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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................7
REFERÊNCIAS............................................................................................................8
1 INTRODUÇÃO
Segundo Strelhow (2010), a Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino complexa, que está além apenas das questões educacionais. A trajetória histórica da EJA já demonstra todas as dificuldades para implantação e realização de projetos que conseguissem êxitos no objetivo de reduzir, ou até mesmo extinguir o analfabetismo no Brasil, pois os mesmos sempre foram realizados como plataformas políticas, temporais, sem a busca pela compreensão do indivíduo que formava esse público.
Apesar de ser um direito assegurado por lei, previsto na Constituição Brasileira de 1988, o direito à educação e à alfabetização de todos os cidadãos ainda não é uma realidade concreta no país. 
Assegurar que o cidadão possua acesso à educação e continuidade dos estudos, inclusive para aqueles que não tiveram acesso na idade própria, também é um direito que deve ser assistido pelo Estado, conforme prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9.394/96, em seu Capítulo II, Seção V, Artigo 37, incluindo em seus incisos o direito à gratuidade dessa oportunidade e, a viabilização e o estímulo, por parte do governo, para o acesso e a permanência desse trabalhador na escola. No Plano Nacional de Educação, Lei nº 13.005/14 também existem diretrizes para a erradicação do analfabetismo e para a educação para todos, tratando principalmente desses objetivos em suas metas 8, 9 e 10. Porém, mesmo com todo o aparato legal, o exercício desse direito vem embasado em lutas e dificuldades, como será apresentado no decorrer deste trabalho.
Compreender os fatores que influenciam a EJA no Brasil, qual a função social da escola, para com esses educandos, quais os desafios e as possibilidades para que o direito à educação de jovens e adultos seja, de fato, efetivado e, qual o papel do professor frente ao processo de avaliação, buscando averiguar a aprendizagem dos estudantes da EJA, são os objetivos a serem alcançados no decorrer do trabalho. 
2 DESENVOLVIMENTO
 A Educação de Jovens e Adultos no Brasil teve seus primórdios na educação jesuítica, que já catequizava os índios adultos, praticando o ensino da língua e da cultura portuguesa. Nas décadas de 20 e 30 iniciam-se discussões acerca da educação como dever do Estado, de acordo com Friedrich et al (2010), e com a criação do Plano Nacional de Educação o Estado passou a ser obrigado a ofertar ensino básico e gratuito para todos, inclusive adultos. Porém essa modalidade educacional, com campanhas e projetos, só ganhou destaque para o Estado a partir da década de 40, conforme pontua Platzer (2017), devido à necessidade de aumentar o número de eleitores para sustentar o governo, visto que, o voto só era permitido para aqueles já alfabetizados.
Nesse período, o governo lança suas primeiras campanhas para alfabetização de massas, que conforme Carvalho (2009, apud PLATZER, 2017), apresentava em sua ideologia o analfabetismo como uma “vergonha nacional”. Essas campanhas não surtiram o efeito desejado, visto que o espaço-tempo-currículo, apenas funcionavam como meios de iniciar o ensino da leitura e escrita e, conforme diversos pesquisadores pontuam, de acordo com Platzer (2017), a educação de jovens e adultos exige mais do que a alfabetização simples.
No final de 1950, Paulo Freire surge como referência de novas ideias pedagógicas, alterando a visão da EJA e, inspirando outros programas, com uma maior participação popular, planejando a alfabetização de milhares de jovens, dentro do viés pedagógico da conscientização, do diálogo e da cultura popular. Porém, com o golpe militar, esse método foi visto como uma ameaça ao regime e todos os programas foram suspensos. O governo do período lança então o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) que, apesar de utilizar alguns métodos dos programas anteriores, preocupava-se apenas em ensinar conteúdos, retirando todo o viés crítico proposto por Freire.
Com o fim do regime militar, o MOBRAL também foi extinto e, de acordo com cada novo presidente, novos programas surgiam, interpondo àqueles pré-existentes, o que demonstra toda a descontinuidade dos projetos, causando uma desorganização e inconsistência na implantação concreta dessa modalidade de ensino.
É perceptível, ao verificar toda a história educacional do país, que o processo de ensino-aprendizagem responde a uma classe que tem como objetivo manter um dualismo educacional, ou seja, ensinos diferentes de acordo com a classe social, tornando assim, mais fácil a manutenção desse poder dominante.
A escola, por meio de sua função social, embasada na LDB 9394/96, que sustenta o compromisso da escola com a construção da cidadania, é capaz de formar indivíduos críticos, que possuam capacidades de alterar essa ordem social, através do conhecimento de seus direitos, exercendo plenamente sua cidadania. Os educandos da EJA, através da aquisição de conhecimentos científicos, por meio de práticas que incentivem a reflexão, com conteúdos significativos, com a formação para a criticidade e conscientização do seu papel social tornam-se sujeitos ativos na comunidade, capazes de alterar a qualidade de suas condições de vida e, de transformar a realidade em que estão inseridos.
Compreender que, para atingir o objetivo de formar cidadãos alfabetizados através da EJA é necessário um viés pedagógico diferenciado, planejado especificamente para esse público, é um dos maiores desafios enfrentados para a efetivação do direito à educação de jovens e adultos, visto que, para envolver e estimular a permanência desse aluno é necessário que o professor-educador dê significado ao conteúdo que está sendo discutido, levando em consideração a trajetória de vida do mesmo, sua realidade social, econômica e cultural e, seus saberes anteriores. Ou seja, apesar da EJA estar incluída na legislação educacional, é através da prática pedagógica que essa modalidade poderá estar realmente legitimada.
Visando uma prática pedagógica seguindo um viés como exposto no parágrafo anterior, se faz necessário repensar o processo avaliativo tradicional, freqüentemente visto posto em prática nas escolas. 
De acordo com Batista e Buecke (2017), a avaliação tradicional visa apenas os resultados obtidos pelos alunos, porém a avaliação deve ter seu sentido compreendido de maneira mais ampla, inclusive com uma reflexão sobre a qualidade da ação pedagógica do professor e do aluno. 
A avaliação, principalmente voltada para a EJA, deve ser realizada de forma processual, como parte do processo de ensino-aprendizagem, os erros, de acordo com Hoffman (2001b, apud PLATZER, 2017) devem funcionar com impulsores da ação educativa, a autora afirma ainda que a avaliação deve oportunizar ao professor conhecer o seu aluno, sua forma de se posicionar perante o mundo, permitindo ainda que o educador estimule em seus alunos novas dúvidas, baseadas em suas questões já respondidas. Outro ponto importante é que os alunos da EJA devem participar ativamente da construção do seu processo avaliativo, compreendendo aquilo que já sabe e aquilo que ainda precisa aprender, os professores devem compreender que o conhecimento já adquirido anteriormente por seus educandos precisam fazer parte dos diálogos e ser respeitados.
Uma avaliação que pode ser utilizada na modalidade EJA é a avaliação formativa, que de acordo com Batista e Buecke (2017), possui a função de controlar o que ocorre na interação professor aluno durante o processo de ensino-aprendizagem. Segundo Nascimento e Souza (2013), a avaliação formativa é um processo avaliativo voltado paraa promoção do conhecimento, capaz de indicar a qualidade do ensino e da aprendizagem, subsidiando professores e alunos no avanço do processo. 
Apesar de compreender que já existem outros modelos de avaliação à serem realizados fica perceptível que as mudanças só ocorrerão a partir da prática pedagógica do educador, o mesmo precisa estar preparado, através de conhecimentos teóricos e práticos para intervir de forma responsável e adequada no processo avaliativo de cada aluno. 
O educador que atua na EJA deve entender que, como mediador do processo de ensino-aprendizagem desses alunos, o mesmo precisa estar atento a cada indivíduo, conhecer o sujeito subjetivo que faz parte de cada educando, compreender as dificuldades enfrentadas pelos alunos para retornarem e permanecerem em sala de aula, estar inteirado da realidade social da comunidade onde está atuando, ou seja, fazer valer a sua prática como educador atuante na formação de cidadãos, capazes de participar ativamente da transformação da realidade e do desenvolvimento social. 
3 CONCLUSÃO
Pensar a Educação de Jovens e Adultos no Brasil, ainda hoje, é interligar uma alfabetização funcional e a manutenção das desigualdades. Os procedimentos didáticos embasados no autoritarismo e tradicionalismo prejudicam a formação de novos indivíduos críticos e capazes de transformar a realidade em que vivem. 
O analfabetismo no Brasil, segundo Ferraro e Kreidlow (2004) é retrato das desigualdades regionais e sociais desenvolvidas durante todo o processo histórico e de desenvolvimento do país. Tornando difícil descaracterizar essa educação para a elite e estimular a presença e permanência dos alunos que não tiveram a possibilidade de estudar na idade certa dentro das escolas.
Formar profissionais da educação preparados para atuar nessa modalidade de ensino, embasado pelas leis que asseguram a mesma, com um currículo inovador, através de um processo de ensino-aprendizagem envolvente, que possibilite ao educando compreender a sua realidade e prepará-lo para atuar criticamente na mesma, considerando os saberes e as dificuldades dos sujeitos que ali se apresentam, é um grande passo para legitimar a EJA e auxiliar no combate às desigualdades e promover o desenvolvimento social.
Este trabalho discorreu acerca da escolarização de Jovens e Adultos, as leis que respaldam essa modalidade, seu percurso histórico, suas dificuldades e possibilidades para implantação e efetivação, a função da escola e do educador no processo de aprendizagem e avaliação desses educandos.
Ao desenvolver esse trabalho fica perceptível a importância da EJA para o combate às desigualdades, para a formação de cidadãos atuantes na sociedade, assim como, a importância de uma formação pedagógica que estimule o pensar, o diálogo, pois, de acordo com Freire (2011, apud PLATZER, 2017), o diálogo é uma ferramenta importante para marcar uma posição democrática entre aluno e professor, bem como compreender o outro como sujeito subjetivo fruto de sua história e vivências, detentor de seus próprios saberes.
rEFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição Federal. Brasília: Congresso Nacional, 1988.
BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bases Nacional. Lei 9.394/1996. Brasília: MEC, 1996.
BATISTA, V.; BUECKE, J.E.O. Didática. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2017.
FERRARO, A. R.; KREIDLOW, D. Analfabetismo no Brasil: configuração e gênese das desigualdades regionais. Educação e Realidade, Porto Alegre: 29 (2); jul/dez 2004, p. 179-200. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/25401> Acesso em: 22/03/2019
FRIEDRICH, M.; et al. Trajetória da escolarização de jovens e adultos no Brasil: de plataformas de governo a propostas pedagógicas esvaziadas. Ensaio: aval. pol. pub. Edu, Rio de Janeiro, v.18, n. 67; abr/jun 2010, pág. 389-410. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v18n67/a11v1867> Acesso em: 22/03/2019.
NASCIMENTO, M. C. M.; SOUZA, N. A. Avaliação formativa: a prática em construção. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (EDUCARE), 11., 2013, Curitiba. Anais... Curitiba: PUC-PR, 2013. p. 15502- 15520. Disponível em: <http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2013/trabalhos/co_03/79.pdf> Acesso em: 22/03/2019.
PLATZER, M. B. Educação de jovens e adultos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2017.
STRELHOW, T.B. Breve história sobre a educação de jovens e adultos no Brasil. Revista HISTEDBR On-line. Campinas, n. 38, jun. 2010, pág. 49-59. Disponível em: < http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/38/art05_38.pdf> Acesso em: 22/03/2019.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
licenciatura em PEDAGOGIA
ADELAIDE ELAINE DOS SANTOS SANTANA
CAROLINE alcantara miranda
MILEIDE farias de souza
portfólio textual interdisciplinar em grupo
“A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização”
Itabuna
2019
		
ADELAIDE ELAINE DOS SANTOS SANTANA
CAROLINE alcantara miranda
MILEIDE farias de souza
portfólio textual interdisciplinar em grupo
“A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização”
Trabalho de Adelaide Elaine dos Santos Santana, Caroline Alcantara Miranda e Mileide Farias de Souza, apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Metodologia Científica, Educação de Jovens e Adultos, História da Educação, Educação Formal e Não Formal, Didática: Planejamento e Avaliação, Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula. 
Orientadores: Maria Luzia Silva Mariano, Vilze Vidotte Costa, Mari Clair Moro Nascimento, Natália Gomes dos Santos, Alexandre Lourenço Ferreira e Maria Eliza Correa Pacheco. 
Itabuna
2019

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