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1. APRESENTAÇÃO DO CASO: ESTUDO DE CASO PARA ELABORAÇÃO DE PLANO ALIMENTAR PARA GESTANTE Gestante, 34 anos, casada, secretária de consultório médico, idade gestacional de 27 semanas; Estatura de 1,70 cm; Peso Pré- Gestacional 63kg. Apresenta Peso Gestacional de 70 Kg. Esta é sua primeira gestação. Não pratica atividade física, trabalha 8 horas diárias sentada (matutino/vespertino). · Renda da família: R$ 3.500 · Tipo de residência: Própria · Número de integrantes da família: 2 pessoas · Hábitos Alimentares: Realiza 5 refeições diárias (Café, almoço, lanche, jantar e ceia). · Recordatório 24hs Café da manhã Sanduíche presunto e queijo e bebida láctea. Almoço Macarrão com molho vermelho, suco de laranja natural, salada de rúcula e pudim de leite. Lanche da tarde Leite com achocolatado e sanduíche presunto e queijo. Jantar Purê de Batatas, lasanha de legumes, frango grelhado, suco de laranja e brigadeiro Ceia Banana com iogurte 2. INTRODUÇÃO Considerando os diferentes ciclos da vida, o período da gestação é reconhecido como aquele de maior vulnerabilidade biológica da mulher, particularmente por causa das alterações fisiológicas impostas ao organismo materno, e do aumento das necessidades nutricionais para atender ás demandas específicas. (PHILIPPI, 2015) A gestação é um período de maior demanda nutricional do ciclo de vida da mulher, uma vez que envolve rápida divisão celular e desenvolvimento de novos tecidos e órgãos. Os processos complexos que ocorrem no organismo durante a gestação demandam uma oferta maior de energia, proteínas, vitaminas e minerais para suprir as necessidades básicas e formar reservas energéticas para mãe e feto. (VITOLO, 2008) Às recomendações nutricionais durante a gestação é essencial para segurar bom resultado obstétrico. A adoção de uma alimentação que resulte de escolhas de alimento com adequado valor nutricional para estabelecer um planejamento dietético que assegure alimentos em quantidade e qualidade adequada em todos os ciclos da vida, em ênfase na gestação e na lactação. (PHILIPPI, 2015) A gestação é um período de grandes mudanças no organismo da mulher, tal fenômeno requer uma série de medidas a serem seguidas para proporcionar a gestante bem estar e um estado saudável, através de orientação adequada as necessidades que ela apresenta. As recomendações nutricionais são uma dessas medidas, pois os alimentos são fundamentais para a vida dos indivíduos em todas as fases, principalmente no crescimento e desenvolvimento, por isso a importância de consumir alimentos e nutrientes adequados. Na gestação é essencial a utilização de recomendações nutricionais coerentes, pois estas influenciam diretamente no ganho ponderal gestacional e no resultado obstétrico, como peso do bebê ao nascer e a idade gestacional do nascimento.(ACCIOLY, 2009). Durante a gravidez, as necessidades nutricionais aumentam para apoiar o crescimento e desenvolvimento do bebé bem como o metabolismo materno. Assim, as recomendações alimentares e nutricionais devem adaptar-se a cada mulher, considerando-se as diferenças individuais. Desta forma, recomenda-se adoção de um estilo de vida saudável, que deve iniciar-se mesmo antes da gravidez, para otimizar a saúde da mãe e reduzir o risco de complicações durante a gravidez e de algumas doenças no bebé. Ter uma alimentação saudável durante a gravidez é essencial para o crescimento saudável do bebé e para o bem-estar da mãe. As recomendações alimentares para o período da gravidez não são muito diferentes das recomendações alimentares para toda a população. (programa nacional para a promoção da alimentação saudável e nutricional na gravidez 2015). A oferta de energia adicional deve ser usada para manter o peso da gestante de acordo com sua composição corporal e necessidades apresentadas, bem como atividade física que exerce durante esse período, e funcionar também, como reserva energética para a lactação.(ACCIOLY, 2009). 3. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE: Antropométrica Dados antropométricos Informações Classificação IMC-Pré-Gestacional 21,79 Kg/m² Eutrófica IMC-Gestacional 24,22Kg/m² Adequado Peso ideal pré-gestacional - - Peso ideal para semana gestacional - - Analise dos hábitos alimentares · Consume alimentos gordurosos lhe causam desconforto, consome em média 1 copos de suco por refeição, seus alimentos preferidos são massas, doces e saladas cozidas , consome 2 litros de água por dia, função intestinal normal, realiza as suas grande refeição ( desjejum, almoço, e janta em casa, sendo ela mesma quem as prepara, não consome alimentos integrais, consome sobremesa todos os dias após o almoço ou jantar prefere pudim, gelatina salada de fruta, e tortas. Hábitos Diários · Não realiza Atividade Física. 4.NECESSIDADES ENERGÉTICAS TMB: (Conforme fórmulas) VET: TMB X FA +300 Kcal/dia VET: 2.090 Kcal/dia 5. CÁLCULO DAS NECESSIDADES DE NUTRIENTES DIÁRIAS Nutriente Gramagem(g) Energia(Kcal) Porcentagem(%) Proteína 73g 292 Kcal 14% Lipídio 69g 627Kcal 30% Carboidratos 292g 1170 Kcal 56% Total 434g 2.089 Kcal 100% 6. NECESSIDADES DE ÁGUA 1 ml para cada Kcal Cálculo: 2090 x 1 = 2.090mL ou 2.090 litros de água por dia. A água é essencial para a manutenção da vida. Como qualquer alimento, a quantidade de água que precisamos ingerir por dia é muito variável e depende de vários fatores. Entre eles estão a idade e o peso da pessoa, a atividade física que realiza e, ainda, o clima e a temperatura do ambiente onde vive. Para alguns, a ingestão de dois litros de água por dia pode ser suficiente. (Guia alimentar, 2014). 7. CARDÁPIO Desjejum Colação Pão de forma, Queijo minas, presunto, Café com leite integral, café , açúcar cristal Morangos, Iogurte natural, aveia. Almoço Lanche da tarde Arroz integral, Feijão, e frango grelhado , Abóbora cozida, Salada de alface, tomate, cenoura ralada , abacaxi Bolo de milho, Suco de laranja Jantar Ceia Carne moída, Purê de batata , Salada brócolis, berinjela cozida, beterraba, Banana, morango, laranja. 8.PER CAPITA/MEDIDAS CASEIRAS Refeições Alimentos Per capita –Gramagem Cru Gramagem Cozida/Porção Medida caseira da porção Kcal desta porção Desjejum Pão de francês 50g 50g 2 fatia 134 kcal Requeijão 20g 20g 2 fatia meia 96 kcal 20g 20g 1 fatia 10,5kcal Leite vaca integral 190 ml 200ml Xicara de chá 150 kcal 1g 1g 1 col de chá 0kcal 8g 8g 2 col de café 27 kcal Colação Morango 80g 80g 8 unidade 23,3kcal Iogurte 70g 70g Meio pote 50,9 kcal Aveia 20g 20g 2 colher de soja cheia 68,94 kcal Almoço Arroz integral 140g 198g 6col de sopa 150kcal Feijão preto 50g 70g 2 concha pequena 55 kcal Frango grelhado 100g 80g 1 um grande 152kcal Alface 25g 25g 3 folhas grandes 3,12 kcal Tomate 80g 80g 3 fatias 15 kcal Cenoura ralada 30g 30g 3 col de sopa cheia 13,25 kcal Abobrinha cozida 50g 55g 2 col de sopa 9,25 kcal Óleo de soja 8ml 8 ml 1 col de sopa 73 kcal Cebola 27g 25g 2 col de sopa 2,68 Kcal Alho 2g 2g 4 dentes 5,36 Kcal Sal 3g 3g 1col café 0 Kcal Abacaxi 200g 200g 1 fatia 107,68 kcal Lanche da tarde Bolo de milho 50g 50g 1 fatia média 150 kcal Suco de laranja 150 ml 150 ml 1/2 copo 70 kcal Janta Carne moída 70g 50 g 4 colheres de sopa rasas 150,7Kcal Purê batata cozida 190g 175g 4 unidade media 150 Kcal Margarina 5g 5g 1 col. de chá sobremesa 36,5 kcal Brócolis 55g 60g 2 ramos 15 Kcal Beterraba 50g 43g ½ unidade média 15kcal Berinjela cozida 50g 50g 2 colher de sopa 15kcal Óleo soja 8ml 8ml 1 colher de s 91 Kcal Cebola 27g 25g ¼ und 2,68 Kcal Alho 2g 2g 2 dentes 2,5 Kcal Ceia Banana 100g 100g 1 un média 81 Kcal morango 40g 40g 3und 15 kcal Laranja 72g 72g Meia un 35 kcal 9.LISTA DE COMPRAS Alimentos Gramagem CruPão de forma 50g Requeijão 20g Leite integral 150 ml Achocolatado 8g Iogurte 70g Aveia 20g Arroz 90g Feijão preto 50g Bife bovino 130g Alface 25g Cenoura ralada 30g Tomate 30g Óleo de soja 16 ml Alho 4g Sal 3g Abacaxi 100g Bolo de milho 50g Suco de laranja 150 ml Cerne moído 70g Macarrão 70g Brócolis 55g Cenoura 43g Cebola 54g Alho 2g Banana 100g Morango 80g Laranja 72g 10. TABELA DE ANÁLISE NUTRICIONAL – ANEXO 1 11. DISTRIBUIÇÃO DO VET OBTIDO NO CÁLCULO NUTRICIONAL Refeições Obtido Desjejum 19,9% VET Colação 6,8% VET Almoço 30 % VET Lanche da tarde 10,5% VET Jantar 22,85% VET Ceia 6,2% VET 12.RELAÇÃO CARBOIDRATOS COMPLEXO/ SIMPLES Carboidrato simples 1099 kcal ------100% 432,4 ---------------x = 39,36% Carboidrato complexo 1099 kcal ------100% 666,4 ---------------x = 60,63% 13.RELAÇÃO ÁCIDOS GRAXOS POLINSATURADOS/ MONOINSATURADOS/ SATURADOS Gramagem Kcal Porcentagem (VET) Lipídio total 69,01 621,09 30 % Alimentos Gramagem Polinsaturados Monoinsaturados Saturados Pão de forma 50g 0,63 3,43 8,03 Queijo minas 20g 0,082 0,83 1,77 Presunto 20g 0,36 1,41 1,008 Leite integral 190 ml 0,38 1,54 3,55 Café 1g 0,002 0,001 0,002 Açúcar 8g morango 80g 0,072 0,032 0,016 iogurte 70g 0,063 0,62 1,47 Aveia 20g 0,46 0,39 0,22 Arroz integral 198g 1,70 1,23 0,89 Feijão 70g 0,70 0,266 0,21 Peitofrango grelhado 80g 0,8 1,23 1,02 Alface 25g 0 0 0 Cenoura ralada 30g 0,036 0,003 0,012 Abobrinha cozida 50g 0,025 0,01 0,03 Tomate 80g 0,06 0,02 0,02 Óleo de soja 16 ml 9,19 3,62 2,49 Cebola 50g 0,001 0,005 0,02 Abacaxi 200g 0,08 0,02 0,02 Bolo de milho 50g 0,75 1,95 2,25 Suco de laranja 150 ml 0,090 0,015 0,03 Carne moída 50g 0,94 2,63 2,90 Purê de batata 175g 0,56 0,22 3,74 Brócolis 55g 0,09 0,02 0,04 Beterraba 43g 0,026 0,009 0,18 Berinjela 50g 0,045 0,010 0,02 Alho 2g 0,005 0,001 0,002 Banana 100g 0,07 0,03 0,11 Morango 40g 0,064 0,016 0,008 Laranja baia 72g 0,022 0,015 0,015 Total 17,283 19,573 22,053 Ácido graxos Polinsaturados (%) Monoinsaturado (%) Saturados (%) 58,90% 8% 9% 10% % obtida de ácidos graxos do cardápio 14. PERCENTUAL DE PROTEÍNA DE ALTO VALOR BIOLÓGICO (AVB) 83,4g ---------------100% 47,2g --------------X = 56,59% de proteína de alto valor biológico 15. JUSTIFICATIVA Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, a Alimentação diz respeito à ingestão de nutrientes, como também aos alimentos que contêm e fornecem os nutrientes, assim como alimentos são combinados entre si e preparados, a características do modo de comer e às dimensões culturais e sociais. São aspectos a serem avaliados na escolha do cardápio a combinação dos alimentos entre si, as necessidades energéticas que o indivíduo ou grupo tem, as características do alimento tais como cor, textura, sabor, enfim a maneira como ele se apresenta em seu preparo, a quantidade e como são distribuídos nas refeições, e como estas são divididas ao longo do dia. (GUIA ALIMENTAR, 2014). A gestação é um período onde há intensa atividade orgânica, nessa fase há maior demanda nutricional, devido ao aumento da velocidade de multiplicação celular para que ocorra o desenvolvimento de novos órgãos e tecidos do feto e dos demais componentes. O ganho de peso recomendado varia de acordo com o estado nutricional de cada gestante. A oferta da dieta sofre alterações para proporcionar a gestante os nutrientes que necessita. (ACCIOLY, 2009). O número recomendado de refeições diárias varia de 5 a 6, o responsável pelas reações químicas que ocorrem no corpo humano, inclusive a absorção dos nutrientes, é o metabolismo, é para que este trabalhe harmonicamente a ingestão de alimentos deve ser regular. O fracionamento das refeições é fundamental para que isso ocorra. As três Grandes Refeições são Desjejum, Almoço e Jantar, entre estas é importante a inclusão das pequenas refeições, que ajudam na saciedade se alimentando de forma mais correta, não deixando o organismo sem alimento por longos períodos, ajudando na melhor absorção dos nutrientes, e em uma ingestão mais harmoniosa evitando o consumo excessivo de alimentos em uma refeição. Recomenda-se que ao alimentos utilizados seja in natura ou o menos industrializado, evitar os ultra processados, frituras e doces. (GUIA ALIMENTAR, 2014). Deve-se planejar as refeições do dia de modo a favorecer o fornecimento adequado de nutrientes ao corpo, manter o peso saudável, através de uma alimentação diária divida entre 5 ou 6 refeições é o recomendado. Como dito anteriormente, as 3 Grandes refeições devem ser intercaladas por 2 ou 3 pequenas refeições, na parte da manhã a colação, lanche da tarde e ceia. Esta distribuição das refeições estimula o funcionamento do intestino e evita refeições fora de hora, é importante que as refeições sejam realizadas em horários regulares, com intervalos que atendam as necessidades fisiológicas digestivas da gestante. (VITOLO, 2008). Carboidrato A distribuição de carboidratos de dieta da gestante, em relação ao conteúdo energético total, é igual(àquela recomendada para o indivíduo sadio, ou seja, deve ficar em torno de 50 a 60% do valor energético total, assim como descreve. (Phillipi1,1999) Os carboidratos são, proporcionalmente, a maior fonte de calorias da qual dispõem os seres humanos antes mesmo de seu nascimento. Ainda no estágio fetal, a demanda cerebral de glicose é significativamente grande, tanto por parte do concepto quanto da mãe. Nesse caso, a meta a ser atingida em caráter prioritário deve ser a provisão de quantidades de carboidrato disponíveis capazes de manter o suprimento adequado de glicose ao sistema nervoso central, sem a necessidade de sua produção adicional por meio da metabolização de proteínas ou triacilgliceróis. Ao longo do desenvolvimento humano, esse parâmetro deverá ser sempre levado em conta para o estabelecimento das necessidades de carboidratos. (COZZOLINO, 2016). O papel primário dos carboidratos é fornecer energia para todas as células do corpo. As necessidade para esse nutriente são baseadas na quantidade mínima de glicose que é utilizada pelo cérebro. Mudanças no metabolismo dos carboidratos e dos lipídios ocorrem durante a gestação para assegurar o suprimento continuo de nutrientes para o crescimento fetal. (COZZOLINO, 2016). A ingestão materna de micronutrientes e energia influencia potencialmente o crescimento fetal e programa o apetite na vida adulta. A glicose, os aminoácidos, e os ácidos graxos livres são transportados pela placenta e a concentração de glicose na circulação sanguínea materna é influenciada pela ingestão total de energia e pela proporção entre os macronutrientes. (COZZOLINO, 2016). Conforme as recomendações estabelecidas para DRIs para a EAR necessidade média estimada foi estabelecida acrescentando –se a recomendação de mulheres não grávidas (100g/dia) para gravida um adicional de 35g/dia, que é requerido durante o último trimestre da gestação, totalizando 135g/dia para todas as faixas etárias. Carboidratos Complexos da Dieta · Cereais: Pão de Forma, Aveia, arroz integral, feijão preto, Purê de batata Carboidratos Simples da Dieta · Derivados de origem animal: Leite Integral, queijo, iogurte. · Verduras e Legumes: Alface, brócolis, beterraba, Tomate cru, Cenoura, Abobrinha, berinjela. · Frutas: Abacaxi, morango , banana prata, suco de laranja, · Temperos: Cebola e Alho A quantidade de carboidratos relacionadas a saúde em humanos é desconhecida. Estudos sugerem que as fontes de carboidratos absorvidas de forma mais lenta são as mais benéficas à saúde, quando comparadas aquelas de digestão e absorção mais rápidas. (COZZOLINO,2016)Proteína A proteína foi o primeiro nutriente considerado essencial para o organismo. Á semelhança de gordura e carboidratos, contem carbono, hidrogênio e oxigênio. As proteínas são formadas por combinações dos vinte aminoácidos em diversas proporções e cumprem funções estruturais, reguladoras, de defesa e de etranporte nos fluidos biológicos. (COZZOLINO, 2016). Proteínas são moléculas formadas a partir da ligação peptídica entre dois aminoácidos com uma ampla diversidade funcional, sob o aspecto nutricional podem ser classificadas como completas, parcialmente completas e incompletas, em virtude de sua combinação de aminoácidos essenciais, isto é, aminoácidos que não são sintetizados pelo organismo humano a partir de outros compostos orgânicos. (COZZOLINO, 2016). Com relação ao cardápio da gestante, a adequação geral de proteínas encontrada foi de 106g, sendo possível observar que a quantidade de proteínas encontrada está ficou acima do desejado, foi reduzindo reduzido a quantidade de carne e queijo para tentar chegar nas proteínas desejadas. Vários fatores podem influenciar na biodisponibilidade de proteínas, como conformação estrutural, presença de compostos antinutricionais, efeito das condições de processamento e complexação com outros nutrientes. Fatores antinutricionais, como inibidores de tripsina e quimiotripsina e lectinas, interferem negativamente na atividade de determinadas enzimas digestivas, reduzindo a digestibilidade e a qualidade nutricional das proteínas. (COZZOLINO, 2016). Portanto, na avaliação da qualidade nutricional de proteínas não se deve considerar apenas sua composição de aminoácidos essenciais, mas também sua capacidade de utilização destes pelo organismo, cuja eficiência dependerá de vários outros fatores envolvidos no processamento do alimento proteico. Alguns aminoácidos denominados essenciais devem ser fornecidos pelas dieta: suas falta ocasiona alterações no processos bioquímicos e fisiológicos e na síntese proteica. Em crianças provoca diminuição do crescimento e profundas alterações bioquímicas. Os aminoácidos livres estão em equilíbrio dinâmico na célular e nos fluidos biológicos decorrentes do anabolismo e catabolismos, processo denominado turnover proteico. (COZZOLINO, 2016). Os principais responsáveis por esse equilíbrio são o tecido muscular e as vísceras, as quais são responsável pelas sínteses de varias proteínas sanguíneas fundamentais na homeostase celular. As melhores fontes proteicas são de origem animal; no entanto, a ingestão de mistura de cereais e leguminosas fornece também as quantidades necessárias de aminoácidos para a síntese proteica. (COZZOLINO, 2016). As proteínas de alto valor biológico presentes no cardápio correspondem a 56,59 % do total de proteína ofertada e são representadas pelo queijo, leite de vaca, iogurte, peito de frango grelhado, carne moída, sendo proteínas de origem animal. Já as proteínas de baixo valor biológico correspondem a 43,41% são os ingredientes restantes que são provenientes de origem vegetal, tais como alface, tomate, abobrinha, e entre outros. Proteínas de origem animal são em sua maioria consideradas completas e utilizadas como referência em termos de composição de aminoácidos. Considera-se que os alimentos de origem animal, como carnes, aves, peixes, leite, queijos e ovos, possuem proteínas consideradas de boa qualidade, suficientes para torna-los as melhores fontes de aminoácidos essenciais para o organismo humano. Alimentos de origem vegetal também são fontes significativas de proteínas, sendo classificados, em sua maioria, como parcial ou totalmente incompletos. As leguminosas são as mais adequadas contendo de 10 a 30% de proteínas, eventualmente apresentando alguma deficiência em aminoácidos sulfurados, como mentionina e cisteína. Os cereais apresentam teor proteico menor que as leguminosa de 6 a 15%, em média, sendo geralmente deficientes em lisina. Entretanto , apesar dessa deficiência em aminoácidos essenciais específicos, as proteínas vegetais contribuem consideravelmente para ingestão proteica total da população, uma vez que representam as fontes proteicas de menor custos e , portanto, de maior consumo. Frutas e hortaliças são fontes pobres de proteínas, representando cerca de 1 a 2 % do peso total. (COZZOLINO, 2016). Dessa forma uma mistura adequada de cereais (Arroz, trigo, milho) com leguminosa (feijão, soja, ervilhas) consumidas em uma mesma refeição em proporções balanceadas poderia apresentar valor nutricional, do ponto de vista proteico, equivalente àquele apresentado pelas proteína de origem animal. Um bom exemplo desse tipo de complementação seria misturas consumida tipicamente no Brasil, de arroz com feijão, representando um exemplo clássico para sinergismo de qualidades proteico entre cereais e leguminosas. (COZZOLINO, 2016). Segundo o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, no segundo e terceiro trimestres as necessidades proteicas estão aumentadas. No entanto, a “dieta normal” consegue suprir esses aumentos e a biodisponibilidade das proteínas aumenta neste período. O aumento das necessidades deve-se ao contributo proteico para a formação da placenta, crescimento dos tecidos uterinos e desenvolvimento e crescimento do bebé. Lipídio Os lipídios, por meio dos óleos e gorduras, são responsáveis por cerca de 34% da energia advinda da dieta nos seres humano. Tendo em vista que geram 9 kcal/g é possível obter energia necessária com um consumo diário adequado. Diferentes dos outros macros nutrientes, as gorduras, por sua imiscibilidade em água, são metabolizadas de forma diferente desde a ingestão até sua utilização. As fontes alimentares de lipídios (triacilgliceróis) são advindas de óleo e gorduras como óleo de palma, oliva, milho, e soja, além das gorduras de porco, gado, e aves. Além de leite, queijos, manteigas e, por fim, as fontes marinhas, como os óleos de peixes. (BRINQUES, 2014) Considerado importante fonte de energia, os lipídios não devem representar além de 30% do valor energético total da dieta. Deve-se dar ênfase à gorduras poli-insaturadas, em especial, aos alimentos- fonte de ácidos graxos ômega 6 (ácidos linoleico)e ômega 3(ácidos alfalinolênico), que devem ser consumido diariamente, em razão de sua importância para funcionamento do sistema uteroplacentário, desenvolvimento do sistema nervoso e da retina fetal.(PHILIPPI, 2015) Gestante devem consumir, no mínimo, 200mg/ dias de DHA, uma vez que é um ácido graxo poli- insaturadas do tipo ômega 3 que exerce diversas funções no cérebro, incluindo funções estruturais e participação em processo celulares neuronais e gliais.( VITOLO,2008) Atualmente não possibilitam as estimativa de valores de valores para ingestão dietética de referência (DRIs) de ácidos graxos em fórmulas para dietas. No entanto, há uma recomendação estabelecida para ácido linoleico é de 2,22g/dia (ou 1% do total de energia ingerida). As recomendações do Food and Nutrition Board ( FNB),no entanto são bastante diferentes, e as AI foram estabelecidas apenas para ácidos linoleicos de 12g/dias para mulheres, linolênico de 1,1g/ dias para as mulheres. (COZZOLINO, 2016). O consumo de gorduras deve fica entre 15% e 30% do total do VET, a recomendação diária de ácido graxos polinsaturados é de 6% a 10% do total do VET dos monoinsaturados é 6 % a 10% total do VET, já o saturados deve ser menor de 10 % do VET. Obtivemos adequação nos polinsaturados, nos saturados, já monoinsaturados a porcentagem adequada seria de 10% a 15% , no cardápio fico a baixo com 8% . A maior fonte de ácido graxo do nosso cardápio foi o óleo de soja, fonte de ácido linoleico ômega 6, que é considerado essencial ao organismo e serve como precursor aos eicosanóides (ácidos graxos polinsaturados de cadeia longa) e a falta desse ácido graxo na dieta está associada a dermatites. (VITOLO, 2008) Cálcio O cálcio é um íon essencial ao organismo. Ele possui funções estruturais e funcionais que englobam desde a formação e manutenção do esqueleto até a regulação tempo– espacial na função neuronal e , possivelmente, atua na inibição da proliferação de algumas células cancerígenas é um mineral mais abundante no corpo humano, responsável por cerca de 1 a 2% do peso corporal. Deste total, cerca de 99% são encontrados em dentes e ossos. O restante encontra-se no sangue, fluido extracelular, no músculo e em outros tecidos. (COZZOLINO, 2016). A maioria do cálcio no organismo encontra-se nos ossos, principalmente, com hidroxiapatita [Ca10 (PO4) 6 (OH)2 ], embora osso contenha também magnésio, traços de estrôncio e flúor. Além de seu papel na estrutura do organismo, como sustentação para o esqueleto e como protetor dos órgãos internos, o osso serve como reservatório de cálcio e fósforo visando à manutenção das concentrações normais no plasma e fluido extracelulares (COZZOLINO, 2016). O cálcio tem funções importante em todo o organismo, não se restringindo apenas aos ossos. Cerca de 0,69% do cálcio total do organismos encontra- se nos tecidos moles; os músculos contêm 15 mol de cálcio/ kg de tecido. (COZZOLINO, 2016). Segundo a Dris, o consumo de cálcio para gestantes entre 31 e 50 anos, para que não cause toxidade no organismo é de 1000mg, no cardápio feito foi encontrada a quantidade de cálcio de 82,33 %, ficou abaixo do recomendado que de 1000g por dia. No entanto os alimentos escolhidos para o cardápio da gestante como sendo fontes de Ca, foram: leite, queijo, iogurte, hortaliças de folhas verde escuras como a, brócolis, alface, feijão preto, laranja, suco de laranja, banana, pão de forma e bolo de milho. O cardápio montado foi apenas par um dia de refeição, o que o alimento rico em cálcio, seria o leite e derivados, mais se aumentasse a quantidades de leite ultrapassaria o limite de proteína proposto na recomendação diária. Quando se avalia a fonte de cálcio, a quantidade de cálcio presente mais é mais importante que a biodisponibilidade em si. A eficiência da absorção do cálcio é praticamente similar na maioria dos alimento, incluindo o leite e seus derivados. (COZZOLINO, 2016). Durante a gestação, é considerado um aumento na necessidade de cálcio para a lactação e o feto para suprirem suas exigências. Contudo a necessidade do Ca, nesse período é suprida pelo aumento da reabsorção óssea e aumento da absorção intestinal. Devido a isso as recomendações nutricionais recomendadas para uma gestante são as mesmas recomendadas para mulheres não grávidas (VITOLO, 2008). Fósforo O fósforo é outro elemento essencial, está segundo lugar com relação ao cálcio, em abundância nos tecidos humanos; cerca de 700g fósforo está presente nos tecidos adultos e 85% presente no esqueleto e dentes como cristais de fosfato de cálcio. Os 15% restantes existem um pool metabolicamente ativo em cada célula do corpo e no compartimento de fluido extracelular (MAHAN, 2005). Além de ser encontrado na natureza em forma de fosfato (PO43-) por conter em sua fórmula 1 átomo central de fósforo, 4 átomos de oxigênio e de zero a 3 átomos de hidrogênio (COZZOLINO, 2007). No organismo humano, o fosforo é encontrado principalmente sob a forma de fosfatos e apenas uma pequena porção está em livre. Compreende 0,5% do corpo dos recém-nascidos e de 0,65 a 1,1% do corpo de indivíduos adulto. Cerca de 85% do total de fósforo corporal encontram- se estocado dos como hidroxiapatita nos ossos e dentes . o restante está distribuídos no músculos 14%e 1 %está nos fluidos corporais. No sangue, concentração total de fosforo é de cerca de 40 mg dL, sendo constituinte dos fosfolipídios de eritrócitos/ ou de lipoproteínas plasmáticas. Já o fosforo inorgânico está presente no sangue e nos fluidos extracelulares na concentração de 3,1 mg/ dL. (COZZOLINO, 2016). O fósforo tem um papel estrutural de grande importância no organismo. Constitui o componente principal dos ossos e dentes e faz parte da estrutura química fosfolipídios, como a fosfolipídios, fosfoproteína, ácido nucléicos e nucleotídeos. O fosforo também apresenta a função de tamponar sistemas ácidos ou alcalinos, auxiliando na manutenção do pH, no armazenamento temporário de energia provinda do metabolismo de macronutrientes, bem como de sua transferência, e por último na ativação de diversas enzimas pela fosforilação.( COZZOLINO, 2016) Recomendação para Dris, o valor máximo para o consumo de fósforo para que essa não se torne tóxica é 700mg, recomendado para mulheres grávidas de 31 á 50 anos, já no cardápio da gestante foi encontrado em seu total de 220% acima do recomendado, mas não ultrapassando a UL, com isso não causa toxidade no organismo. Este conjunto de recomendações recebeu o nome de Dietary Reference Intake (DRI) e é constituído dos seguintes conceitos: Adequate Intake – AI (ingestão adequada), Estimated Average Requiremente – EAR (necessidade média estimada), Recommended Dietary Allowances – RDA (cota diária recomendada) e Tolerable Upper Intake Levels – UL (nível de ingestão máxima tolerável (IOM, 1997; IOM, 2006; COZZOLINO, 2007). O fósforo presente nos alimentos é uma mistura de fósforo na forma inorgânica e orgânica. Fosfatases intestinais hidrolisam a forma orgânica, e assim a maior parte da absorção ocorre como fósforo inorgânico. Em dieta mista, a porcentagem de absorção total de fósforo varia de 55 a 70% em adultos e de 65 a 90% em bebês e crianças. O fósforo é absorvido por todo intestino delgado. No duodeno é absorvido por mecanismo do transporte ativo. (COZZOLINO, 2016). A ingestão de fósforo em indivíduos adulto é de proximamente 20mg/kg do peso corporal diariamente. A biodisponibilidade do fósforo é dependente de sua absorção que, por sua vez, é influenciada por uma série de fatores, incluindo a forma química do fósforo no alimento e a presença de substância que podem ser complexar ao mineral, alterando sua absorção.(COZZOLINO, 2016). Fósforo é encontrado nos alimentos como componente natural de moléculas biológicas e como aditivo alimentar na forma de vários sais de fosfato. (COZZOLINO, 2016) Ferro O ferro é um nutriente mineral encontrado em alimentos de origem vegetal e animal, e de grande importância para a saúde por seu papel como constituinte de componentes orgânicos conhecidos como hemoproteínas, bem como por sua atuação como agente coenzimático. Coenzimas são substâncias necessárias para regular todos os passos metabólicos envolvidos com a manutenção da vida. (DOMENE). A diversidade da alimentação e o estado nutricional dos indivíduos como relação ao ferro determinarão, em última instância, a adequação da nutrição em ferro, com importante implicações para fortificação de alimentos. Como a maior parte do ferro de origem animal é heme, mais biodisponível, carnes são a melhor fonte desse elemento. A carne bovina possui 50% do seu teor de ferro na forma heme, cuja biodisponibilidades varia de 15 a 35%. Alimentos como espinafre , ostra, fígado ervilha, legumes e carnes possuem as maiores densidades de ferro (mg/kcal).entretanto, nem o total de ferro contido no alimento nem a densidade do nutriente são guias sensíveis para a escolha da fonte alimentar, pois algumas delas são praticamente não biodisponíveis. (COZZOLINO, 2016) Apesar da existência deste refinado mecanismo de controle, não há garantia de suficiência, e a anemia decorrente da falta de ferro, chamada ferropriva, acomete cerca de 25% da população mundial. Por este motivo, é a principal doença carencial observada no mundo, e considerada uma questão de saúde pública freqüentemente abordada pelos organismos internacionais de vigilância nutricional. (DOMENE). No entanto o que a Dris recomenda para suprir as necessidades de 27mg/dia, de ferro, e o cardápio da gestante foi obtido o valor de 45,11%, ficando abaixo da porcentagem recomendada, considerar que o cardápio da gestante é realizado apenas o cálculo de um dia de refeição. As maiores fontes de ferro obtidos no cardápio são: pão, arroz integral, feijão preto, frango grelhado, carne moída. Portanto é recomendada a ingestão de alimentos ricos em vitamina C, como sucos e frutas cítricas para melhorar aabsorção do ferro não heme. Evitando durante as principais refeições que contenham ferro, o consumo de alimentos que inibam absorção do mesmo, como os, cafés leite e derivados, principalmente os ricos em cálcio, reduzindo sua absorção pelo organismo. São raras, as mulheres que engravidam com estoque de ferro, geralmente é insuficiente, para suprir todas as necessidades fisiológicas de uma gravidez. A quantidade de ferro recomendada para gestantes é de 27mg/dia no 2° e 3° trimestres (TRUMBO, 2001), o que requer suplementação medicamentosa, pois considerando-se que a dieta habitual fornece 6 a 7 mg de ferro por 1.000Kcal, seria necessário consumir em torno de 5.000Kcal para atingir o valor recomendado (WORTHINGTON, 1997 apud VITOLO, 2008). Sódio O sódio é o cátion mais abundante no líquido extracelular do corpo. Com relação às recomendações de ingestão diárias de sódio, o IOM indica que, em virtude da insuficiência de dados de pesquisas dose-resposta, as necessidades médias estimadas (EAR) e, portanto, também as ingestões dietéticas recomendadas (RDA) não puderam ser determinadas para esses elementos. (COZZOLINO, 2016). Além da manutenção do equilíbrio hídrico e ácido básico, o sódio é necessário para transmitir os impulsos nervosos e estimula a ação muscular, sendo cátion mais abundante no liquido extracelular do corpo humano. É também necessário ao transporte ativo de substancias por meio das membranas celulares, sendo bem conhecida sua participação na absorção da glicose no intestino delgado. (COZZOLINO, 2016). Sob condições de adaptação máxima e sem suor, a quantidade mínima de sódio necessária para ser humano reporá perdas seria 0,18g(8 mmol)/dia. Porem é pouco provável que uma dieta que contenha essa quantidade de sódio fornece os outros nutrientes em quantidade adequadas. . Assim, foram estabelecidas apenas as ingestões adequadas (IA), divulgadas em 2004. Portanto, fica estabelecido que para gestantes e lactantes a ingestão diária deve ser de 1,5 g/dia, equivalente a 3,8 g de Na Cl (cloreto de sódio) mais conhecido como sal de cozinha. (COZZOLINO, 2016). No planejamento do cardápio para a gestante buscou-se a proporção mais adequada de todos os micronutrientes, para manter a relação sódio/potássio, a adequação ficou em 84,63% para sódio e 83,65% a recomendação de sódio para gestante e de 1,5g /dia de sal Potássio O potássio, é o maior cátion intracelular do corpo, é importante na função celular normal. É mantido em uma concentração de, aproximadamente 14 mmol/L de fluído intracelular e, em concentrações bem menores, no extracelular. Poucas alterações na concentração do potássio extracelular podem atingir a ligação potássio extracelular-intracelular e, portanto, atingir a transmissão neural, a contração muscular e o tônus vascular. (COZZOLINO, 2016). Em pessoas saudáveis, cerca de 85% do potássio ingerido é absorvido. O potássio proveniente da dieta é agilmente absorvido por mecanismos passivos e eliminado na urina. Como os feitos do potássio geralmente dependem do ânion acompanhante, as pesquisas feitas principalmente com as formas do potássio que não cloreto, é aquelas encontrados nos vegetais e nas frutas e em outros alimentos cheios de potássio. (COZZOLINO, 2016). Em alimentos não processados, os ânions conjugados de potássio são principalmente os orgânicos, tais como citrato, que são convertidos no corpo em bicarbonato. Nos alimentos processados, em que há adição de potássio e, nos suplementos, o ânion conjugado é o cloreto que não atua como tampão (COZZOLINO, 2016). A ingestão de potássio foi estudada em países da Europa, sendo achados valores variados de 2.730 mg/dia a 4.870 mg/dia. As fontes alimentares de potássio são alimentos não processados como frutas, vegetais (espinafre, brócolis, tomate) e carnes frescas, uma vez que o processamento tem perdas desse mineral. (COZZOLINO, 2016). No cardápio da nossa gestante obtivemos 97,46%. de adequação. As maiores fontes de potássio (acima de 100mg) foram: leite integral, iogurte , morango, banana, abacaxi, arroz integral, feijão preto , suco de laranja, peito de frango, tomate, carne moída , purê de babata, brócolis. Sal. Vitamina A Historicamente, a função fisiológica mais conhecida da vitamina A é no processo visual, participando do grupo prostético das opsinas, sendo a cegueira noturna um dos primeiros sintomas de sua deficiência. Ela inicia o impulso nervoso, age como carreador de resíduos manosil, na síntese de algumas glicoproteínas, na produção de muco e na resistência às infecções, mediada pela ação moduladora da resposta imune. Também age como reguladora e moduladora do crescimento e da diferenciação celular (COZZOLINO, 2016). Segundo a DRIS, 2006, o consumo adequado para gestante ente 31 e 50 anos para que não se torne tóxico ao organismo é de 3000μg, no cardápio montado pelo grupo foi alcançada a quantidade de vitamina A em 645,3μg, sendo que o ideal apresentado nesta mesma referência é de 770μg diárias, nos dando um percentual de adequação em 83,8%. A ingestão em excesso de vitamina A, pode ocasionar sintomas tóxicos, como cefaleia, vertigens, náuseas e vômito, são sintomas característicos de intoxicação aguda por vitamina A. (COZZOLINO, 2016). Os carotenoides são pigmentos naturais amplamente distribuídos na natureza, responsáveis pelas cores: amarela, Laranja, e roxa das frutas, raízes e invertebrados. O β-caroteno dissolvido em óleo é absorvido mais facilmente que o de alimentos. Muitos dos estudos realizados em relação ao efeito da matriz alimentar e da biodisponibilidade de carotenoides têm demonstrado variações expressivas entre diferentes espécies. A biodisponibilidade relativa de β-caroteno purificado varou entre 19 e 34% para cenoura e 22 a 24% para os brócolis. Em frutos, o β-caroteno foi mais efetivo em aumentara concentração de retinol e β-caroteno no plasma em 2,6 a 6 vezes, quando comparado aos vegetais verdes-escuros. (COZZOLINO, 2016) Estudos demonstram que a cocção aumenta o conteúdo de carotenoides em vegetais, possivelmente por causa da facilidade de extração da matriz, ocasionada pelo rompimento da parede celular da planta e pela descomplexação da proteína. (COZZOLINO,2016). A absorção dos carotenoides é similar a dos lipídios, por sua vez, o segundo passo no processo de absorção e, consequentemente na biodisponibilidade, envolve a incorporação e a liberação desses junto às micelas. Por sua vez a absorção dessas é dependente da presença de lipídeos no intestino. (COZZOLINI, 2016). Em condições normais cerca de 70 a 90% do retinol da dieta são absorvidos, e mesmo em altas doses essa absorção ainda se mantém elevada. O β-caroteno juntamente com outros carotenoides, são hidrolisados na mucosa intestinal pela dioxigenase de caroteno, gerando retinaldeído, esse é reduzido para retinol, que é esterificado e entra na circulação junto com os ésteres formados do retinol proveniente da dieta. (COZZOLINO, 2016) Vitamina C O ascorbato pode atuar como co-fator ou co-substrato de diferentes enzimas. Está envolvido na hidroxilação de prolina e lisina para a biossíntese de colágeno. A vitamina C também tem ação na conversão do colesterol em ácidos biliares e no metabolismo iônico de minerais. O papel do ácido ascórbico como agente redutor biológico pode ser ligado também à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Por ser solúvel em água acredita-se que a vitamina C faça parte da primeira linha de defesa do organismo, e por ter facilidade em doar elétrons. (COZZOLINO, 2016). Pode-se ainda ressaltar a ação não enzimática do ascorbato na absorção e no metabolismo do Fe e na inibição da formação de nitrossaminas. O ácido ascórbico atua também como antioxidante, prevenindo a peroxidação lipídica e a oxidação do LDL-colesterol. (COZZOLINO, 2016). A absorção da vitamina C ocorre por processo ativo, dependendo da ação do sódio, na membrana da borda em escova da mucosa intestinal e por um mecanismo independente de sódio, na membrana basolateral. (COZZOLINI, 2016). No cardápio da gestanteos alimento que possuem mais vitamina C foram, morango, abacaxi, suco de laranja, laranja, Justifica-se a utilização de suco com uma laranja durante no lanche da tarde, pela estabilidade da vitamina C nos sucos de frutas é determinada pela natureza deles, sendo que os sucos cítricos são os mais ricos. Elevada quantidade de flavonoides presente nas frutas também pode diminuir as perdas da vitamina porque pode agir como inibidora da oxidação desta, complexando com os metais presentes nos sucos. (COZZOLINO, 2016). Evidências sugerem que a vitamina C pode desempenhar papel importante na prevenção do câncer. Isso se dá por sua habilidade de bloquear o processo carcinogênico por meio da sua atividade antioxidante e aumentar a imunocompetência. Outros estudos mostram que a vitamina pode diminuir o período da doença de resfriados. (COZZOLINO, 2016). Ácido Fólico Ou Folato Embora o folato esteja amplamente distribuído nos alimentos, sua deficiência é comum, acrescentando-se ainda o fato de que muitos medicamentos de uso comum podem causar depleção dessa vitamina. (COZZOLINO, 2016). Para o cardápio da gestante, usamos os alimentos que possuem em sua composição o ácido fólico, são: pão de forma, leite integral, queijo, banana, maçã peito de frango, alface, tomate, cenoura, berinjela, beterraba, purê, de batata abobrinha, suco natural de laranja, cebola, alho, carne moída, abacaxi, frango, beterraba, brócolis, morango , aveia em flocos. O folato livre liberado por ação da conjugasse, é absorvido por transporte ativo no duodeno e no jejuno. (COZZOLINO, 2016). A biodisponibilidade do folato é em grande parte controlada pela absorção intestinal; o poliglutamil folato deve ser desconjugado no intestino delgado, dependendo, portanto de uma ação enzimática. A absorção deve ocorrer em PH ótimo e é saturável. Além disso, outros fatores como drogas (medicamentos) e suplementos como diferentes formas de folato, podem influenciar na biodisponibilidade desse nutriente. (COZZOLINO, 2016). O ácido fólico não é tóxico, mas deve existir preocupação quanto altas doses, pois essas podem mascarar a anemia perniciosa. Entretanto esse efeito é só estabelecido com ingestão superior a 5mg. (COZZOLINO, 2016). Sabendo que o leite integral está presente no desjejum da gestante, e sabendo que o folato presente no leite está especialmente ligado a uma proteína ligadora específica, e esse complexo proteína-folato é absorvido intacto, sobretudo por íleo, por um mecanismo distinto do sistema de transporte ativo, para absorção do folato livre, se dá importância para o consumo desses na dieta da mulher durante a gestação. (COZZOLINO, 2016). Atualmente a suplementação do folato no início da gestação está estabelecida, e tem resultado em significativa diminuição da incidência de defeito no tubo neural. Um estudo feito, com gestantes adolescentes, no qual foram suplementadas com ferro, folato e zinco verificaram-se mudanças significativas nos parâmetros nutricionais de folato, indicando sua necessidade para esse grupo populacional. (COZZOLINO, 2016). Fibras A fibra alimentar é descrita como uma classe de compostos de origem vegetal constituída, sobretudo, de polissacarídeos e substâncias associadas que, quando ingeridos, não sofrem hidrólise, digestão e absorção no intestino delgado humano. (COZZOLINO, 2016). A fibra alimentar, também denominada fibra dietética, é resistente à ação das enzimas digestivas humanas e é constituída de polímeros de carboidratos, com três ou mais unidades monoméricas, e mais a lignina – um polímero de fenilpropano. Os componentes da fibra alimentar dividem-se nos grupos: polissacarídeos não amido, oligossacarídeos, carboidratos análogos (amido resistente e maltodextrinas resistentes), lignina, compostos associados à fibra alimentar (compostos fenólicos, proteína de parede celular, oxalatos, filatos, ceras, cutina e suberina) e fibras de origem animal (quitina, quitosana, colágeno e condroitina). De forma simplificada, as fibras são classificadas como fibras solúveis, viscosas ou facilmente fermentáveis no cólon, como a pectina, ou como fibras insolúveis como o farelo de trigo que tem ação no aumento de volume do bolo fecal, mas com limitada fermentação no cólon. Os efeitos positivos da fibra alimentar estão relacionados, em parte, ao fato de que uma parcela da fermentação de seus componentes ocorre no intestino grosso, o que produz impacto sobre a velocidade do trânsito intestinal, sobre o PH do cólon e sobre a produção de subprodutos com importante função fisiológica. Encontrados, sobretudo em vegetais, frutas e grãos integrais e podem, também, ser extraídos de sementes, exsudatos de plantas, algas marinhas e raízes tuberosas (COZZOLINO, 2016). A fibra alimentar atua ao longo do trato gastrintestinal desde sua ingestão até a excreção. O aumento do tempo de mastigação, provocado pela presença de fibra alimentar, induz a um aumento do fluxo do suco gástrico, que juntamente com a fibra hidratada pela saliva resulta em um aumento do volume do conteúdo estomacal e com isso acelera e mantém por mais tempo a sensação de saciedade do organismo (COZZOLINO, 2016). A importância no consumo de fibras vai além da sensação de saciedade, as mesmas estimulam o quimo ao longo do intestino delgado. Há uma relação direta entre o conteúdo de fibra alimentar na dieta e a velocidade na qual os nutrientes são deslocados ao longo do trato gastrintestinal. Sabe-se que alguns componentes da fibra alimentar provocam mudanças morfológicas na mucosa do intestino por estimularem a proliferação celular, e que a fermentação, pela microbiota intestinal, dos polissacarídeos não absorvidos no intestino delgado desempenha papel importante na modulação da troca celular intestinal. (COZZOLINO, 2016). A biodisponibilidade dos minerais pode ser influenciada de maneira negativa, isto é, pela presença de fibras insolúveis, fitatos, polifenóis, oxalatos, taninos e flavonoides, ou de maneira positiva pela presença de fibras solúveis, ácido ascórbico, ácido cítrico, lactose e frutose. Mudanças nas quantidades e/ou nas proporções de carboidratos, proteínas e gorduras em relação à concentração de fibra alimentar na dieta podem interferir na absorção dos minerais (COZZOLINO, 2016). Pesquisas mostraram que a fibra alimentar pode influenciar negativamente na biodisponibilidade de diversos minerais, em particular, nos metais bivalentes. Para explicar esse efeito da fibra na biodisponibilidade dos minerais, foram propostos alguns mecanismos como a diminuição do tempo do trânsito intestinal, o aumento da espessura da camada de água estacionária das células da mucosa intestinal, a diluição do conteúdo intestinal e o aumento do volume fecal, a formação de quelatos entre componentes da fibra e minerais, a alteração do transporte ativo e passivo dos minerais pela parede intestinal, troca iônica, a retenção de íons nos poros da estrutura gelatinosa de alguns tipos de fibras e o aumento da secreção endógena de minerais (COZZOLINO, 2016). Outro fator importante é que o excesso de fibras sem o consumo adequado de água causa a prisão de ventre, essa afirmação é explicada devido à existência das fibras insolúveis que atuam na formação do bolo fecal, e para que isso aconteça, a água é necessária melhorando a lubrificação intestinal e facilitando a eliminação da comida. Em contrapartida, em estudos de longa duração realizados em indivíduos vegetarianos não foram constatados prejuízos sobre o elevado consumo de fibras nas dietas e seu efeito no estado nutricional relativo aos minerais. O organismo dos vegetarianos se adapta à elevada ingestão de fibras (>35g/dia) e dessa forma o estado nutricional relativo aos minerais no organismo se mantém normal (COZZOLINO, 2016). Colesterol Segundo a DRIS, para valores de colesterol, gorduras saturadas e trans não foram estabelecidos valores de EAR, RDA ou AI e UL. A variação de distribuição aceitável varia de acordo com cada paciente. A quantidade de colesterol encontrada após os cálculos, foi de 224,4. As fontes alimentaresque apresentam quantidades significativas de colesterol são o queijo (10,6 mg ), presunto(12,4 mg ), iogurte (10,4 mg ) leite integral (19 mg), peito de frango (68 mg), bolo de milho (41mg), o carne moída (43 mg), purê de batata (20 mg), Nos alimentos de origem animal, carne, ovos e leite, o colesterol representa menos que 0,5% da ingestão diária de lipídeos, sendo normalmente esterificado com um ácido graxo, portanto sob a forma de éster de colesterol. Os óleos vegetais não possuem colesterol, portanto, uma vez que este é um produto presente apenas em alimentos de origem animal (COZZOLINO, 2016). Ter colesterol alto na gravidez é uma situação normal, pois nesta fase ocorre a mobilização de gordura corporal materna para suprimento de energia para o metabolismo materno, ocorrendo assim, o aumento dos níveis plasmático de ácidos graxos, triglicerídeos, colesterol e lipídeos totais. Porém se a paciente apresentar os níveis de colesterol altos antes de engravidar, ela deverá ter um cuidado extra com a sua alimentação adotando uma dieta especial. Isso é muito importante porque o colesterol muito alto na gravidez pode ser prejudicial ao bebê, podendo acumular fios de gordura dentro de seus vasos sanguíneos, implicando na instalação da doença cardíaca ainda na infância. Estudos epidemiológicos mostram que elevadas concentrações de colesterol total (CT) aumentam a probabilidade do desenvolvimento de doenças cardiovasculares, sendo potencializadas no decorrer da vida pela obesidade e por uma série de outros fatores, como tabagismo, hipertensão arterial, hábitos alimentares, histórico familiar e sedentarismo. Evidências de pesquisas indicam que a deposição de gordura nas paredes das artérias inicia na infância e é mais provável com maiores níveis de colesterol no sangue. Porém, raramente conduz a resultados adversos na saúde infantil, mas seus efeitos de longo prazo podem ser consideráveis, já que alterações do metabolismo lipídico, presentes na infância e adolescência, tendem a persistir na idade adulta, colaborando para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Os conhecimentos atuais a respeito do metabolismo dos lipídios demonstram que digestão, absorção, transporte e distribuição desses compostos é evento complexo, e que os antioxidantes têm importante papel para a manutenção de indivíduos saudáveis. Por outro lado, a ingestão dos diferentes ácidos graxos terá influencia marcante no metabolismo lipídico, sendo muito importante na composição das lipoproteínas e na produção de eicosanoides (COZZOLINO,2016). As DRIs estão apresentadas separadamente para vitaminas e minerais e os valores de referência EAR, RDA, AI, e UL. Estão juntos por nutrientes. AD RDAs ou AIs entende-se como metas de ingestão dietéticas, foram destacadas para facilitar e localizar a consulta e no planejamento de dietas. Segundo a DRIs, para valores de carboidratos, minerais e vitaminas, a variação aceitável varia de acordo com cada gestante. A quantidade encontrada após os cálculos, conforme cada vitamina recomendação da DRIs, mas no nosso cardápio deu vitaminas, A 700, Folato 600, C 85. As DRIs, assim como as RDAs, são valores numéricos esperados para o consumo de nutrientes, sendo usados como parâmetros para o planejamento e a avaliação de dietas para gestantes. REFERÊNCIAS VITOLO, Márcia Regina. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008. BRINQUES, Graziela Brusch. Bioquímica humana aplicada à nutrição. São Paulo: Pearson Eduacation do Brasil, 2014. ACCIOLY, Elizabeth. Nutrição em obstetrícia e pediatria.2. ed.- Rio de Janeiro: Cultura médica. Guanabara koogan, 2009. COZZOLINO, Silvia M. Franciscato. Biodisponibilidade de nutrientes. 2. ed. Barueri: Manole, 2007. Programa nacional para promoção da alimentação saudável Alimentação e Nutrição na Gravidez, 2015 Disponível em: https://www.alimentacaosaudavel.dgs.pt/activeapp/wpcontent/files_mf/1444899925Alimentacaoenutricaonagravidez.pdf visualizado no dia 16/05/2017 as 16:53 PHILIPPI, Sonia Tucunduva, Rita de Cássia de Aquino, organizadoras, Princípios para planejamento de uma alimentação saudável, Barueri, SP: Manole, 2015. COZZOLINO, Silvia M. Franciscato, Biodisponibilidade de nutrientes, 5. Ed.rev. e atual, Barueri, SP: Manole, 2016. PHILIPPI, S.T.; LATERZA, A.R; CRUZ, A.T.R. et weight-for-height or weight gain during preg- aI. Pirâmide alimentar adaptada: guia para escolha dos alimentos, 1999. Domene, Martins Álvares, O papel do ferro sobre a nutrição e a saúde, Nutricionista Semíramis, PUC/Campinas Membro do Comitê Técnico do SIC – Serviço de Informação da Carne. Disponível em: http://www.sic.org.br/PDF/ferro.pdf. >. Acesso em: 20 de mai. 201. Ministério da saúde. Guia alimentar para a população brasileira.2.ed. Brasília-DF, 2014.
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