de quadro grave, - Ex: quadro de mielite transversa em neurologia. - Anti-inflamatória – de 0,25 a 0,5 mg/kg/dia - Imunossupressora – 1 a 2 mg/kg/dia - Pulsoterapia – 1g metilprednisolona, IV Administração - VO, IM, IV ou intra-articular - Em casos de artrite crônica, em que o paciente tem ou 2 artrites coloca-se o corticoide dentro da articulação. - Dose única pela manhã – menos efeitos adversos - Dose dividida – maior efeito anti-inflamatório - Mais eficaz, entretanto faz muito mais efeito adverso. - Em casos de artrite crônica, em que o paciente tem ou 2 artrites coloca-se o corticoide dentro da articulação. - Até 5 dias, uma semana no máximo pode-se suspender o corticoide de uma única vez. A partir disso é preciso ir retirando aos poucos. Se o paciente está usando corticoide (2 a 3 meses), ou seja a adrenal já está suprimida e ele faz um quadro infeccioso, qual a conduta? a)Diminui o corticoide b)Aumenta o corticoide c)Mantem o corticoide R: Teoricamente aumenta o corticoide, pois a adrenal está sofrendo um estresse extra que é a infecção. Porém na prática, pouca gente aumenta o corticoide. Deve-se pelo menos manter o corticoide, NUNCA diminuir. Pois precisa- se da adrenal funcionante para combater a infecção. Desmame - Até 5 dias, uma semana no máximo pode-se suspender o corticoide de uma única vez. A partir disso é preciso ir retirando aos poucos. - A retirada abrupta pode levar a insuficiência adrenal. - 10% da dose por semana – redução gradual - 5 a 10mg/sem entre 60 a 40mg, 5mg/sem entre 40 a 20mg, 2,5mg/sem entre 20 a 10mg e 1 a 2,5mg com dose < 10mg. Efeitos Adversos dos Corticoides - Osteoporose - Imunossupressão (doses maiores) – em casos de doses imunossupressoras devemos avaliar sempre o paciente - Osteonecrose - Hirsutismo - Miopatia (usamos o corticoide para tratar a miopatia, entretanto pode ser a causa da mesma) - Psicose (usamos para tratar a psicose no LES, entretanto ao usar o corticoide mudamos de humor, aumentamos o apetite) - Fáscies cushingóide (retenção de sódio e por consequência agua) - Obesidade centrípeta - Hipertensão - Hiperglicemia - Fragilidade capilar - Supressão do eixo hipotálamo-hipofisário - Hipocalemia - Hiperlipidemia - Acne - Catarata - Retardo do crescimento (crianças) - Glaucoma - Estrias - Insônia - Mudança comportamental 5 Cuidados no Uso do Corticoide - Usar a menor dose efetiva possível pelo menor tempo possível (reavaliar sempre) - Associar imunomoduladores - Repor cálcio e vitamina D (osteoporose e osteonecrose)* – logo no início de tratamentos prolongados com dose alta com corticoide associar esses medicamentos. - Acompanhar PA (HAS)*, glicemia (Hipergli)* e lipidograma (dislipi)* - Atenção em cirurgias – aumenta ou deixa igual; situação de estresse, ou seja, a adrenal não está funcionando, então devemos ao menos manter o corticoide. - Anti-helmíntico antes de doses altas – risco de estrongiloidíase (síndrome de löeffler) - Síndrome da retirada – insuficiência adrenal, síndrome de Addison. - Fazer ppd e raio x de tórax – risco de tuberculose aumentado em nosso país e principalmente no paciente imunossuprimido. PPD de 5 ou mais com radiografia de tórax normal, ao fazer imunossupressão, deve realizar o tratamento de tuberculose latente. - Se for fazer corticoterapia por tempo prolongado, tem que administrar cálcio e vitamina D no início do tratamento porque a movimentação de cálcio é mais intensa no início da corticoterapia. IMUNOSSUPRESSPRES Imunossupressores: controlam a resposta imune Antimaláricos (LES nas crianças; LES e AR no adulto). - Não usamos antimaláricos em crianças muito pequenas devido a alterações oculares. Sulfassalazina - Sais de ouro e D-penicilamina (não são mais usadas, muitos efeitos adversos e muito caro) Metotrexate (a droga mais utilizada em reumatologia). Psoríase responde bem a essa droga e o paciente que tem artrite psoriásica ou com artrite reumatoide também responde bem. - Leflunomide (Artrite Reumatoide) - Azatioprina (LES e miopatias inflamatórias) - Ciclofosfamida (LES e miopatias inflamatórias) - Ciclosporina A - Micofenolato Mofetil - Agentes Biológicos Outros Tratamentos: - Talidomida - Dapsona - Transplante de medula óssea - Terapia Genética Colchocina: é um antiinflamatório muito usado até hoje. Sulfassalazina: é uma mistura de sulfas com aspirina. Muito usada em doença inflamatória intestinal. É usada na artrite reumatoide também. Metotrexato: é o mais utilizado em reumato. É muito usado na dermato na psoríase para melhorar a dor articular. Em doses altas, trata leucemia, linfoma, neoplasia. Em criança, é feita subcutâneo. No adulto, faz oral, mas o melhor é fazer subcutânea. Associado com ácido fólico reduz a ocorrência de aftas e demais efeitos colaterais. Azatioprina: é imunossupresor usado em miopatias. Causa muita leucopenia. Ciclofosfamida: causa queda de cabelo, esterilidade e cistite hemorrágica. Tem que administrar com diurético pra eliminar o medicamento rápido. Medicações biológicas: modificadores de resposta biológica. A vacina é uma medicação biológica. A gamaglobulina também. - São usados quando os medicamentos convencionais não apresentam resposta satisfatória. São medicamentos caros e, portanto, fornecidos pelo governo. Rituximabe: bom para doenças que tem imunidade humoral ativa. Sais de Ouro: apresentavam muito efeito adverso. - Reumatologia não cura ninguém. Tenta eliminar os sintomas. 6 - As interleucinas mais importantes na febre são a IL-1 e a IL-6. Corticoide inibe interleucinas, paciente apresenta infecção sem febre. - Melhor horário para administração de Corticoide eh 3h da manhã, mas na pratica, faz pela manhã. Antimaláricos - Hidroxicloroquina 6 mg/Kg/dia (400mg) VO - Difosfato de Cloroquina 4 mg/Kg/dia (250mg) VO Cloroquina: afeta o olho e a pessoa apresenta dificuldade de enxergar cores. A hidroxi não apresenta. - No lúpus, usa a cloroquina. Mecanismos de Ação - Efeito imunomodulador - Interferência no processamento de antígenos - Redução na secreção de citocinas - Redução na atividade de enzimasdo metabolismo do ácido araquidônico - Redução da proliferação de células mononucleares e indução de apoptose - Ligação ao DNA interferindo com ligação de auto- anticorpos - Protege contra a radiação UV Por que Usar Antimaláricos? - Drogas muito seguras - Não aumentam o risco de infecções - Têm ação hormonal (diminui estrogênio) - Inibem adesão das plaquetas. - Reduzem colesterol total e LDL em 15 a 20% - Atuam como poupador de corticoesteroide – medicamento com pouco efeito adverso que pode ser útil na retirada do COI que tem muitos efeitos adversos. - Podem ser utilizados na gestação – mães que tem LES podem engravidar, o ideal é que não esteja em atividade de doença, podendo fazer uso do antimalárico principalmente a hidroxicloroquina. Cloroquina: Eficácia - Atua no LES nas lesões de pele (discóides, lesões subagudas), artrite/ artralgia, fadiga, derrame pleural e principalmente na redução do número de reativações - Também trata as lesões cutâneas da dermatomiosite - Sinergismo com metotrexato (na AR) - Atua na artrite da síndrome de Sjögren e de causa viral - Cloroquina é efetiva em 1-2 meses - Hidroxicloroquina exige 3-6 meses (de espera) - Fumo reduz efetividade! LUPUS = SEMPRE CLOROQUINA Exame dos Olhos - Exame de base obrigatório - Cloroquina – acompanhar de 6 em 6 meses com exame oftalmológico seriado - Hidroxicloroquina – exame anual (questionável) - A primeira alteração que o paciente tem é não conseguir distinguir as cores, devemos realizar o exame de campo visual. Sulfassalazina - Mistura de sulfa com salazina, vem do acido acetil salicílico. Nas espondiloartrites é uma droga muito boa. Doença de escolha para doença inflamatória intestinal. - Não pode engravidar, pois é teratogênico. Mecanismo de Ação - Inibição do fluxo de segundos-mensageiros induzidos na estimulação de leucócitos – Reduz a resposta linfocítica. - Cálcio citosólico - Diacilglicerol - Inositol trifosfato - Inibe produção de substâncias derivadas do ácido araquidônico - Ação imunomoduladora - Inibe proliferação e ativação de linfócitos - Reduzindo ação linfocitária (↓ IgM e IgA) 7 - Reduz IL 1 e TNF - Inibe angiogênese - Inibe quimiotaxia de células inflamatórias. - Sulfa (antimicrobiano) + aspirina - Ação importante nas bactérias do cólon Indicações - AR (artrite reumatóide), monoterapia ou associada - Espondiloartrites (artrite periférica e uveíte) - Na espondiloartropatia inflamatória intestinal, fazemos uso da sulfassalazina que combatem as bactérias do cólon que provavelmente tem relação com esse tipo de espondiloartite. - Dose: 2-3 g/d em 2 tomadas Efeitos Colaterais - Gastrintestinais - Erupção cutânea - Leucopenia reversível - Azoospermia reversível Monitoração - Hemograma, TGO e TPG 15/15 dias por 3 meses, depois a cada 3 meses - Elevar 500 mg/sem - Dosar G6PD antes de iniciar Metotrexate - Droga muito utilizada em reumatologia, sendo um bom antiinflamatório e bom imunossupressor, sem muitos efeitos adversos. - Usam para tratar a doença em si ou como poupador de corticoide em pacientes que dependem de corticoides em altas doses, não se pode manter o uso de corticoide em altas doses por um tempo prolongado, usando assim o metotrexate pois ele ajuda a diminuir as doses do corticoide. - É teratogênico (3 a 6 meses sem engravidar). Mecanismo de Ação - Inibe a dihidrofolato redutase (metabolismo do ácido fólico), causando inibição da síntese do DNA - Atua síntese de novo das purinas - Reduz a proliferação e função de linfócitos ativados - Reduz a produção de IL-6, IL-8 e TNF - Reduz os níveis de IgG, IgM e IgA - Reduz quimiotaxia PMN - Reduz a produção de leucotrieno B4, PGE2 - Reduz os níveis de MMP (metaloproteinase) na sinóvia Efeitos Adversos: - TGI – mais comuns: Náuseas, dispepsia e mucosite (inflamação de toda mucosa oral) - Sintomas gripais - Hepatotoxicidade: dose-dependente - Infecção - Hematológicos: citopenias, macrocitose pode indicar toxicidade - Toxicidade pulmonar: rara - Portanto, o paciente que faz uso de metotrexate deve fazer acompanhamento laboratorial: hemograma, hepatograma pelo menos a cada 2 meses. Monitoração - Solicitar HBV e HCV prévios - Hemograma, TGO e TGP a cada 4-8 semanas. Cuidado: - Idosos (função renal reduzida) - Jovens (oligospermia ♂ e teratog ♀) - Disfunção hepática - Disfunção renal – corrigir a dose Indicações - Artrite reumatoide - Síndrome de Sjogren (artrite) - Artrite Psoriásica (artrite e pele) - LES (artrite e serosite) - Vasculites sistêmicas - Miopatias inflamatórias (poupador de corticoide) - Metotrexate em hematologia é utilizada para tratar neoplasias, porem em uma dose muito alta e venoso intratecal. Administração - VO, SC (não dói, uma vez por semana) ou IM - Parenteral atua 10% mais - A adesão dos pacientes é bem eficiente. - Dose 7,5-25 mg/sem - Pulsos semanais – reduz efeitos colaterais - Ácido fólico 10mg/sem: evitar fazer no mesmo dia do MTX 8 - Reduz efeitos colaterais, associado para reduzir efeitos GI, mucosite, associamos o ácido fólico ao iniciar o metotrexate. Leflunomida - Imunomodulador - Droga boa, porém bem cara. - Basicamente só para artrite reumatóide Mecanismo de ação: inibe de forma reversível a enzima mitocondrial diidrorotato desidrogenase, necessária para a replicação dos linfócitos T. Administração: Leflunomida 20 mg/dia Efeitos colaterais: - Diarréia, alopécia, rash cutâneo, hipertensão arterial e elevação das transaminases. Contra-indicação: - É contra-indicado em grávidas e deve ser evitado durante a amamentação. Azatioprina - Imunossupressor, muito utilizado em vasculite Mecanismo de Ação: - Metabolizada em 6-MP (6-Mercaptopurina) - Reduz a síntese de novo de purinas - Reduz a proliferação de linfócitos - Reduz a produção de monócitos - Reduz produção de Ac Efeitos Colaterais: - Gastrintestinais - Hepatotoxicidade: rara - Toxicidade M.O. podendo levar a anemia, leucopenia e trombocitopenia – deficiência de TPMT (tiopurina metil transferase) - Risco oncogênico controverso Indicações: - LES (nefrite, poupador de CE, anemia hemolítica) - Miopatias inflamatórias - Vasculites (tratamento de manutenção) 3 drogas que se pode usar na gravidez: - Corticoide (não é muito bom pra mãe, pois ele causa edema) - Hidroxicloroquina - Azatioprina Administração - Dose: 2-3 mg/kg/d - Iniciar 50 mg e aumentar a cada 15 dias após checar hemograma Monitorar: - Hemograma, TGO e TGP a cada 3 meses CYC - Ciclofosfamida - É uma droga que também veio da oncologia. Principal droga que faz alopecia (a que faz cair o cabelo). - Usam muito via oral, entretanto na reumatologia usamos endovenoso. - É usado em vasculite mais grave. Mecanismos de Ação - Agente alquilante que bloqueia a síntese de DNA (pela alquilação da guanina) ↓ linfócitos T e B - Promovendo ação imunossupressora e anti-inflamatória - Ação nas células com alto turn-over - Alteração da resposta humoral e celular ↓ Redução - do nª de linf B e T - da proliferação celular - da produção de anticorpos - da hipersensibilidade tardia a novos antígenos - das açõesdo linf B Efeitos Colaterais - Cistite hemorrágica e neoplasia de bexiga: por acumulo de acroleína. Há casos de fibrose vesical, hemorragia persistente e CA de bexiga. - Supressão de todas as linhagens medulares, sendo a mais importante a neutropenia; - CYC IV(intravenoso)* – medir com 14 dias 9 - Infecção - Esterilidade por inibição gonadal - Comum, principalmente mulheres > 30 anos - Amenorreia sustentada 11-59% - Náusea - Alopecia reversível - Não há estudos com força estatística para afirmar que a introdução de citotóxico a um esquema imunossupressor com corticóide aumenta a incidência de infecções em comparação ao corticóide isolado - IV: efeito terapêutico <, efeito colateral < - Cistite hemorrágica vai depender do tempo em que fica em contato com a bexiga. Se faz oral e o paciente prende a vontade de urinar, isso aumenta o contato com a bexiga e pode levar a uma cistite hemorrágica. Para evitar tal fato, se faz venoso + diurético, sendo o paciente “obrigado”a urinar tendo certeza, assim, que toda droga foi eliminada. - Esterilidade, não são em todos os casos, mas faz parte dos efeitos colaterais possíveis. Indicações: - LES grave (nefrite, vasculite, anemia hemolítica, acometimento do SNC); - Acometimento pulmonar nas doenças do tecido conjuntivo - Vasculites primárias com lesões em órgãos nobres Administração - VO – 2-3 mg/kg/d em 1 tomada - IV – pulsos mensais de 0,5-1,0 g/m2 SC - Ingesta vigorosa de líquidos Monitorização - Hemograma a cada 15 dias - EAS mensal A CICLOFOSFAMIDA É DROGA DE INDUÇÃO – TROCAR ASSIM QUE ATINGIR A REMISSÃO MEDICAÇÕES BIOLÓGICAS - Receberam esse nome por serem MODIFICADORES DA RESPOSTA BIOLÓGICA Agentes Biológicos Modificadores da Resposta - Infliximabe (Remicade®) - Etanercepte (Enbrel®) - Adalimumabe (Humira®) - Rituximabe (Mabthera®) - Abatacepte (Orência®) - Tocilizumabe(Actenra®) - Golimumabe(Simponi®) - e mais ... Agentes Biológicos - Produzidos a partir de vida, seja ela animal ou humana. - No caso da reumatologia, se tem uma doença inflamatória que desenvolve uma inflamação e a principal citocina na doença reumatoide é o fator de necrose tumoral (TNF-alfa), a partir do momento que sabemos que esse fator está “causando” se há um anti-TNF alfa iremos diminuir essa inflamação. Hoje em dia há uma grande variedade de fatores anti TNF. - Há manifestações sistêmicas que aparecem quando a IL-6 está muito aumentada, nesse caso há um medicamento anti IL6. - Essas drogas são importantíssimas, porque deixamos de usar outros medicamentos com muitos efeitos colaterais. - Anti-TNF alfa – doença de Crhon; - CTLA4-Ig - Anti-IL1 - Anti-IL6 - São drogas muito caras, mas disponíveis no Brasil. Não são drogas características da reumatologia, sendo muito usadas na nefrologia e na neurologia. - Muitos efeitos adversos do anti TNF é alteração neurológica. - Principal efeito adverso é reativar tuberculose, pois um dos efeitos do TNF é a manutenção do granuloma integro. Então OBRIGATORIAMENTE antes de se usar um agente 10 biológico tem que fazer um raio X de tórax, pelo menos, para ter certeza que o paciente não possui tuberculose. Se o mesmo tiver, deve-se tratar para então iniciar os agentes biológicos. Rituximabe - Começou a ser usado para tratar linfoma - Ac anti-CD20 - Reduz a contagem de linfócitos B, portanto usado para tratamento de todas as doenças que se manifestam por resposta imunológica humoral. - Usado na Artrite reumatoide refratária, LES (nefrite, anemia e trombocitopenia) - Alto custo ANOTAÇÕES 11 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS DOENÇAS AUTOIMUNES - O importante quando estamos diante do paciente é a anamnese e o exame físico. Exames Complementares - Grande número de métodos laboratoriais - Indicações - Vantagens e limitações – Devemos solicitar apenas quando soubermos interpretar o exame - Sensibilidade e especificidade - Diagnostico, diagnostico diferencial, acompanhamento clinico (saber se o paciente melhorou, solicitar VHS, hemoglobina reativa) e monitorização da terapêutica (analisar a toxicidade) - O exame não deve ser visto separado do paciente, é um exame complementar. Não devemos olhar primeiro o exame e sim após anamnese e exame físico. Tipos de Exames Laboratoriais - Hemograma - Marcadores de atividade inflamatória - Testes imunológicos - Testes bioquímicos - Avaliação do liquido sinovial - Avaliação de diferentes órgãos - Se o médico desconfia que há comprometimento hepático, pede-se avaliação específica, como, hepatograma, transaminase, gama GT fosfatase, por exemplo. Rotina Mínima de Exames Laboratoriais em uma Primeira Consulta: - Dificilmente pedimos exames mais específicos. - Hemograma completo - Proteína de fase aguda: velocidade de hemossedimentação(VHS) ou PCR; Paciente inflamado ou não, o quanto está inflamado e se ele está respondendo. - VHS elevado, mesmo tratando = alguma coisa errada - Elementos anormais e sedimentos urinários(EAS) = problemas renais silenciosos. - Exame parasitológico de fezes = estrongiloidíase - Na reumatologia é imprescindível saber se o paciente esta inflamado ou não para isso utiliza-se proteínas de fase aguda. São exemplos: VHS ,proteína C ou ainda ferritina, alfa 1 glicoproteina VHS – Velocidade de Hemossedimentação - Normalmente consideramos o normal até 20, porque há diferença entre homens e mulheres. Não é uma proteína de fase aguda, mas infere a proteína responsável pela hemossedimentação, que é o fibrinogênio, não precisando dosar o mesmo devido a custos. - É um exame pouco especifico, mas bem sensível e de fácil realização. - Velocidade com que as hemácias sedimentam em um tubo de 2,5mm de diâmetro - Traduz inflamação quando elevada – causa infecciosa, imunológica ou neoplásica - Pouco específico, porém barato e de fácil realização - Valor máximo – Homem = i / 2 Mulher = i+10 / 2 - Muito sensível. - VHS normal até 20 na primeira hora. (tem laboratório que manda primeira e segunda hora, porém não existe normalidade na segunda hora). Proteína C Reativa - Proteína de fase aguda da inflamação - Sintetizada no fígado após INJÚRIA TECIDUAL - Níveis plasmáticos aumentam em poucas horas, com pico em 24-72 horas - Qualquer inflamação, infecção, leva aumento do PCR. Pouco especifico, mas sensível e de baixo custo. EAS - Devemos solicitar no mínimo o EAS, entretanto se o mesmo estiver alterado devemos solicitar outros exames. EX: 12 Hematúria: devemos saber se as hemácias vieram provavelmente de uma cistite ou de pielonefrite, então solicitamos a pesquisa de dismorfismo eritrocitário. - A hemácia que vem das vias urinarias altas (rins) vem dismórfica, vem moldada de uma forma diferente; a que vem da cistite é normal. Proteinúria: devemos solicitar Urina 24 horas, porque devemos quantificar a proteinúria. Clearance de Creatinina:também pode ser solicitado. - Muitas ou a maioria das doenças reumáticas tem manifestação renal. Por isso pode apresentar alteração no EAS. - Pesquisa de dimorfismo eritrocitário – Ex: menina menstruada, pode apresentar. - Se o paciente apresenta uma taxa de dimorfismo alta significa que a hemácia veio do rim (provavelmente), se for uma cistite ou uma infecção urinária baixa não apresenta dimorfismo. Laboratório de Febre Reumática - Evidência de infecção estreptocócica prévia – a febre reumática é causada por estreptococos beta hemolítico do grupo A - Cultura de orofaringe - Testes rápidos - Dosagem de anticorpos – o mais importante é o antiestreptolisina O (ASLO) - Paciente assintomático com ASLO aumentado = significa que teve contato com o estreptococos, se está assintomático não precisa ser feita conduta. → Não é mais usada ASLO - Infecção estreptocócica prévia - Não é patognomônica de Febre Reumática - Considerar curva - A ÚNICA INDICAÇÃO É NA SUSPEITA DE Febre Reumática Aguda!!! - FR com início após os 16 anos de idade é uma condição RARÍSSIMA - Maioria das doenças tem comprometimento renal e tem eliminação pelo fígado. Temos que pedir exames para avaliar estes órgãos. Sistema Complemento - Proteína de fase aguda também. Toda vez que tivermos com inflamação, o complemento irá aumentar. Entretanto, no LES o complemento irá diminuir, isso acontece porque o consumo excede a produção – é uma doença com muitos anticorpos. Eletroforese de Proteínas - Não sabemos exatamente qual o anticorpo que está circulando, mas o excesso de gamaglobulina nos diz que há muito anticorpo circulando, o que pode ser útil no diagnóstico das doenças reumáticas. Fator Reumatóide - O fator reumatóide pode estar presente em várias outras doenças, além da Artrite Reumatóide. - Ig contra Ig, principalmente IgM - Ajuda no diagnóstico de AR - Marca pior prognóstico da AR – fator reumatóide aumentado em um paciente que tem AR significa que a doença é mais grave. - Não prediz atividade de doença - O fator reumatoide não quer dizer artrite reumatoide. Entretanto, na artrite reumatoide é uma doença mais grave de pior tratamento. - O FR pode dar positivo na artrite reumatoide; na artrite reumatoide juvenil é raro; várias infecções podem trazer o FR positivo, como hepatite aguda ou crônica, tuberculose, hanseníase, endocardite, leishmaniose; tumores; leucemia, linfomas. Várias doenças agudas e crônicas podem dar FR positivo. - Pode ser positivo em até 4% da população em geral e nunca desenvolver doenças reumáticas. Em idosos essa porcentagem chega a 25%. Fator Reumatóide em Outras Doenças Reumáticas - AR: 80-85% - LES (15-35%), ES (20-30%), 13 - DMTC (50-60%), Sjögren (75-95%), polimiosite (5-10%), sarcoidose (15%) Anticorpo Anti-peptídeo Cíclico Citrulinado (Anti- CCP) - Altamente específico para AR. - Razoável sensibilidade (76%). - Marcador precoce. - Valor prognóstico (erosão) FAN – Fator Antinuclear - Pesquisado por IFI - É um teste de “screening” - Não traduz atividade de doença - Por definição é considerado positivo quando o título de anticorpos excede o nível encontrado em 95% dos indivíduos sem doença - 20% das pessoas sadias tem FAN + - O FAN + significa que eu tenho algum anticorpo, mas queremos saber qual deles temos. Cada doença tem seu padrão de anticorpos. Ele não traduz atividade de doença. - A técnica usada é muito sensível, tendo muitos falsos positivos. - Sensibilidade muito grande, pois é um teste de screening muito cuidado ao pedir. Não há necessidade de pedir todos os anticorpos. Deve-se pedir o FAN primeiro. - Rash malar, muitas aftas, artrite – LES (essa clinica é característica, sendo assim, um paciente que chega apresentando-a pode-se pedir todos os anticorpos, sem necessidade de esperar o FAN). Não existe LES FAN negativo. Falso positivo: perigo de se pedir aleatoriamente. Pois 20% das pessoas sadias apresentam FAN + em titulação baixa e sem nunca apresentar a doença. Falso negativo: –Ex: ulcera oral, exantema malar, artrite, urina espumosa (proteinuria), FAN negativo, investigar se o paciente esta fazendo uso de imunossupressor. Causas de FAN + - LES – 95-99% - DMTC – 95-100% - Esclerose sistêmica – 95% - Síndrome de Sjögren – 75-90% - Polimiosite – 80% - AR – 50-75% - Parentes saudáveis de pac. com LES – 15-25% - Normais – 3-5% - Idosos normais (>70 anos) – 20-40% - Neoplasia, cirrose, hepatite auto-imune, endocardite infecciosa, drogas (procainamida, hidralazina, difenil- hidantoinas, isoniazida, etc) - Casos de pacientes com LES FAN positivo em pessoas saudaveis – mais comum em individuos que possuem histórico familiar de doença auto- imune. - Anticonvulsivantes pode dar FAN + - Sugere atividade do LES - Tem papel patogênico - Altos títulos são associados à nefrite lúpica 14 Células LE - Antigamente era feito diagnostico de LES com as células LE. Hoje em dia ninguém solicita mais esse exame. Paciente com LES e pacientes sadios não tem células LE. - Atualmente fazemos o FAN, que é o exame ideal. - Aumento das transaminases (TGO e TGP) não é especificidade do fígado, o musculo é rico nessas enzimas, portanto doenças inflamatórias e degenerativas podem levar ao aumento dessas enzimas. - Porcentagem de paciente com LES que tem célula LE no sangue: 0% é um fenômeno criado in vitro Sistema Complemento Via clássica: C3 e C4 diminuídos (imunocomplexos) Via alternativa: C3 e CH50 diminuídos C4 normal Deficiência de complemento: CH50 Auto-anticorpos: diagnostico e acompanhamento - Marcadores de doença - Marcadores de atividade de doença Anti-DNA dupla hélice: marcador de acometimento renal. Devemos negativar esse anticorpo. Anti p-ribossomal: marca psicose no LES Anti-Sm: anticorpo especifico para LES, porém está presente em 30% dos pacientes. Pouco sensível. Anti-Ro/SSA: LE subagudo e LE neonatal (Rash cutâneo, BAVT e outras cardiopatias, hemólise, hepatopatia) Anti-RNP: doença mista do tecido conjuntivo - Anti-U1-RNP (> 1:1600 por hemoaglutinação) Anti-fosfolípidio: pertence a várias especialidades. Na obstetrícia: a presença desse anticorpo é causa de aborto de repetição – pesquisa de trombofilia principalmente pela presença desses anticorpos anti-fosfolípidios. Anti-centrômero: Marcador para a síndrome CREST (ES limitada) Anti-Jo1: Início agudo com artrite não-erosiva, PID, febre, mão de mecânico, Raynaud. - Resposta a terapia moderada, miosite no rebote. - 20 a 25% (dos adultos) e 5-10% (juvenil). - DRB1*0301, DQA1*0501. Anti-Mi-2 - DM clássica, sinais do V, do xale, e crescimento da cutícula em adultos. - Boa resposta a terapia. - 5 a 10% dos adultos, < 5% juvenil. - DRB1*07, DQA1*0201 - FAN não fala em gravidade (um título de 1:80 e um de 1:1250, não se sabe qual o mais grave). O Anti-DNA dupla hélice fala o titulo 1:80 está mais grave do que aquele que tem um titulo 1:20). - Paciente com miopatia inflamatória, dermatomiosite, pede-se enzimas musculares: TGO, TGP, CK, LDH, aldolase e mioglobina. Lembrar que musculo é rico em transaminase, então o aumento de transaminase não quer dizer somente doença hepática. Anticorpos Específicos nas Miopatias Inflamatórias - Anti-sintetase: anti-Jo1 - Anti-SRP - Anti-Mi-2 Anticorpos Anti-citoplasma de Neutrpofilos- Antígenos - C-ANCA: proteinase 3 - P-ANCA: MPO, elastase, catepsina G, lactoferrina… - X-ANCA (padrão ~ P) anti- MPO (-) Anticorpo anti-peptídeo cíclico citrulinado (CCP) - Altamente específico para AR. - Razoável sensibilidade (76%). - Marcador precoce. - Valor prognóstico (erosão) 15 Perfil sorológico Vários Auto-anticorpos - LES - Anti-ssDNA, dsDNA, Sm, Ro, RNP, histonas... - ES - Anti-scl 70, RNA pol1, RNP, nucleolares... - SS 1a - Fator reumatóide, FAN, anti-Ro, La, fodrina, M3... Indicando Exames - Ideal: informação influencia conduta. - Seguir suspeita diagnóstica – exame sozinho não faz diagnóstico!!! Crioglobulinas - Autoimunidade, Neoplasias e infecções. - Tipo I (monoclonal): Mielomas - Tipo II (mista): Igs (M>G>A) - Tipo III (policlonal): Igs e outras ptns - Crioglobulinemia mista - HCV (30-98%) Causas: - Neoplásicas: linfoma, mieloma - Infecciosas: HCV - Autoimunes: LES e Sd. Sjogren Boa Utilização dos Recursos Células LE - Antigamente era feito diagnostico de LES com as células LE. Hoje em dia ninguém solicita mais esse exame. Paciente com LES e pacientes sadios não tem células LE. - Atualmente fazemos o FAN, que é o exame ideal. Comentários: Aumento das transaminases (TGO e TGP) não é especificidade do fígado, o musculo é rico nessas enzimas, portanto doenças inflamatórias e degenerativas podem levar ao aumento dessas enzimas. Espondilite Anquilosante (EASN) - Associada a presença do HLA B27 - A pessoa que é HLA B27+ é mais propensa a desenvolver a doença; essa pessoa faz infecção por Salmonella, Shigella, Yersinia e Campilobacter, esses bichos tem epítopos em comum com HLA B27; então HLA B27+, ao adquirir esses microorganismos faz com que o anticorpo faça reação contra o próprio indivíduo. - 90% são HLA B27 + - 8% das pessoas sadias são HLA B27 + - Prevalência baixa – não rastrear Exames Complementares - Tem que descrever a indicação do exame. Tem que saber interpretar o exame. - Critérios diagnósticos são usados quando não tem fator patognomônico para determinada doença. - Aso tem valor normal até 200. - Anti-Sm é anticorpo para lúpus. 16 - Maioria das doenças tem comprometimento renal e tem eliminação pelo fígado. Temos que pedir exames para avaliar estes órgãos. Rotina mínima de Exames Laboratoriais - Hemograma para avaliar leucopenia, eosinófilos etc. - Proteína de fase aguda para avaliar processo inflamatório. - Parasitológico para excluir estrongilóide porque, normalmente, usamos Corticoide em doenças reumatológicas, que e imunossupressor. - Complemento, ferritina, PCR, VHS, são proteínas de fase aguda. VHS: avalia a atividade do fibrinogênio. - Proteína C da coagulação é diferente da proteína C inflamatória. - Todas as proteínas de fase aguda ficam comprometidas em casos de hepatopatia. - Toda vez que o rim não está funcionando muito bem, pede- se ClCr e proteinúria para saber se tem crise nefrótica. - Spot urinário é a relação entre creatinina e proteína na urina. - Deve-se fazer pesquisa do dismorfismo eritrocitário na hematúria. - Febre reumática tem que juntar clinica com laboratório para fechar diagnostico. Quando ela aparece após a crise estreptocócica, a cultura de orofaringe vai ser negativa porque usou antibiótico ou o próprio organismo produziu anticorpos. Por isso se pede a ASO. Mas podemos ter febre reumática com ASO negativa. Isso ocorre quando aumenta a antiestreptoquinase e outras enzimas. - A aso desaparece após 06 meses da infecção. Cada pessoa tem um tempo diferente para depurar anticorpo, por isso, só podemos rever tratamento após período de depuração do anticorpo. Complemento - Todo mundo aumenta a produção de complemento na fase aguda. No lúpus, o consumo de complemento é tão grande que supera o aumento de produção. É comum deficiências de C4 no lúpus. - Existe muita deficiência de complemento nas glomerulopatias. Eletroforese de proteína - Mostra crescimento de outros anticorpos, antes mesmo do anticorpo aumentar. Fator reumatoide - Aumenta em doenças infecciosas como tuberculose, leishmaniose, endocardite. Ele define o pior prognóstico. Quando positivo, indica gravidade. - Aij- artrite idiopática juvenil. - Anti-CCP – anticorpo anti-peptídeo cíclico citrulinado FAN: fator antinuclear. Feito com imunofluorescência indireta. O FAN é muito sensível e apresenta resultados falsos positivos. FAN negativo exclui lupus. Quando positivo, tem que associar com a clínica porque ele é muito sensível. - O FAN é um marcador de doença autoimune. Ele não marca atividade de doença. - Existem os marcadores de atividade de doenças. O anti- DNA dupla hélice é um deles. - Anti P robissomal é marcador de doença psiquiátrica. É marcador de atividade. Célula LE: ninguém tem estas células no sangue. Ela é criada artificialmente. É um exame caro e ninguém pede. É altamente sensível. - Anticonvulsivante induz muita doença autoimune, principalmente lúpus. Anti- ENA: antígenos extraíveis de núcleo. - Miopatia avalia-se com transaminases, que são enzimas musculares como TGO, TGP, CK. Espondilite Anquilosante - HLA b27+: indica doença, porem pode ter a doença com o marcador negativo, que é raro. ANOTAÇÕES 17 ANOTAÇÕES 18 ANOTAÇÕES 19 FIBROMIALGIA - Doença relacionada a dor. Paciente com quadro álgico intenso. Síndrome de etiologia não inflamatória caracterizada por dor difusão crônica associados a vários outros sintomas (fadiga, alteração do sono). Epidemiologia: - População geral – 0,5 a 5% - Clínica da dor – 10% - Clínica reumatológica – 6 a 20% - Complicar o curso de outras doenças No brasil - É a 2ª desordem reumatológica (a 1ª é a osteoartrite) - 2,5% da população - 75% da idade entre 35 a 54 anos - Mais frequente no sexo feminino do que no masculino Etiologia Componente Genético - Familiares (frequência de 8x maior, se há uma pessoa na família com historia de fibromialgia) - Associação com polimorfismos na enzima COMT e no transportador de serotonina (COMT = catecol-O- metiltransferase) - Maiores níveis de substancia P no líquor Fatores Ambientais Potencialmente Desencadeantes - Trauma físico ou lesão - Infecções (hepatite C, doença de Lyme) - Fatores estressantes psicológicos Fisiopatologia - Ainda não existe uma fisiopatologia esclarecida. Um estimulo levaria um quadro de dor muscular focal, fazendo sensibilização central a dor levado a um estado crônico de dor, gerando resposta ao estresse, que persiste. Gera alterações no sono, endócrinas, psíquicas e comportamentais. Esse quadro não melhora. Síndrome clinica caracterizada por: dor musculoesquelética difusa (dor do lado direito e esquerdo, acima da cintura, abaixo da coluna. Não precisaser em todos os lugares, mas o que chama a atenção é que não é uma dor local) acompanhada por fadiga e distúrbios do sono atribuída à amplificação da percepção da dor por sensibilização central. - Hiperalgesia: resposta aumentada a um estimulo que normalmente é doloroso. - Alodínia: dor em resposta a um estímulo que não é doloroso, em condições normais. Achados em imagens funcionais do encéfalo: SPECT de cérebros com FM e sem FM denotaram sensibilização central. - Sensibilização central: aumento de substancia P (até três vezes o valor normal), que é um neurotransmissor que diminui o limiar de excitabilidade sináptica, fazendo ativação de sinapses interespinhais, sensibilização de neurônios espinhais, disseminação espacial da dor e percorre longas distancias da medula. VIA AFERENTE LEVA O ESTIMULO DA DOR, TENDO FATORES QUE EXACERBAM COMO A SUBSTANCIA P. - Consequência: Hiperalgesia e Alodínia - Ocorre diminuição dos precursores da serotonina (5- hidroxitriptofano), reduzindo a inibição da dor e sistema anti-nociceptivo descendente. VIA AFERENTE – EXACERBADA VIA EFERENTE (inibe a dor) - DIMINUÍDA Alterações do sono em 75% dos casos: o sono é um período de descanso do organismo, de recuperação. Ondas alfa em ondas delta de sono profundo (alterações), diminuição do sono REM, movimento periódico dos membros e síndrome das pernas inquietas. Alterações endócrinas: ativação constante de resposta ao estresse, ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, secreção de cortisol alta (o melhor horário para administração do corticoide é pela manhã), supressão do ritmo circadiano e maior secreção noturna. - Alterações no eixo tireoidiano, nos hormônios sexuais, nos hormônios do crescimento e redução do fator de crescimento insulina-like 1. 20 - Apesar da ampla investigação, a patogênese da dor na fibromialgia não está claramente entendida. Não obstante, a sensibilização central tem sido aceita como a principal teoria do mecanismo da enfermidade. Manifestações Clínicas Aspectos psicológicos - Depressão - Ansiedade - Perfeccionismo - Hipocondria - Somatização Típicas - Dor difusa crônica - Fadiga - Distúrbios do sono – o sono não restaurador é característica importante - Queixas: insônia, dificuldade de acordar, baixa qualidade de sono, despertar frequentes e cansaço ao acordar. Osteoarticular - Mialgia difusa predominantemente axial (um segmento da coluna acometida) - Sensação de edema articular (mãos inchadas – edema deve ser visto pelo médico) - Rigidez matinal não-inflamatória - Dor à palpação de múltiplos pontos – tender points - Parestesias Critérios de Classificação ACR - História de dor difusa e crônica (pelo menos 3 meses de história) - Dor à palpação de 11 dos 18 tender points ANOTAÇÕES INDICE DE DOR GENERALIZADA – 19 regiões pontuação de 0 a 19 1- Mandíbula direita 2- Mandíbula esquerda 3- Ombro direito 4- Ombro esquerdo 5- Braço direito 6- Braço esquerdo 7- Antebraço direito 8- Antebraço esquerdo 9- Quadril direito 10- Quadril esquerdo 11- Coxa direita 12- Coxa esquerda 13- Perna direita 14- Perna esquerda 15- Tórax anterior 16- Abdome 17- Cervical 18- Tórax posterior 19- Lombar ESCALA DE GRAVIDADE DE SINTOMAS Escore final entre 0 a 12 - Fadiga: 0 - 1 - 2 - 3 - Sono não reparador: 0 - 1 - 2 - 3 - Sintomas cognitivos (memoria, concentração): 0 - 1 - 2 - 3 - Sintomas somáticos (dores, olhos secos, diarreia): 0 - 1 - 2 - 3 21 0 = nenhum problema 1 = problema leve ou pouco 2 = problema moderado ou frequente = problemas graves, permanentes, intensos IDG maior ou igual a 7 e EGS maior ou igual a 5 OU IDG entre 3 a 6 e EGS maior ou igual a 9 + Sintomas presentes em intensidade semelhante por no mínimo três meses. + O paciente não tem outra doença que explique a dor. Exames Complementares – usados para excluir outras doenças - Hemograma - VHS - PCR - CPK - TSH e T4L - TGO e TGP - FAN - EAS - VIT D Diagnóstico Diferencial - Síndrome da dor miofascial = temos um tender point, onde ao apertarmos o paciente terá uma dor que irradiará por toda área especifica. - Reumatismo extra-articular afetando várias áreas - Polimialgia reumática/Artrite de células gigantes - Polimiosites - Miopatias endócrinas - Miopatia metabólica/medicamentosa Tratamento Objetivos: alivio da dor, melhora da qualidade do sono (estudo do sono), manutenção ou restabelecimento do equilíbrio emocional, melhora do condicionamento físico e da fadiga. Tratamento Não Farmacológico: - Educação do paciente - Parar de fumar - Controle do peso – obesidade - Suporte psicológico - Tratamento cognitivo comportamental - Habito de sono saudável - Exercícios – início gradual (alongamento, musculação e aeróbicos) – ganho de massa muscular e aumento de endorfinas e serotonina Tratamento Farmacológico - Antidepressivos tricíclicos: Amitriptilina 12,5 a 150mg/d - Nortriptiina: 10 a 150mg/d - Ciclobenzaprina: 5 a 80mg/d – melhor tolerado do que a amitriptilina - Inibidores seletivos da receptação de serotonina: Fluoxetina, Paroxetina, Sertralina, Cefalopran e Fluvocamina - Antidepressivo com ação serotoninérgica e noradrenérgica: Imipramina 75 a 150 mg/d, Clomipramina 75 a 150 mg/d - Inibidores de receptação de serotonina, noradrenalina e dopamina: Venlafaxina 37,5 a 150 mg/d, Duloxetina 60mg/d - Benzodiazepínicos: Alprazolan, Clonazepan, Cloxazolan, Bromazepam e Zoplicone - Analgésicos: Tramadol, PARACETAMOL + CODEÍNA - Anticonvulsivantes: Gabapentina, Pregabalina ANOTAÇÕES 22 ANOTAÇÕES 23 DOR EM MEMBROS Pode ocorrer por: - Distúrbios mecânicos e degenerativos; - Doenças inflamatórias; - Doenças neoplásicas e hemorrágicas; - Doenças metabólicas e endócrinas; - Síndromes dolorosas idiopáticas; - Em reumatologia temos muitos diagnósticos diferenciais, é uma especialidade muito abrangente, onde o profissional necessita ter conhecimentos de várias áreas médicas. - Cerca de 10 a 20% dos pacientes de um ambulatório de pediatria geral têm dor em membros em alguma época. Das crianças que são enviadas ao ambulatório de pediatria, 50% apresentam realmente doenças reumatológicas, e a outra metade apresenta outras alterações não reumáticas. - Em reumatologia, não só as articulações são acometidas por doenças. Pode haver doenças no osso, nos músculos (sobretudo doenças musculares inflamatórias), partes moles, como ligamentos, tendões, entese (região final dos tendões, que se liga aos ossos. Temos uma doença conhecida como entesite que é muito importante para o diagnóstico de algumas doenças reumáticas). Entese: parte final do tendão Tendões: parte final dos músculos Conceitos: Artralgia X Artrite: a artralgia é a dor na articulação, e a artrite é a dor acompanhada de outros sinais inflamatórios (aumento de volume [não edema], calor, hiperemia). Aguda X Crônica: definimos uma artritecomo crônica quando esta apresenta mais de seis semanas, e aguda até seis semanas. Isso é importante por que algumas doenças cursam com artrite crônica e outras, com a aguda. Um exemplo é a febre reumática, que cursa com poliartrite migratória aguda. Portanto, uma criança que apresenta uma artrite há 3 meses por exemplo, não pode ser FR. - Febre reumática é uma artrite aguda. (FR é uma doença aguda, mais de 6 semanas não é FR). Oligoartrite X Poliartrite: até 4 articulações consideramos como uma oligoartrite, acima disso, uma poliartrite. Mais uma vez isso é importante no diagnóstico: por exemplo, na FR, onde o paciente apresenta uma poliartrite; se a criança tem acometimento de até 4 articulações, mesmo que de forma aguda, não é FR. Aditiva (cumulativa) X Migratória: a migratória é a dor que “pula” de uma articulação para outra (ex: começa no joelho, passa para o ombro, articulações dos dedos...). A aditiva ocorre quando surgem novos processos inflamatórios que se somam a outros (ex: paciente com uma artrite no joelho que também passa a apresentar artrite no cotovelo). Dor mecânica X Dor inflamatória: também é capaz de gerar diagnósticos difíceis. A dor mecânica é aquela que piora com o movimento e melhora com o repouso (ex: a criança acorda bem, vai para a escola e começa a sentir dor nas atividades físicas). Já a dor inflamatória é o contrário, piora com o repouso e melhora com o movimento. Um exemplo clássico é a famosa rigidez matinal, onde o paciente tem que “esquentar as articulações” para voltar a se movimentar pela manhã. Nota: o paciente com artrose tem os dois componentes, apesar de o componente mecânico ser mais expressivo, há certo grau de inflamação. Porém, é uma doença de pacientes mais idosos, não comum em crianças. Rotina Laboratorial Mínima: - Hemograma completo; - VHS (fibrinogênio), Proteínas de fase aguda; - marcadores inflamatórios - EAS; - Parasitológico de fezes; - estrongiloidiase - Uma coisa importante em reumatologia é que, apesar de haver uma grande quantidade de exames laboratoriais e marcadores específicos e complexos, é possível obter grandes informações e diferenciar muitas doenças a partir de exames simples como os citados acima. - Os exames mais específicos, como os auto-anticorpos, são para o especialista, apesar de alguns serem universalmente conhecidos e terem importância diagnóstica em várias afecções. 24 Hemograma: já nos ajuda muito. Por exemplo, uma criança chega à emergência com púrpura e artrite em joelho esquerdo. Primeiro, se chegar alguém com púrpura, a primeira hipótese diagnóstica deve ser dengue no Brasil. No hemograma, vemos um padrão viral, com leucopenia, linfocitose, plaquetopenia. Isso diferencia de outras doenças que causam púrpura, mas onde as plaquetas estarão normais. Já a PTI pode também causar púrpura, mas não altera a série vermelha nem branca. A leucemia cursa com púrpura e artrite muitas vezes, e no hemograma temos leucopenia com linfocitose exagerada, anemia, plaquetopenia. A artrite idiopática juvenil, pelo contrário, cursa com trombocitose. PCR: nos fornece importantes informações. Se temos um paciente que chega claudicando à emergência, mas sua PCR está normal, provavelmente não é algo inflamatório mas sim mecânico, ao contrário do que seria se a PCR estivesse elevada. Temos várias proteínas de fase aguda que usamos, sendo a mais conhecida a PCR. VHS: é uma proteína de fase aguda, indica a velocidade de hemossedimentação, apresenta um valor de normalidade até 20, sendo valores elevados indicativos de processos inflamatórios. A VHS ocorre em 10 a 15 mm por hora, é um exame que avalia o fibrinogênio, que aumenta em processos inflamatórios e está intimamente ligado à velocidade de sedimentação das hemácias. Se aumentado, indica aumento de fibrinogênio, o qual dificulta e atrasa a sedimentação. É um exame fácil de ser realizado e muito útil. EAS: avaliamos os elementos anormais e sedimentos – a maioria das doenças reumáticas tem comprometimento renal, poranto, devemos avaliar proteinúria, hematúria. Nota: o LES pode cursar inicialmente apenas com artralgia no início, geralmente em adolescentes jovens. Exame parasitológico de fezes: deve ser realizado uma vez que algumas infecções por parasitas podem cursar com artralgia, mialgia, geralmente em superinfecções. (Ex: estrongiloidíase). Devemos afastar o risco de estrongilóide para o uso de corticoide. I - Distúrbios Mecânicos e Degenerativos: - Ocorre principalmente em joelhos, tornozelos, quadris, coluna e relacionados ao movimento e atividade física. Pioram ao longo do dia. 1 - Síndrome da Hipermobilidade Articular: - As crianças, nos primeiros anos de vida, geralmente apresentam maior mobilidade nas articulações que os adultos (ex: crianças que conseguem estender o cotovelo a mais de 180º). Isso ocorre por que há uma frouxidão de ligamentos nas articulações. A partir de determinada idade, essa hipermobilidade desaparece, mas pode permanecer em alguns indivíduos. Isso tem vantagens (realizar alguns esportes que exigem mobilidade, como ginástica olímpica, balé) e desvantagens (pode ocorrer deslocamento das articulações devido à frouxidão dos ligamentos, a articulação é desgastada mais precocemente, com pacientes jovens já podendo apresentar doenças como artrose; pode fazer o paciente ficar mais baixo se realizar esportes de grande impacto, como a ginástica olímpica). - É a causa mais comum de dor nos membros em crianças. Manifesta-se como uma dor do tipo mecânica, onde a criança acorda bem, mas começa a sentir dor ao fazer exercícios. Muitas crianças podem sentar-se de maneira incorreta, acarretando dor. - Surge em razão da realização de exercícios e é importante ao ponto de interromper uma brincadeira em 2/3 das crianças. O diagnóstico é feito quando existem queixas dolorosas associadas a uma grande amplitude de movimentos articulares, e para isso temos alguns critérios. Entretanto, a presença pura e simples de hipermobilidade não é suficiente para diagnóstico dessa síndrome que está presente em 9-36% das crianças, devendo-se proceder com investigação cuidadosa que exclua outras causas de dores os membros antes que se aceite este diagnóstico definitivo. - Diag: dor nos membros + hipermobilidade - Dor de crescimento e hipermobilidade não são doenças, mas sim disfunções. Quem tem hipermobilidade tem por genética e tem parente com a mesma característica. Frouxidão de ligamento causa destruição da articulação o que leva a artrose. Os hipermoveis, normalmente, terão 25 artrose mais precocemente, mas não tanto quanto quem pratica esporte. - Síndrome da hipermobililidade articular tem 4 sinais e um sintoma. Se anda muito cansa, fica em pé muito tempo e cansa. O sintoma é a dor. Sinal é: hiperextensão do cotovelo, colocar o polegar na face anterior do antebraço, paralelismo dos dedos em relação a face posterior do antebraço, hiperextensão do joelho, colocar as mãos no chão sem dobrar os joelhos. - O hipermovel senta em cima dos pés. Senta com os joelhos fletidos e rotação externa das pernas. - A Síndrome de Herlen Danlos causa hipermobilidade e hiperelasticidade articular. Os critérios de hipermotilidade articular utilizados são: 1- Habilidade de fazer a posição passiva do polegar na face flexora do antebraço; 2- Hiperextensão das metacarpofalangeanas tornando paralelos os dedos à face extensora dos antebraços;3- Hiperextensão dos cotovelos a mais de 10 graus; 4- Hiperextensão dos joelhos a mais de 10 graus; 5- Habilidade de colocar as palmas das mãos sobre o solo sem fletir os joelhos. - Cada avaliação de cada articulação equivale a 1 ponto (esquerda 1 pto e direita 1pto), somando 6 pontos nos membros superiores, 2 nos membros inferiores e o quesito 5 vale 1 ponto, somando-se ao todo 9 pontos. Se a criança apresentar um somatório de 3 dos 5 critérios, o paciente tem hipermobilidade articular (ou 6 dos 9 critérios, em cada um dos lados). Essa característica de hiperextensão muitas vezes é familiar. O critério 5 pode ser difícil de ser realizado em crianças pequenas, que geralmente dobram o joelho, mas pode ser substituído pela posição de sapinho, onde avaliamos a capacidade da criança de agachar permanecendo com a planta do pé toda sobre o solo, onde o hipermóvel não cai e é capaz de realizar a posição. - As manifestações dolorosas tendem a diminuir com a idade; - A hipermotilidade localizada, representada principalmente por pés planos, genu recurvatum e deslocamento recorrente da patela, também, podem causar dores de origem mecânica nos membros. Nota: há uma síndrome genética que se manifesta com hipereslaticidade da pele e hipermoblididade articular, denominada Sd. De Herlen Danlos. Tratamento: não é possível fazer uma cirurgia de correção, seria muito complicado. O principal tratamento é realização de um reforço muscular, sobretudo com natação, que utiliza todos os músculos. Com isso, reforçamos a musculatura periarticular, e mesmo que os ligamentos permaneçam frouxos, há maior sustentação. Tratamento da hipermobilidade - Fazer natação ou fisioterapia, porém não tem muito sucesso em criança. Não tem como fazer ligamento da frouxidão ligamentar. 2 - Osteocondroses (também conhecida como osteocondrite): - É a mesma coisa que necrose óssea avascular. O osso é irrigado, mas fecha. Na criança, o vaso reabre e a revascularização volta. Dependendo do tempo, causa lesões. Normalmente reabre após 2 anos. Gosta muito de acometer epífise. Necrose avascular é muito comum em anemia falciforme, faz evento tromboembólico. Comum no Lúpus, arteriosclerose, hipercolesterolemia e uso de anticoncepcionais. Em criança é idiopática. Pode acometer também apófise. O diagnóstico é clínico e radiológico. Pedir RX dos dois lados. - Dependendo do local acometido pode causar deformação óssea. - As osteoartroses compreendem um grupo de alterações degenerativas nos centros de calcificação epifisários que acometem a faixa etária infanto-juvenil (preferencialmente) e principalmente MMII, sendo auto-limitada (2 a 3 anos), podendo acometer epífises, apófises e ossos curtos. Apresentam características anatomopatológicas e radiológicas semelhantes. - O diagnóstico é clínico e radiológico uma vez que variantes naturais são muito comuns nessa faixa etária. - Dependendo do local, a osteocondrose recebe nomes diferentes: as mais comuns são a osteocondrose da tuberosidade anterior da tíbia (Doença de Osgood Schlatter), da epífise proximal do fêmur (Doença de Leggs Parthes Calvé), do osso navicular do tarso (Doença de Köhler) e da apófise do Calcâneo (Doença de Sever). 26 Doença de Legg-Calve-Perthes - Necrose da cabeça femoral. É a osteocondrose mais frequente. Comum no sexo masculino e bilateral, maior incidência entre 3-12 anos. Vai ter dor mecânica em joelho, quadril ou em ambas. Pode ter somente dor no joelho, que é uma dor referida ou irradiada. Causa dor muscular. RX pode apresentar áreas de fragmentação ou mais branco. A fragmentação mostra uma fase mais adiantada, uma vez que a revascularização forma nova irrigação. A área branca inicial mostra calcificação pela falta de irrigação. Necrose avascular da epífise femoral proximal: - Osteocondrose mais frequente; - Local mais comum: cabeça do fêmur. - Bilateral em 10 a 20% dos casos; - Masculino > Feminino (4x); - Maior incidência em 3 a 12 anos (4 a 8 anos); Clinicamente, manifesta-se por dor espontânea que se intensifica com o exercício e radiologicamente percebe-se três fases: 1- Aumento da densidade do osso (esclerose); 2- Fase de fragmentação, correspondente à revascularização; 3- Remodelação do osso, geralmente com alteração da forma e volume do segmento acometido; - Ocorre uma necrose avascular do osso. Por algum motivo, há diminuição da vascularização do osso, e este então necrosa. O vaso se fecha, o osso morre, e depois de alguns anos a vascularização pode retornar. Na criança há a possibilidade de recuperação do osso lesado após o retorno da vascularização, já no adulto é mais complicado. A lesão acomete preferencialmente as regiões de crescimento ósseo, e é principalmente de acometimento inferior. - Essas são idiopáticas, não apresentam causa conhecida, mas existem doenças que cursam com necrose avascular que são bem conhecidas, como a anemia falciforme, que causa fenômenos tromboembólicos. - A necrose avascular da cabeça do fêmur é a osteocondrose mais comum. - A dor é mecânica, piorando com o movimento. Uma coisa importante é que a criança pode se queixar de dor no quadril, mas também no joelho, ou em ambos os locais. Isso ocorre por que pode ocorrer irradiação da dor para o joelho, devido à passagem do nervo no quadril por uma musculatura tensa. Essa irradiação pode ocorrer não só nas osteocondroses, mas em diversas doenças que acometam o quadril. Portanto, com queixa de dor no joelho em crianças devemos lembrar que, se o exame do joelho estiver normal, o problema deve estar o quadril. - O processo é auto-limitado e dura em média de 2 a 3 anos. Dependendo do grau de lesão e da idade do paciente, pode não ser possível a recuperação total da articulação, sobretudo, quando a articulação está toda destruída e achatada. - As osteocondroses são alterações degenerativas, não são inflamatórias. Portanto, se pedirmos o laboratório da doença (PCR, VHS) estará normal. O diagnóstico precoce pode ser feito com TC ou RNM. Para osso é melhor a TC, e para partes moles é melhor a RNM. Entretanto, na região da pelve, por haver muitos ligamentos, tendões. A RNM pode fornecer melhores imagens. Nota: crianças e adolescentes sempre devem ter os dois lados radiografados para comparação. Tratamento: conduta expectante, órteses, cirurgia. Doença de Osgood Schlatter (osteocondrose da tuberosidade anterior da tíbia): - É a necrose avascular da tuberosidade anterior da tíbia; - É muito comum em adolescentes, ocorrendo em 20% dos que praticam esportes; - É mais comum no sexo masculino que feminino; - É bilateral em 15 a 20% dos casos; - Causa dor na tuberosidade anterior da tíbia, principalmente em praticante de esporte. É um local de entesite também, porque é o local onde o tendão patelar se liga a tuberosidade anterior da tíbia. -- Paciente faz o Sinal do dedo, porque a dor é localizada com dedo. É doloroso. - Manifesta-se por dor bem localizada na tuberosidade anterior da tíbia, desencadeada por atividades que exercem tensão nesse local, como correr, subir escadas, andar de bicicleta. Ao exame físico é fácil provocar dor pela palpação da tuberosidade. Nas lesões mais antigas, pode estar mais proeminente e aumentada de volume. - A principal causa foi atribuída à lesão da placa da tuberosidade tibial por estiramento excessivo do tendão patelar. 27 - A dor é aliviada com o repouso e desaparece quando o tubérculo se une à epífise duranteo desenvolvimento. Na fase aguda, deve-se restringir as atividades físicas. - O paciente reclama de dor no joelho, mas ao se examinar esse órgão não observamos alterações, pois a tuberosidade fica abaixo do mesmo. A dor é muito bem localizada pelo paciente nesse local. Como a musculatura “puxa” essa tuberosidade, pode haver fragmentação da mesma, podendo ser observada no Raio X. - O diagnóstico é clínico/radiológico, onde podemos observar lesão do tubérculo. Tratamento: é realizado com uso de um contensor infrapatelar, que é colocado abaixo da tuberosidade anterior da tíbia. As joelheiras não resolvem o problema. Esse contensor permite o paciente a executar atividades físicas por mais tempo sem sentir dor. O repouso também é indicado. Doença de Sever (osteocondrose da apófise do Calcâneo): - Osteocondrose da apófise do calcâneo. É a apofisite do calcâneo. Em crianças o calcâneo apresenta uma apófise, a qual sofre esse processo patológico. - Acomete a apófise do calcâneo. RX mostra fragmentos do calcâneo. Causa dor ao andar. - A maior incidência é em meninos de 5 a 10 anos. - Em 60% dos pacientes é bilateral; - Dor de característica espontânea e à direita, podendo causar edema (não é comum); - Pode gerar dor local à palpação ou espontânea, podendo levar à claudicação. A criança começa a andar na ponta dos pés para evitar a dor. Tratamento: pode ser obtido com o uso de palmilhas, com elevação dos saltos e do arco longitudinal do pé, jogando o centro de gravidade para à frente e diminuindo a impactação no calcâneo. Outros tratamentos incluem gelo local, repouso, alongamento do complexo do gastroquinêmio. Doença de Köhler (osteocondrose do osso navicular do tarso): - Geralmente entre os 4 e 8 anos, atingindo mais homens. A criança claudica e caminha sobre a face lateral do pé, protegendo o osso navicular do tarso. Pode existir leve edema no meio do tarso e dor espontânea e à palpação. A dor fica localizada na região do navicular do tarso. - É um processo benigno que cessa após 2-3 anos. O uso de um calçado com suporte para o navicular ou bota gessada ajuda a diminuir a dor e prevenir deformidades ósseas. Doença de Freiburg - Acomete a cabeça dos metatarsos 3 - Epifisiólise: - Principalmente em adolescentes masculinos que crescem muito rápido (12-17 anos) ou sexo feminino obesas, antes da menarca (obesos do tipo Frölish ou longilíneos de crescimento rápido). Ocorre um deslizamento da cabeça do fêmur, com quadro de dor no quadril, joelho ou em ambos, mas o joelho não apresenta alterações. O exames laboratoriais estarão completamente normais. - Caracteriza-se por desarranjo da fise que se enfraquece e produz deslizamento secundário da epífise sobre a metáfise e pode ser bilateral em 20% dos casos. - Homens são duas vezes mais acometidos. - Início incidioso com dor e/ou claudicação, com limitação dos movimentos de rotação e abdução do quadril. Pode haver atrofia ou encurtamento do membro devido ao deslizamento. - Radiografia de quadril ou métodos de imagem mais sofisticados confirmam o diagnóstico. Doenças inflamatórias: - Podem surgir devido a uma infecção ou como conseqüência de mecanismos imuno-inflamatórios. As lesões bacterianas são emergências médicas já que o reconhecimento e tratamento precoce podem modificar muito o prognóstico. As principais condições observadas em crianças são: artrite séptica, artrite tuberculosa, artrites reativas, artrites virais, osteomielite, sífilis, discite, miopatias infecciosas, artrites crônicas da infância, doenças difusas do tecido conjuntivo, SIDA. 28 4 - Artrite séptica: - Tem disseminação hematogênica, inoculação direta por traumatismo ou complicações de procedimentos terapêuticos. Principal causa é estafilococos aureus. - Pseudoparalisia de Parrot é uma paralisia causada por sífilis congênita. É um diagnóstico diferencial da artrite séptica. - 1/3 das artrites infecciosas ocorrem em crianças, 40% em menores de 2 anos; Agentes etiológicos: - RN: SBHGB, e S. aureus; - 6 meses a 2 anos: H. influenzae e S. aureus; - > 2 anos: S. aureus; - Pode ser uma complicação de procedimentos terapêuticos; - Inoculação direta; - Desenvolvimento hematológico; - É muito comum que crianças com AS sejam enviadas ao ambulatório de reumatologia. Geralmente é apenas uma articulação que é acometida. Temos uma infecção, e por algum motivo a bactéria foi parar em determinada articulação e a infecta. A infecção pode ocorrer de diversas formas, desde procedimentos terapêuticos invasivos que contaminam a criança, até por inoculação direta por corpo estranho, ou disseminação hematogênica. - Toda monoartrite aguda, até que se prove o contrário, é uma artrite séptica aguda. A criança deve ser internada, ter o agente etiológico pesquisado por punção e deverá receber antibioticoterapia. É uma doença grave, que evolui rapidamente e que pode matar, quando não deixa seqüelas importantes. A evolução pode ocorrer em questão de 12 a 24 horas, com piora progressiva. O agente mais comum sempre é o S. aureus, mas pode haver outros a depender da idade. O H. influenzae não é mais comum em razão da vacina. - É uma emergência, a criança encontra-se com aspecto muito doente, com febre, articulação inchada, muito dolorosa e imóvel. O principal exame complementar é a punção articular, que confirma o diagnóstico e revela o agente. - O tratamento com atb deve ser realizado por via EV por 2 a 3 semanas e posteriormente por via oral até que se normalize a VHS e não existam mais sinais clínicos. 5 - Sinovite transitória de quadril: - Febre baixa; - Bom estado geral; - Claudicação; - Dor no quadril e/ou joelho; - Limitação de abdução e rotação do membro; - História prévia de IVAS ou diarréia; - Autolimitada, benigna; - É uma artrite reativa. Ocorre após infecção. Punção mostra liquido estéril. Febre reumática é um exemplo. Ocorre por infecção de vias aéreas. Causa febre baixa, dor no quadril, joelho ou ambas. É uma monoartrite aguda, com febre baixa. Tem diagnostico diferencial com artrite séptica. Esta tem febre alta, claudicação, dor no joelho, quadril ou ambos. Tem que avaliar a história, puncionar e começar a tratar. Na dúvida, interna e faz antibiótico venoso. Vai apresentar sinais flogísticos e muita dor, não se consegue tocar. A osteomielite pura não causa limitação do movimento. - Os exames estão normais. Tratamento tem que puncionar e fazer AINH. Diferença artrite séptica e artrite reativa: a séptica é infecciosa. Já a reativa ocorre por contato com vírus, bactérias algum tempo antes, formando-se Ac para os mesmos, e este Ac reage, após algumas semanas, contra uma articulação (um exemplo é a artrite da FR). Um diagnóstico diferencial é a sinovite transitória do quadril. Isso é importante por que nas emergências é muito comum encontrar monoartrite aguda, e se esta for em quadril, temos de saber se é uma AS ou uma sinovite transitória de quadril, que são doenças diferentes mas com a mesma apresentação. Na AS a criança apresenta-se com febre elevada, enquanto que a STQ cursa com febre baixa. O quadro clínico da criança também difere, onde a AS cursa com toxemia, prostração, enquanto que a STQ cursa com bom estado geral. A AS cursa muito com história de piodermite, enquanto que a HPP da STQ geralmente é de um paciente com dor de garganta ou diarréia viral há algumas semanas atrás. Laboratorialmente, na AS temos um hemograma com leucocitose e desvio pra esquerda, VHS
Compartilhar