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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DA SAÚDE COM ENFASE EM ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Resenha Crítica de Caso Diego da Silva Filippin Trabalho da disciplina Gestão da Produção de Produtos e Serviços Tutor: Prof. Eduardo de Moura Palhoça 2019 http://portal.estacio.br/ 2 Estudo de Caso: Coca-Cola em 2011 – Em busca de um novo modelo Referências: YOFFIE, David B. KIN, Renee. Coca-Cola em 2011: Em busca de um novo modelo. Harvard Business School. 2012 A Coca-Cola foi criada por John Pemberton no ano de 1886, um farmacêutico de Atlanta, que misturou xarope com água gaseificada e vendia seu produto, usando uma máquina dispensadora de bebidas. Cinco anos mais tarde John vendeu sua receita para Asa Candler, um negociante de Atlanta que deixava a formula trancada em um cofre de banco, durante oito anos Candler, comercializou o produto por todo o estado da Geórgia, porém a dificuldade de engarrafar e distribuir o produto era grande, com isso Candler em 1899 vendeu os direitos de engarrafamento para dois advogados, e nas duas décadas seguintes os negócios expandiram. Em 1916 Candler resolveu vender a Coca-Cola para um grupo de investidores, e após quatro anos o filho do comprador Robert Woodruff se tornou presidente da empresa. Woodruff a frente da empresa há transformou em uma empresa inovadora, fazendo com que a marca Coca-Cola se torna-se um produto de desejo para seus clientes, o produto também se tornou sinônimo de “Slogan publicitário”. Woodruff também internacionalizou a marca, vendendo o produto durante a segunda Guerra Mundial, principalmente para soldados americanos que lutavam na Europa. Guerra das Colas Em 1981 Roberto Goizueta assume a presidência da empresa, indicado por Woodruff, em meio a “guerra das colas” com sua principal concorrente a Pepsi, as duas empresas disputavam pontos de venda e travavam uma batalha pelo menor preço, isso atingia diretamente as margens de lucro do produto. Na década de 80 a Coca lançou 11 novos produtos, o produto que fez mais sucesso foi a Coca Diet e no exterior a empresa expandia seus negócios pela a Europa e Ásia. Mudança de Gestão 3 Após a morte de Goizueta 1997 a Coca teve uma década de tropeços, neste período trocou três vezes de CEO, até que em 2008 Muhtar Kent assume a posição de CEO da companhia. Em sua gestão Kent teria de enfrentar muitos desafios, um deles seria a negociação com os engarrafadores, pois o acordo original de 1899 era ultrapassado. No acordo original os franqueados garantiam os direitos de manufatura e operação em território exclusivo, esse acordo também dava direito a eles venderem a franquia a terceiros perpetuamente. Em 1985 a empresa sobre o comando de Goizueta comprou os dois maiores engarrafadores da Coca, que representava 90% do que se produzia na época e criou a Coca-Cola Enterprises (CCE), porém o controle da Coca era minoritário. O Surgimento de novos produtos Com a chegada de uma nova era a onde a velocidade de tudo é absurda, os consumidores começaram a mudar de vida, querendo ter um estilo de vida mais saudável. Os refrigerantes foram acusados de contribuir para a obesidade, onde seus ingredientes tinham grande teor de frutose. A Coca então lança a Coca-Cola Zero, com zero caloria e foi um sucesso. Os consumidores passaram a procurar bebidas alternativas, como por exemplo: águas com sabor, chás, sucos e água de coco, que envolviam métodos de produção e distribuição diferentes do sistema tradicional da Coca. Uma empresa que por década sempre trabalhou com um mix de produtos baixos, com grandes volumes sendo engarrafados em suas linhas de produção, tendo que quebrar seu ritmo para incluir novos produtos, muitos deste produtos teriam embalagem nunca usadas e processos novos de produção, isso iria impactar diretamente no ritmo de produção e distribuição dos produtos, a empresa teria que lidar com mais SKUs, porém a empresa não tinha o controle dos engarrafadores, isso trazia muitos atrasos para a companhia, ela não conseguia colocar seus produtos no mercado na mesma velocidade de seus concorrentes. A hora da mudança 4 Em outubro de 2010 Kent fechou acordo para comprar as operações, nos Estados Unidos, da Coca-Cola Enterprises (CCE). A medida segue uma tendência iniciada por sua principal concorrente, a Pepsi, que também integrou duas de suas engarrafadoras à própria empresa, em uma tentativa de reduzir os custos e melhorar a distribuição de seus produtos. Pelo acordo a Coca-cola desistirá de sua participação na CCE que é de 34%, no valor que chega à US$ 3,4 Bilhões, e assumiu uma dívida da CCE de US$ 8,8 Bilhões, em um acordo separado a Coca-Cola vendeu suas próprias operações de engarrafamento na Noruega e Suécia para a CCE, podendo também assumir 83% das operações na Alemanha. Depois do acordo, a Coca controla cerca de 90% do engarrafamento de seus produtos na América do Norte, com isso a empresa espera economizar nos custos de produção e distribuição, e espera ser mais competitiva no mercado americano. Tanto a Coca-Cola quanto a Pepsi por décadas não distribuíam seus produtos por conta própria, eles produziam os concentrados que por sua vez produziam o produto acabado e controlavam a distribuição. Controlando as engarrafadoras significa que as fabricantes de bebidas, podem reagir mais prontamente aos gostos das pessoas e cortar custos. A decisão da Coca-Cola de seguir o mesmo caminho da Pepsi é de certa forma surpreendente, já que depois do acordo a PepsiCo a empresa defendeu seu sistema dizendo que ele permitia focar em suas marcas, tudo é uma questão de estar antenado nas mudanças de mercado, e procurar sempre tomar a decisão certa. O presidente Kent com essas ações, promete um forte crescimento, tendo como alvo a duplicação da receita da empresa para US$ 200 Bilhões até 2020, segundo ele o sistema de franquia por muito tempo ficou estático segurando o crescimento da companhia.
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