Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

FPC – 2 / Lizandra Melo Seção 1.3 
 
Cirurgias ressectivas: 
gengivectomia, 
gengivoplastia, 
aumento de coroa 
e cunha distal. 
 
1. Gengivoplastia corresponde ao 
recontorno cirúrgico da gengiva. 
Geralmente é realizada com a 
gengivectomia, como nos casos de 
remoção de falsas bolsas, hiperplasia 
ou remodelação gengival. 
 
2. Gengivectomia é uma técnica 
cirúrgica que visa eliminar ou reduzir a 
profundidade da bolsa, por meio da 
exérese de uma parte de tecido mole 
de sua parede. Ela permite que se 
tenha visibilidade e acesso para 
raspagem e alisamento total das 
superfícies radiculares, favorecendo o 
restabelecimento da saúde gengival e 
contorno gengival fisiológico, assim, 
mantém o local favorável à 
higienização bucal. Pode ser indicada 
para: 
 
 Eliminação de bolsas 
supraósseas, independente de 
sua profundidade, contanto 
que haja gengiva inserida 
suficiente para o procedimento. 
 Eliminação de hiperplasia 
gengival. 
 Aumento de coroa clínica. 
 Eliminação de abscessos 
periodontais supraósseos. 
 
A técnica consiste em na identificação 
das bolsas periodontais da área 
programada e posterior sondagem das 
bolsas e transferência da medida para 
a superfície externa da gengiva 
inserida. 
 
A incisão inicial vestibular e lingual 
deve ser biselada (bisel externo), 
utilizando um bisturi (gengivótomo) de 
Kirkland ou bisturi com lâmina 15; ela é 
direcionada para a base da bolsa ou 
ligeiramente mais apical; em áreas nas 
quais a profundidade das bolsas 
interproximais são mais profundas do 
que as bolsas vestibular e lingual, é 
necessário remover mais tecido nessas 
faces, buscando devolver um contorno 
fisiológico. 
 
 
 
A incisão secundária separa o tecido 
mole interproximal do periodonto, 
utilizando um bisturi (gengivótomo) de 
Orban ou em forma de lança, como o 
Waerhaug. 
 
 
 
 
Remoção dos tecidos incisados com 
uma cureta ou raspador; utilizam-se 
compressas de gaze para controlar o 
sangramento. 
 
Raspagem e alisamento das superfícies 
radiculares e avaliação do 
remanescente de bolsas e da 
necessidade de correção do contorno 
gengival (gengivoplastia) com o uso de 
gengivótomos ou brocas diamantadas. 
E posterior proteção da ferida com 
cimento cirúrgico; este deve estar bem 
adaptado às superfícies vestibular, 
lingual e interproximal. 
 
 Incisão bisel externo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FPC – 2 / Lizandra Melo Seção 1.3 
 
 Incisão Secundária 
 
 
 
 
 
 
 
 Remoção dos tecidos incisados 
 
 
 
 
 
 
 
O cimento cirúrgico deve permanecer 
em posição de 10 a 14 dias. Após a sua 
remoção, é recomendado limpar e 
polir os dentes. Se houver cálculo 
remanescente ou tecido de 
granulação, estes devem ser removidos 
com curetas. 
 
A gengivectomia é contraindicada 
quando há necessidade de cirurgia 
óssea, invasão do espaço biológico e 
em situações em que o fundo da bolsa 
ultrapassa a junção mucogengival. 
Devemos considerar também a 
estética, principalmente na região 
anterior da maxila. 
 
A cicatrização da gengivectomia 
ocorre por segunda intenção, devido à 
perda de substância e, geralmente, a 
epitelização está completa entre 7 e 14 
dias, mas a cicatrização se completa 
somente após 4 ou 5 semanas. 
 
A Gengivectomia pode ser combinada 
com Eletrocirurgia ou laser de CO2. A 
eletrocirurgia, utilizando bisturi elétrico 
ou eletrônico, permite um contorno 
adequado e controle da hemorragia, 
porém, não pode ser usada em 
pacientes com marca-passo cardíaco 
mal blindado ou incompatível. A 
eletrocirurgia usa corrente elétrica 
alternada. Na eletrocirurgia, os elétrons 
da corrente de alta frequência, em 
contato com um determinado ponto 
na pele ou mucosa, destroem as 
células por dessecamento ou 
vaporização. 
 
Durante seu uso, é necessário tomar 
muito cuidado para não tocar em osso 
e/ou raízes, pois o dano pode ser 
irreversível. 
 
Quando há a necessidade de tratar 
bolsas periodontais profundas na distal 
dos últimos molares, muitas vezes nos 
deparamos com tecidos hiperplásicos 
nas tuberosidades ou na área 
proeminente retromolar na mandíbula, 
que dificultam a correção do defeito 
ósseo. Na presença de quantidade 
limitada de tecido queratinizada, 
devemos reduzir esse tecido 
hiperplásico pela técnica da cunha 
distal. 
 
3. Cunha distal apresenta um pós-
operatório menos traumático, além de 
permitir um fechamento primário, 
preservando quantidades suficientes 
de gengiva inserida e mucosa para 
proteger os tecidos moles para 
cicatrização. 
 
Geralmente o tratamento no arco 
superior é mais simples do que o no 
inferior devido à maior quantidade de 
gengiva inserida, além da anatomia da 
tuberosidade permitir uma melhor 
adaptação dos tecidos. É importante 
considerar os seguintes fatores ao 
decidir a posição das incisões: 
acessibilidade, quantidade de gengiva 
inserida, profundidade da bolsa e 
distância disponível da distal do molar 
até o fim da tuberosidade ou coxim 
retromolar. 
 
No arco superior, a técnica consiste em 
realizar duas incisões paralelas que 
começam na distal do dente e vão até 
a junção mucogengival distal ao túber 
ou coxim retromolar. À distância 
vestíbulo-lingual entre as incisões 
depende da profundidade da bolsa e 
da quantidade de tecido fibroso 
envolvido. Quando se remove o tecido 
entre as duas incisões, há o afinamento 
dos retalhos. 
 
 
 
 
 
 
FPC – 2 / Lizandra Melo Seção 1.3 
 
 
Uma incisão transversal na extremidade 
distal das duas incisões paralelas é 
realizada para que se remova um 
pedaço longo e retangular. Quando os 
retalhos são colocados sobre o osso, as 
bordas devem estar bem próximas. 
 
 
As incisões no arco inferior seguem a 
área que possui maior quantidade de 
gengiva inserida com osso subjacente, 
portanto, podem ser direcionadas para 
distolingual ou distovestibular. 
 
Após o descolamento de retalho e 
remoção de tecido fibroso excessivo e 
cálculo dentário, é realizada qualquer 
cirurgia óssea necessária. 
 
 
4. Aumento de coroa clínica tem por 
objetivos: melhorar a estética em 
dentes com coroas curtas e linha alta 
do sorriso, harmonizando e nivelando o 
contorno gengival e expondo a coroa 
clínica sadia; expor estrutura dental 
saudável para melhorar o 
posicionamento da margem de 
restaurações; aumentar as dimensões 
da coroa clínica para melhorar a 
retenção de próteses; facilitar a 
moldagem e proporcionar a 
manutenção de espaço biológico. 
 
Espaço biológico é a distância 
compreendida entre a porção mais 
coronária do epitélio juncional e o topo 
da crista óssea. Essa medida é 
constante em 2 mm 
aproximadamente, sendo que, em 
média, o sulco gengival mede 0,69 
mm. 
 
A invasão do espaço biológico 
provoca uma inflamação 
independente de placa bacteriana, 
com formação de bolsa infraóssea, 
recessão gengival, hiperplasia gengival 
localizada ou combinação de várias 
alterações. Recomenda-se que haja 3 
mm entre a margem gengival e o topo 
da crista óssea. Quando o 
procedimento restaurador é colocado 
0,5 mm dentro do sulco, conseguimos 
respeitar esse espaço. 
 
Ela é indicada em caso de cárie ou 
fratura subgengival, comprimento 
inadequado de coroa clínica para a 
retenção e alturas gengivais em dentes 
adjacentes desiguais ou antiestéticas. 
Apresenta algumas desvantagens, 
como deformidades estéticas, 
remoção de tecido ósseo de suporte 
dos dentes adjacentes e alteração da 
relação coroa-raiz. 
 
O aumento cirúrgico de coroa pode 
envolver apenas tecido mole ou tecido 
mole e osso alveolar. A redução 
apenas de tecido mole é indicada 
quando há gengiva inserida suficiente, 
pelo menos 3 mm de tecido coronal à 
crista óssea e pode ser feito por 
gengivectomia ou retalho. Caso 
contrário, é necessário procedimento a 
retalho com remodelação do contorno 
ósseo.