Prévia do material em texto
Prof.ª Me. Mayara Santa Rosa 2017.2 Evolução da profissão do nutricionista Primeiros registros: Nutrição: uma retrospectiva na história Canadá 1670 Centro de Classificação e Ocupações Técnicas, das Irmãs da Ordem de Ursulinas Associação Brasileira de Nutrição 1867 Curso de ensino de Economia Doméstica 1902 Curso de nível Universitário na formação de dietistas Evolução da profissão do nutricionista Primeiros registros: Nutrição: uma retrospectiva na história América do Sul A partir de 1926 Pedro Escudeiro incentiva, na Argentina, a criação do Instituto Municipal de Nutrição em Buenos Aires (1926), e em seguida da Escola Municipal de Dietistas (1933). Depois: curso de nível universitário no Instituto Nacional de La Nutricion, ofertando bolsas de estudos a outros países da América Latina. Evolução da profissão do nutricionista Primeiros registros: Nutrição: uma retrospectiva na história Nutrição: uma retrospectiva na história Em 24 de outubro de 1939 - criado o primeiro curso de Nutrição do Brasil, na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, com duração de um ano, ministrado em tempo integral, dividido em quatro períodos. 1966 - o período para a conclusão passou para três anos. A Lei no 5.276, de 24 de abril de 1967, regulamentou a profissão do nutricionista; 1972 - Ministério da Educação estabeleceu a duração de quatro anos, divididos em oito semestres; 20 de outubro de 1978 - sancionada a Lei no 6.583: criou os Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas, com a finalidade de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício profissional. A instalação dos Regionais foi feita a partir de 1980. Nos anos 80, o principal problema de saúde pública era a desnutrição; Atualmente, a modernidade influencia na mudança dos hábitos de vida, o que inclui os hábitos alimentares; Avanços em pesquisas: especificações dos estudos, principalmente sobre metabolismo dos nutrientes; preocupação com o processo de envelhecimento; terapia nutricional para atletas; entre outros. Nutrição: uma retrospectiva na história Nutrição: É o estudo dos alimentos e dos mecanismos pelos quais o organismo ingere, assimila e utiliza os nutrientes que nos fornecem energia necessária para mantê-lo vivo. Alimentos ou Substâncias Alimentares: São todas as substâncias ingeridas (origem animal, vegetal e sintética) com a finalidade de nutrir e satisfazer as necessidades fisiológicas dos indivíduo. São substâncias dotadas de qualidades sensoriais (consistência, sabor, aroma) e de certo apelo emocional, que estimulam nosso apetite e fornecem nutrientes. Nutrientes: • Substâncias, que introduzidas no organismo, vão exercer função de nutrição podendo ser incorporados ou não ao organismo. • São elementos indispensáveis à saúde e à atividade do organismo. - proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas, sais minerais, fibras e água - celulose, mesmo não incorporada função de nutrição estimula o peristaltismo intestinal Classificação dos nutrientes Segundo a característica de utilização: Macronutrientes: proteínas, lipídios e carboidratos – ingeridos em grandes quantidades e fornecem energia para o organismo; Micronutrientes: vitaminas e sais minerais – ingeridos em pequenas quantidades e não fornecem energia para o organismo, mas são essenciais para o seu funcionamento; Classificação dos nutrientes Energéticos – nutrientes que produzem energia: carboidratos, lipídeos, proteínas; Construtores – nutrientes que constroem e reparam tecidos orgânicos: proteínas, lipídeos, minerais, água; Reguladores – nutrientes que regulam processos orgânicos e condições internas: vitaminas, minerais, fibras, água. Classificação dos nutrientes Essenciais: são nutrientes que nosso organismo não produz, sendo essenciais à vida, e devem ser consumidos pela alimentação. Ex.: vitaminas, sais minerais, alguns aminoácidos. Não-essenciais: são nutrientes que nosso organismo produz. Ex.: colesterol, algumas vitaminas. Condicionalmente essenciais: em caso de patologias alguns nutrientes se tornam condicionalmente essenciais. Alimento funcional: Os alimentos funcionais caracterizam-se por oferecer vários benefícios à saúde, além do valor nutritivo inerente à sua composição química, podendo desempenhar um papel potencialmente benéfico na redução do risco de doenças crônicas degenerativas, como câncer e diabetes, dentre outras. (MS, 1999) Fitoquímicos ou compostos bioativos: Substâncias presentes naturalmente nas plantas/vegetais que atuam como sistemas de defesa natural e que mostram potencial redução para o risco de algumas patologias. Fibra dietética: Material vegetal intacto, não digerível pelas enzimas do sistema digestório – fração solúvel e insolúvel. Prebióticos: Produtos alimentares não digeríveis que estimulam o crescimento de bactérias normalmente presentes no cólon – podem melhorar a saúde gastrointestinal; Probióticos: Alimentos ou suplementos utilizados para recuperar a flora intestinal. Metabolismo: Conjunto de reações químicas responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes. Fases de: Anabolismo: síntese de compostos grandes a partir de unidades pequenas. Ex.: formação de proteínas através de aminoácidos - reações precisam de energia. Catabolismo: degradação de compostos grandes em unidades pequenas. Ex.: quebra das proteínas em aminoácidos - reações liberam energia. Calorias: É a quantidade de energia necessária para elevar a temperatura de 1 mL de água, de uma temperatura padrão inicial, em 1oC – expressa energia do alimento ou da atividade física; - Carboidratos e proteínas: 4 kcal/g - Lipídios: 9 kcal/g Gasto de energia basal (GEB): é a quantidade de energia utilizada em 24 horas por um indivíduo completamente em repouso, 12 horas após uma refeição, em temperatura e ambiente confortáveis (Kcal/24 horas). Gasto de energia no repouso (GER): é a quantidade de energia utilizada em 24 horas quando em repouso, 3 a 4 horas após uma refeição (Kcal/24 horas). Gasto de energia total (GET): é a somatória do gasto de energia basal, da termogênese por atividade e efeito térmico do alimento, nas 24 horas. Efeito térmico dos alimentos (ETA): aumento do gasto energético associado aos processos de digestão, absorção e metabolismo dos alimentos. Avaliação nutricional: parte da ciência da Nutrição que determina o estado nutricional do indivíduo, através de dados antropométricos, bioquímicos, clínicos e dietéticos. Índice de Massa Corpórea (IMC): relação do peso (Kg) / altura (m2); uma definição do grau de adiposidade. Peso (KG) Altura2 (m) Interpretação - A classificação do estado nutricional - IMC: Valores de IMC de abaixo de 18,5: adulto com baixo peso. Valores de IMC maior ou igual a 18,5 e menor que 25,0: adulto com peso adequado (eutrófico). Valores de IMC maior ou igual a 25,0 e menor que 30,0: adulto com sobrepeso. Valores de IMC maior ou igual a 30,0: adulto com obesidade. Fonte: Norma Técnica da Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN. Referência: National Health and Nutrition Examination Survey – NHANES II. Dieta: alimentos que o indivíduo come e bebe durante o decorrer do dia; Plano Alimentar: proposta de uma dieta adequada para o indivíduo ou coletividade; Cardápio: lista de opções das preparações descritas no plano alimentar; Regime alimentar: restrição de alimento específico ou em geral para ocasionar emagrecimento; QUALIDADEDE VIDA Entende-se por qualidade de vida aquilo que é bom, desejável, saudável e compensador nas áreas pessoal, social, afetiva e profissional. Para que o indivíduo tenha uma boa qualidade de vida, torna-se necessária a integração de todas as áreas, considerando-se a alimentação saudável uma condição essencial para a promoção da saúde. ALIMENTAÇÃO BALANCEADA É uma alimentação completa em relação aos nutrientes e que fornece ao organismo tudo o que ele precisa para desenvolver suas funções diárias. Para se ter uma alimentação saudável, é preciso ter o conhecimento das Leis da Alimentação. A alimentação deve ser quantitativamente suficiente, qualitativamente completa, harmoniosa e adequada a quem está consumindo. LEIS DA ALIMENTAÇÃO Pedro Escudero – 1937 1ª Lei: da quantidade: Corresponde ao total de calorias e de nutrientes consumido. A quantidade de alimentos deve suprir as necessidades do indivíduo. Evitar excessos e restrições. LEIS DA ALIMENTAÇÃO Pedro Escudero – 1937 2ª Lei: da qualidade: Refere-se aos nutrientes necessários ao indivíduo. Uma alimentação completa inclui todos os nutrientes para formação e manutenção do organismo. Refeições variadas, contemplando todos os grupos de nutrientes. LEIS DA ALIMENTAÇÃO Pedro Escudero – 1937 3ª Lei: da harmonia: É a distribuição e proporcionalidade entre os nutrientes, resultando no equilíbrio. Nutrientes devem se encontrar em proporções adequadas nas refeições, uma vez que as substâncias não agem sozinhas, e sim em conjunto. LEIS DA ALIMENTAÇÃO Pedro Escudero – 1937 4ª Lei: da adequação: A alimentação deve se adequar às necessidades do organismo de cada indivíduo, às especificidades de quem está consumindo. Adequada ao ciclo de vida, estado fisiológico, o estado de saúde, os hábitos alimentares, condições socioeconômicas e culturais, pois estes resultam em diferentes necessidades nutricionais. Manter o equilíbrio energético e o peso saudável; Limitar a ingestão energética procedente de gorduras; substituir as gorduras saturadas por insaturadas e eliminar as gorduras trans (hidrogenadas); Aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras, cereais integrais e leguminosas (feijões); Limitar a ingestão de açúcar livre; Limitar a ingestão de sal (sódio) de toda procedência e consumir sal iodado. Segurança alimentar Disponibilidade correta ou ilimitada de alimentos adequados e seguros ao organismo, ou capacidade ilimitada de aquisição de alimentos apropriados de maneira socialmente aceitável. A segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis. (Ministério da Saúde, 2006) DUTRA-DE-OLIVEIRA, J. E.; MARCHINI, J. Sergio. Ciências Nutricionais. São Paulo: Editora Sarvier, 2000. 402p. MAHAN, L. Katheleen; ESOTT-STUMP, Sylvia. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 12 ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2010. 1351p. PHILIPPI, S. T. Pirâmide de alimentos – fundamentos básicos da Nutrição. São Paulo: Manole, 2008. 387p. REFERÊNCIAS