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Pós-Graduação a Distância GESTÃO DE PESSOAS, RECRUTAMENTO E SELEÇÃO UNIGRAN - Centro Universitário da Grande Dourados Rua Balbina de Matos, 2121 - CEP 79.824-900 Jardim Universitário Dourados - MS Fone: (67) 3411-4291 / 3411-4297 Os direitos de publicação desta obra são reservados ao Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), sendo proibida a reprodução total ou parcial de acordo com a Lei 9.160/98. Os artigos de sites e revistas indicados para a leitura foram registrados como nos originais. MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção 2 PEREIRA, Valdir da Costa. Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção. Valdir da Costa Pereira. Dourados: UNIGRAN, 2017. 64p.: 23 cm. 1. Gestão de Pessoas 2. Ambiente das Organizações 3. Estratégias de Gestão de Pessoas DIRETOR GERAL EAD DIRETORA PÓS GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA COORDENAÇÃO DA PLATAFORMA DIAGRAMAÇÃO E DISTR. MAT. IMPRESSOS SECRETARIA ACADÊMICA FINANCEIRO DEPARTAMENTO DE PROVAS Marcelo Koche mkoche@unigran.br Lourdes Maria Mendes direcaopos.ead@unigran.br Lilia Nantes lilinantes@unigran.br Adriano Câmara camara@unigran.br Welington Smaylly diagramacao2.pos@unigran.br Marines Viel secretaria.ead@unigran.br Andréia Felix e Samara Vilhar financeiro.ead@unigran.br samara@unigran.br Dolores Bortolanza dolores@unigran.br 3 MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos - Valdir da Costa Pereira - UNIGRAN | 2017 Apresentação do Docente VALDIR DA COSTA PEREIRA possui Graduação em Administração pelo Centro universitário da Grande Dourados UNIGRAN (2005). Especialização em Gestão Empreendedora de Negócios pela UNIGRAN, (2007). Mestrado em Produção e Gestão Agroindustrial - Anhanguera-Uniderp (2012). Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, na modalidade EAD da UNIGRAN desde 2015. Docente no centro Universitário da Grande Dourados UNIGRAN desde 2007 (Regime Integral). Experiência em Administração de Recursos Humanos em empresas privadas por mais dez anos; Na modalidade a distância é Professor nos cursos: Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos; Administração; Serviço Social; Tecnologia em Agronegócios; Tecnologia em Produção Publicitária; Tecnologia em Negócios Imobiliários. Professor na Pós-Graduação - Lato sensu, MBA Executivo em Administração com ênfase em Recursos Humanos. Vice Presidente do Conselho Regional de Administração de Mato Grosso do Sul - CRA-MS (2017-2018). Membro da Comissão Especial de Ensino Superior - Conselho Regional de Mato Grosso do Sul - CRA/MS. Palestrante na área Motivacional e Gestão de Pessoas. Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção 4 Sumário Conversa inicial ............................................................................. 05 Aula 01 Fundamentos da Gestão de Pessoas: Política, Técnicas e Estratégias ............................................................................ 07 Aula 02 Estratégias de Gestão de Pessoas: Cultura Organizacional, Motivação, liderança e comunicação ................................................ 17 Aula 03 Recrutamento e Seleção de Pessoal .................................................... 25 Aula 04 Fontes e Meios de Recrutamento ......................................................... 35 Aula 05 Seleção de Pessoal .................................................................................. 43 Aula 06 A Figura do Líder no Processo Motivacional ..................................... 53 Referências ............................................................................................ 63 5 MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos - Valdir da Costa Pereira - UNIGRAN | 2017 A disciplina Gestão de Pessoas – Recrutamento e Seleção, tem como objetivo levá-los à reflexão sobre as relações humanas no ambiente organizacional, bem como discutir os conceitos pertinentes à gestão de pessoas, e de forma específica recrutar, selecionar pessoas para a realização de resultados estabelecidos. Destaco também a necessidade do pós- graduando no MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos, conhecer as estratégias inovadoras na gestão de pessoas que estão sendo estudadas e implementadas nas organizações inovadoras e de sucesso. Pesquisas realizadas no Brasil e em outros países tem revelado que o sucesso das organizações indiscutivelmente são as pessoas. São elas que pensam, aprendem, executam, encantam o cliente, são consumidores, e fazem o melhor marketing organizacional. Na atualidade, tomar decisões eficazes ou desenvolver estratégias de recursos humanos, já não é mais um desafio só das grandes empresas. Saber atrair, desenvolver e satisfazer as pessoas é o desafio de toda empresa e de seus gestores. Não se admite na atual realidade organizacional o gestor sem a mínima formação humanista ou visão das necessidades sociais dos colaboradores. Não se resolve mais problema de produtividade ou de motivação, concedendo apenas aumentos salariais, recompensas financeiras. É claro que toda pessoa necessita de dinheiro para satisfazer as suas necessidades, mas, o dinheiro não constitui a única fonte de satisfação. É preciso integrar as pessoas, e direcioná-las ao alcance dos resultados esperados e também possibilitar que através do cargo ocupado e dos resultados alcançados pela organização, essa mesma pessoa, possa alcançar os seus próprios objetivos, e ser uma referência de profissional. Desejo a todos, uma ótima aprendizagem! Conversa Inicial Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção 6 7 MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos - Valdir da Costa Pereira - UNIGRAN | 2017 FUNDAMENTOS DA GESTÃO DE PESSOAS: POLÍTICAS, TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS Prezados(as) alunos(as) Nesta aula, você irá evidenciar o processo da Gestão de Pessoas, suas técnicas, políticas e estratégias. A participação de todos vocês é de suma importância para o sucesso no aprendizado. Espero que todos possam se organizar a fim de fazermos um encontro virtual interessante e proveitoso. Uma excelente aula a todos. Bons estudos! 1Aula Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção 8 Objetivos de aprendizagem Seções de estudo Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • fundamentar a gestão de pessoas como uma ferramenta gerencial; • conhecer as principais políticas, práticas, técnicas e estratégias na gestão de pessoas. Seção 01 – Gestor de Pessoas – Competitividade e Estratégia Organizacional. Seção 02 – Desafios Estratégias da Gestão de Pessoas Seção 03 – Política e Técnicas de Gestão de Pessoas Seção 04 – Gestão Estratégica de Pessoas Seção 05 – Desenvolvendo as Competências das Pessoas Seção 01 - Gestor de Pessoas Competitividade e Estratégia Organizacional Vivemos indiscutivelmente a era da competitividade. Gerir os recursos empresariais, dentre eles, as pessoas, requer empreendedorismo, visão sistêmica e estratégias competitivas. Para Gustavo e Magdalena Boog (2002), vivemos a era do espetáculo, apelidada também de era das experiências memoráveis ou a era das sensações. Os autores escrevem sobre sete novos paradigmas poucos visíveis por muitos que estão ajudando empresas vencedoras a inventar o futuro, moldando as estratégias, estruturas e culturas empresariais. Veja na figura 01 os elementos do ambiente organizacional que caracterizam os desafios da gestão de pessoas. Segundo Boog (2002), “na era do espetáculo as empresas buscam identificar e realizar os sonhos dos clientes familiarizando-se com o imaginário deles. Sabe-se que os clientes estão cada vez mais exigentes, sabe-se que o mercado está cada vez mais competitivo”, não é difícil imaginar os desafios organizacionais diante de tal cenário e realidade. Vivemos a era do cliente que deseja, que sonha, exigente, conhecedor de seus direito; vivemos sem nenhuma cerimônia a era da necessidadede agradar, bajular, conhecer e entender o cliente. É inegável que as políticas de gestão de pessoas criadas pelas organizações (empresas), conferem a elas o diferencial necessário para o atendimento desse cliente tão necessário e ao mesmo tempo exigente e consciente. As empresas que conseguem reconhecer as mudanças impostas pelo ambiente, principalmente em criar um modelo de gestão de pessoas eficaz, passando da acomodação e criando um valor econômico, com certeza chegará mais próximo. A nova dinâmica competitiva está exigindo que as empresas evoluam da posição tradicional de sustentar algumas vantagens duradouras para o movimento de criar várias vantagens temporárias. Portanto, uma política ou estratégia de gestão de pessoas do passado, poderá não resultar o garantir o sucesso atual ou futuro. Veja a figura 02, onde nos dá uma visão da importância e dos desafios de uma gestão de pessoas focada no atual contexto (ambiente empresarial). Figura 01 – Visão tradicional e contemporânea da administração de recursos humanos e da gestão de pessoas. www1.serpro.gov.br/.../cdgco_fig_cap4_fig3.gif A partir da leitura do quadro é possível concluir que a gestão de pessoas pode: 1. ajudar a organização a reinventar-se a si própria para competir de forma mais eficaz, 2. reinventar as funções de recursos humanos de pessoal, 3. atrair, desenvolver e reter líderes e talentos para o século XXI, 4. rer parceiro do negócio em conjunto com seus clientes, 9 MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos - Valdir da Costa Pereira - UNIGRAN | 2017 5. respeitar a diversidade no ambiente de trabalho, É preciso também que o gestor de pessoas; em essência • encoraje a participação dos empregados e a relação entre os trabalhadores e a gestão; • dê aos empregados a oportunidade de optarem por acordos coletivos de trabalhos; • melhore as condições de segurança e de saúde no local de trabalho; • reduza a desigualdade, aumentando os salários dos trabalhadores que estão na base da pirâmide hierárquica; • descentralizar e interiorizar a responsabilidade pelas leis de trabalho, e aumente o diálogo e a aprendizagem a nível local, regional e nacional. Seção 02 - Desafios Estratégicos da Gestão de Pessoas. Para Gil, a gestão de pessoas nas empresas enfrenta alguns desafios, dentre eles: • inventar e gerir um tipo de organização humana que consiga gerar mais • produtividade e inovação; • inventar e gerir um tipo de organização humana que possua a capacidade de integrar a nova inteligência dos homens; • inventar e gerir um tipo de organização humana que conceba meios criativos de utilização das tecnologias, colocando- as sempre ao sérvio das aplicações estratégicas; • inventar e gerir um tipo de organização humana que produza satisfação a clientes, fornecedores, acionistas e trabalhadores e que contribua para o desenvolvimento socioeconômico da nossa sociedade. Fundamentos e visão da administração de recursos e gestão de pessoas http://img234.imageshack.us/ img234/9630/ma- n De acordo com a abordagem sistêmica de administração, a organização é vista em termos de comportamentos inter- relacionados. Há uma tendência a enfatizar muito os papeis das pessoas e as funções empresariais do que as próprias pessoas. (Motta, 2002). Embora não enfatizado por Fayol, na teoria clássica da administração, devemos enxergar a empresa como um sistema sociotécnico que interage com as pessoas e com o ambiente. Os papeis ou funções organizacionais descrevem de forma específica cada área ou departamento de uma. Define-se como subsistema organizacional o setor, ou o departamento que tem como função comprar, vender, transformar, atender, liderar, resguardar patrimônio, registrar entradas e saídas etc. Cada subsistema tem a sua função e seus papeis. Isoladamente, cada subsistema tem seu valor e sua relevância. O todo organizacional constitui-se pela união (soma) de todos os subsistemas (teoria sistêmica). As áreas ou funções empresariais (modelo clássico de Fayol), denominadas de subsistemas empresariais ou de áreas funcionais, recebem também a denominação de departamentos. O departamento de Recursos Humanos ou a área de Gestão de Pessoas denominado por muitos é o setor onde se concentra toda a organização e controle de contratação, remuneração, treinamento, benefícios e saúde do trabalhador. É uma estrutura praticamente existente nas médias e grandes organizações. Normalmente, uma estrutura física própria para Gestão de Recursos Humanos, não é vista em organizações de pequeno porte. Essa área geralmente é confundida por muitos como o Departamento de Pessoal da empresa. A administração de Recursos humanos, como o próprio nome já diz, é um setor da administração que tem como finalidade o gerenciamento do Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção 10 recurso vivo, e é a mais importante da organização. A área de recursos humanos no Brasil não é muito velha. Começou a se desenvolver efetivamente nas empresas brasileiras na década de 60, com o rápido crescimento da industrialização e também com a complexidade do ambiente externo, principalmente a legislação trabalhista e as ações sindicais nas empresas. A administração de Recursos Humanos ou a área de Gestão de Pessoas passou com o tempo, a ser vista como uma área estratégica da empresa. As funções tradicionais de: contratar, demitir, fazer folha de pagamento, avaliar empregado, resolver questões na justiça do trabalho são papeis de responsabilidade do velho setor de recursos humanos (ARH tradicional). A partir da década de 1990, essa área necessitou acompanhar o desenvolvimento empresarial e as mudanças ambientais, passando a ser não só de apoio, mas também estratégica, em busca de resultados conjuntos e orientados para o mesmo fim. Figura 02 – Desafios da gestão de pessoas frente ao futuro da organização. Fonte: Acervo pessoal O profissional responsável pelo velho setor de recursos humanos ou pelo setor de administração de pessoal era um profissional especialista em suas funções tradicionais, com muito tempo de empresa e focado em punições e na legislação. O profissional do novo RH é um profissional antenado com as mudanças ambientais, com a missão, negócio e objetivos organizacionais. O setor de recursos humanos, que no passado era considerado como de execução, passou na nova economia a ser considerado como um setor de prestação de serviços, que orienta e auxilia os gerentes dos diferentes setores da empresa a gerenciar o seu pessoal e seus interesses. A função de administração de recursos humanos nas organizações atuais não se restringe apenas ao departamento de recursos humanos, mas está ligada a cada gerente, a cada supervisor que precisa lidar com as pessoas sob sua subordinação. A administração de recursos humanos então, sai do departamento e vai para a fábrica, para a cabeça dos gerentes e dos supervisores. Saber contratar, motivar, remunerar, avaliar, treinar não é mais atividade e papel exclusivo do setor de recursos humanos, mas, de toda empresa. Nesse ambiente e realidade organizacional deixamos de lidar com a administração de recursos humanos departamental para lidar com a administração de recursos humanos conceitual: aquela que está na mente dos dirigentes. No século XXI, a preocupação principal da administração, ou seja, o papel principal do profissional de recursos humanos deveria ser (em algumas empresas já funciona assim), criar políticas e estratégias de liderança, motivação, recrutamento e seleção, de qualidade de vida, treinamento, remuneração, estabelecimento de competências, entre outras. O que diferencia uma pessoa tradicional, da inovadora e estratégica é a forma como ela estabelece e determina as suas políticas de recursos humanos, ou seja, a forma com que deseja lidar e tratar seu pessoal. A preocupação com o trabalho e com os resultados nas organizações é cada vez maior no séculoXXI e consequentemente a preocupação com a qualidade de vida do trabalhador ou das pessoas no ambiente de trabalho. Nesse contexto, a administração de recursos humanos ocupa um espaço de destaque. Portanto: 1. A área ou o setor de recursos humanos é responsável pelas atividades de assessoria aos gerentes e também pelo recrutamento de pessoas, seleção dos talentos, descrição de cargos, treinamento, avaliação de desempenho e qualidade de vida das pessoas. 2. A área de Recursos Humanos é uma área (setor) ou função estratégica e de resultados. 3. As funções de recursos humanos são vitais e necessárias para qualquer tipo e tamanho de empresa. A administração de recursos humanos se reparte nos diferentes níveis organizacionais (estratégico, tático e operacional). Todo administrador deve ser um gestor de pessoas. O Administrador do setor de recursos humanos 11 MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos - Valdir da Costa Pereira - UNIGRAN | 2017 é um profissional especialista em técnicas de recursos humanos. Na pequena organização - geralmente não existe um setor específico de recursos humanos. Todas as políticas e técnicas são desenvolvidas e empregadas pelo próprio dono (patrão). Existe paternalismo e faltam políticas de recursos humanos, padronizadas e escritas. Na média organização - a existência de um setor específica de recursos humanos ainda é precária em virtude dos custos em manter um departamento exclusivo para esses fins. Ora as políticas são desenvolvidas e criadas pelo dono, ora conta-se com assessoria externa ou de profissionais de outras áreas, tais como o financeiro e o administrativo. Embora em alguns casos as políticas de recursos humanos não estejam formalmente estabelecidas, na média empresa são padronizadas em virtude de elas terem um número razoável de empregados. Na grande organização - o setor ou a área de recursos humanos está totalmente estruturada, as políticas de recrutamento e seleção, salários, treinamento, benefícios etc. são claramente definidas. O papel do profissional de RH é executar, mas também, assessorar e orientar gerentes e supervisores. O dono da empresa já está mais distante das pessoas e já não consegue tomar decisões de RH pessoalmente e sozinho. Dentre as atividades de administração de recursos humanos predominantes destacamos: Recrutamento: Constitui todo esforço, técnicas e normas para chamar e atrair pessoas para ocupar uma vaga na organização. É a atividade de elaborar anúncio de emprego, definir perfil profissional, estabelecer tipo de recrutamento. O recrutamento na empresa pode ser interno ou externo, ou seja, adota-se a política de aproveitar pessoas da própria empresa e promovê-las, ou também, optar em buscar novos funcionários fora, trazendo assim, novas ideias, novos problemas e sangue novo para dentro da organização. Esse é um papel de assessoria do setor de RH. “Recrutar e selecionar profissionais deve servir para a empresa como função estratégica do seu objetivo final. O ato em si é uma ferramenta importante, que pode direcionar o segmento da empresa para o sucesso ou fracasso, podendo essa avaliação variar dentro de um departamento ou setor e de uma organização para outra”. Toda organização contrata pessoas para realizar os seus objetivos, seja ela de grande, médio, pequeno ou micro porte. Em qualquer ramo empresarial sempre encontraremos pessoas desempenhando algum tipo de atividade profissional. Essas pessoas denominadas de recursos humanos ou talento organizacional necessitam ser administradas, geridas, conduzidas, estimuladas, necessitam crescer na organização, ser remuneradas com equidade e de forma estratégica; precisam desenvolver-se e caminhar rumo aos objetivos das organizações. Nenhuma organização contrata pessoas somente por contratar. Contratam porque desejam que elas realizem trabalhos com eficiência e alcancem resultados. Seleção de pessoal: constitui o conjunto de decisões e técnicas para escolher, e decidir a contratação do talento. A seleção é uma responsabilidade do encarregado (cliente do RH). Geralmente é feita com auxílio do profissional de RH. Agências de recolocação ou de Psicólogos. Descrição e análise de cargos: Constitui todo esforço, políticas, normas e técnicas da administração de recursos humanos para estabelecer o perfil profissional dos colaboradores e dos talentos existentes na empresa ou a serem contratados. É uma responsabilidade dos gerentes, mas uma função de assessoria de recursos humanos. “Se temos um posto de trabalho disponível na empresa, devemos avaliar e classificar suas funções. Essa avaliação estará mensurada em relação ao salário versos o nível de atividades a serem desenvolvidas. É importante destacar que para esse fim já deveríamos ter pronto o parâmetro de cargos e salários da organização. A descrição e análise de cargos: Constitui todo esforço, políticas, normas e técnicas da administração de recursos humanos para estabelecer o perfil profissional dos colaboradores e dos talentos existentes na empresa ou a serem contratados. E ter pronto o parâmetro de cargos e salários da organização.” www.binara.com.br/.../cargos_salarios.jpg Avaliação de Desempenho é todo esforço ou política para avaliar e valorizar os recursos humanos, os talentos da empresa. É a atividade de avaliar a performance do colaborador. É uma responsabilidade do supervisor, mas também Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção 12 o profissional de Rh pode assessorar esses supervisores quanto à escolha da técnica correta de avaliar. Treinamento e Desenvolvimento: Constitui todo esforço e políticas da empresa para o aperfeiçoamento e desenvolvimento de seus talentos para que possam realizar adequadamente um trabalho. O treinamento na organização deve ser visto como investimento e não como despesa. Pessoas treinadas podem ser mais comprometidas “Capacitar um profissional nas necessidades da empresa busca atingir um aperfeiçoamento adequado do subsistema, visando atender o objetivo maior que é o complexo funcionamento do sistema organizacional.” O treinamento é uma função de assessoria, mas, cabe ao supervisor ou ao chefe imediato, identificar as necessidades de capacitação de seus subordinados. Administração de Cargos e Salários: constitui as políticas, o planejamento e o controle do esforço da organização em remunerar o desempenho de seus empregados. As políticas de salários geralmente quando não bem definidas são polêmicas, restritivas e geradores de conflitos. Uma boa política de remuneração e de cargos e salários envolve a descrição de cargos, a avaliação de cargos a avaliação de desempenho e a pesquisa de salário no mercado. Empresas inovadoras estão deixando o salário tradicional de lado e investindo em formas mais modernas e estratégicas de remuneração. Dentre elas destaca-se a remuneração variável. Na pequena empresa as políticas de administração de salário ou de cargos e salários são restritas ao salário base. Geralmente o pacote de benefícios da empresa está vinculado à administração de salários. Um dos grandes benefícios, que faz parte da política de salários da empresa, é a participação do empregado nos lucros. Seção 03 - Políticas e Técnicas de Gestão de Pessoas Iniciamos a partir daqui a apresentação das principais práticas, técnicas e estratégias de gestão de pessoas, para que você pós-graduando possa se familiarizar com essas ferramentas. O objetivo é que, você independente de sua graduação ou posição na organização saiba identificar essas politicas e como predominam nas organizações. A seguir você verá com mais detalhes a importância dessas ferramentas. Não basta saber apenas que o ambiente das organizações é complexo e que tudo que ocorre fora do ambiente organizacional afeta as decisões e o gerenciamento das pessoas. É importante saber que para cada momento, para cada problema, ou para cada variável, o gestortem que saber utilizar a ferramenta (estratégia) correta frente aos seus recursos humanos, para garantir a eficácia na gestão de pessoas e consequentemente a eficiência organizacional. Segundo Antonio Carlos Gil, (20001), “a expressão gestão de pessoas ainda é muito recente para caracterizar uma nova profissão”. Para Gil, essa expressão refere- se muito mais a um propósito do que um cargo ou uma função exercida no âmbito organizacional. A gestão de pessoas caracteriza pela modernização e pela humanização do termo administração de recursos humanos. Na visão do autor a gestão de pessoas é muito mais uma atitude do líder, do gestor, do que uma estrutura organizacional. Não se encontra na organização o setor de gestão de pessoas, mas, sim de recursos humanos. A gestão de pessoas é uma postura, uma atitude, é um papel de todo líder, de todo profissional que em qualquer nível organizacional (estratégico, intermediário e operacional), dirige pessoas (lidera). Para maior compreensão do termo, consulte a obra de Antonio Carlos Gil sobre a evolução da administração de recursos humanos e da gestão de pessoas principalmente no Brasil. A gestão de pessoas não é nenhuma novidade, se voltarmos e resgatarmos a Teoria das Relações Humanas, proposta pelos cientistas sociais, dentre eles, Elton Mayo, veremos que nesta teoria o foco principal foi a tentativa de conhecer os fatores pessoais que contribui para a melhoria da produtividade e da eficiência empresarial. Elton Mayo e seus seguidores mostrou ao mundo empresarial, que fatores fisiológicos predominam frente aos fatores fisiológicos para produzir, no momento em que a motivação das pessoas é conhecida, isto é, no momento em que o líder passa a conhecer as necessidades dos empregados e como essas necessidades direcionam o comportamento das pessoas para produzir. Dentre as principais conclusões da Teoria das Relações Humanas e da Abordagem Comportamental da Administração destacam-se: • o empregado (homem) é um ser social, tem necessidades de interação e convívio social; • as necessidades e a satisfação das 13 MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos - Valdir da Costa Pereira - UNIGRAN | 2017 pessoas (empregados) direcionam o seu comportamento para produzir; • as recompensas sociais e não financeiras são valorizadas e produzem maior efeito nas pessoas (grupos); • o trabalho em grupo permite a eficiência na realização de uma atividade; • as condições ambientais no local de trabalho é um fator de satisfação e influencia na melhoria da produtividade. Para que você entenda melhor essa teoria e seus pressupostos sugere-se que pesquise sobre a abordagem comportamental e sobre a teoria das relações humanas. Esses assuntos são muito bem tratados por Idalberto Chiavenato em sua obra intitulada “Introdução à Teoria Geral da Administração”. Você também encontrará em várias obras sobre a psicologia organizacional. É importante ressaltar que a gestão de pessoas é um termo e um tema que deve ser repensado, principalmente quando se trata das relações e das condições de trabalho na organização. Falar de gestão de pessoas, sem discutir o ambiente da organização e sobre as relações de trabalho no ambiente organização é como anular a história da humanidade. Para que você aprofunde um pouco mais os seus conhecimentos sobre as relações trabalhistas, sugere-se a leitura da obra de Jean Pierre Marras, intitulada de Relações Trabalhistas, editada pela Futura. O bom de tudo isso é saber que o gestor de pessoas tem que ser um líder, um parceiro dos negócios, um orientador das pessoas e uma pessoa que provocará mudanças nas pessoas . O maior desafio é conciliar interesses organizacionais (empresa) com os interesses pessoais (empregados). Cada empresa tem a sua realidade, sua cultura e os seus objetivos estabelecidos. Cada pessoa (empregado) tem suas necessidades e os seus interesses. A questão é: como conciliar esses interesses? Com certeza o princípio de administração de Henry Fayol que diz que o gestor deve subordinar os interesses pessoais aos interesses organizacionais já não faz mais sentido. O trabalhador de hoje é mais consciente, mais crítico, mais conhecedor de seus direitos e do espaço que deseja conquistar e ter na organização. Conheça um pouco na visão de Jean Pierre Marra o perfil do empregado do futuro e que exigirá do gestor de pessoas e dos empreendedores grande capacidade de entender as necessidades humanas e, consequentemente, grande capacidade para estabelecer políticas e estratégias de pessoas. Veja abaixo o cenário estabelecido por Jean Pierre Marras (2005 p. 48): • transformação das relações de emprego, de contratos de experiência e de trabalho, para contrato de times, isto é de craques; • contratação virtual, parcial, temporária e ocasional; • comércio e compartilhamento das informações; • contratação por competências; • incentivo e valorização da criatividade das pessoas. É inegável que a relação dos papeis e os desafios da gestão de pessoas são extensas e não se esgotam. Mas, o que importa para você pós- graduando grave a importância desta função ou área da organização para o alcance dos resultados planejados. Vamos, nas próximas páginas, discutir um pouco mais sobre as ferramentas da gestão de pessoas. Panorama da administração de recursos humanos com um sistema organizacional que busca insumos no ambiente interno e externo para oferecer produtos e serviços aos clientes internos e a sociedade. Na figura 04 é possível definir as atividades de recursos humanos ou de gestão de pessoas como: Figura 03 – Sistema (processo) de gestão de pessoas SISTEMA BÁSICO DE RH Fonte: Profa. Dra. Ana Maria Roux Valentini Coelho Cesar Seção 04 - Gestão Estratégica de Pessoas A gestão estratégica de pessoas é a que possibilita ao gestor uma visão da prática das politicas de recursos humanos, e que permite um maior percentual de aproveitamento capital humano. Entende-se por estratégia toda ação, toda iniciativa que a empresa adotada ou Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção 14 emprega para ser competitiva e realizar os resultados esperados. Dentre as estratégias de recursos humanos e de pessoal, destacam- se: a contratação de talentos, o esforço empregado para reter os talentos, o desenvolvimento de pessoas, a liderança exercida, a cultura organizacional, a comunicação predominante, etc.. . A gestão estratégica de pessoas na visão do Professor Rodolfo Carlos Souza Alves, envolve aspectos gerenciais que podem ser considerados em três dimensões: • os fatores contingenciais que estão presentes fora da empresa. Esses fatores não são controláveis pela a empresa, mas influenciados por ela; • os valores e a cultura da organização. Esses valores estimulam as pessoas a resultados ou privilegiam o status quo; • as práticas gerenciais presentes na organização, ou seja, como os gerentes estão gerenciando pessoas dentro do atual cenário de competitividade de forma a desenvolver competências humanas existentes na organização. Todo gerente ou todo líder deve gerir as pessoas de forma orientada para os resultados organizacionais. Gestão estratégica de pessoas não é uma atividade apenas de grandes organizações. A gestão estratégica é aquela em que o gerente ou o gestor de pessoas conhece a missão, o negócio, os objetivos da empresa e atrai, contrata, desenvolve e retêm pessoas para que a organização seja competitiva e alcance os objetivos propostos mediante um processo participativo. Veja na figura abaixo, uma abordagem diagnóstica da gestão de pessoas orientada para resultados. Para Idalberto Chiavenato, a área de gestão de pessoas na organização deve predominar como uma EUN – Unidade de Negócio, criando produtos e serviços para toda organização e também gerando benefícios para a comunidade em que está inserida. Figura 05 – Papeis do sistema de gestão de pessoas Abordagem diagnósticada gestão de pessoas Fonte: Profa. Dra. Ana Maria Roux Valentini Coelho Cesar O desafio da gestão estratégica de pessoas A gestão de pessoas ocorre necessariamente no contexto empresarial (organizacional), mediante um cenário apropriado, já discutido nesta disciplina, considerando as dimensões, ambiente externo, cultura e valores organizacionais, recursos organizacionais e as práticas gerenciais, devem acontecer como um processo de transformação organizacional e ser direcionada para os resultados planejados. A gestão de pessoas deve ser competente, compartilhada e humana. As práticas gerenciais do gestor de pessoas devem ser flexíveis de forma a garantir às pessoas um ambiente organizacional agradável, desafiador, inovador, criativo e de aprendizado contínuo. As políticas de gestão de pessoas nascem da vontade política dos líderes. Os líderes empresariais devem refletir sobre o seu papel na organização e provocar sempre que possível, mudanças no comportamento organizacional, para promover o desenvolvimento empresarial. Esse desenvolvimento só acontecerá com políticas fortes de pessoal. Entender a necessidade de mudar: as estratégias de gestão de pessoas devem focar as mudanças necessárias na organização (estruturais) para gerar mudanças nas pessoas (comportamentais). É necessário que o gestor desenvolva uma visão sistêmica e estratégica. • Avaliar o estado atual: diante do cenário atual da organização é preciso que o gestor de pessoas volte a sua atenção para a realidade organizacional atual no que diz respeito ao contingente humano existente na empresa; • Formular o estado futuro, requer visão de futuro, o estabelecimento de cenários, determinar onde se pretende chegar; • Analisar os impactos: sair da realidade 15 MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos - Valdir da Costa Pereira - UNIGRAN | 2017 atual para um estado futuro requer estudos e análise dos possíveis impactos a serem gerados pelas mudanças; • Planejar e organizar as ações, as estratégias e os recursos, para que as mudanças ocorram dentro do esperado; • Implementar o estado futuro: qualquer processo de mudança envolve incertezas, portanto cabe ao gestor planejá-lo para minimizar os riscos; • Formular o estado desejado; a formulação situação desejada significa a implementação do estado futuro na organização como um todo; • Avaliação: as mudanças implementadas e oficializadas devem ser avaliadas de forma a corrigir desvios e erros. As mudanças provocadas pela organização devem ser orientadas para resultados, principalmente num ambiente de competitividade. Dessa mesma forma, a gestão de pessoas deve ser orientada, de forma a possibilitar o desenvolvimento das pessoas (competências e habilidades) e ao mesmo tempo esse desenvolvimento e crescimento traduzir em resultados. Sugerimos para seu conhecimento sobre competências e habilidades a pesquisa sobre o assunto. Contratar: como encontrar e conservar as melhores pessoas, de Richard Deems, é um livro de fácil leitura que mostra ao gestor de pessoas as habilidades comportamentais e as técnicas, de forma a levar ao conhecimento do gestor os caminhos para criar e trabalhar as competências e as habilidades das pessoas. Seção 05 - Desenvolvendo as Competências das Pessoas A era da competitividade requer dos gestores organizacionais grandes doses de criatividade, inovação, esforço para promover mudanças, políticas fortes e estratégias para atrair e reter os melhores talentos. É preciso que o gestor de pessoas compreenda essa realidade organizacional e esteja preparado para agir como um agente de mudanças. O atual ambiente requer das organizações, lideranças eficazes e agilidade na determinação de estratégias e desenvolvimento de competências, mediante ao desenvolvimento das pessoas, seja por meio do treinamento ou das universidades corporativas. As pessoas, suas habilidades, suas competências e as suas atitudes, passam a ser o suporte da nova organização e também do estado futuro desejado pela organização. Segundo Idalberto Chiavenato, neste contexto, as pessoas deixam de ser recursos, para se tornar capital humano (pessoas), seres vivos, complexos e inteligentes. A era da competitividade é marcada por mudanças também na relação de emprego. Falar em emprego para a vida toda é coisa do passado. O homem moderno deseja desafios, deseja aprender continuamente, deseja trocar de emprego e enfrentar novos desafios, sempre que possível. Estamos na era da infidelidade no emprego. O gestor de pessoas enfrenta o desafio de entender o comportamento dessas pessoas. O salário tradicional se traduz neste cenário como algo que incomoda e que não atende mais as necessidades pessoais. Fala-se e vive-se a era da remuneração estratégica, por competência e por resultados. O salário deixa de ser o principal estímulo no emprego e passa a ser um dos estímulos. Desafios no cargo, possibilidade de crescimento e uma cultura forte são mais apreciados pelo trabalhador competente. As competências permitem às pessoas o destaque e o diferencial em seu cargo ou em sua posição na organização. As organizações estão em busca de competências que atendam as suas necessidades e que permitem atingir os resultados desejados. Não é de hoje que as empresas de grande porte estão investindo seriamente em suas universidades corporativas visando criar competências nas pessoas para que possam tornar-se referência em seu negócio. Espero que nossa conversa tenha sido proveitosa. Um pouco extensa, mas que com absoluta certeza deve ter provocado mudanças significativas em seu comportamento e em seu ponto de vista. Ressalto ainda, a importância do pensamento estratégico na Gestão de Pessoas. Espero ter satisfeito as expectativas de todos com essa aula. Retomando a aula Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção 16 SEÇÃO 01 – GESTOR DE PESSOAS COMPETITIVIDADE E ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL Sabe-se que atualmente o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, principalmente devido ao avanço tecnológico que provoca e situaciona a seleção dos colaboradores de uma empresa, ou seja, quem souber fica, quem não estiver apto está fora. Contudo, o gestor tem o papel de ser visionário, a fim de criar meios e/ ou estratégias, visando assim à melhoria e a reciclagem dos colaboradores, aproveitando os talentos e ao mesmo tempo mantendo uma competitividade limpa e honesta. SEÇÃO 02 – DESAFIOS ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE PESSOAS O RH não pode ser administrado ou gerido por um profissional que esteja atônico aos acontecimentos que o rodeiam. Pois assim como a Terra gira, o profissional responsável pela Gestão de Pessoas deve estar apto a captar as mudanças de mercado, política e legislação a fim de traçar estratégias eficazes. SEÇÃO 03 – POLÍTICA E TÉCNICAS DE GESTÃO DE PESSOAS As técnicas de Gestão de Pessoas são inúmeras, portanto é essencial lembrar para todo e qualquer profissional ligado a essa área, que a humanidade e humildade devem reger o trabalho de qualquer profissional. Contudo, a política que rege tais ações devem ser respeitadas e seguidas como meios de conduta para a realização de um bom trabalho. SEÇÃO 04 – GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS A Gestão Estratégica é um dos pontos mais fortes da Gestão de Pessoas, pois é ela que direcionará o andamento do trabalho, ou seja, é impossível começar um trabalho sem que antes exista uma gestão estratégica. Portanto, é essencial que você Pós Graduando esteja atento quanto a esse assunto. Lembrando que é a partir desse ponto que se evidencia o trabalho de um líder e não de um chefe. SEÇÃO 05 – DESENVOLVENDO AS COMPETÊNCIAS DAS PESSOAS Atualmente o ambiente requer das organizações lideranças eficazes e agilidade na determinação de estratégias e desenvolvimento de competências, mediante ao desenvolvimento das pessoas, seja por meio do treinamento ou das universidades corporativas. As pessoas, suashabilidades, suas competências e as suas atitudes, passam a ser o suporte da nova organização e também do estado futuro desejado pela organização. Minhas anotações 17 MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos - Valdir da Costa Pereira - UNIGRAN | 2017 2Aula ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DE PESSOAS: CULTURA ORGANIZACIONAL, MOTIVAÇÃO, LIDERANÇA E COMUNICAÇÃO Prezados (as) alunos(as), É uma satisfação imensa encontrar vocês por aqui novamente. Creio que a aula 01 foi de bastante proveito. Nessa segunda aula iremos discutir assuntos pertinentes à Gestão de Pessoas com excelência. Trataremos do papel do líder diante à GP, a cultura organizacional, os processos de motivação pessoal e de grupo. É correto afirmar que, é impossível desenvolver um bom trabalho sem que todos venham a participar ativamente. Lembro-lhes que a cultura organizacional deve ser levada em consideração, pois é um fator decisivo na hora de traçar estratégias capazes de atingir resultados. Portanto, o Gestor de Pessoal deve estar apto e atento às mudanças e ao comportamento da empresa diante do mercado e seus colaboradores, haja vista que é humanamente impossível desenvolver qualquer tipo de trabalho sem antes juntar informações pertinentes sobre tal. Boa aula e espero que gostem! Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção 18 Objetivos de aprendizagem Seções de estudo Ao término desta aula vocês serão capazes de: • fundamentar e conceituar a cultura organizacional; • tornar o pós graduando um potencial motivador de pessoas ou grupos; • fazer com que ao terminar a aula seja capaz de entender a importância da comunicação e estabelecer assim uma comunicação limpa na qual todos compreendam; • ser capaz de liderar grupos e pessoas através de estratégias bem elaboradas com objetivo de alcançar resultados. Seção 01 – Cultura Organizacional Seção 02 – Comunicação Eficaz: Ferramenta de Gestão de Pessoas Seção 01 – Cultura Organizacional As estratégias empresariais são ações estabelecidas pelos gestores para realizar e alcançar os resultados planejados. Estratégia pode também ser considerada como o caminho idealizado e definido para que determinada empresa se torne distinta de outras. Temos estratégias de custos, estratégias de liderança, estratégias de mercados etc. As estratégias, quando bem planejadas e implementadas, tornam-se uma vantagem competitiva da empresa. O ambiente empresarial, conforme já estudado nesta disciplina é altamente competitivo, exigindo das empresas estratégias vencedoras para recrutar e contratar pessoas, desenvolver pessoas, remunerar as pessoas e oferecer um ambiente limpo, seguro e motivador. As estratégias de recursos humanos devem ser definidas considerando a missão, o negócio, a visão e os objetivos da empresa. Gestão estratégica de pessoas é aquela focada nos resultados. A administração de Recursos Humanos, como o próprio nome diz, é uma função administrativa que tem como finalidade o gerenciamento do recurso vivo e mais importante da organização. A administração de recursos humanos no Brasil pode ser considerada como uma atividade contemporânea. Começou a desenvolver- se efetivamente nas empresas brasileiras na década de 60, com o rápido crescimento da industrialização e também com a complexidade do ambiente externo, principalmente a legislação trabalhista e as ações sindicais nas empresas. Passou com o tempo a ser vista como uma área estratégica da empresa. As funções tradicionais de: contratar, demitir, fazer folha de pagamento, avaliar empregado, resolver questões na justiça do trabalho são papeis de responsabilidade do velho setor de recursos humanos (ARH tradicional). No século XXI, a preocupação principal da gestão de pessoas, ou seja, o papel principal do profissional de recursos humanos passou a ser: criar políticas e estratégias de liderança, motivação, recrutamento e seleção, de qualidade de vida, de treinamento, de remuneração, de estabelecimento de competências dentre outras. Sendo assim, administração de recursos humanos e a gestão pessoas passaram a ser consideradas uma função estratégica e de resultados. As pessoas são consideradas o diferencial das organizações competitivas. Portanto, devem ser motivadas, ser lideradas com respeito e ética; atuar em uma empresa onde o processo de comunicação corporativa seja eficaz e também conviver em uma cultura forte de respeito e motivadora. Para Akio Morita, citado por Lacombe e Heilborn (2006) “o futuro do seu negócio está nas mãos dos seus empregados”. O grande estrategista e empreendedor que revolucionou o mundo da produção de automóveis, Lee Iacocca, citado também por Lacombe e Heilborn, diz “todas as operações de negócios podem ser resumidas em três fatores: pessoas, produtos e lucros. As pessoas vêm em primeiro lugar. Se você não tiver uma boa equipe não poderá fazer muito com o resto”. Os mesmos autores citam Hélio Beltrão que diz “uma empresa é uma entidade do meio social. É constituída de pessoas. O resultado de uma empresa depende muito mais do desempenho das pessoas do que da excelência de seus manuais ou da estrutura organizacional”. CULTURA ORGANIZACIONAL: FUNDAMENTOS O fundamento da cultura organizacional contribui para a compreensão dos fatores que interferem nas políticas e nas estratégias de RH. Espera-se que o pós-graduando adquira e repense a sua maneira de ver e lidar com esse 19 MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos - Valdir da Costa Pereira - UNIGRAN | 2017 tema na organização. A Cultura Organizacional tem sido considerada por muitos, como a identidade da organização. Muitos profissionais ou administradores por ignorar a cultura organizacional têm passado por maus pedaços levando muitas vezes a organização em que atua a situações indesejáveis. O tema cultura organizacional é amplo e o conceito mais amplo ainda. Se tentarmos conceituar a cultura organizacional e teremos que resgatar visões sociológicas, antropológicas e psicológicas. A cultura pode ser definida por várias visões. Embora, haja uma certa dificuldade para se chegar a um consenso sobre o que significa a cultura organizacional, adiantamos que é uma realidade predominante em qualquer tipo e tamanho de organização. A cultura organização é diferente de uma empresa para outra. O termo cultura nos remete ao mundo das artes, aos costumes de um povo, de uma região, o modo de fazer e de agir de um povo. A cultura organizacional pode ser entendida como uma variável necessária para explicar e entender os valores, os costumes e as práticas da organização. Vejamos alguns conceitos desenvolvidos por Lacombre e Heilborn (2006). 1. “Cultura organizacional é o conjunto de valores em vigor numa empresa, suas relações e sua hierarquia definindo os padrões de comportamento e de atitudes que governam as ações e decisões mais importantes da administração.” 2. “Cultura organizacional é o conjunto de crenças em relação ao que é importante na vida e expectativas sobre o comportamento das pessoas na organização.” 3. “Conjunto de crenças, costumes, sistemas de valores, normas de comportamento e forma de fazer negócio, que são peculiares a cada empresa, que definem um padrão geral para as atividades, decisões e ações da empresa e descrevem os padrões explícitos e implícitos de comportamento e as emoções que caracterizam a vida nas organizações.” 4. “Conjunto de crenças e atitudes da organização em relação a: importância das pessoas; a disponibilidade dos administradores a aceitação do não conformismo; a clareza nos padrões; o empenho em relação ao treinamento e desenvolvimento das pessoas; a intimidade; os valores éticos e morais; a competição interna; a orientação para o mercado ou a produção; a comunicação interna; a capacidade de ação e de adaptação às mudanças externas.” 5. “Padrão de suposição e valores básicos, inventados, descobertos, ou desenvolvidos por determinadogrupo de pessoas ou grupo, à medida que ele aprende a lidar com seus problemas de adaptação externa e integração interna- que funcionaram suficientemente bem para serem considerados válidos e, portanto, para serem ensinados e transmitidos aos novos membros como o modo correto de perceber, pensar e sentir da empresa em relação ao problema.” 6. Para Tylor, cultura é o conjunto do modo de pensar, de sentir e de agir mais ou menos formalizados, os quais, tendo sido aprendidos e sendo partilhados por uma pluralidade de pessoas, servem, de maneira ao mesmo tempo objetiva e simbólica, para integrar estas pessoas em uma coletividade, distinta de outras. Cultura Organizacional: conjunto de valores em vigor numa organização, suas relações e sua hierarquia, definindo os padrões de comportamento e de atitudes que governam as ações e decisões mais importantes da administração. Na realidade a cultura é uma realidade socialmente construída e sustentada por um conjunto de ideias, valores, normas, rituais e crenças. A cultura organizacional é um poderoso mecanismo que visa conformar condutas, homogeneizar maneiras de pensar e viver a organização. Introjetar uma imagem positiva da mesma na qual todos são iguais, preservando as diferenças e anulando a reflexão. (Maria Ester de Freitas, 1991) A cultura organizacional é manifestada por meio de credos, crenças, valores, cerimônias, e políticas adotadas na organização que de certa maneira afetam os resultados organizacionais esperados. Estudos comprovam que o indivíduo afeta a organização e recebe a sua influência, modificando seus comportamentos, atitudes e visão de mundo, como consequência do desempenho e de seus papéis. Valores: são as crenças e conceitos básicos numa organização. Definem o sucesso em termos concretos para os empregados e estabelecem os padrões de comportamentos Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção 20 que devem ser alcançados na organização. Por exemplo: ética, inovação, respeito, voluntariado, respeito à diversidade, sentimento de sucesso compartilhado, valorização do trabalho em equipe, qualidade no atendimento, cumprimento de prazos, pontualidade. “Quando maior for a durabilidade dos valores, mais forte será o seu poder de penetração e de reforço a partir de outros elementos culturais neles baseados” (Freitas, 1991). Crenças ou pressupostos: é todo fator ou acontecimento tido como verdade, que uma vez compartilhada passa a constituir um valor ou um comportamento na organização inquestionável. Por exemplo: a empresa valoriza quem não falta ao trabalho e pune quem falta. Esse exemplo pode ser uma crença e não uma verdade no momento em que não foi descrito e nem estabelecido pela a empresa esse parâmetro. As ações gerenciais ou as práticas organizacionais levam as pessoas a acreditarem dessa forma. Atitude: caracteriza-se pelos comportamentos e pelos atos predominantes no ambiente empresarial. As atitudes das pessoas são caracterizadas pelas suas crenças e seus valores. Rito (ritual): rito se configura como uma categoria analítica privilegiada para desvendar a cultura das organizações. Ao desempenhar um rito, as pessoas se expressam através de diversos símbolos: certos gestos, linguagem, comportamentos ritualizados, artefatos para salientar uma visão consensual apropriada à ocasião. Comparando os relatos antropológicos dos ritos das sociedades tribais com os da vida das organizações modernas, destacamos alguns tipos de ritos: de passagem, de degradação, de confirmação, de reprodução, de redução e de integração. Para Refletir: O gestor que ignora a cultura da organização está ignorando a identidade da mesma. Uma cultura organizacional forte é aquela em que os valores são éticos, a criatividade é valorizada e praticada na empresa; a liderança é eficaz; a políticas de recursos humanos são fortes. Cultura forte é aquela que é percebida e aceita pelos membros da organização. Uma vez que as práticas da organização são aceitas pelo grupo, passa a caracterizar a cultura organizacional. Por exemplo: premiação ao melhor vendedor, comemoração e festa de aniversários. Não demitir empregados faltosos, etc. Dessa forma a formalização da cultura se dá mediante aos acontecimentos internos. A cultura não está escrita ou formalizada em documentos, mas é determinada pelo o ambiente. A cultura para que seja forte, necessita ser percebida pelas pessoas. Todos os esforços dos dirigentes em inovar, incentivar os grupos, perseguir a ordem mediante métodos burocráticos, etc., uma vez percebidos e valorizados pelos membros (empregados, passa para a Cultura organizacional). Para que a cultura organizacional seja validada como oficial, necessita ser percebida, apreendida, e ensinada aos futuros membros. Por exemplo; na empresa Paraízo Floral, os funcionários enviam mensalmente sugestões à diretoria sobre a financeiras pelas ideias aceitas e implementadas. Embora essa prática não esteja oficializada na organização, é uma prática comum a todos os colaboradores. Dessa forma essa atitude (prática) na empresa acaba sendo uma prática normal, passando, portanto, a fazer parte da cultura organizacional. O gestor de pessoas deve criar condições para estabelecer uma cultura organizacional forte: Para Lacombe e Heilborn (2006), “as organizações podem ensinar a sua cultura por meio de documentos escritos, por meio de reuniões, seminários, palestras ou mesmo por meio de conversas individuais”. Mas, os mesmos autores afirmam que a maneira mais eficaz de ensinar a cultura organizacional é pelas as ações praticadas pela organização. Essas ações devem ser vistas e percebidas pelas pessoas (colaboradores). A Cultura organizacional pode ser administrada e alterada a fim de atender os interesses organizacionais e acionários. Os gestores tem que saber que a cultura da organização pode ser administrada, direcionada e até mesmo modificada. Basta que estimule ou adote práticas, conhecimentos e valores diferentes aos existentes. Por exemplo: determinada empresa passou nos últimos anos a exigir de seus novos funcionários a entrevista 360º, onde cada antigo funcionário tem uma participação efetiva na escolha do novo colaborador. No processo de contratação a empresa desenvolve também antes da efetivação, a integração do candidato na empresa, ou seja, os candidatos têm a oportunidade de conhecer o ramo de negócio da empresa, seus valores e sua história, somente 21 MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos - Valdir da Costa Pereira - UNIGRAN | 2017 depois desses procedimentos, o candidato será escolhido e contratado. Como você percebeu, essa prática passa a ser uma cultura organizacional, ou seja, elementos da cultura organizacional. ELEMENTOS DA CULTURA ORGANIZACIONAL Os elementos da cultura organizacional devem ser muito bem administrados, compreendidos, pois uma vez percebidos acabam tendo grande força no ambiente organizacional: os valores, os mitos, os ritos e as crenças. Por exemplo: a prática mensal de comemorar aniversário apoiada e aprovada pela organização. A prática de aceitar propina para fechamento de negócios, as normas e os costumes de advertir ou suspender funcionários que cometem faltas, a realização do atendimento pós-vendas, a resistência às mudanças, o esforço em investimentos, a valorização do esforço individual do empregado, o respeito ao meio ambiente, a prática do voluntariado entre os empregados na organização, a liderança democrática, a comunicação eficaz, as práticas de contratação, as práticas de demissão, a prática de comunicar por escrito a todos os funcionários mudanças nos procedimentos, a prática de não começar o expediente sem uma oração, etc.. Todas essas práticas ou procedimentos caracterizam os costumes, os rituais, as cerimônias e os valores da organização. Os elementos culturais predominantes na organização quando positivos, aceitos, ensinados e transmitidos,constituem uma cultura forte na empresa. Perguntamos então a você: que tipo de cultura você pretende que predomine na sua organização? Acredito que você entendeu a mensagem, dessa forma, o estudo da cultura e a por que não dizer, preocupação com a cultura organizacional deve ser um requisito básico para qualquer profissional. Quanto mais velha uma empresa (organização), talvez seja mais difícil mudar ou alterar a sua cultura. Mas, se a cultura for forte e positiva, por que mudá-la? A cultura de cada organização é que determina o seu jeito de lidar e tratar as pessoas, clientes, fornecedores, bem como, a forma com que lida com o ambiente externo. Esta lição tem como objetivo mostrar alguns caminhos simples e interessantes para que você possa aprender algumas práticas de gestão. Trabalhar a Cultura organizacional não é uma tarefa fácil, principalmente quando é necessário que algumas mudanças sejam feitas. Portanto a, dica é que o Gestor tenha em mente que empresa quer resultados e garantia de lucro, para tanto elabore uma proposta e apresente a diretoria demonstrando que uma mudança na cultura organizacional deve ser alterada para que se obtenha melhores resultados e lucros materiais. Seção 02 - Comunicação Eficaz: Ferramenta de Gestão de Pessoas • A comunicação desenvolvida na organização deve ser repensada? • O que é uma comunicação eficaz? FUNDAMENTO E CONCEITO DE COMUNICAÇÃO Falar sobre a comunicação ou tentar definir a comunicação parece coisa fácil e até rotineira, uma vez que a comunicação desenvolve em qualquer momento de nossa vida e no desenvolvimento de nossa atividade. De início não descartamos a ideia que a comunicação é o ato ou a atitude de emitir mensagens, ou seja de falar, conversar, com pessoas a respeito de assuntos comuns. A comunicação pode ser escrita, falada, por gestos e sinais, por meio eletrônicos, por jornais, murais, etc. Em toda a atividade humana comunicar é um processo natural. Mas, esta ideia de que a comunicação é um processo natural talvez não seja compartilhada por todos. Pois a comunicação em alguns meios é considerada como cultura, estratégias, meio de vendas, meio de conquistas, etc. Vamos trabalhar nesta aula, os fundamentos e o conceito de comunicação de Robbins, Stephen Paul em sua obra intitulada de Comportamento Organizacional, publicada pela editora LTC.. Segundo Robbins (2002), o não entendimento de umas poucas palavras literalmente pode significar a diferença entre a vida e a morte. Recentemente no Brasil presenciamos um dos piores acidentes aéreos com um avião da Gol, ficou inicialmente constatado de que a causa do acidente foi um problema de comunicação entre pilotos e a torre de controle. Veja aqui, portanto caro aluno, a importância da comunicação eficaz em qualquer tipo de atividade humana. O homem não nasceu para ficar só ou para falar com as plantas, com as pedras ou com os animais. Ao homem foi dada a capacidade de falar, comunicar e se relacionar para obter e realizar os seus desejos. Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção 22 Mediante a comunicação eficaz o homem, (trabalhador ou não), realiza seus desejos: pedir alguém em namoro, solicitar um aumento de salário, pedir um favor, vender um bem ou um produto, fazer reclamações. Etc. Segundo Robbins (1998), pesquisas revelam que a comunicação deficiente é provavelmente a fonte mais citada, normalmente, como fonte de conflito interpessoal. Para o autor nenhum grupo pode existir sem comunicação: a transferência de significado entre os grupos. É através da transmissão de significados entre uma pessoa e outra, que a comunicação se materializa. Para Robbins, “a comunicação é, entretanto muito mais do que um revelar de significados. Também deve ser compreendida”. O autor cita como exemplo, um grupo em que um membro fale apenas alemão e os outros não, o indivíduo que fala alemão não seria totalmente compreendido. Portanto, a comunicação deve incluir tanto a transferência quanto a compreensão de significados. O conhecimento funcional da comunicação requer um entendimento básico de aspectos fundamentais a respeito dela. Segundo Robbins (2002), vemos os padrões de fluxo de comunicação, comparamos redes formais e informais de comunicação, descrevemos a importância da comunicação não verbal, consideramos como os indivíduos selecionam os canais de comunicação e estabelecem as barreiras para uma comunicação eficaz. A comunicação pode fluir vertical ou lateralmente. A dimensão vertical pode ser ou acontecer em duas direções: de baixo para cima e de cima para baixo. A comunicação pode ser imaginada como um processo ou fluxo. Problemas de comunicação acontecem ou ocorrem quando existem desvios ou bloqueios nesse fluxo. Para Courtis, 1991. A eficiência na comunicação constitui o ingresso final da boa gestão, somada a atitude pessoal e abordagem correta do gestor. Se procurarmos erros ou motivos para quebra ou falência de negócios, para perdas de clientes, para perda de talentos e para perda de tempo, veremos que na maior parte do tempo ou das situações, o problema foi a comunicação. Para Courtis (1991), “certos gestores são incapazes de entender a comunicação e de se comunicar de forma eficaz, e às vezes afirmam que existem boas razões para evitá- las custe o que custar, ou apelam para o eu não tenho tempo. Por outro lado muitos gerentes competentes sabem da importância da comunicação, mas atuam para organizações que não sabem e não valorizam a comunicação eficaz e também não desejam fazê- la”. Pergunta-se: • Todo pessoal de apoio sabe o suficiente sobre o produto da organização para manter o interesse de um possível comprador que o visita de surpresa ou telefona? • Alguém revê a correspondência da empresa a ser enviada, para descobrir atitudes negativas e procedimentos danosos? Ainda segundo Courtis (1991), uma pergunta tem de ser respondida inicialmente: você está se comunicando consigo mesmo? Está treinando a sua comunicação? A maior parte dos problemas dos gestores é causada por indivíduos que deixam de reconhecer e enfrentar as implicações de problemas desconhecidos. Antes de a comunicação acontecer, um objetivo, expressado como uma mensagem a ser transmitida. Ela passa entre uma fonte (o emissor) e um receptor. A mensagem é decodificada (convertida em uma forma simbólica e passada através de algum meio (canal) ao receptor, que retraduz (decodifica) a mensagem enviada pelo o emissor). O resultado é uma transferência de significado de uma pessoa para outra. Veja a figura 01 que mostra o processo de comunicação em qualquer situação ou instância de nossa vida. Figura 01 – Processo de comunicação http://com20131.blogspot.com.br/2013_02_01_archive.html O sucesso comunicativo total de alguém também inclui a capacidade de falar, ler, ouvir e raciocinar. Não podemos comunicar o que 23 MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos - Valdir da Costa Pereira - UNIGRAN | 2017 não sabemos. Se o nosso conhecimento é extenso demais, é possível que nosso receptor não compreenda. Portanto, torna-se necessário para uma boa e eficaz comunicação conhecer o público. A eficácia na comunicação está em ser bem entendido e não em falar bonito ou falar demais. Na comunicação necessitamos de um bom processo de comunicação, mas também de uma ótima mensagem. http://evtnet.no.sapo.pt/conteudos/imagem_comu/comunicacao.jpg A mensagem é o resultado ou o produto físico e real da codificação do emissor, ou seja, é o que realmente vai ser entendido e percebido pelo receptor, seja por sinal, pela fala, pela escrita, ou outros meios de comunicação. Segundo Robbins (2002), “quando escrevemos, o texto se materializa como uma mensagem. Quando pintamos o desenho ou a gravura se torna uma mensagem. Quando gesticulamos os nossos movimentos se torna uma mensagem. Nossa mensagem é afetada por símbolos ou grupo de códigos que usamos para transferir significadospelo conteúdo da própria mensagem e pelas decisões que tomamos em selecionar e arrumar códigos e conteúdos.” O canal é o meio através do qual a mensagem viaja (é transmitida). Ele é escolhido pela fonte, que determina que canais são formais e informais. Canais formais são estabelecidos pela organização e transmitem mensagens pertinentes a sua atividade e ao trabalho de sem membros. O canal de comunicação e a mensagem na organização tradicionalmente seguem a rede de autoridade dentro da organização. Outras formas de comunicação, sociais ou pessoais, seguem os canais informais da organização. Isto quer dizer que, a mensagem não for oficial e não se deseja transmitir uma mensagem de interesse da organização, ela se torna informal. O receptor é o objeto ou o ouvinte para quem a mensagem é dirigida. Porém antes da mensagem ser recebida , os símbolos ou sinais dela deve ser entendido pelo receptor, de forma limpa e clara. Isto denominamos de decodificação da mensagem. Assim como o codificador foi limitado por suas habilidades, atitudes e sistema sociocultural, e conhecimentos, o receptor é limitado da mesma maneira. Para Robbins “O conhecimento, atitudes e formação cultural do receptor, do codificador e do emissor, interferem na comunicação”. Portanto, a capacidade ou a habilidade do Gestor em saber ler, escrever, bem como a sua formação cultura pode interferir na capacidade de enviar ou receber uma mensagem, ou seja, de se comunicar. Para maiores esclarecimentos sobre o assunto, recomendamos a pesquisa sobre o assuntos em obras especializadas e sugeridas nas referências bibliográficas. Direção da Comunicação A comunicação pode fluir verticalmente ou lateralmente, conforme já citado nesta aula. A dimensão vertical, segundo Robbins (2002), pode ser de cima para baixo. Para baixo, a comunicação flui de um grupo ou organização para um nível mais baixo, isto é do nível organizacional mais alto para o mais baixo. Para cima, a comunicação flui de baixo para o nível mais alto. É usada para oferecer aos níveis mais altos retorno sobre o que foi designado (relatórios, retorno de memorandos, etc.). A comunicação Lateral acontece entre as pessoas, os pares do mesmo grupo ou da mesma organização, entre membros do mesmo nível ou entre quaisquer pessoas horizontalmente. A comunicação lateral é necessária para que as pessoas se relacionem e possam ser entendidas. A comunicação lateral pode ser denominada também, de horizontal. A comunicação horizontal é necessária para economizar tempo no processo da comunicação vertical. SEÇÃO 01 – CULTURA ORGANIZACIONAL A Cultura Organizacional vem sendo considerada por muitos como a identidade da organização, ou seja, a característica e o comportamento da empresa é definida pela sua cultura. Muitos profissionais ou administradores Retomando a aula Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção 24 por ignorar a cultura organizacional têm passado por momentos difíceis, levando muitas vezes a organização em que atua a situações indesejáveis. O tema cultura organizacional é amplo e o conceito mais amplo ainda. Se tentarmos conceituar a cultura organizacional teremos que resgatar visões sociológicas, antropológicas e psicológicas. Para tanto, a cultura pode ser definida por várias visões. SEÇÃO 02 – COMUNICAÇÃO EFICAZ Ferramenta de Gestão de Pessoas. A comunicação é o instrumento necessário para a própria existência e é através dela que se dão as relações humanas, além de ser uma estratégia eficaz na garantia do sucesso pessoal e profissional. Através da comunicação se estabelecem os diálogos e se promovem as relações humanas. Não é à toa que grandes marcas ou pessoas famosas utilizam a comunicação em suas variadas formas para expressar a um grupo ou comunidade específica sua marca ou nome. Uma comunicação eficaz é essencial para a obtenção de resultados. Empresas ou organizações de todo o mundo estão tomando como meta principal a comunicação estratégica para que seja possível promover o desenvolvimento social e empresarial. Portanto, comunicar-se é o mesmo que galgar o sucesso, em outras palavras é impossível alcançar resultados sem estabelecer uma comunicação eficaz. Minhas anotações 25 MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos - Valdir da Costa Pereira - UNIGRAN | 2017 RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL Prezados(as) alunos(as) É uma satisfação imensa estar novamente com vocês, nessa Pós-Graduação a Distância em MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos! A intenção com este assunto é agregar valor à sua formação e permitir que esta temática contribua em seu crescimento profissional enquanto gestores de pessoas, ou enquanto participantes de algum processo de recrutamento e seleção. Primeiramente, iremos discutir as necessidades do recrutamento e seleção, as estratégias utilizadas e os modelos de anúncios de emprego. Vamos dar início a nossa conversa, analisando os objetivos e as seções que serão desenvolvidas ao longo desta aula. Bons estudos! 3Aula Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção 26 Objetivos de aprendizagem Seções de estudo Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • fundamentar as políticas de suprimento; • conhecer as principais técnicas de recrutamento e seleção de pessoal; • desenvolver a capacidade de criar anúncios, elaborar perfil profissiográfico e decidir por tipos de recrutamento. Seção 1 - As Necessidades e Importância do Recrutamento e Seleção de Pessoas para Seu Quadro Funcional Seção 2 - Recrutamento e Seleção Estratégica: Atração de Talentos Seção 3 - Tipos de Anúncios de Oportunidades de Emprego Seção 1 - As Necessidades e Importância do Recrutamento e Seleção de Pessoas para Seu Quadro Funcional As políticas de recursos humanos predominantes nas organizações revelam o modo de pensar, agir, fazer e desenvolver as técnicas de recursos humanos, principalmente o recrutamento e seleção de novos empregados ou colaboradores, assim como você desejar considerar. Cada organização tem à sua maneira própria de fazer as coisas, considerando a sua realidade, os seus recursos e, principalmente, a sua estrutura de recrutamento e seleção de pessoas. Para Simon Franco1, o principal desafio do recrutamento e seleção de uma organização no mercado é a capacidade de atrair e reter talentos, pois as formas de se relacionar ou atrair pessoas mudam rapidamente. Assim, para competir e acompanhar as mudanças ambientais, as organizações tiveram que apropriar-se de novas técnicas de recursos humanos e, por que não dizer, de recrutamento e seleção. Para Franco, não basta a empresa ser um top of mind para o mercado, mas ser um top of mind para os profissionais que procuram, ou seja, é essencial que a empresa seja 1 Simon Franco: pioneiro na introdução de executive search no Brasil o exemplo para seus colaboradores internos e externos, assim como para seus clientes. Diante das necessidades da empresa e das exigências do mercado, algumas aproximações entre as atividades das empresas acontecem, tal como acontece com o marketing e o RH, por exemplo. Com isso em mente, é perceptível que a área de recrutamento e seleção são extremamente importantes e estrategicamente para qualquer organização, visto que é por meio dela que passam os futuros contratados, ou seja, os candidatos às oportunidades oferecidas. Essa área, portanto, na visão de alguns especialistas, necessita ser repensada, ou seja, que o seu foco seja repensado, para tornar-se mais estratégica e eficaz. Vocês devem estar questionando... O processo de Recrutamento e Seleção passou e continuará passando por mudanças no am- biente organizacional. Já é possível estabelecer um paralelo entre essas mudanças. Observe no quadro a seguir. Quadro 01 - Modalidades de recrutamento e seleção RECRUTAMENTO E SELEÇÃO TRADICIONAL RECRUTAMENTO E SELEÇÃO ESTRATÉGICO Ênfase exagerada na experiência Valorização nascompetências e nas habilidades técnicas, humanas e conceituais. Pressa no processo falta de planejamento das atividades e das necessidades. Planejamento de recursos humanos como ponto de partida para suprimento de pessoal. Recrutamento como atividade do RH. Recrutamento como uma necessidade organizacional. Recrutamento realizado muitas vezes por pessoas sem capacitação. Competência para recrutar e selecionar. Decisão e e s c o l h a por conta d o recrutador. Decisão como responsabilidade do gerente (cliente). Valorização das habilidades técnicas. Valorização das c o m p e t ê n c i a s Comportamentais. ARH e recrutamento como centro de Despesa. ARH e recrutamento e seleção como centro de lucro. Visão do colaborador (empregado) e custos na folha de pagamento. Visão do talento e agregação de valor aos resultados. Foco no candidato. Foco no cliente, nas competências. 27 MBA Executivo em Administração com Ênfase em Recursos Humanos - Valdir da Costa Pereira - UNIGRAN | 2017 Técnicas tradicionais de recrutamento: cartazes, anúncios, vagas de emprego. Técnicas inovadoras de seleção: Internet, dinâmicas, oportunidades de emprego. Políticas de recrutamento e seleção de Pessoas. Estratégias de recrutamento e seleção de talentos. Os aspectos listados no quadro são alguns dentre vários que poderíamos citar, mas a proposta é apenas, inicialmente, que vocês tenham noção sobre a diferença entre o RH e o recrutamento tradicional e o RH e o recrutamento estratégico. Vocês podem até dizer que o que mais se vê por aí, nas organizações, são práticas de recrutamento e seleção tradicional. Concordo com vocês, mas posso afirmar que estão havendo, e com certa velocidade, grandes mudanças e adaptações das empresas às práticas inovadoras de recrutamento e seleção. Desta forma, podemos afirmar que muitas empresas estão se profissionalizando no que diz respeito ao tema, dando-o um foco direcionado e definido. As mudanças organizacionais ocorrem com frequência e para que elas possam se adaptar ao ambiente é essencial contar com colaboradores preparados para o mercado e suas mudanças. Lembrem-se que toda e qualquer mudança nas organizações são estendidas ao recrutamento e seleção, e, para isso, é essencial que o profissio- nal responsável por essa tarefa tenha em mãos as ferramentas necessárias para o recrutamento de pessoal As políticas de recrutamento e seleção de pessoal de uma organização devem ser claras e bem percebidas pela clientela interna e, por que não dizer, pelos futuros candidatos. Ao criar um anúncio de emprego e publicá-lo em jornais, revistas ou murais, a empresa antecipa ao leitor (candidato) o que se espera dele e como ele será selecionado, considerando o perfil profissional e as exigências do cargo. Como aponta Franco (2000, p. 45): recrutamento e seleção deixam definitivamente de ser uma “porta de entrada” para se converter em um núcleo comprometido com os resultados de cada um dos profissionais que se agregam à empresa, em sintonia com as necessidades do novo paradigma do mundo do trabalho. Ao mesmo tempo, empenhado na tarefa de estimular e desenvolver ações que consolidem a marca do empregador capaz de fazer da empresa o lugar do desejo dos talentos profissionais. Em tempos de competitividade e de globalização de mercados, contratar pessoas ou talentos passa a ser uma atividade não só operacional, mas também estratégica. Não basta apenas anunciar a vaga, receber currículos e candidatos, aplicar os procedimentos legais e administrativos. É necessário planejar o perfil, a quantidade necessária, o comportamento desejado, prazos para contratação, recursos financeiros e materiais e, principalmente, estabelecer claramente a linha de ascensão dessas pessoas dentro da organização, para que elas tenham motivos para ingressar, ou seja, se interessar pela sua organização. O recrutamento deixou de ser uma atividade amadora e se profissionalizou, buscando assim recrutar e informar melhor os candidatos internos e externos. Atualmente fala-se muito em recrutamento estratégico de pessoas. Mas para compreender melhor, essa atividade, é preciso desenvolver uma visão mais sistêmica a respeito dos objetivos de sua organização. Seção 2 - Recrutamento e Seleção Estratégica: Atração de Talentos As políticas de administração de recursos humanos, geralmente encontradas nas organizações, uma vez sistematizadas, são denominadas de subsistemas, que consistem nos serviços ou produtos oferecidos aos gerentes. Neste sentido, verifiquem o texto abaixo, e conheçam quais são os subsistemas: Os passos abaixo sinalizam as principais etapas para o desenvolvimento do planejamento dos recursos humanos necessários em conformidade com a demanda futura (mudanças organizacionais, aumento no volume de vendas, aumento na produção, conquista de novos mercados etc.), vamos conhecê-las? PROVISÃO Pesquisa de RH – Tem o intuito de verificar constantemente como anda o mercado de trabalho, como os concorrentes estão tratando os seus próprios funcionários no que diz respeito ao salário, benefícios, ambiente de trabalho, qualidade de vida, clima organizacional e tudo aquilo que envolva as práticas do RH. Recrutamento – Adotar estratégias para captar externamente no mercado ou internamente dentro da empresa pessoas com o perfil exigido pela organização. Gestão de Pessoas, Recrutamento e Seleção 28 Seleção – Geralmente quando a empresa recruta pessoas para preencherem vagas de trabalho disponíveis, costumam aparecer uma quantidade significativa de candidatos, então o RH deve ser responsável por utilizar da melhor forma possível os recursos necessários para escolher dentre os candidatos o que mais se encaixa no perfil exigido pela empresa, entrevistas, dinâmicas de grupo, atividades teóricas e práticas são alguns exemplos que podem ser utilizados para selecionar o candidato mais adequado para a função. Depois de selecionar o candidato o RH deve ser responsável pela integração do mesmo ao ambiente organizacional: políticas, normas, setores da empresa, gestores, equipe de trabalho e etc. APLICAÇÃO Análise e descrição do cargo – São os requisitos básicos que o ocupante do cargo deve ter para o desenvolvimento adequado de suas atividades muitas vezes esses requisitos estão contemplados dentro de conhecimento, habilidade e atitude CHA. Plano de carreira – É de extrema importância, pois tem o objetivo de fazer com que todos os funcionários queiram se capacitar constantemente para subir a níveis mais altos dentro da organização. Avaliação de desempenho – A avaliação de desempenho contribui com o desenvolvimento das pessoas e com o sucesso da organização. A avaliação de desempenho deve ocorrer periodicamente e tem o objetivo de: melhorar os resultados das pessoas e da organização, conhecer o potencial de cada pessoa, identificar necessidades de treinamento e desenvolvimento, proporcionar oportunidades de crescimento profissional, melhorar a produtividade e etc. MANUTENÇÃO Planos de benefícios – São planos que devem atender as necessidades dos funcionários e devem ser negociados diretamente com o mesmo, um dos objetivos dos planos de benéficos é estimular e motivar os funcionários a continuarem trabalhando na empresa. Higiene e segurança do trabalho – As normas relativas a segurança do trabalho devem ser seguidas por todos na organização, todos devem ter um local de trabalho em condições adequadas para o desenvolvimento das suas atividades de trabalho e o RH é o principal responsável por fazer com que isso aconteça em toda organização. DESENVOLVIMENTO Treinamento – Treinar as pessoas adequadamente para exercerem corretamente as suas funções dentro da empresa, também identificar futuras necessidades de treinamento tanto com relação à atualização e aperfeiçoamento constante das mesmas atividades quanto a necessidades de treinamento em atividades futuras.
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