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PDF - ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA (apostila CC)


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ENFERMAGEM EM 
CLÍNICA CIRÚRGICA
Enfª Thamara Xibili
Enfermeira Especialista em Cardiologia e Hemodinâmica
1. Competências
 Conhecer os cuidados de enfermagem a serem prestados ao paciente, nos
períodos pré, trans e pós-operatório.
 Conhecer as atividades de enfermagem realizadas em Centro Cirúrgico e
Central de Material Esterelizado.
 Interpretar as normas técnicas e os manuais de utilização de aparelhos e
equipamentos específicos.
 Conhecer a organização, estrutura e o funcionamento de um Centro Cirúrgico,
de uma Unidade de Recuperação pós-anestésica e de uma Unidade de
Internação Cirúrgica.
2. Bases Tecnológicas
 Cuidados de enfermagem pré, intra, pós-operatórios gerais e específicos.
 Processo de trabalho em Centro Cirúrgico.
 Técnica de circulação e instrumentação em sala de cirurgia.
 Técnicas de manuseio de material e instrumental cirúrgico, estéril e
contaminado.
 Normas técnicas e manuais de utilização de aparelhos e equipamentos
específicos.
 Técnicas de posicionamentos indicados para cirurgias contaminadas antes,
durante e após o ato cirúrgico tronco do paciente, mudanças de decúbito e
outras que visem a segurança e o conforto e ainda evitem complicações e
seqüelas.
 Formulários padronizados.
CONHECENDO A UNIDADE CIRÚRGICA
 Definido como a unidade designada para a realização de atividades cirúrgicas, bem como à recuperação pós-
anestésica e pós-operatória imediata. Figueiredo, Viana e Machado, 2010.
Sala cirúrgica RPA
A UNIDADE CIRÚRGICA - ESTRUTURA 
FÍSICA 
 O centro cirúrgico deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a segurança necessária às
técnicas assépticas, portanto distante de locais de grande circulação de pessoas, de ruído e de poeira.
 Recomenda-se que seja próximo às UNIDADES de INTERNAÇÃO, PRONTO-SOCORRO e UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA, de modo a contribuir com a intervenção imediata e melhor fluxo dos pacientes.
 De acordo com a ORGANIZAÇÃO hospitalar, fazem parte do BLOCO CIRÚRGICO: A RECUPERAÇÃO PÓS-
ANESTÉSICA e a CENTRAL DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO.
- Vestiários (masculino e feminino)
- Sala de Enfermagem
- Sala de recepção dos pacientes
- Sala de material de limpeza
- Sala para guarda de equipamentos
- Sala para armazenamento de material esterilizado (arsenal)
- Sala de gases medicinais
- Expurgo
- Apoio técnico e administrativo do Centro-cirúrgico
- Lavabo
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A UNIDADE CIRÚRGICA - ESTRUTURA 
FÍSICA 
 Sala de Operação (SO):
Segundo a legislação brasileira, a capacidade do CC é estabelecida segundo a proporção de leitos cirúrgicos e 
Salas de Operação. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n°307/2002, da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde, determina uma sala de operação para cada 50 leitos não 
especializados ou 15 leitos cirúrgicos.
 Tamanho da sala:
Depende dos equipamentos necessários aos tipos de cirurgias a serem realizadas; seu formato deve ser 
retangular ou oval.
Segundo a RDC 307/2002, quanto ao tamanho, às salas são assim classificadas:
- Sala pequena: 20m², com dimensão mínima de 3,45 metros, destinadas às especialidades de 
OTORRINOLARINGOLOGIA E OFTALMOLOGIA.
- Sala média: 25m², com dimensão mínima de 4,65 metros, destinadas às especialidades GÁSTRICA E GERAL.
- Sala grande: 36m², com dimensão mínima de 5,0 metros, específicas para as cirurgias NEUROLÓGICAS, 
CARDIOVASCULARES E ORTOPÉDICAS.
A UNIDADE CIRÚRGICA - ESTRUTURA 
FÍSICA 
 Rede de gases:
- Oxigênio:
O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (utilização de cilindros avulsos, transportados até o 
local de utilização) ou centralizado (conduzido por tubulação central até os pontos de utilização).
- Ar comprimido:
Também pode advir de um sistema descentralizado (cilindros com pressões entre 120 e 190 Kgf/cm², como 
o oxigênio) ou centralizado (compressor com 100% de consumo máximo provável, que funcione 
automaticamente ou manualmente).
- Vácuo clínico:
Produzido por bombas, que devem ter capacidade de 100% do consumo máximo provável, que funcione 
alternadamente ou em paralelo em caso de emergência. É importante manter outro tipo de sistema de 
suprimento autônomo de emergência, para manutenção da rede de vácuo ou pane da distribuição 
convencional.
 Rede de gases:
- Óxido nitroso:
O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (alto consumo - conduzido por tubulação dos cilindros 
até os pontos de utilização) ou centralizado (utilizado em caso de baixo consumo – utilização de cilindros 
transportáveis até os pontos de utilização).
- Nitrogênio:
É fornecido em cilindros com pressão variando entre 120 e 190 Kgf/cm², e também em forma líquida. 
Quando misturado com oxigênio medicinal, é chamado de ar estéril.
A UNIDADE CIRÚRGICA - ESTRUTURA 
FÍSICA 
De acordo com as normas nacionais e internacionais, os gases medicinais 
são distribuídos com as seguintes cores, segundo a NBR n° 6493/94 e 
NBR n° 12188:
- Verde emblema: oxigênio.
- Azul marinho: óxido nitroso.
- Amarela segurança: ar comprimido medicinal.
- Cinza claro: vácuo medicinal.
Conforme Ministério da Saúde, a Unidade de
Centro Cirúrgico é o conjunto de elementos
destinados às atividades cirúrgicas, bem
como à recuperação pós-anestésica e pós
operatória imediatas.
Segundo normas sanitárias e de acordo com
órgãos competentes, o CC é dividido em três
áreas, tendo sua setorização dividida
enquanto à assepsia.
BLOCO CIRÚRGICO
Não 
restrita
• Local de 
acesso dos 
profissionais 
que trabalham 
no CC
Semi-
restrita
• Área de 
atendimento 
assistencial no 
pré e pós 
operatório
Restrita
• Área de 
atendimento ao 
paciente no 
período intra-
operatório e 
arsenal
CONTEXTO HISTÓRICO DA CIRURGIA
Pintura a óleo
THE AGNEW 
CLINIC
- Thomas Eakins
(1889).
A cirurgia era 
pública e havia 
vários 
observadores.
Praticada 
desde a pré-
história
• Trepanação 
(abertura de 
ossos)
Ambroise Paré
– “o pai da 
cirurgia 
moderna”, 
• substituiu a 
cauterização com 
ferro em brasa 
pela ligadura das 
artérias na 
amputação
Início da 
cirurgia 
moderna
• a descoberta 
da anestesia 
e a criação 
da 
antissepsia 
Nos anos 
50
• descoberta 
dos 
antibióticos 
sendo eficaz 
em cirúrgias
A partir 
dos anos 
60
• todos os 
órgãos são 
acessíveis à 
cirurgia e as 
técnicas
Na década 
de 90
• Surgem 
microcirurgias 
e cirurgias a 
laser 
CIRURGIA
Segundo o Ministério da Saúde (2003),
 Cirurgia ou operação é o tratamento de doença, lesão ou deformidade externa e/ou interna
com o objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um problema físico.
 É realizada na sala de cirurgia do hospital e em ambulatório ou consultório (quando o
procedimento for considerado simples).
 As cirurgias se desenvolveram graças ao avanço tecnológico (as microcirurgias ou as
cirurgias a laser) - não substituindo totalmente as cirurgias tradicionais.
 As cirurgias são classificadas conforme o momento em que se encontra a necessidade do
cliente em realizar a mesma.
A cirurgia é classificada de acordo com a FINALIDADE:
 DIAGNÓSTICA OU EXPLORATÓRIA (quando utilizada para se visualizar as partes internas e/ou realizar biópsias
- laparotomia exploradora);
 CURATIVA (quando se corrige alterações orgânicas - amígdalectomia);
 REPARADORA (quando da reparação de múltiplos ferimentos - enxerto de pele);
 RECONSTRUTORA OU COSMÉTICA (quando se processa uma reconstituição - rinoplastia);
 PALIATIVA (quando se necessita corrigir algum problema, aliviando os sintomas da enfermidade, não havendo
cura - colostomia).
A cirurgia também é classificada DEPENDENDO DO RISCO DE VIDA, requer atenção imediata por ameaçar a vida
e sob agendamento/marcação a longo prazo
O
b
se
rv
e
 
o
 
q
u
a
d
ro
Também 
chamada de 
NECESSÁRIA ou 
PROGRAMADA
NOMENCLATURA CIRÚRGICA
 A nomenclatura ou terminologia cirúrgica é o conjunto de termos usados para
indicar o procedimentocirúrgico. O nome da cirurgia é composto pela raiz
que identifica a parte do corpo a ser submetida à cirurgia, somada ao prefixo
ou ao sufixo.
 Alguns exemplos de raiz: angio (vasos sangüíneos), flebo (veia), traqueo
(traquéia), rino (nariz), oto (ouvido), oftalmo (olhos), histero (útero), laparo
(parede abdominal), orqui (testículo), etc.
NOMENCLATURA CIRÚRGICA
 Os sufixos mais utilizados na composição da terminologia cirúrgica são:
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS -
POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
 Cirurgia Limpa
 Cirurgia Potencialmente Contaminada
 Cirurgia Contaminada
 Cirurgia Infectada
INCIDÊNCIA ESPERADA DE INFECÇÃO EM FERIDA 
CIRÚRGICA SEGUNDO O POTENCIAL DE 
CONTAMINAÇÃO
LIMPAS: 1 a 5%
POTENCIALMENTE CONTAMINADADAS: 3 a 11%
CONTAMINADAS: 10 a 17%
INFECTADAS: maior que 27%
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS -
POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
 CIRURGIA LIMPA - São realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na
ausência de processo infeccioso local.
Ex.: Consideram-se limpas as cirurgias realizadas na epiderme, tecido celular subcutâneo,
sistemas músculo-esquelético, nervoso e cardiovascular.
 CIRURGIA POTENCIALMENTE CONTAMINADA - São as realizadas em tecidos colonizados por
flora microbiana pouco numerosa, em tecidos cavitários com comunicação com o meio
externo, ou de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local.
Ex.: Consideram-se potencialmente contaminadas as cirurgias realizadas nos tratos
gastrintestinal (exceto cólon), respiratório superior e inferior, genito-urinário, cirurgias
oculares e de vias biliares.
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS -
POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
 CIRURGIA CONTAMINADA – São as realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana
abundante, de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local.
Ex.: Consideram-se contaminadas as cirurgias realizadas no cólon, reto e ânus; em tecido
com lesões cruentas e cirurgias de traumatismo crânio encefálicos abertos.
 CIRURGIA INFECTADA – São as realizadas em qualquer tecido, na presença de processo
infeccioso local.
Em geral, as infecções 
de feridas cirúrgicas 
surgem entre o 5° e o 
7°dias de pós-
operatório. 
O paciente pode 
apresentar queda do 
estado geral, anorexia 
e febre.
TEMPOS CIRÚRGICOS
 1 TEMPO: DIÉRESE - separação dos tecidos por intervenção manual ou de instrumental.
Pode ser CRUENTA (Arranamento, Curetagem, Debridamento, Divulsão ou deslocamento, Escarificação,
Esmagamento (burdizo), Incisão por pressão ou por deslizamento ou
INCRUENTA (Laser, Criobisturi, Bisturi eletro-cirúrgico).
 2 TEMPO: HEMOSTASIA - é um conjunto de manobras manuais ou instrumentais para deter ou prevenir uma
hemorragia ou impedir a circulação de sangue em determinado local.
 3 TEMPO: EXÉRESE - remoção ou extirpação cirúrgica de órgãos ou de estruturas anatômicas.
 4 TEMPO: SÍNTESE – Ato de suturar que permite a utilização de fio de sutura mais fino, o que contribui para uma
cicatriz mais esteticamente aceitável
e redução do espaço morto.
POSIÇÃO CIRÚRGICA
 Conhecer princípios de anatomia e fisiologia;
 Habilidade no manejo da mesa cirúrgica e de seus acessórios;
 A tarefa de colocar na mesa de operações o paciente que vai ser submetido a cirurgia é
uma atividade que requer a participação da equipe de enfermagem;
 A utilização de diferentes angulações de suas partes (cabeceira, tronco, membros e
coxim lombar) ou de acessórios auxiliares (perneira metálica, suporte de braço e
ombreira);
 OBJETIVO:
→ Prevenção das complicações pós-operatórias, decorrentes de posições inadequadas
durante o ato anestésico-cirúrgico;
→ Prevenção de acidentes;
→ Prevenção desconforto desnecessário Posição Cirúrgica;
1
2
3
4
5
6
7
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Outras Posições Cirúrgicas...
IMPORTÂNCIA DA PARAMENTAÇÃO 
CIRÚRGICA
 O uso da paramentação cirúrgica previne os riscos biológicos em Cirurgias.
 A entrada no C.C / B.C deve ser precedida de uniformização restrita a esta unidade
composta.
No que se refere à utilização da máscara, a Association of periOperative Registered
Nurses (AORN) assim como a SOBECC(Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro
Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização) recomenda que
todos os indivíduos que entrarem em áreas restritas do CC devem utilizá-la,
principalmente na manipulação de matérias e de instrumentos estéreis abertos.
IMPORTÂNCIA DA PARAMENTAÇÃO 
CIRÚRGICA
- Touca cirúrgica: reduz riscos por possíveis bactérias oriundas do cabelo e do couro
cabeludo.
- Óculos de proteção: utilizado para proteção ocupacional, evitando contado direto
da mucosa ocular com sangue e outros fluidos da paciente.
- Luvas cirúrgicas: importante contra riscos de infecção ocupacional pelo contato
com sangue da paciente. Vale ressaltar, que a mão é o principal instrumento na
cirurgia e a parte do corpo que permanece o maior período de tempo em contato
direto com a paciente.
- Máscara cirúrgica: realiza uma barreira protetora à paciente da liberação de
microorganismos oriundos do nariz e da boca dos profissionais. Também protege o
próprio profissional de respingos de sangue e outros fluídos oriundos da paciente.
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
Roupa cirúrgica
Propés descartável
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
Touca cirúrgica
Máscara cirúrgica
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
Avental cirúrgico estéril descartável
EQUIPE CIRÚRGICA
 1 Cirurgião: Médico especialista em cirurgia, é o chefe da equipe. Dá as ordens de como fazer a intervenção
cirúrgica.
 2 Cirurgião ou Cirurgião assistente: Médico que faz as incisões, suturas, cauterização, sucção e melhora o
acesso ao órgão lesionado afastando outras camadas e órgãos. Deve facilitar à intervenção do cirurgião chefe
em todos os passos.
 Anestesista: Médico que aplica a anestesia e monitora o nível de consciência, oxigênio e sinais vitais do
paciente;
 Enfermeiro: Auxilia em eventualidades e realiza supervisão da equipe.
 Técnico de enfermagem: Conecta o ambiente estéril e não estéril, trazendo e levando os materiais solicitados
pela equipe médica; Prepara a sala; Executar ações típicas de enfermagem como preparo da pele, administrar
medicamentos (ACM/SOS);
 Instrumentador cirúrgico: “técnico em cirurgias”. Tem o dever de antecipar as necessidades do cirurgião para
fornecer os materiais corretos o mais rapidamente possível.
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM
A enfermagem faz presente nas intervenções cirúrgicas desde os primórdios das cirurgias juntamente com os
chamados “cirurgiões barbeiros”, onde as mesmas eram responsáveis pelo ambiente seguro, confortável, higiênico
– SOBECC, 2009.
 Recepção do paciente;
 Montagem da sala;
 Verificar funcionamento de todos os aparelhos e equipamentos;
 Controlar estoque e validade dos materiais da CME;
 Auxiliar a equipe cirúrgica;
 Auxiliar o anestesista;
 Atendimento durante a cirurgia;
 Auxiliar o enfermeiro;
 Relatórios;
Exercer função de 
CIRCULANTE
quando necessário
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM
 Conhecer os instrumentos e prepará-los conforme necessidade;
 Colaborar a montar a mesa de instrumentais;
 Responsável pela assepsia;
 Limpeza e acomodação dos instrumentos do início ao fim da operação;
 Orientar a posição do cliente na mesa operatória e fazer a anti-sepsia;
 Ser ágil na entrega do instrumental;
 Intervir como 2º auxiliar quando necessário;
 Auxiliar o cirurgião (abrindo campos, expondo vísceras da melhor maneira...)
 Solicitar materiais à circulante quando se fizer necessário;
 Providenciar cuidados pré-operatórios, tais como sondagens vesicais, gástricas, etc.; 
 Identificar e encaminhar materiais aos laboratórios especializados;
 Permanecer junto ao cliente após o despertar da anestesia até sua colocação no leito;
Exercer função de 
INSTRUMENTADOR
quando necessário
PERÍODOS CIRÚRGICOS
 Peri-operatório - O termo é empregado para descrever todo o período da cirurgia, incluindoantes e após a cirurgia em si, se subclassifica em três fases.
 Pré-operatório - Esse período tem início desde o momento em que o paciente recebe a
indicação da operação e se estende até a sua entrada no centro cirúrgico.
Inclui neste período 
orientações dadas 
ao paciente 24 
horas anteriores à 
cirurgia
Preparação do 
cliente para o ato 
cirúrgico
Revisão dos exames 
diagnósticos e 
laboratoriais
Termo De 
Consentimento 
Informado
PERÍODO CIRÚRGICO
 Intra-operatório / Transoperatório - Esse período tem início quando o paciente é transferido para a mesa da
sala de cirurgia e termina na Sala de recuperação pós-anestésica (SRPA).
 Pós-operatório - Esse período tem início começa com a admissão do paciente na Sala de recuperação pós-
anestésica (SRPA) e termina com uma avaliação de acompanhamento clínico ou em casa.
Inclui neste 
período a 
observação 
(SSVV)
Situações 
especiais 
(Deiscência e 
Eviseração)
Inclui neste 
período a 
observação (NC 
+ SSVV)
Controle da dor Complicações
O CUIDADO DE ENFERMAGEM
NO PRÉ-OPERATÓRIO
 Período Pré-operatório mediato o cliente é submetido a exames que auxiliam
na confirmação do diagnóstico e que auxiliarão o planejamento cirúrgico, o
tratamento clínico para diminuir os sintomas e as precauções necessárias para
evitar complicações pós-operatórias, ou seja, abrange o período desde a
indicação para a cirurgia até o dia anterior à mesma;
 Período Pré-operatório imediato corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia
e tem por objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os
seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical,
preparo da pele e aplicação de medicação pré-anestésica.
O período pré-operatório 
abrange desde o momento pela 
DECISÃO CIRÚRGICA até a 
TRANSFERÊNCIA DO CLIENTE 
para a mesa cirúrgica.
 Prevenindo infecção:
- banho com antissépticos específicos (clorexidine ou solução de iodo PVPI) 
na noite anterior e no dia da cirurgia;
- tricotomia;
- lavagem intestinal;
- retirada de objetos pessoais;
- próteses e outros;
O CUIDADO DE ENFERMAGEM
NO PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO
O preparo físico do cliente é 
importante para o bom andamento do 
ato cirúrgico, bem como para evitar 
complicações posteriores
 Esvaziamento intestinal: 
- este preparo ocorre entre 8 e 12 horas antes do ato cirúrgico;
- uso de solução pronta para uso individual (enemas);
- uso de soluções prescritas e preparadas (são a solução fisiológica ou água 
acrescida ou não de glicerina ou vaselina, cloreto de potássio e 
neomicina);
 Esvaziamento da bexiga:
- recomenda-se seu esvaziamento espontâneo antes do pré-anestésico. Em 
cirurgias em que a mesma necessite ser mantida vazia, ou naquelas de 
longa duração, faz-se necessário passar a sonda vesical de demora, o que é 
feito, geralmente, no centro cirúrgico
O CUIDADO DE ENFERMAGEM
NO PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO
 Prevenindo complicações anestésicas:
- a manutenção do jejum de 6 a 12 horas antes da cirurgia (prevenir vômitos e prevenir a 
aspiração de resíduos alimentares);
- administração de medicamento pré-anestésico prescrito pelo anestesista (cerca de 45 a 60 
minutos antes do início da anestesia);
 Encaminhando o cliente ao centro cirúrgico:
- transportando o cliente de maca ou cadeira de rodas, do setor de origem para o C.C / B.O;
- documentação necessária (prontuário);
- orientação ao cliente e familiar;
O CUIDADO DE ENFERMAGEM
NO PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO
 Montagem da sala cirúrgica;
 Fluxo do cliente no centro cirúrgico (identificação do paciente, conferir dados 
cirúrgicos...);
 Receber o cliente na maca cirúrgica dentro da sala de operação;
 Posicionar o suporte de braço (venóclise e infusão endovenosa);
 Posicionar o cliente de acordo com a cirurgia;
 Auxiliar o anestesista e equipe cirúrgica;
 No transcorrer da cirurgia, alguns cuidados se fazem necessários (ajustar o foco de luz, 
observar o gotejamento dos soros, hemoderivados, drenagens, controlar a quantidade 
das compressas cirúrgicas e gazes) e avaliar a perdas;
O CUIDADO DE ENFERMAGEM
NO TRANS-OPERATÓRIO
 Ao final da cirurgia, desliga-se o foco e aparelhos, afasta-se os equipamentos e 
aparelhos da mesa cirúrgica, remove-se os campos, pinças e outros materiais 
sobre o cliente;
 Durante a transferência da SO para a RPA, UTI ou unidade de internação, deve-
se ser cuidadoso durante a mudança do cliente da mesa cirúrgica para a maca, 
observando a necessidade de agasalhá-lo, a manutenção do gotejamento das 
infusões venosas, as condições do curativo e o funcionamento de sondas e 
drenos;
 Providenciar a limpeza da sala cirúrgica;
O CUIDADO DE ENFERMAGEM
NO TRANS-OPERATÓRIO
C
H
E
C
K
-L
IS
T
 
Check-in
(entrada do paciente 
ao CC)
Time-out
(da indução anestésica 
à incisão cirúrgica)
Check-out
(saída do paciente da 
SO)
Os registros no 
check-list são 
feitos em 
impresso próprio; 
O CUIDADO DE ENFERMAGEM
NO TRANS-OPERATÓRIO
Anota-se: especialidade -
cirurgia - equipe cirúrgica –
início e término da cirurgia 
– Mat./Med. –
hemoderivados -
intercorrências
 O Período de Pós-operatório inicia-se a partir da saída do cliente da sala de operação e perdura até 
sua total recuperação.
Subdivide-se em:
- pós-operatório imediato (POI), até às 24 horas posteriores à cirurgia; 
- mediato (POM), após as 24 horas e até 7 dias depois;
- tardio (POT), após 7 dias do recebimento da alta;
 Saber identificar, prevenir e tratar os problemas comuns aos procedimentos anestésicos e 
cirúrgicos;
 Na RPA, na primeira hora o controle dos sinais vitais é realizado de 15 em 15 minutos; se estiver 
regular, de 30 em 30 minutos. Mantida a regularidade do quadro, o tempo de verificação do 
controle deve ser espaçado para 1/1h, 2/2h, e assim por diante;
O CUIDADO DE ENFERMAGEM
NO PÓS-OPERATÓRIO
 Cuidados com o curativo, observar se o mesmo está apertado demais ou provocando 
edema no local; se está frouxo demais ou se desprendendo da pele; ou se apresenta-se 
sujo de sangue, o que indica sangramento ou hemorragia;
 Anormalidades e complicações do pós-operatório: (Alteração dos sinais vitais, Alterações 
neurológicas, Complicações pulmonares, Complicações urinárias, Complicações 
gastrintestinais, Complicações vasculares, Complicações na ferida operatória, Choque, 
Drenos);
 Alta hospitalar;
O CUIDADO DE ENFERMAGEM
NO PÓS-OPERATÓRIO
 A alta é um momento importante para o cliente e seus familiares, pois significa sua volta ao 
contexto social;
 As informações aos familiares compreendem a complexidade dos cuidados (técnicas assépticas, 
manuseio dos curativos, grau de dependência, uso de medicações, etc.) para a continuidade do 
bem-estar do cliente;
ALTA HOSPITALAR
DÚVIDAS?!
AGORA É HORA DE TREINAR!!!

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