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Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) Gestão da Produção e Operações Aula 1 Prof.ª Rosinda Angela da Silva Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 1 Conversa Inicial Pense que há pouco mais de um século atrás os processos eram rudimentares e os produtos atendiam apenas as necessidades essenciais, mas na atualidade não conseguimos acompanhar a avalanche de produtos inovadores que são lançados anualmente no mercado. São tantas inovações que não conseguimos acompanhar e isso somente foi possível com o avanço da tecnologia, melhoria dos processos e da qualidade de vida do colaborador. A partir dessas curiosidades e apontamentos, vamos iniciar a nossa primeira aula! Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 2 Contextualizando No mundo organizacional as mudanças são constantes, porque as necessidades da sociedade alteram-se rapidamente e o produto que é um sucesso hoje, amanhã certamente não será mais, principalmente se o item for tecnológico. É possível conhecer um pouco mais do estilo de vida de determinada época estudando a gestão da produção e de operações, uma vez que estes retratam exatamente o que as pessoas consumiam naquele período. Devido a isso, a produção de um produto ou a prestação de um serviço são temas extremamente relevantes para as firmas na atualidade. Os gestores sabem que, conforme as exigências do mercado consumidor se alteram, os parques fabris e as áreas de atendimento devem estar preparados para atender essas inovações. Em determinados períodos as mudanças foram pontuais atendendo a necessidade de um ou outro segmento (automobilístico, por exemplo), mas em outros, as mudanças foram estruturais atingindo as firmas de inúmeros segmentos do mundo todo. Para chegar a concepção atual, além do progresso tecnológico, as empresas contaram também com a colaboração de estudiosos e empreendedores que desenvolveram metodologias e técnicas avançadas de produção, que ampliaram significativamente a produtividade. Tudo isso foi acompanhado com procedimentos de garantia de qualidade, pois já há muito tempo se sabe que as empresas não podem arcar com produtos de má qualidade e que não se revertam em vendas depois de prontos. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 3 Pesquise Evolução dos processos produtivos De forma resumida, vamos visualizar na disciplina de Produção e Operações como foi a evolução que ocorreu com os processos produtivos, sem nos prendermos às datas específicas e sim, em fatos coerentes com a tecnologia disponível naquele momento. Produção artesanal Em um passado distante tínhamos como forma de produção a artesanal. Nesse modelo de produção o detentor do conhecimento, o Artesão, dominava o processo produtivo de um produto do início ao fim. Como a maior parte das pessoas dessa época viviam no campo, não havia mão de obra especializada nas áreas urbanas. Os artesões produziam em suas oficinas (nas suas casas) e contavam apenas com o auxílio da família e, em alguns casos, alguns aprendizes. É fato que as famílias costumavam ser bem maiores que atualmente, mas mesmo assim, pense que nem todos os indivíduos possuem as mesmas habilidades. Como esse trabalho era individual, ou seja, cada artesão fazia um produto de cada vez, o lead time (tempo de entrega de uma encomenda) era grande, não existia padronização, logo, os produtos não ficavam iguais de jeito algum. Mas o lado positivo é que a matéria-prima era de qualidade e o cliente interagia com o profissional, ou seja, havia possibilidade de escolha das características de seus produtos. Uma espécie de customização rudimentar. Nessa fase da produção não havia muita concorrência e a capacidade produtiva estava atrelada a habilidade do artesão e a complexidade do produto, pois quanto mais detalhes o cliente exigisse, mas tempo demoraria. Não havia máquinas e equipamentos que melhorasse o tempo de produção, pois possuíam apenas ferramentas simples e a força humana. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 4 Em relação aos horários de trabalho, o artesão trabalhava em qualquer horário do dia ou da noite, pois estava em suas próprias dependências, mas tinha como fator positivo sua presença no convívio familiar diário. O mesmo dividia seu tempo entre o trabalho, a família e o lazer que existente na época. Mas, é fato que em determinado momento da história, as pessoas começaram o processo de êxodo rural e concentração nas cidades. Com isso, tanto cresceu a necessidade de ampliar a capacidade para atender mais pedidos, como também a oferta de mão de obra (ainda não especializada) aumentou. Com isso, os artesãos iniciaram o processo de retirada da sua oficina de dentro de casa e mudaram-se para galpões maiores, onde havia a possibilidade de produzir mais e empregar mais pessoas. Nessa época também começou a surgir as primeiras máquinas e equipamentos para aumentar a capacidade produtiva. Produção em manufatura (transição para a industrialização) Essa fase foi muito importante para a sociedade porque significou o avanço do modelo de produção. Nessa época, as pequenas fábricas passaram a utilizar o carvão como fonte de energia e alguns países começaram a construção de ferrovias para encurtar as distâncias entre as cidades. Houve mecanização das pequenas fábricas e também da agricultura, o transporte passou a ser movido a vapor e aumentou a capacidade produtiva de transporte. Nas pequenas fábricas, os artesões começaram a dividir as tarefas entre os seus ajudantes e na medida em que aprendiam o ofício, tornavam-se artesões também, mas com outros nomes: oficiais, meio-oficiais e outros. Em relação com o contato com o cliente, pode-se dizer que nessa época, o cliente ainda interagia com o profissional e determinava parte das características do produto que havia comprado, mas em menor grau que na fase anterior. Já em relação ao tempo de trabalho dos colaboradores, o horário era extensivo, não havia mais o convívio familiar, mas havia salário, o qual era atrelado à jornada de trabalho do indivíduo. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 5 O período de transição entre a época da produção manufatureira para industrial foi infinitamente mais rápida que dá artesanal para manufatureira, e isso se deu pelo avanço da tecnologia. Produção industrial Para a administração da produção e operações, pode-se dizer que essa fase foi a mais importante. Nesse período surgiram os motores a explosão e também o elétrico. As empresas cresceram e se tornaram mais autônomas, o aço surgiu como uma matéria-prima resistente o qual poderia ser utilizado na fabricação de uma infinidade de produtos, tais como máquinas e equipamentos, veículos, entre outros. Nessa fase, a figura do artesão deixa de ser imprescindível em uma fábrica porque o foco era que o colaborador se tornasse especialista apenas na parte que ele fazia, e não precisa mais ter a visão do produto como um todo. Isso trouxe mais rapidez na produção e redução nos custos, uma vez que cada colaborador fabricava uma parte do processo. Para que o colaborador se tornasse especialista houve a necessidade de padronização, o que aconteceu de forma intensa nesse período, tanto no produto quanto no processo. Para avaliar se o colaborador estava atingindo as metas e conseguindo produzir conforme o padrão surgiu então, os primeiros gerentes de fábrica. Em relação ao tempo de trabalho, os colaboradores passavam cada vez mais tempo dentro das fábricas para ampliar o salário e o convívio familiar estava cada vez mais raro. O cliente deixou de participar da definição das características dos produtos, pois a padronizaçãoaboliu essa etapa. Outra característica importante dessa fase foi o surgimento dos sindicatos, que passaram a exigir melhorias no ambiente de trabalho, salários justos e segurança do trabalho. Mas, novamente os conceitos de produção evoluíram e surgiram as grandes fábricas. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 6 Grandes fábricas Nesse período, o mundo estava em guerra e havia necessidade de produção em larga escala principalmente de insumos bélicos. Entretanto, havia um detalhe que, até então, as fábricas não davam a devida a atenção: a qualidade na produção. Como o sistema anterior focava a produção em grande quantidade, o controle de qualidade era realizado no final da produção, o que fazia com que muitos produtos, depois de prontos, não se tornassem vendas porque não funcionavam. Certamente que essa metodologia era inadmissível para as empresas que forneciam para as guerras, uma vez que a qualidade do produto determinaria se os soldados sobreviveriam ou não. Então, para atender os requisitos, as grandes fábricas passaram por transformações. Segundo Gaither e Frazier (2002 p. 7-8), em 1790, Eli Whitney, inventor americano, desenvolveu o conceito de intercambiabilidade de peças. Sob esse conceito, Eli Whitney projetou rifles para serem fabricados pelo governo americano numa linha de montagem, de tal forma que as peças fossem produzidas com uma tolerância que permitisse que cada peça se encaixasse corretamente desde a primeira vez, evitando os retrabalhos. Entretanto para o que o conceito de Whitney fizesse sentido para os industriais, levou tempo. E foi nessa fase (produção industrial das grandes fábricas) que a invenção de Whitney levou os gestores das firmas refletirem que produzir com qualidade, reduziria custos, reduziria o lead time, minimizaria desperdícios com retrabalhos, refugos e sucatas e poderia ser utilizado como diferencial competitivo no mercado. No pós-guerra, essas grandes fábricas começaram a se espalhar pelo mundo com filiais e subsidiárias com o foco de produzir onde houvesse matérias- primas e mão de obra com custos menores. O investimento em qualidade se tornou uma necessidade, porque a concorrência cresceu exponencialmente e alguns mercados iniciaram o processo de saturação de determinados produtos. Durante esse período evolutivo brevemente exposto aqui, as mudanças nas fábricas acompanharam as transformações da sociedade, das necessidades humanas e do avanço da tecnologia. É fato também que inúmeros estudiosos e Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 7 empreendedores contribuíram, cada um na sua área de conhecimento, para que a produção chegasse aos padrões atuais. Alguns deles serão apresentados durante as aulas. Hoje os processos produtivos são altamente automatizados, a mão de obra especializada, as condições de trabalho estão bem melhores (pelo menos em boa parte do mundo) e a busca por um diferencial para que o cliente escolha o produto A em detrimento de B, tem exigido do marketing cada vez mais estratégias criativas. A administração da produção e das operações faz parte dessas estratégias organizacionais como diferencial competitivo. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 8 Diferenças entre Manufatura e Operações Para avançarmos na construção do conhecimento de administração da produção e operações, necessitamos conhecer as diferenças básicas que existem entre essas duas funções: produção e operações. A produção como atividade empresarial é bem antiga como percebemos durante o primeiro tema dessa aula, já a concepção das operações, é bem mais recente. A partir da colocação de Moreira (2008 p. 1), podemos dizer que a produção se encarrega da fabricação e montagem de produtos físicos, tais como mesas, cadeiras, veículos, confecções etc.; já operações se encarrega das prestações de serviços como advogados, engenheiros, manutenção, limpeza, conservação e afins. Mas temos que compreender que as atividades executadas em uma empresa comercial, tais como compra e venda de mercadorias, reposição, organização do estoque, abertura e fechamento da loja, manutenção predial e outros como: elevadores, escadas rolantes, provadores, também estão atreladas à palavra “operações”. Portanto, nesse material utilizaremos com frequência exemplos dessa natureza. Após o entendimento conceitual da diferença entre produção e operações, vamos analisar no que essas diferenças impactam para as empresas. Uma organização não se mantém sozinha no mercado, pense que se for uma indústria, terá serviços de apoio para sua atividade principal. Já se a empresa for uma prestadora de serviços, certamente terá alguns bens que darão suporte para a sua atividade principal. Esse é um conhecido conceito de Slack e Nigel (2002) — bens e serviços facilitadores —, mas que em algum momento impactou no pensamento empresarial da seguinte forma: o entendimento de que a empresa deve buscar focar os esforços em sua atividade principal (core business) e, consequentemente, terceirizar os demais processos para empresas especializadas nas atividades meio. Com isso, as indústrias passaram a melhorar seus processos Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 9 produtivos e seus produtos e terceirizaram muitos dos serviços, tais como: segurança patrimonial, refeitório, limpeza e conservação, engenharia, entre outros. As empresas de serviços por sua vez, também adotaram tal estratégia e terceirizaram parte das suas atividades que exigiam investimentos em máquinas e equipamentos, como por exemplo, os laboratórios. Muitos laboratórios atualmente contam apenas com o atendimento ao cliente e coleta de material, enviando para outras empresas realizarem os testes propriamente ditos, as quais enviam as análises e os laudos, pela internet. Em uma empresa industrial o investimento mais alto está em tecnologia, máquinas, equipamentos, sistemas, matérias-primas e o custo da mão de obra costuma ser menor, até porque emprega menos pessoas que as empresas de serviços. A capacitação da mão de obra é de ordem técnica, uma vez que os mesmos terão acesso às tecnologias específicas para manufatura. Já as prestadoras de serviços têm seu diferencial nas pessoas, com isso é bem provável que o investimento em recursos físicos seja menor que em recursos humanos, pois quem efetivamente “presta” o serviço ao cliente é um profissional especializado. Por conta disso, a capacitação dos colaboradores das áreas de serviços e atendimento ao cliente deve ser específica para atender à necessidade do público-alvo da organização. Assim como nas indústrias, muitas empresas de serviços e varejo estão automatizando parte de seus processos, mas ainda assim empregam muito mais pessoas que a indústria. Vamos analisar algumas situações! Na indústria temos processos produtivos automatizados, tais como máquinas e equipamentos que são programáveis por computador e fazem os processos praticamente sozinhos. Desde a alimentação da matéria-prima no início do processo até a embalagem do produto, pode ser feito sem o uso da mão humana. As fábricas também utilizam equipamentos de movimentação interna de materiais que transportam grandes quantidades de produtos por dentro da planta, pontes rolantes, esteiras transportadoras, dispositivos de nivelamento de docas, Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 10 veículos autoguiados, painéis indicadores da produtividade dos setores e outros recursos tecnológicos. As empresas prestadoras de serviços ou varejistas modernas também utilizam recursos tecnológicos que deixam o cliente autônomo, reduzindo a necessidade de mão de obra para o atendimento básico. Por exemplo: os terminais de autoatendimento das agências bancárias, internet banking, máquinas automáticasde venda de café, sucos, refrigerantes, jornais, livros. Já os varejistas oferecem o autosserviço ao cliente como escolha do produto, prova do produto, caixas automáticos onde o próprio cliente registra sua compra, paga e embala seu produto. No estudo das diferenciações entre produção e operações uma atenção especial deve ser dada para a participação das pessoas no processo. Se em uma fábrica, a produtividade, e na maioria dos casos, a qualidade está atrelada à máquina utilizada, na empresa de serviço é o colaborador quem imputa qualidade ao serviço, uma vez que nessa modalidade o cliente participa do processo. Dessa forma a percepção da qualidade pelo cliente é registrada no momento da execução do serviço. Esse fator faz toda a diferença para uma organização que quer oferecer qualidade de atendimento ao seu cliente. Isso servirá de norteador nas estratégias da organização. Gianesi e Corrêa (2007 p. 44), explicam que uma empresa de serviço agrega valor ao cliente através das atividades de front office (linha de frente — os colaboradores que efetivamente atendem o cliente) e também de back room (retaguarda — os colaboradores que trabalham nos “bastidores”) e dão suporte ao pessoal de front office. Acompanhe, a seguir, um exemplo das atividades que ocorrem no front office e no back room propostas pelos autores que frisam que a separação de alto e baixo contato permitem que estas sejam geridas de maneira diferente e empregando recursos diferentes. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 11 Figura 1 — Sistema de Operações de Serviço Adaptado de GIANESI; CORRÊA, 2007, p. 42 Ao observar esse sistema, o gestor deve certificar-se de quais conhecimentos, habilidades e atitudes cada colaborador necessita para executar suas atividades com maestria. Além disso, o colaborador da linha da frente deve ter capacitação diferenciada para atender o cliente dentro do padrão exigido pelo mesmo. Tal colaborador deve ser cortês, educado, prestativo, conhecer profundamente o processo e o serviço que está entregando ao cliente, bem como de suas competências em termos de soluções de problemas. Esses elementos são importantes na avaliação da qualidade pelo cliente. Isso não significa dizer que um colaborador do back room e até mesmo de uma linha de produção não necessite desses predicados, quanto mais capacitado for um colaborador, independente da área em que o mesmo trabalhe, é melhor para empresa. O que precisa ficar claro é que na linha de frente isso deve ser visto como obrigatório. Mesmo com tantas diferenças entre produção e operações, ainda assim é possível utilizar os mesmos conceitos em ambos os lados. É necessário apenas adaptação dos conceitos respeitando as especificidades de cada função: produção ou de operações. Front Office (linha de frente) • Alto contato com o cliente • Incerteza • Variabilidade • Difícil controle Salão de restaurante Back Room (retaguarda) • Baixo contato com o cliente • Previsibilidade • Padronização • Melhor controle Cozinha do restaurante Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 12 A contribuição do Taylorismo e do Fordismo Em todas as épocas houve pesquisadores e empreendedores que se preocuparam com tais elementos e foram responsáveis por grandes avanços em suas áreas de atuação. Vamos conhecer Frederick Winslow Taylor e Henry Ford, os quais são dois excelentes exemplos. Segundo Maximiano (2009 p. 37-38), Taylor foi o criador e participante mais destacado do movimento da administração científica. Ele é considerado a figura central desse movimento não apenas pela natureza das suas contribuições, mas também porque muitos o reconheciam como sua liderança. Quando Taylor trabalhou na empresa Midvale Steel, uma usina siderúrgica, ele começou a observar o que considerava má administração, os quais ainda podem ser observados em algumas empresas até hoje, entre eles: • Corpo mole dos colaboradores. • Relação de má qualidade entre colaboradores e gerentes. • Não havia incentivos para melhorar o desempenho do trabalhador. • Muitos trabalhadores não cumpriam suas responsabilidades. • As decisões dos administradores baseavam-se nas intuições e no palpite. • Não havia integração entre os departamentos das empresas. • Os trabalhadores eram colocados em tarefas para as quais não tinham aptidão. • Havia conflitos entre os capatazes e operários a respeito da quantidade da produção. As dificuldades aqui relatadas foram levantadas por Taylor entre 1874 e 1878, mas são tão atuais que é como se os trabalhos fossem uma consultoria dos dias de hoje. O movimento da Administração científica desenvolveu-se em três momentos, conforme apresentado a seguir: Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 13 Figura 2 — Três momentos da administração científica Adaptado de: Maximiano, 2009, p. 39. As fases desse movimento evidenciam a evolução dos estudos da administração científica onde Taylor desenvolveu estudos em cada uma delas, mas vamos conhecer o resultado dos trabalhos, o qual ficou conhecido como sistema de Produção de Taylor por Gaither e Frazier (2002, p. 9). A habilidade, a força e a capacidade de aprendizagem eram determinadas para cada trabalhador, de forma a colocar as pessoas em funções nas quais pudessem se adaptar melhor. Cronometragens eram usadas para definir com precisão a produção padrão por trabalhador em cada tarefa. O produto esperado em cada tarefa era usado para planejar e programar o trabalho e para comparar diferentes métodos de executar as tarefas. Cartões de instrução, roteiros e especificações de materiais eram usados para coordenar e organizar a fábrica, a fim de que os métodos e o fluxo de trabalho pudessem ser padronizados, e os padrões de produção da mão de obra pudessem ser satisfeitos. A supervisão foi melhorada através de cuidadosa seleção e treinamento. Taylor apontava frequentemente que a administração era negligente em executar suas funções. Ele acreditava que a administração tinha de aceitar as responsabilidades de planejamento, organização, controle e determinação de métodos, e não deixar suas funções para os trabalhadores. Primeira fase • Ataque ao “problema dos salários”. • Estudo sistemático do tempo. • Definição de tempos-padrão. • Sistema de administração das tarefas. Segunda fase • Ampliação do escopo, da tarefa para a administração. • Definição de princípios de administração do trabalho. Terceira fase • Consolidação dos princípios. • Proposição de divisão de autoridade e responsabilidades dentro da empresa. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 14 Sistemas de pagamento por incentivo foram iniciados para aumentar a eficiência e aliviar dos encarregados sua responsabilidade tradicional de impulsionar os trabalhadores. As experiências de Taylor e os métodos criados por ele provocaram reações favoráveis e adversas em sua época e até nos dias atuais, mas o fato é que o avanço que as empresas conseguiram depois de utilizarem suas técnicas é notável. Agora vamos conhecer um pouco o trabalho de Henry Ford, o qual também muito contribuiu para a administração da produção. Assim como o nome de Taylor está associado a administração científica, o nome de Ford está associado a linha de montagem móvel. Foi ele quem utilizou com maestria o conceito da fabricação em massa que preconiza o uso de peças padronizadas e trabalhador especializado. As contribuições de Ford iniciaram em 1910, quando ele estabeleceu a primeira planta dedicada exclusivamente à montagem final de produtos com peças fabricadas em plantas distintas. Isso ainda é um conceito muito utilizado pelas grandes montadoras até os dias de hoje. Em 1914, a Ford (o mesmo nome do seuproprietário) adotou a linha de montagem e passou a montar um veículo em 1h e 33min de trabalho (antes eram necessários 12h e 28min). A produção mais rápida trouxe produtividade e muito mais veículos foram produzidos e seus custos de produção reduzidos (Maximiano, 2009, p. 46). Mas Ford sempre foi inquieto e buscava mais inovações para seus negócios, e, ainda em 1914, adotou um dia de trabalho de 8h, duplicou o valor dos salários (para 5 dólares por dia), porque considerava que seus operários deveriam ter poder de compra para ter um veículo que montava. Ford entendia o cliente como seu principal objetivo e procurou atendê-los da melhor forma possível. Em 1908 ele já tinha criado um Manual de 64 páginas onde o comprador do veículo poderia encontrar respostas para 140 possíveis falhas que o veículo pudesse apresentar. No modelo Fordista de produção o colaborador precisava ser especializado e novos cargos surgiram dentro da fábrica, tais como engenheiro industrial, engenheiro de produção, especialistas para controlar a qualidade, técnicos para Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 15 calibrar e reparar ferramentas, reparadores (artesões) nos finais das linhas para fazer os últimos ajustes no produto ou corrigir alguma falha. O modelo Ford de produção transformou fábricas pelo mundo todo, uma vez que ele não escondia suas técnicas e em 1926 a Ford já estava presente em 19 países, além dos Estados Unidos. Até sua morte, em 1947 foram produzidos 17 milhões de veículos Ford T. Tanto os modelos taylorista e fordista podem ser aclamados ou refutados por inúmeras razões, sendo o mais representativo deles, a repetitividade da atividade operacional. Com o tempo, os colaboradores perderam totalmente a noção do que fabricavam (lembre-se que na fase artesanal um artesão fabricava o produto por inteiro) e ainda foram acometidos por doenças ocupacionais do trabalho. A ocorrência de doenças como: LER (Lesão por Esforço Repetitivo), tendinites, alergias e dermatoses, depressão, perda auditiva e outras, foram aumentando gradativamente, gerando um alto índice de afastamento do colaborador de suas atividades laborais. Isso gerou desgaste nas relações trabalhistas e com a entrada dos sindicatos, o segundo ponto foi bastante debatido e negociado com a exigência de melhoria nas condições de trabalho e busca de alternativas que deixassem os colaboradores menos robotizados. No entanto, não se pode negar que Taylor e Ford desenvolveram técnicas e metodologias de trabalho fantásticas, com a tecnologia rudimentar que existia a mais de cem anos atrás. Suas ideias visionárias ainda ajudam empresas a repensarem seus processos e buscarem melhoria contínua até os dias atuais. Podemos concluir que Taylor e Ford fizeram o melhor que puderam com os recursos de que dispunham. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 16 O Sistema Toyota de Produção e os Desperdícios O Sistema Toyota de Produção e os Desperdícios (STP) nasceu nos anos 1950, quando Sakichi Toyoda (proprietário da Toyota) e Taichi Ohno (engenheiro da Toyota) visitaram a Ford nos Estados Unidos para conhecer o sistema Ford de produção. Ambos tinham expectativas de que o modelo mais famoso do mundo pudesse auxiliá-los a transformar a Toyota em uma grande fábrica também. Ao chegar à Ford analisaram o modelo utilizado e concluíram que exatamente daquela forma, não seria possível utilizar no Japão, por questões culturais e de modelo de gestão das empresas japonesas. Mas vislumbraram a possibilidade de utilizar alguns conceitos que Ford já havia perpetuado (como a linha de produção em movimento, por exemplo) e criar um modelo de produção que atendesse as particularidades da Toyota. E assim, o fizeram. Toyoda e Ohno traduziram o sistema fordista de produção para uma metodologia mais simples e racional. A primeira geração do STP está representada na figura a seguir, onde os dois princípios mais importantes são fabricar produtos de qualidade na primeira tentativa e eliminar desperdícios para garantir a produtividade. O STP tem como fundamento que, para fazer esses dois princípios acontecerem efetivamente dentro da empresa, a participação e o comprometimento do seu capital humano. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 17 Figura 3 — Sistema Toyota de Produção Adaptado de Maximiano (2009) p. 135 Para que o STP se tornasse realidade, seus mentores trabalharam firmemente sobre algumas bases que trouxeram os resultados esperados. E segundo Paranhos (2007, p. 179), depois de muitos anos de dedicação e eliminação dos desperdícios, a Toyota classificou-os em sete grandes categorias, as quais servem de referencial para qualquer empresa que esteja interessada em implantação da produção enxuta (produção enxuta é a evolução do STP). Tais desperdícios são: excesso de produção, tempo de espera, transporte, processo, inventários, movimento e produtos defeituosos. Vamos conhecê-los um pouco melhor? Excesso de produção Produzir além do que o cliente solicitou é um dos grandes erros das firmas. Algumas organizações optam por fabricar por lotes para “aproveitar” o setup, sem perceber que o excedente ocasionará outros custos como espaço para armazenagem, necessidade de mais pessoas para manusear e cuidar desse estoque, entre outros. P ro d u ti v id a d e Participação Q u a li d a d e Sistema Toyota Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 18 Tempo de espera Uma linha de produção não pode esperar. Se os colaboradores precisam aguardar o abastecimento das matérias-primas, aguardar a chegada de O.Ps e O.Fs (Ordens de Produção / O.Fs Ordens de Fabricação), a troca de ferramentas, gabaritos e afins, é porque não há cadência na produção. Em uma fábrica, quanto mais rápido o produto for produzido, menor é o seu custo de produção e esperar, não combina com isso. Transporte Normalmente ocorre devido à má disposição das linhas de produção, dos locais dos estoques e do layout mal organizado. Cada vez que um produto é movimentado desnecessariamente (desviar de produtos estocados no meio da fábrica, transportar produtos por longas distâncias dentro da planta) é considerado um desperdício. A planta deve ser projetada ou estar organizada de forma que o transporte interno ocorre o mínimo possível, para não haver perda de tempo. Processo Esse desperdício acontece quando o processo é muito complexo ou confuso, com muitos procedimentos, quando necessita de muitos ajustes ou trocas de ferramentas, quando os desenhos precisam ser “traduzidos” para o operador e quando se utilizam metodologias inadequadas. Quanto mais complexo for o processo, mais tempo é necessário para fabricar uma única peça. Inventário Esse desperdício significa estoques. Os estoques são os vilões das empresas porque comprometem o capital giro das mesmas, ocupa espaço, equipamentos de movimentação interna, sistema e ainda corre o risco de se tornar obsoleto e de sofrer danos, furtos e roubos e ocultar problemas de qualidade. É um dos desperdícios mais comuns entre as empresas. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 19 Movimento O desperdício de movimento ocorre quando os colaboradores necessitam se deslocar entorno da sua estação de trabalho ou entorno da máquina. Quando a disposição do local de trabalho não está ergonomicamente adequada e o colaborador precisa fazer parte do processo em pé, parte do processo sentado, entre outras situações. Produto defeituoso Quando há um produto defeituoso, significa dizer que o mesmo já está pronto! Ou seja, passou por todas as fases da produção, agregou todos os custos (mão de obra, insumos, energia, entre outros) e ao sair da linha de produção, é um produto não vendável. O mesmo se tornará um refugo,uma sucata ou terá que ser retrabalhado. Tal desperdício acontece quando a empresa não possui procedimentos adequados para evitar que produtos sejam produzidos fora das especificações e das necessidades dos clientes. O STP já recebeu contribuições de outras organizações e de pesquisadores, e outros desperdícios foram incorporados, tais como: Capital humano Esse desperdício é mais comum nas organizações do que se imagina. O mesmo acontece quando a empresa não tem políticas claras de cargos e salários, de crescimento profissional e também quando aloca pessoas em atividades as quais ela não tem perfil. O efeito negativo de não ter um plano de carreira está no fato da empresa não conseguir reter talentos. E o segundo efeito está em desperdiçar bons colaboradores, porque os mesmos não têm um bom desempenho em determinada função, e a empresa não faz um esforço para transferi-lo para outro setor, portanto simplesmente o demite. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 20 Falha na comunicação Esse desperdício também é recorrente nas organizações. Se a comunicação não é eficiente, inúmeras atividades-chaves podem deixar de ser realizadas. E o inverso também é verdadeiro, porque inúmeras atividades desnecessárias podem ser realizadas por falha na comunicação. Embora os estudos da caça aos desperdícios propostos pela Toyota foram (e ainda são), de extrema relevância para as organizações, a contribuição que a mesma fez para as outras áreas empresariais, principalmente a área da Qualidade, é incomparável. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 21 Novos modelos de Produção: Volvo e Volkswagen A empresa Volvo é uma fábrica de caminhões tecnológica e inovadora. Os produtos da Volvo chegaram ao Brasil em 1934 através de importações e o final da década de 1970 iniciou a construção de uma fábrica de caminhões fora do eixo do ABC paulista, em Curitiba, no Estado do Paraná. O estudo da localização apontou essa região como promissora para Volvo devido à nova infraestrutura criada exatamente para atrair novos negócios para um Estado tipicamente agrícola naquela época. Para isso, foi criada a CIC (Cidade Industrial de Curitiba) com toda a infraestrutura que uma indústria necessitava para se instalar. A estratégia deu certo e, em 4 de Dezembro de 1980, a empresa começou a operar na nova planta. Surge então a Volvo do Brasil. O pioneirismo da empresa atraiu novas empresas, principalmente as que tinham interesse em fornecer para uma empresa do porte da Volvo. A base do sistema da Volvo está pautada nas pessoas, na segurança de seus produtos (representado pela alta qualidade) e na sustentabilidade do meio ambiente. A empresa entende que seu capital humano é o seu maior ativo, pois são pessoas que tem ideias e sonhos e ao se sentirem desafiadas, estiverem capacitadas e forem disponibilizadas as ferramentas corretas, farão o diferencial na empresa. Em relação a segurança dos produtos, a Volvo entende que seu produto deve ser projetado para atender à necessidade do cliente e da sociedade sem colocar a segurança dos mesmos em risco. Devido a isso, constantes investimentos são realizados para o desenvolvimento de produtos cada vez mais seguros e para isso a qualidade de seus processos deve ser perfeita. A busca pela perfeição não é uma ideologia vazia na empresa, e sim, uma das metas da companhia. Já em relação aos cuidados com o meio ambiente e com a sustentabilidade, a Volvo trata esses elementos como parte de seus valores corporativos. Para isso investe em economia de energia na produção, na reciclagem, na Gestão Ambiental e também na capacitação dos seus colaboradores com o viés de torná-los Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 22 multiplicadores dessas práticas. Além disso, a empresa é pioneira no Brasil em pesquisas de combustíveis de fontes renováveis e no desenvolvimento de veículos híbridos. Além disso, a Volvo atua fortemente em programas sociais de incentivo à cultura, ao esporte e a educação, ao desenvolvimento da comunidade em que está inserida e ao resgate a cidadania de outras comunidades carentes próximas, evidenciado a preocupação com o Desenvolvimento Local Sustentado (DLS). Com o tempo a Volvo desenvolveu sua própria sistemática de trabalho e se tornou referência mundial em pesquisa, desenvolvimento e capital humano altamente capacitado. Com plantas produtivas e subsidiárias, em vários países do mundo, é exemplo de negócio global bem-sucedido. A empresa utiliza processos altamente automatizados, mas, mesmo assim, emprega milhares de pessoas pelo mundo. Tem como preocupação também a fabricação de produtos globais, mas com o devido respeito as regionalidades. Para atingir o patamar de empresa com modelo próprio de gestão a Volvo adotou os critérios estipulados pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), e com isso já recebeu três vezes o prêmio concedido por essa Instituição no Brasil (2009, 2012 e 2015). Para atingir excelência em sua gestão, a empresa adotou a gestão por competências, envolveu todas as áreas da empresa. Como estratégia, reestruturou o trabalho interno, criou parâmetros para comparação de resultados, fomentou a realização de benchmarking com as melhores práticas globais e realinhou seus indicadores com os objetivos estratégicos. Além disso, definiu um modelo de aprendizado contínuo para que seu capital intelectual estivesse sempre na vanguarda da inovação e das melhores práticas. Sistema de Produção Volkswagen (SPVW) O Sistema de Produção Volkswagen (SPVW) está pautado na tecnologia, na inovação, na formação do capital humano e na produção mais limpa. A empresa de origem alemã chegou ao Brasil em 1953 com a meta de formar um mercado consumidor para automóveis. Sua estratégia inicial foi produzir veículos robustos, Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 23 com preços acessíveis e de fácil manutenção. Com o tempo houve a necessidade de expandir a fabricação e a Volkswagen atualmente conta com três plantas no Estado de São Paulo (Taubaté e São Bernardo do Campo, São Carlos) e uma no Estado do Paraná, na cidade de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. O SPVW foi desenvolvido a partir do sistema de produção enxuta da Toyota. A Volkswagen traduziu os princípios utilizados na Toyota para a realidade dos seus processos e para a cultura de trabalho do estilo germânico e na regionalização das suas plantas. Tal sistema está fundamentado no foco no mercado, na manufatura flexível (nos sistemas tecnológicos, nos processos e nas pessoas) e na sustentabilidade. De acordo com o trabalho de Fabio Luiz Carneiro da Escola de Engenharia de São Carlos (USP), o SPVW aborda 9 elementos-chaves para que a empresa possa perpetuar seu modelo de produção. São eles: 1 Trabalho em equipe. 2 Gerenciamento visual. 3 Organização do posto de trabalho. 4 Trabalho padronizado. 5 Solução de problemas. 6 Sistemas de materiais. 7 Processos padronizados de qualidade. 8 Manutenção preventiva total (MPT). 9 Qualificação e treinamento. Para implementar o sistema, houve intensa capacitação dos colaboradores para que os mesmos compreendessem a envergadura desse projeto e se comprometessem com a execução das tarefas com qualidade. Foram realizados investimentos em sistemas informatizados e tecnologia de última geração para dar suporte à implantação em todas as plantas, além de desenvolvimento de processos produtivos mais limpos, com a implantação da ISO 14001, com economia dos Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 24 recursos naturais e programas de desenvolvimento local sustentado com projetos sociais. Para cada elemento exposto foram utilizadas ferramentas e metodologias já utilizadas no mercado e algumasforam criadas especialmente para atender as demandas da organização. As aplicações dos conceitos desenvolvidos inicialmente pelos estudos de Taylor, os quais com o passar dos anos foram aprimorados por Ford, pela GM (General Motors) e outras, possibilitaram a criação de sistemas extremamente eficientes e de sucesso como o Sistema Toyota, da Volvo e da Volkswagen da produção. O investimento em inovação, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e novas tecnologias fazem do setor automotivo mundial referência em qualidade, produtividade, flexibilidade, confiabilidade e efetividade. O futuro do automobilismo no mundo desafia constantemente tais organizações a formatarem novas estratégias, tentarem novas maneiras de fazer cada vez mais, produtos melhores e que sejam adaptáveis as necessidades da sociedade, hoje e amanhã. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 25 Trocando ideias Nessa aula estudamos sobre a evolução da gestão da produção e de operações. Aprendemos que essa disciplina nasceu no artesanato e hoje as indústrias são praticamente laboratórios de inovação e tecnologia. Discuta com seus colegas no fórum, disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem, sobre as inovações que ainda está por vir! O que mais ainda pode ser inventado para facilitar a vida do consumidor? Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 26 Na Prática Para conhecer um pouco mais a Volvo e a Volkswagen, os dois gigantes do automobilismo, acesse os links a seguir. http://www.vwbr.com.br/ImprensaVW/page/Producao.aspx https://www.youtube.com/watch?v=Ra_d0FHN5RI Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 27 Síntese Nessa aula tivemos o primeiro contato com os conceitos da administração da Produção e Operações. Acessamos inúmeras informações através da apresentação de alguns momentos históricos que fizeram toda a diferença para a evolução da produção de bens e agora também de serviços. Visitamos os princípios da Administração científica e conhecemos ícones como Taylor, Ford e Sakichi Toyoda, os quais contribuíram para que a produção industrial se tornasse o laboratório de inovação dos dias atuais. Mas essa primeira aula foi apenas o começo da construção do conhecimento dessa disciplina instigante que dá forma aos produtos e serviços que utilizamos em nosso cotidiano. Bons estudos! Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 28 Referências ANDREOLI, Taís Pasquotto; AHFELDT, Rony. Organização de sistemas produtivos: decisões estratégicas e táticas. Curitiba: InterSaberes, 2014. DALLA COSTA, Armando João. SANTOS, Elson Rodrigo de Souza. Estratégias e negócios das empresas diante da internacionalização. Curitiba: Ibpex, 2011. GAITER, Norman, FRAZIER, Greg. Administração da Produção e Operações. 8. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2002. GIANESI, Irineu G. N; CORRÊA, Luiz Henrique. Administração estratégica de serviços: operações para a satisfação do cliente. São Paulo: Atlas, 2007. MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. TGA — Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 2009. MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da produção e operações. 2. ed. rev.e ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2008. PAIXÃO, Alessandro Eziquiel. Sociologia geral. Curitiba: Intersaberes, 2012. PARANHOS FILHO, Moacyr. Gestão da produção industrial. Curitiba: Intersaberes, 2012. SLACK, Nigel. CHAMBERS, Stuart. JOHNSTON, Robert. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.