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Universidade Federal de Santa Maria Departamento de F´ısica F´ısica Experimental II Aula Experimental I Construc¸a˜o de Gra´ficos e Linearizac¸a˜o Autores: Denilson Bona Junior - Eng. Civil Turma 11 Amanda Furlin Renosto - Eng. Civil Turma 11 Data do Experimento: 15 de Marc¸o de 2018 Conteu´do 1 Introduc¸a˜o 1 2 Objetivos 1 3 Materiais Utilizados 1 4 Referencial Teo´rico 1 4.1 Escolha do Papel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 4.2 Escolha dos Eixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 4.3 Determinac¸a˜o da Escala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 4.4 Marcac¸a˜o dos Pontos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 4.5 Trac¸ado da Curva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 4.6 Determinac¸a˜o dos Paraˆmetros da Func¸a˜o Linear . . . . . . . . 3 4.6.1 Ca´lculo do Coeficiente Angular . . . . . . . . . . . . . 3 4.6.2 Ca´lculo do Coeficiente Linear . . . . . . . . . . . . . . 3 4.7 Linearizac¸a˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 4.7.1 Linearizac¸a˜o no Papel Di-log . . . . . . . . . . . . . . . 5 4.7.2 Linearizac¸a˜o pelo Me´todo da Mudanc¸a de Varia´veis . . 5 5 Procedimento Experimental 6 5.1 Representac¸a˜o dos Dados no Papel Milimetrado . . . . . . . . 6 5.2 Identificando o Tipo da Func¸a˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5.3 Determinac¸a˜o dos Paraˆmetros da Func¸a˜o . . . . . . . . . . . . 7 5.4 Estabelecendo a Relac¸a˜o Matema´tica Usando Papel Milime- trado e Di-log . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 5.5 Estabelecendo a Relac¸a˜o Matema´tica Usando o Me´todo da Mudanc¸a de Varia´veis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 6 Discussa˜o dos Resultados 9 7 Conclusa˜o 10 8 Referencial Bibliogra´fico 10 9 Anexos 10 1 Introduc¸a˜o Os gra´ficos se tornaram recursos indispensa´veis no estudo e no desenvolvi- mento da f´ısica, assim como nas demais cieˆncias, uma vez que estes facilitam a visualizac¸a˜o e a compreensa˜o dos dados analisados. De forma geral, um gra´fico representa as conexo˜es entre duas ou mais grandezas e sera´ apresen- tado nesse relato´rio, assim como os me´todos utilizados para linearizar uma curva. 2 Objetivos O objetivo desta aula experimental e´ familiarizar os alunos na inter- pretac¸a˜o e construc¸a˜o apropriada de gra´ficos, assim como a identificac¸a˜o da func¸a˜o matema´tica da curva gerada a partir dos dados fornecidos e os me´todos utilizados para linearizar esta curva, quando necessa´rio. 3 Materiais Utilizados Para este experimento se fara´ necessa´rio o uso de papel milimetrado e papel di-log. 4 Referencial Teo´rico 4.1 Escolha do Papel Existem va´rios tipos de pape´is que podem ser utilizados na construc¸a˜o de gra´ficos e estes devem ser escolhidos de acordo com a necessidade. Nessa aula, sera´ inicialmente utilizado o papel milimetrado e posteriormente o papel di-log. 4.2 Escolha dos Eixos Existem varia´veis de dois tipos: as dependentes e as na˜o dependentes. As varia´veis dependentes devem sempre ser marcadas no eixo Y (ordenada) e as varia´veis independentes sobre o eixo X (abcissas), como mostrado na Figura 1 a` esquerda, que representa um gra´fico da velocidade (V) em func¸a˜o 1 do tempo (t), onde V e´ a varia´vel dependente. Fora da regia˜o quadriculada do papel milimetrado deve-se identificar as varia´veis utilizadas, seguidas da sua unidade colocada entre pareˆnteses. Figura 1: Escolha dos eixos no plano cartesiano Fonte: Do autor 4.3 Determinac¸a˜o da Escala Deve-se utilizar uma escala ”limpa”e fa´cil de ser lida e interpretada, evitando-se nu´meros que tornem necessa´rios o uso de ca´lculos para encontrar o ponto no gra´fico. Depois de escolhida, a escala deve ser marcada nos eixos por pequenos trac¸os que indicam o valor da grandeza. 4.4 Marcac¸a˜o dos Pontos Os pontos devem ser marcados no gra´fico utilizando formas e sinais que os distinguam de outros poss´ıveis pontos na˜o experimentais e que na˜o deixem du´vidas sobre sua localizac¸a˜o. Se conjuntos diferentes de pontos forem re- presentados no mesmo gra´fico, deve ser feito uso de diferentes s´ımbolos para cada conjunto. 4.5 Trac¸ado da Curva Uma vez que todos os pontos esta˜o marcados deve-se trac¸ar a curva. E´ importante saber que os pontos nunca devem ser unidos um a um. Portanto, a curva deve ser suave e cont´ınua, ajustando-se da melhor forma poss´ıvel aos pontos e na˜o necessariamente passando por todos os pontos, como mostrado na Figura 2. 2 Figura 2: Trac¸ado da curva Fonte: Do autor 4.6 Determinac¸a˜o dos Paraˆmetros da Func¸a˜o Linear Em um gra´fico linear, obteremos uma reta dada pelos pontos marcados. Sabemos da geometria anal´ıtica que a equac¸a˜o geral da reta e´ dada por y(x) = ax + b onde a e´ o coeficiente angular e b e´ o coeficiente linear da reta. 4.6.1 Ca´lculo do Coeficiente Angular O coeficiente angular pode ser calculado pelo quociente: a = ∆y∆x = (y2−y1) (x2−x1) onde (x1, y1) e (x2, y2) sa˜o dois pontos quaisquer pertencentes a reta. Deve-se salientar que estes pontos na˜o devem ser pontos experimentais, uma vez que estes nem sempre pertencem a` reta. 4.6.2 Ca´lculo do Coeficiente Linear Existem duas maneiras de realizar o ca´lculo do coeficiente linear: na pri- meira, deve-se escolher um ponto na˜o experimental da reta e substituir na equac¸a˜o da reta. Utilizando os pontos ( x3, y3)teremos: y(x) = ax + b 3 b = y(x)–ax b = y3 − a.x3 Podemos utilizar a segunda maneira quando e´ poss´ıvel prolongar a reta ate´ esta fazer uma intersecc¸a˜o com o eixo y, ja´ que: y(x) = ax + b y(x = 0) = a.0 + b y(x = 0) = b 4.7 Linearizac¸a˜o Diversas vezes obteremos um gra´fico em forma de curva ao inve´s de um gra´fico linear, portanto, para encontrar os coeficientes desta curva, e´ ne- cessa´rio transformar este gra´fico em uma reta. Esse processo e´ conhecido como linearizac¸a˜o. Possu´ımos, por exemplo, uma func¸a˜o da forma y(x) = axn e queremos encontrar a e n. Para isso, aplicamos o logaritmo dos dois lados da igualdade: log y = log a + n log x Realizaremos a troca de varia´veis: Y = log y A = log a X = log x Assim, obteremos a equac¸a˜o da reta: Y = A+nX, onde A e´ o coeficiente linear da reta. Aplicando a func¸a˜o inversa ao log obteremos a da func¸a˜o y(x) = axn: a = log−1A Podemos obter n da seguinte maneira: n = (log y2−log y1)(log x2−log x1) 4 4.7.1 Linearizac¸a˜o no Papel Di-log Se possuirmos o papel di-log, basta inserir os dados fornecidos e obtere- mos o gra´fico linear. Se na˜o houver mudanc¸a na escala, o coeficiente linear pode ser encontrado fazendo a intersecc¸a˜o com o eixo y, assim como apre- sentado anteriormente na sec¸a˜o 4.6.2. O coeficiente angular pode enta˜o ser encontrado como apresentado na sec¸a˜o 4.7. 4.7.2 Linearizac¸a˜o pelo Me´todo da Mudanc¸a de Varia´veis Se conhecermos o valor de n, podemos utilizar o me´todo da mudanc¸a de varia´veis para encontrar os coeficientes. Se, por exemplo, possuirmos uma func¸a˜o da forma y = axn + b com n = 2, podemos prosseguir da seguinte forma: primeiramente, realizaremos a mudanc¸a de varia´veis da seguinte ma- neira: Y = y A = a B = b X = x2 Teremos a equac¸a˜o linear da forma Y = AX +B. O gra´fico enta˜o ficara´: Figura 3: Linearizac¸a˜o por mudanc¸a de varia´veis Fonte: Do autor Novamente, b pode ser encontrado ao fazer a intersecc¸a˜o com o eixo Y e a pode ser encontrado da seguinte forma: 5 a = ∆Y∆x2 5 Procedimento Experimental Foram fornecidos os seguintes dados da posic¸a˜o (x) em func¸a˜o do tempo (t). Tabela 1: Dados da posic¸a˜o em func¸a˜o do tempo t(s) x(cm) 0 0,0 1 2,2 2 7,7 3 18,4 4 31,3 5 51,0 5.1 Representac¸a˜o dos Dados no Papel Milimetrado Logo apo´s a observac¸a˜o dos dados da tabela, determinou-se as varia´veispara cada eixo: como varia´vel independente escolheu-se o “t”, o qual compoˆs o eixo das abscissas do gra´fico, com seus valores em segundos; e para o eixo das ordenadas os valores de “x”, varia´vel dependente, em cent´ımetros. Escolheu-se tambe´m uma escala favora´vel ao gra´fico e em seguida foram sendo marcadas cada uma das relac¸o˜es dos valores da tabela. Estes pontos obtidos atrave´s dessas relac¸o˜es, foram bem marcados e sinalizados simboli- camente, para uma melhor visualizac¸a˜o. Em seguida da obtenc¸a˜o dos pontos, a` ma˜o livre, uniu-se cada um deles obtendo o trac¸ado da curva e desta forma obtendo o gra´fico no papel milime- trado utilizado. Para a visualizac¸a˜o e melhor compreensa˜o desta atividade, o gra´fico (Gra´fico 1) aqui mencionado esta´ anexado ao fim do presente re- lato´rio. 5.2 Identificando o Tipo da Func¸a˜o Com a elaborac¸a˜o do gra´fico pode-se observar e identificar como as varia´veis de cada eixo se relacionam, para a obtenc¸a˜o do gra´fico da func¸a˜o. 6 Analisando, percebe-se que a curva identificada representa uma para´bola, com a concavidade voltada para cima, ou seja, crescendo no eixo das orde- nadas, enquanto o eixo das abscissas tambe´m vai aumentando. 5.3 Determinac¸a˜o dos Paraˆmetros da Func¸a˜o Observando o modo de crescimento do gra´fico deve-se determinar a relac¸a˜o encontrada no gra´fico abordado. Observando-o encontramos uma relac¸a˜o de poteˆncia representada por: y = axn Onde para encontrarmos os valores de a e de n, considerados como os paraˆmetros da func¸a˜o, aplicamos o logaritmo em ambos os lados da igualdade, linearizando tal expressa˜o, este procedimento ja´ foi melhor apresentado na sec¸a˜o 4.7 deste relato´rio. 5.4 Estabelecendo a Relac¸a˜o Matema´tica Usando Pa- pel Milimetrado e Di-log Para determinar os paraˆmetros da func¸a˜o, precisamos linearizar o gra´fico parabo´lico obtido anteriormente. Para conseguirmos tal linearizac¸a˜o em pa- pel milimetrado, primeiramente aplicamos a func¸a˜o logaritmo em todos os valores da tabela, tanto para os valores dos tempos, tanto para os dos deslo- camentos. Obtendo os seguintes resultados: Tabela 2: Dados da posic¸a˜o em func¸a˜o do tempo e seus respectivos logs t(s) log t(s) x(cm) log x (cm) 1 0 2,2 0,34 2 0,30 7,7 0,89 3 0,48 18,4 1,26 4 0,60 31,3 1,50 5 0,70 51,0 1,71 O valor encontrado para A foi de 0,34, uma vez que neste valor a reta faz uma intersecc¸a˜o com o eixo x(t), como pode ser visto no Gra´fico 2 anexado 7 a este relato´rio. Utilizando a relac¸a˜o estabelecida na sec¸a˜o 4.7: a = log−1A a = 10A a = 100,34 a = 2, 18 a = 2, 18 Este valor tambe´m pode ser observado no gra´fico linearizado em papel di-log (Gra´fico 3), onde a intersecc¸a˜o com o eixo x(t) esta´ em 2,2. Para encontrar o valor de n foram utilizados os pontos (0,52 ; 1,36) e (0,7 ; 1,71) que pertencem a` reta: n = ∆logx∆logt n = 1,71−1,360,7−0,52 n = 1, 95 n ' 2 Assim estabeleceu-se que a equac¸a˜o desta curva e´ dada por x(t) = 2, 18t2 5.5 Estabelecendo a Relac¸a˜o Matema´tica Usando o Me´todo da Mudanc¸a de Varia´veis Partindo do princ´ıpio de que conhecemos que n = 2, podemos utilizar o me´todo da mudanc¸a de varia´veis para linearizar a curva. O gra´fico linearizado desta forma esta´ anexado ao presente trabalho (Gra´fico 4). Para encontramos uma equac¸a˜o do tipo Y = AX + B, ou ainda X(T ) = AT +B considerou-se que T = t2 e foram encontrados os seguintes valores: 8 Tabela 3: Dados da posic¸a˜o em func¸a˜o do tempo com T = t2 t(s) t2 (s) x(cm) 1 1 2,2 2 4 7,7 3 9 18,4 4 16 31,3 5 25 51,0 O valor de a foi enta˜o encontrado pela relac¸a˜o apresentada em 4.7.2 e utilizando os pontos (51,25) e (8,4) pertencentes a` reta: a = ∆x∆t2 a = 51−825−4 a ' 2, 05 Como pode ser observado no gra´fico, temos que B = 0, uma vez que e´ neste valor em que o eixo x(t) e´ interceptado. Assim ficamos com a equac¸a˜o X(T ) = AT . Efetuando novamente a troca de varia´veis, chegamos em x(t) = at2, ou enta˜o x(t) = 2, 05t2, resultado muito pro´ximo do que o encontrado pelo me´todo anterior. 6 Discussa˜o dos Resultados Ao calcular os coeficientes de diferentes maneiras e comparando os re- sultados, percebe-se que o valor de a encontrado pela linearizac¸a˜o no papel milimetrado (a = 2,18) e´ muito pro´ximo do valor encontrado fazendo a in- tersecc¸a˜o com o eixo y na linearizac¸a˜o no papel dilog (a = 2,2), assim como no valor encontrado pela linearizac¸a˜o por mudanc¸a de varia´veis (a = 2,05), sendo este o que mais difere dos outros resultados. O mesmo se da´ para o valor encontrado de n, que e´ muito pro´ximo de 2 (n = 1, 95 ' 2). 9 7 Conclusa˜o Fica claro apo´s o desenvolvimento deste relato´rio, a importaˆncia da uti- lizac¸a˜o de gra´ficos no meio acadeˆmico e cient´ıfico para analisar situac¸o˜es com maior precisa˜o e facilidade. Tambe´m fica evidente que existem va´rios me´todos com os quais podemos analisar tais gra´ficos e estes foram apresen- tados neste relato´rio, assim como sua execuc¸a˜o. Ainda vale destacar que esta aula experimental foi muito va´lida para o esclarecimento de du´vidas remanescentes em relac¸a˜o a` construc¸a˜o e linea- rizac¸a˜o de gra´ficos. 8 Referencial Bibliogra´fico PIACENTINI, Joa˜o. Introduc¸a˜o ao Laborato´rio de F´ısica. 5a ed. UDESC. Construc¸a˜o de Gra´ficos e Linearizac¸a˜o. 9 Anexos Gra´fico 1: Gra´fico em papel milimetrado; Gra´fico 2: Gra´fico linearizado em papel milimetrado; Gra´fico 3: Gra´fico linearizado em papel di-log; Gra´fico 4: Gra´fico linearizado em papel milimetrado pelo me´todo das mudanc¸as de varia´veis. 10
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