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3 Farmacodinâmica (1)

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bsgomes100@gmail.com
Farmacologia
Farmacodinâmica
Prof. Dr. Bruno da Silva Gomes
bruno.sgomes@estacio.br
Farmacologia
Ação dos fármacos
A maioria dos fármacos agem sobre uma proteína-alvo
Os principais alvos farmacológicos são proteínas sinalizadoras encontradas na superfície e no interior de células.
Farmacologia
Ação dos fármacos
Estas moléculas proteicas têm funções diversas, no processo de transmissão de informações, em nosso organismo e chamadas de receptores;
Os receptores apresentam diversas funções orgânicas como transportadores de moléculas e íons, canais iônicos de diversas classes, receptores para moléculas transmissoras, enzimas e bombas orgânicas.
Farmacologia
Ação dos fármacos
Há 4 tipos de proteínas que atuam como alvo de fármacos
Receptores
Enzimas
Transportadoras
Canais iônicos
Farmacologia
Ação dos fármacos
Enzimas
Pró-fármacos
Impede a degradação e torna o fármaco ativado
Transportadoras
Fármacos impedem o transporte transmembrana
Canais iônicos
Impedem passagem de íons
Ex.: canais de sódio; anestésicos locais
Farmacologia
Receptores 
Moléculas proteicas cuja função é reconhecer os sinais químicos endógenos e responder a eles
Especificidade
Fármacos só se ligam a receptores específicos
Nenhum receptor ou substância é completamente específica
Efeitos adversos
Farmacologia
Receptores 
A interação fármaco-receptor promove uma resposta celular
Farmacologia
Receptores
Conceitos 
Afinidade
Tendência de um fármaco a se ligar ao seu receptor
Quanto maior a afinidade, mais receptores serão ocupados e menos fármaco será utilizado
Farmacologia
Receptores
Conceitos 
Ativação
Capacidade de desencadear uma resposta
A ligação fármaco receptor não quer dizer que houve uma ativação
Farmacologia
Receptores
Conceitos 
Ativação
Quanto maior a capacidade de ativação, maior sua eficácia
Farmacologia
Receptores
Conceitos 
Farmacologia
Agonista
Antagonista
Receptores
Conceitos
Antagonista
Se liga ao receptor
Bloqueio da resposta
Não promove resposta tecidual
Eficácia 0
Farmacologia
Receptores
Conceitos
Agonista
Parcial 
Liga-se a todos os receptores
Responde apenas parcialmente
Ativa apenas metade dos receptores
Pleno
Resposta máxima
Mesmo sem estar ligado a todos os receptores
Inverso
Inativa o receptor que estava ativo
Sinaliza parada
Farmacologia
Receptores
Farmacologia
Potência x Eficácia
Potência 
Refere-se à quantidade de fármaco necessária para produzir um efeito
Ex.: 5mg do fármaco B aliviam a dor com a mesma eficácia que 10 mg do fármaco A, então o fármaco B é duas vezes mais potente que o fármaco A. 
Um fármaco com maior potência não é necessariamente melhor que outro. Deve-se consider fatores, como o perfil dos efeitos secundários, a toxicidade potencial, a duração do efeito, o número de doses diárias requeridas e o seu custo. 
Eficácia
Refere-se à resposta terapêutica potencial máxima que um fármaco pode induzir
Ex.: o diurético furosemida elimina muito mais sal e água através da urina que o diurético clorotiazida. Por isso a furosemida tem maior eficácia, ou efeito terapêutico, que a clorotiazida. 
Tal como a potência, a eficácia é um dos fatores considerados ao selecionar o fármaco mais apropriado para um doente concreto.
Farmacologia
Receptores
Curva dose-resposta
Farmacologia
Receptores
Curva dose-resposta
Farmacologia
Receptores
Farmacologia
Alostérico: se liga em um local diferente do agonista; antagonismo indireto
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Antagonista competitivo
Antagonista reversível
Antagonista irreversível
Antagonista alostérico
Receptores
Receptores Ionotrópicos
São canais proteicos ativados por ligantes externos como neurotransmissores e neuromoduladores
Ação rápida
Receptor nicotínico da Acetilcolina (Ach)
Colinérgicos 
Farmacologia
Receptores
Receptores Ionotrópicos
Farmacologia
Receptores
Receptores Ionotrópicos
Permite a passagem do íon Na+
Aumenta potencial de ação celular
Promove contração do músculo
Farmacologia
Receptores
2. Receptores acoplados à proteína G 
A proteína G 
Localizada na membrana plasmática das células
Nomenclatura devido a ligação de uma molécula de GTP para a sua ativação
Conhecidos também como receptores de sete transmembranas (R7M), metabotrópicos ou heptaelicoidais
O sinal que estimula o RAPG vem de fora da célula, 
RAPG transmitem esses sinais para dentro da célula causando uma série de modificações
Ex.: ativação de enzimas, abertura de canais iônicos que eventualmente levará a um apropriado sistema celular e consequentemente ao surgimento da resposta fisiológica
Farmacologia
Receptores
2. Receptores acoplados à proteína G 
Domínio de ligação
Domínio de ligação
Domínio de acoplamento da POTEÍNA G
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Receptores
2. Receptores acoplados à proteína G 
Mecanismo de transdução
Farmacologia
Receptores
2. Receptores acoplados à proteína G 
Mecanismo de transdução
Quando um receptor é ocupado, ele muda sua conformação, criando afinidade à proteína G
Porção alfa converte GDP em GTP
Separação da porção beta-gama e alfa-GTP, partindo cada uma para um alvo
GTP é catalisado, voltando ao estado GDP
Farmacologia
Receptores
2. Receptores acoplados à proteína G 
Mecanismo de transdução
GTP
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Receptores
2. Receptores acoplados à proteína G 
Mecanismo de transdução
Farmacologia
Receptores
2. Receptores acoplados à proteína G 
Mecanismo de transdução
As proteínas G possuem como alvo enzimas da membrana celular
Uma vez que tenham atingido seu alvo, produzem um segundo mensageiro
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Receptores
2. Receptores acoplados à proteína G 
Mecanismo de transdução
Farmacologia
Adenilato-ciclase
Fosfolipase C		
AMPc
Trifosfato de inositol e Diacilglicerol
Receptores
2. Receptores acoplados à proteína G 
Mecanismo de transdução
Farmacologia
Receptores
2. Receptores acoplados à proteína G 
Mecanismo de transdução
Ações do AMPc  Estimula proteínas quinase
Energia para contração muscular
Divisão celular
Diferenciação celular
Inativação de proteínas de contração
Farmacologia
Receptores
2. Receptores acoplados à proteína G 
Mecanismo de transdução
Ações da inibição da proteína G  diminuição do AMPc
	Receptores que se ligam a prot. G inibitória	AMPc	Efeito
	Receptores M2 do coração	Diminui	Diminui atividade cardíaca
	Receptores α2 (músculo liso)	Diminui	Dilata e relaxa TGI
	Receptores opióides	Diminui	Diminui excitabilidade
Farmacologia
Receptores
2. Receptores acoplados à proteína G 
Mecanismo de transdução
Fosfolipase C
A ativação da fosfolipase C libera dois fragmentos: o fosfatidilinositol trifosfato (IP3) a partir da forma difosfato (PIP2) e o diacilglicerol (DAG)
Liberação de Ca. 
Farmacologia
Receptores
2. Receptores acoplados à proteína G 
Mecanismo de transdução
Farmacologia
Proteína Gi
Proteína Gs
Receptores 
3. Receptores ligados à enzimas
Insulina 
Receptores intracelulares
Exige alta lipossolubilidade 
Esteroides 
Farmacologia
Dessensibilização ou Taquifilaxia
Diminuição do efeito de uma substância com a administração contínua
Efeito diminui com doses consecutivas do fármaco
Ação aguda, rápida
Farmacologia
Dessensibilização ou Taquifilaxia
Tipos 
Tolerância 
Redução gradual da resposta
Diminuição do efeito de uma medicação por exposição excessiva do paciente ao seu princípio ativo
Fenômeno que leva dias para seu início
Refratariedade
Perda da eficácia terapêutica
Resistência
Perda da eficiência de agentes antimicrobianos ou antitumorais 
Farmacologia
Dessensibilização ou Taquifilaxia
Mecanismos
Perda dos receptores celulares por conta da exposição excessiva ao agonista
Alteração na conformação dos receptores celulares devido à intensa ligação do agonista
Exaustão dos mediadores causada por alterações nas terminações nervosas devido à grande presença de agonistas
Aumento da degradação metabólica da droga
Extrusão ativa
Mecanismos de células tumorais no qual o fármaco é expulso do seu interior
Farmacologia
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Introdução ao Sistema NervosoFarmacologia

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