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FUNDAMENTOS-DO-TURISMO

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SUMÁRIO 
1 TURISMO EM PERSPECTIVA: O CENÁRIO E A IMPORTÂNCIA DO 
TURISMO NO BRASIL E NO MUNDO ....................................................................... 3 
2 O TURISMO E AS ÁREAS DE CONHECIMENTO: .................................... 6 
3 O TURISMO NO BRASIL ............................................................................ 6 
4 A IMPORTÂNCIA DO TURISMO NO ENSINO E NA PESQUISA, E SEU 
INTER-RELACIONAMENTO COM OUTRAS CIÊNCIAS. ........................................... 8 
5 TURISMO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES ................................................ 10 
6 CONCEITOS BÁSICOS ............................................................................ 12 
7 AS RELAÇÕES ENTRE O LAZER E O TURISMO ................................... 13 
8 COMO ENTENDER O TURISMO COMO LAZER .................................... 15 
9 TURISMO: NEGÓCIO E CULTURA ......................................................... 15 
10 FORMAS E TIPOS DE TURISMO ......................................................... 16 
10.1 Turismo Religioso: .......................................................................... 16 
10.2 Turismo de Massa: .......................................................................... 17 
10.3 Turismo de Incentivo: ...................................................................... 18 
10.4 Turismo Cultural: ............................................................................. 19 
10.5 Turismo de Eventos: ....................................................................... 19 
10.6 Turismo de Estudos: ....................................................................... 20 
10.7 Agroturismo: .................................................................................... 22 
10.8 Turismo Rural: ................................................................................. 23 
10.9 Turismo Náutico: ............................................................................. 26 
10.10 Turismo Ecológico: ......................................................................... 27 
10.11 Turismo de Aventura: ...................................................................... 29 
11 MERCADO TURÍSTICO ........................................................................ 30 
 
 
11.1 Preço: .............................................................................................. 31 
11.2 Liberdade: ....................................................................................... 31 
11.3 Heterogeneidade: ............................................................................ 32 
12 TIPOS DE MERCADO ........................................................................... 32 
12.1 Competição perfeita: ....................................................................... 32 
12.2 Competição imperfeita: ou monopolística: ...................................... 32 
12.3 Monopolística: ................................................................................. 33 
12.4 Oligopólio: ....................................................................................... 33 
13 DEMANDA TURÍSTICA ......................................................................... 33 
14 CONSUMIDOR DE PRODUTOS TURÍSTICOS .................................... 34 
15 OFERTA TURÍSTICA ............................................................................ 35 
16 CLASSIFICAÇÃO .................................................................................. 35 
17 FATORES QUE INFLUENCIAM A OFERTA TURÍSTICA ..................... 37 
18 SEGMENTAÇÃO DO MERCADO TURÍSTICO ..................................... 38 
19 DEMANDA TURÍSTICA ......................................................................... 39 
BIBLIOGRAFIA: .............................................................................................. 46 
 
 
 
 
1 TURISMO EM PERSPECTIVA: O CENÁRIO E A IMPORTÂNCIA DO TURISMO 
NO BRASIL E NO MUNDO 
 
Fonte:patkovacs.blogspot.com 
O Homem sempre se locomoveu de um lugar a outro motivado por fatores 
diversos, que no princípio foi apenas em busca de subsistência. Conforme o Ser 
Humano evoluía, também evoluíam suas necessidades e motivações. Não mais 
apenas por sobrevivência (andanças em busca de caça, terras férteis, localidades 
mais seguras etc.), mas também motivado por vários outros novos fatores, desde 
peregrinações religiosas até avançando com a guerra. 
Por ser uma criatura naturalmente migratória, o Homem começou a se 
organizar para atender à demanda de viajantes desde a Antiguidade, embora fosse 
de uma forma rudimentar. Porém, apenas no Século XX que a atividade turística e 
sua organização ganham contornos mais elaborados. 
Com a Ciência e Tecnologia em franca expansão, levando certa qualidade de 
vida às pessoas, uma consequência benéfica da Revolução Industrial, o Homem se 
tornou mais livre para se locomover com mais facilidade e rapidez: desenvolvimento 
dos meios de transporte, especialmente os veículos sobre trilhos; maior tempo livre 
 
proporcionado pela regulamentação dos direitos dos trabalhadores; distribuição de 
renda mais equilibrada, especialmente para a nova classe social, a dos trabalhadores 
industriais. Tudo isso serviu de contribuição para um maior tempo livre que podia ser 
gasto com o ócio, o lazer, a diversão, ou investido em estudos, pesquisas ou negócios. 
O Turismo nos leva a uma visão das possibilidades que esta atividade nos 
proporciona. E quando falamos em possibilidades, abre-se um horizonte infindável de 
oportunidades em que se pode atuar. Identificar essas possibilidades e transformá-las 
em oportunidades é o que separa aqueles que realizam daqueles que ficam somente 
no campo das ideias. 
O Turismo em Perspectivas é saber enxergar as oportunidades de gerar 
negócios movimentando a cadeia produtiva, envolvendo assim diversos atores da 
sociedade urbana ou rural, aquecendo a economia da região, e fomentando o 
desenvolvimento. 
 
 
Fonte:www.fecomercio.com.br 
Saber enxergar as perspectivas não está em sonhar com o Turismo como 
principal ferramenta motora do desenvolvimento (e isso pode até ocorrer em 
localidades onde vários fatores contribuam para isso), mas sim em ter a consciência 
que o Turismo pode contribuir com uma parcela da prosperidade de uma determinada 
localidade. 
 
Sociedades que desenvolvem uma consciência equilibrada e sensata do 
Turismo em suas perspectivas, são sociedades com visão de futuro de longo prazo, e 
aqui podemos citar alguns bons exemplos, focando apenas no Turismo de Natura: 
Foz do Iguaçu, Pantanal-Bonito, Bahia, Costa Rica, Nova Zelândia e outros mundo 
afora. 
E estamos falando somente de produtos de natureza, mas não se deve 
esquecer de outros diversos segmentos, como, por exemplo, o religioso (Aparecida, 
Fátima, Terra Santa, etc.), e por aí vai. 
Algumas sociedades conseguiram ver no turismo uma rentável relação com 
esse mercado. 
Os dados do Ministério do Turismo mostram que o Brasil atingiu a marca dos 6 
milhões anuais de turistas visitando nosso país, um número pífio e insignificante para 
as dimensões e atrativos que possuímos. 
Falamos até agora no Turismo em Perspectivas, mas quais as Perspectivas em 
Turismo? 
A Copa do Mundo nos colocou na vitrine internacional em 2014, as Olimpíadas, 
em 2016, e isso reforça ainda mais nossa exposição internacional. Seria maravilhoso 
e perfeito se estas perspectivas trouxessem resultados mais proveitosos e 
duradouros, que deixassem um legado que durasse um longo prazo. Seria um sonho, 
uma utopia? Os fatos nos responderão. 
Sendo o turismo uma atividade complexa, é preciso que este necessite de 
pesquisa para analisar suas indicações. Para se compreender melhor o turismo, 
vários pesquisadores realizaram estudos independentes visando estabelecer seus 
fundamentos. 
A compreensão de que o Turismo entrelaça várias áreas de estudo das áreas 
de ciências humanas é ponto primordial para odesenvolvimento de pesquisa. Seu 
campo de estudos é muito amplo não possuindo método próprio de pesquisa, mas 
utiliza métodos de outras disciplinas. Um estudioso do turismo não pode deixar de 
levar em consideração questões ambientais, sociais, culturais, legais, econômicas, 
que envolvem um problema e um destino turístico. É por este motivo que disciplina 
como Direito, Geografia, Antropologia, Sociologia, entre outras precisam ser 
discutidas e aprofundadas na matriz curricular dos cursos de Turismo. 
 
2 O TURISMO E AS ÁREAS DE CONHECIMENTO: 
Sabendo que o Turismo depende de outras ciências para construir um 
conhecimento sobre o fenômeno em seus mais variados aspectos, podemos perceber 
a integração e dependência que o turismo tem com as ciências econômicas, sociais, 
humanas, espaciais, biológicas, exatas entre outras, além da necessidade e aplicação 
nos campos da comunicação, da administração, contabilidade, urbanísticas. 
 
 
Fonte:www.fecomercio.com.br 
Tendo como exemplo o conhecimento da sociologia e da psicologia que 
proporciona estudos das motivações e demonstrações do deslocamento humano, do 
comportamento do homem em grupo das atitudes e hábitos em função de viagens e 
o contato com viajantes. 
3 O TURISMO NO BRASIL 
A atividade turística no Brasil começou a se desenvolver na década de 1990, 
devido à estabilidade econômica que tirou o país de um abismo financeiro. Outros 
fatores que contribuíram para a abertura do país à atividade turística foram: a natural 
potencialidade do Brasil, com sua natureza diversificada e exuberante, sua cultura 
 
miscigenada e seu rico folclore; o financiamento de projetos nacionais por capitais 
estrangeiros; o interesse do governo em promover a atividade turística, iniciando com 
a criação da Política Nacional de Turismo, pelo presidente Fernando Henrique 
Cardoso, posteriormente com a criação do Ministério do Turismo, em 2003, pelo 
presidente Lula; o crescimento da renda dos brasileiros; investimento na propaganda 
positiva do Brasil no próprio país e no mundo; capacitação de mão de obra; 
investimentos na infraestrutura. 
 
 
Fonte:blog.osmosqueteiros.com.br 
A Embratur, Instituto Brasileiro de Turismo, é o departamento de turismo criado 
em 1966 e hoje está vinculado ao Ministério do Turismo. Atualmente, suas atribuições 
vão desde a fomentação de atividades turísticas por todo o país até o apoio na 
comercialização de produtos e serviços, tanto dentro quanto fora do Brasil. 
Mesmo com tantos investimentos na área e criações de projetos turísticos, o 
Brasil ainda está muito abaixo na estatística de receptividade de turistas estrangeiros, 
em relação a diversos outros países como França, Espanha, EUA e até Arábia 
Saudita. 
 
Porém, não basta apenas investimentos e criação de políticas para a área, pois 
é necessário melhorar as condições do país num todo. Questões como segurança 
pública; infraestrutura das cidades; condições das estradas e rodovias; melhor 
organização dos aeroportos e qualidade/quantidade de voos, melhoria na qualidade 
dos serviços oferecidos; transportes públicos eficientes; e diminuição da carga 
tributária, são de relevante importância para atrair turistas ao Brasil, seja para turismo 
de lazer, negócios, ecológico e cultural. 
O maior contingente de turistas estrangeiros no Brasil provém da Argentina, 
EUA, Portugal, Itália, Chile, Alemanha, Japão, entre outros. Sendo que as cidades 
mais visitadas são Rio de Janeiro e São Paulo (no turismo motivado por lazer e 
negócio), Foz do Iguaçu, Florianópolis e Salvador (turismo de lazer), Porto Alegre, 
Curitiba e Belo Horizonte (turismo de negócios). 
 
 
Fonte: www.google.com.br 
4 A IMPORTÂNCIA DO TURISMO NO ENSINO E NA PESQUISA, E SEU INTER-
RELACIONAMENTO COM OUTRAS CIÊNCIAS. 
A matéria prima do Turismo é o mundo inteiro e o seu objetivo é o Ser Humano. 
Dada essa vastidão complexa, não é possível restringi-lo a uma disciplina. O 
fenômeno do Turismo precisa ser analisado e pesquisado dentro de um campo de 
estudos, utilizando-se de todas as disciplinas em que se pode extrair conhecimentos 
para o entendimento e a organização dele. 
 
O Turismo faz interligação com as Ciências econômicas, sociais, humanas, 
espaciais, biológicas, exatas, com aplicações nas áreas da comunicação, 
administração, contabilidade etc. 
Dentre as áreas de conhecimento que podem ser utilizadas no estudo do 
Turismo, as mais influentes são: 
Economia, sobre os efeitos e resultados dos gastos dos turistas que podem 
contribuir para o desenvolvimento da área visitada; 
Sociologia, para entender as interações sociais entre residentes e turistas; 
Psicologia, para compreender as personalidades no contexto social e o 
comportamento do homem em grupo e em função da viagem; 
Geografia, para o estudo das relações espaciais e melhor utilização dos 
recursos naturais; 
Cartografia, para localização e planejamento do espaço que é objeto de 
turismo; 
Antropologia, a fim de conhecer o desenvolvimento e a evolução das formas 
de lazer do homem ao longo dos tempos; 
História da Cultura, que envolve folclores locais, em suas diversas 
manifestações – dança, música, artesanato, manifestações populares em festas etc.; 
Estatística, para analisar os resultados e consequências obtidas com a 
movimentação dos viajantes; 
Econometria, utilizando-se da Estatística; 
Matemática e Economia para traduzir em números os objetos de estudo e 
pesquisa; 
História, que é essencial para o Turismo, para conhecer e compreender a 
História Geral de uma localidade e utiliza-se disso como atrativo turístico; 
Direito e Legislação, essencial para a orientação, fiscalização e legislação de 
passaportes e vistos, proteção de bens materiais e imateriais, proteção aos turistas 
estrangeiros, à trabalho, passageiros clandestinos, legislação ambiental para 
proteção da flora e fauna locais, delimitando direitos e deveres dos visitantes; 
Informática, porque o mundo presente e futuro é dentro da Tecnologia da 
Informação; 
Comunicação e Marketing, essencial para o planejamento do Turismo 
enquanto um produto de consumo. 
 
5 TURISMO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
A maioria das pessoas já fizeram turismo em outro lugar distante do lugar onde 
reside e muitos ainda não pensaram no significado da palavra turismo. Viajaram para 
outros lugares, passearam pelo campo e banhara-se em lindas praias, hospedara-se 
em hotéis, visitaram parentes distantes. Fazendo turismo mesmo sem saber o 
significado do termo, trouxeram na bagagem lembranças e muitas fotos para a 
posteridade e para mostrar para os amigos e familiares. Mesmo sendo um turista não 
pararam para pensar o que é turismo realmente. 
 
 
Fonte:netcult.com.br 
O turismo pode ser conceituado como um conjunto de ações realizadas por 
uma ou mais pessoas durante uma viagem e estadia num lugar diferente ao que está 
acostumado a ver todos os dias. Se uma pessoa passou fora de casa um período 
curto, não superior a um ano e não estava a trabalho, o que estava fazendo 
provavelmente seria turismo. 
Nos dias atuais o turismo é uma das indústrias de mais considerada 
importância no mundo. Faz-se turismo para descansar, com motivos culturais, com 
interesse cultural, a negócios ou simplesmente por puro ócio. 
A indústria do turismo não pertence aos dias atuais; essa atividade vem de 
muito tempo atrás, mas foi definida como tal somente a pouco tempo como um tipo 
de atividade econômica considerada independente. O turismo abarca uma variedade 
 
grande de setores da economia e de disciplinas acadêmicas. Definir turismo, devido 
a que é um termo difícil de conceituar, não é uma tarefa considerada fácil. 
Um conceito que cabe muito bem como turismo é aquele que faz uma descrição 
sobre o conceito que analisa o turismo como aquelas deslocações de caráter curto e 
temporário que as pessoas realizam fora do ambiente que está acostumado a ver. 
Podemos ficar com esse conceitocomo um conceito correto devido à sua 
rotunda forma de explicar o que é o turismo. 
Porém, no setor econômico se pode definir como turismo aquelas atividades 
que envolvem o consumo; na psicologia se realizariam certas análises que partissem 
dos comportamentos turísticos; e se nos referimos a termos mais precisos como os 
termos geológicos, a definição principal teria como base o território, as propriedades 
do mesmo e outras questões que façam referência à sua área de trabalho. 
O turismo, tal como o conhecemos atualmente, nasceu no século XIX na 
sequência da Revolução Industrial, que possibilitou as deslocações tendo por objetivo 
o descanso, o ócio, ou ainda motivos sociais ou culturais. Anteriormente, as viagens 
prendiam-se mais com a atividade comercial, os movimentos migratórios, as 
conquistas e as guerras. 
Recuando no tempo, há que ter em conta que, na Grécia Antiga, já existia uma 
incipiente atividade turística com as Olimpíadas (ou Jogos Olímpicos) já que, de 
quatro em quatro anos, milhares de pessoas se deslocavam para assistir ao evento. 
Considera-se que o inglês Thomas Cook terá sido o pioneiro no turismo 
enquanto atividade comercial. Em 1841, levou a cabo a primeira viagem organizada 
da história, um antecedente daquilo que hoje é um pacote turístico. Uma década mais 
tarde, fundou a primeira agência de viagens do mundo: a Thomas Cook and Son. 
Hoje em dia, o turismo é uma das principais indústrias a nível global. Pode-se 
estabelecer uma diferença entre o turismo de massa (um grupo de pessoas agrupado 
por um operador turístico) e o turismo individual (viajantes que decidem as suas 
atividades e itinerários sem intervenção de operadores). 
Por outro lado, existem quase tantos tipos de turismo como interesses 
humanos. Dito isto, podemos mencionar o turismo cultural (pessoas que se deslocam 
para conhecer marcos artísticos ou históricos), turismo de consumo (excursões 
organizadas com o objetivo principal de adquirir produtos), turismo de formação 
(relacionado com os estudos), turismo gastronómico (para desfrutar da comida 
tradicional de um determinado local), turismo ecológico (baseado no contato não 
 
invasivo com a natureza), turismo de aventura (para praticar desportos de risco/de 
aventura de carácter recreativo), turismo religioso (relacionado com acontecimentos 
de carácter religioso) e inclusive o turismo espacial (negócio recente que organiza 
viagens para o espaço). 
6 CONCEITOS BÁSICOS 
 
Fonte: www.hardmusica.pt 
Veranista: Indivíduos que habitualmente passa o verão fora do local onde 
reside. 
Viajante: São os indivíduos que se deslocam entre dois ou mais lugares dentro 
ou fora do país. 
Visitante: São as pessoas que se deslocam para um lugar diferente de onde 
mora. O tempo de permanência deve ser inferior a 12 meses. 
Excursionista: Todo o indivíduo que em sua viagem permanece um tempo 
inferior a 24 horas fora do local em que residência, mas sem pernoitar. Com a 
finalidade de recreio, esporte, saúde, motivos familiares, estudos, peregrinação 
religiosa ou negócio. 
Turistas: Toda pessoa, sem discriminação de etnia, sexo ou religião entra em 
um território contratante diferente do local de residência, com um prazo superior a 24 
horas e inferior a 12 meses com o objetivo de lazer, esporte, saúde, motivos familiares, 
estudos, peregrinação religiosa ou negócio. 
 
7 AS RELAÇÕES ENTRE O LAZER E O TURISMO 
O turismo se reveste sempre numa conotação lúdica que o aproxima do lazer, 
sem mencionar as férias, tido como “tempo nobre” do lazer, esta última associada 
tanto ao lazer quanto ao turismo. O que se nota é que muitos fazem uma grande 
confusão e tem o turismo como parte integrante do lazer e vice-versa. Mas faz-se 
necessário, segundo rever certos conceitos efetivamente inter-relacionados e que 
guardam, dentro das suas dinâmicas, instâncias específicas a um e irredutíveis a 
ambos. 
 
Fonte:www.dedicatoturismo.com.br 
O lazer engloba três grupos de atividade e campos de negócios, sendo: 
a) Aquele baseado na mídia ou desenvolvido dentro de casa, como, a audiência 
de rádio e TV, discos, jornais e revistas, livros, e o videogame, computador e internet. 
b) O baseado nas relações com os outros e o meio ambiente dentro da própria 
cidade, com destaque para a frequência a parques, academias de ginástica, flanar e 
shopping-centers, teatro, cinema, bares, restaurantes, danceterias e similares. 
c) E o baseado na viagem e/ou hospedagem fora do destino de origem. Dos 
grupos mencionados, o terceiro evidentemente confunde-se com o turismo 
propriamente dito, o que leva à constatação de que o “turismo é o nome que se dá ao 
lazer desenvolvido fora da cidade onde se mora”, embora, haja formas de turismo que 
não se confunde com lazer. 
 
No entanto, o lazer turístico é aquele que envolve um deslocamento físico da 
cidade onde o indivíduo reside, tendo-se em vista seu perfil e peso no contexto global 
das práticas de lazer. Pode-se dizer que: 
a) Do ponto de vista cultural é tida como uma das formas culturalmente mais 
ricas e desejadas sob a ótica do lazer. 
b) No tocante à questão social, contudo, o turismo não é o mais relevante, 
porque ainda no país não há uma política de valorização que beneficie o lazer da 
melhor idade. 
c) Do ponto de vista econômico, as práticas turísticas vêm ganhando 
notoriedade muito mais que o próprio tempo de lazer. Contudo, o autor demonstra 
com sabedoria e sobriedade, a preocupação da sociedade com o meio em que vive o 
que remete à visão ao desenvolvimento do turismo de forma sustentável. 
d) Fundamentado na política, o peso do lazer turístico é maior do que o lazer 
em si, em face à própria condição socioeconômica de quem o pratica, daí a existência 
de faculdades de turismo e não de lazer-recreação, que ultimamente vem sendo 
criadas em face à evidência do maior peso político do lazer turístico. 
Desta forma, conclui que nem tudo que é lazer reduz-se ao turismo, ou seja, o 
turismo é tido como uma parcela de lazer, pouco significa quantitativamente, mas de 
grande potencial qualitativo e grande importância econômica. 
Desde os primórdios, as viagens e deslocamentos de grandes massas 
humanas sempre foram uma constante. As migrações populacionais aconteceram por 
vezes vitimadas pelas guerras e conflitos, por outras por circunstâncias religiosas e 
cívicas. 
Contudo, o turismo moderno se fortaleceu no século passado, devido ao 
deslocamento humano que deixou de ser uma contingência dos momentos difíceis ou 
especiais para enfim afirmar-se como lazer e entretenimento. 
Daí pode afirmar que o fenômeno turístico surgiu como uma atividade de lazer, 
como experimento distante do domicílio habitual. 
Numa segunda conclusão, a afirmação de que o turismo não se reduz ao lazer, 
parte da consideração de que uma parcela dos deslocamentos turísticos advém de 
expectativas oriundas das dimensões, sócio profissionais, sócio familiares, sócio 
religiosas e de saúde da vida dos indivíduos, fundamentadas pelas obrigações 
decorrentes, mesmo que contaminadas por valores e expectativas nascidas do lazer. 
 
Cinco contribuições importantes para o profissional de turismo, advindas da 
sociologia do lazer, podem dinamizar a condição socioeconômica e cultural do 
moderno fenômeno das viagens de massa, no tocante à questão profissional deste 
indivíduo que atua ou irá atuar nos diversos segmentos do turismo. 
8 COMO ENTENDER O TURISMO COMO LAZER 
É dimensionar o turismo como fonte de lazer, sujeito às massas condicionantes 
e injunções, estas que pesam sobre o lazer como um todo. Faz-se necessário um 
“olhar crítico” como forma de distinção social. 
Ao profissional do turismo compete o estudo do lazer como algo fundamental 
para as motivações lúdicas, abandonando a ideia de que toda viagem ou 
deslocamento sejam focado apenas como negócio. 
O mais importante, contudo, nesse contexto, é que o lazer/recreação é tido 
comoum setor de trabalho intensamente disputado pelos egressos do curso de 
turismo, seja através da recreação pública: centros culturais, parques urbanos, etc., a 
recreação privada: academias de ginástica, casas noturnas, etc., a recreação 
hoteleira, a recreação escolar: acampamentos, “day-camps”, estudo do meio, 
ecológica e hospitalar, contam cada vez mais com a contribuição dos bacharéis em 
turismo, que disputam essa fatia do mercado com os egressos dos cursos de 
educação física. 
9 TURISMO: NEGÓCIO E CULTURA 
O lazer ao ser estudado conceitua a qualidade da viagem como experiência 
cultural. O lazer doméstico, extra doméstico e turístico são interligados. 
Estudar as motivações e a dinâmica do lazer, sob esse prisma é 
fundamentalmente necessário, a adoção de uma atitude crítica face à postura da 
Organização Internacional do Turismo face à postura da Organização Social do 
Turismo Social que há mais de trinta anos, assume uma posição intransigente quanto 
ao aspecto de valorização do turismo como cultura. 
Reside neste caso em tela, também a denúncia dos principais impactos 
negativos do denominado turismo-negócio, ou seja, a viagem pela viagem, tido 
 
apenas como fuga do cotidiano, por vezes insuportável, a depredação ambiental e a 
destruição (descaracterização) das culturas locais. 
Toda atividade de lazer gera três tempos culturais importantes: o antes, o 
durante, o depois. Na prática, tal postura equivale à sensibilização do profissional do 
turismo, tendo por base a satisfação do cliente como principal fundamento e não 
apenas que simplesmente como vender um pacote de viagem, mutilando desta 
maneira uma atividade. A recreação hoteleira tende a ganhar se estiver atenta à 
evolução dos tempos, principalmente a vivenciar uma atividade turística. 
10 FORMAS E TIPOS DE TURISMO 
10.1 Turismo Religioso: 
O Turismo religioso, diferente de todos os outros seguimentos de mercado do 
turismo, tem como motivação fundamental a fé. Estando, portanto ligado 
profundamente ao calendário religioso da localidade receptora do fluxo turístico. Esta 
tipologia de turismo está fundamentalmente ligada à história da atividade, sendo o 
seguimento que mais contribuiu em número em períodos que a atividade turística se 
tornava inviável por conta da insegurança. 
Fonte:www.panrotas.com.br 
 
10.2 Turismo de Massa: 
O Turismo de massa também chamado turismo de sol e praia. É o mais 
convencional, passivo e sazonal tendo a sua criação vinculado à consolidação do 
capitalismo o que propicia o surgimento do seu público alvo a classe média. 
É normalmente menos exigente e desprovido de um maior conforto, pois é um 
segmento turístico voltado para a classe intermediária da sociedade e tem como 
característica principal o seu baixo custo. 
 
 
Fonte: www.raizesdomundo.com 
A Organização Mundial do Turismo (OMT) constata que o turismo de massa 
ainda está na sua "infância", pois, diferentemente do turismo “elitista”, conserva ainda 
uma importante demanda latente ou (não-público), dependendo, portanto da 
conjuntura econômica e particularmente do aumento do poder aquisitivo da população 
gerando uma “Classe média”. 
Os países em desenvolvimento têm mostrado o quão grande é o potencial 
deste seguimento de mercado do turismo, pois com o surgimento da classe média 
nestes países surge também o turismo como atividade. Para esses novos 
consumidores possuidores deste novo status o tempo livre tornasse viável fazer 
turismo, principalmente o de massa. 
Um sinal claro deste crescimento nestas novas economias é dado pela China 
que, segundo a revista Rost, é o país que mais emprega nas atividades ligadas ao 
turismo com 62,3 milhões de pessoas trabalhando e tendo segundo dados da OMT 
 
um crescimento da ordem de 8,5% no seu fluxo de entrada de turistas no período de 
1995 a 2004 o que o coloca entre os primeiros destinos turísticos do mundo. 
10.3 Turismo de Incentivo: 
O Turismo de Incentivo no Brasil é uma ferramenta empresarial utilizada por 
instituições particulares ou organizações públicas, com o objetivo de motivar ou 
premiar funcionários ou equipes quando metas de produção ou qualidade são 
atingidas por eles. 
 
 
Fonte: www.google.com.br 
No Segmento Turístico o turismo de incentivo é utilizado por empresas do setor, 
conjuntamente ou de forma isolada. Constitui-se no convite para que algumas 
especificas agências de viagem enviem seus melhores agentes. Com a finalidade que 
este tenha um conhecimento real do destino ou do produto especifico. Como 
consequência, temos um agente de viagem com a capacidade de vender um produto 
que realmente conhece. 
 
10.4 Turismo Cultural: 
 
Fonte: www.flickr.com 
É certo que o conceito de cultura é extremamente amplo, entretanto quando 
falamos de Turismo cultural este obtém uma conotação restritiva. O termo Turismo 
Cultural designa uma modalidade de turismo cuja motivação do deslocamento se dá 
com o objetivo de encontros artísticos, científicos, de formação e de informação. O 
Turismo Cultural se caracteriza por uma permanência prolongada e um contato mais 
“intimo” com a comunidade, ocorrendo viagens menores e suplementares dentro da 
mesma localidade com o intuito de aprofundar-se na experiência cultural. 
10.5 Turismo de Eventos: 
O Turismo de eventos, é entendido como o deslocamento de pessoas com 
interesse em participar de eventos focados no enriquecimento técnico, científico ou 
profissional, cultural incluindo ainda o consumo. Tendo como principais subcategorias 
o Turismo de Congresso e o Turismo de Convenção. 
O turista deste segmento caracteriza-se pela sua efetiva presença como 
ouvinte, “participante” ou palestrante em congressos, convenções, assembleias, 
 
simpósios, seminários, reuniões, ciclos, sínodos, concílios, feiras, festivais, encontros 
culturais entre outras tipologias de evento. 
 
 
Fonte: mundoejecutivoexpress.com 
Esta modalidade de Turismo pode ser subcategorizada observando a relação 
da tipologia de evento e o seu público alvo, entidade organizadora ou finalidade. 
Classificação: 
Turismo de Congresso - Subcategoria que tem como público membros de 
uma entidade de classe, profissional, setorial de uma mesma área do conhecimento. 
Turismo de Convenção - O público focado neste segmento é exclusivamente 
interno. Participantes de um partido, empresa, religião com o objetivo de motivar, 
treinar, integração de grupos ou mesmo lazer. Tendo caráter comercial focado 
comumente em um específico segmento de mercado consumidor. Festival Evento 
artístico cujo expectador é atraído por um estilo artístico podendo ser musical ou 
mesmo literário. 
10.6 Turismo de Estudos: 
Segundo o Ministério do Turismo, o Turismo de Estudos e Intercâmbio é um 
segmento turístico de abrangência muito ampla, que engloba as mais diversas 
modalidades turísticas. Por se tratar de um segmento de origem muito antiga, está 
 
presente em praticamente todos os países do mundo e, como ocorre 
independentemente de características geográficas ou climáticas específicas, pode ser 
oferecido durante todo o ano. 
 
 
Fonte:www.acordacidade.com.br 
Seu desenvolvimento se deu de forma paralela ao desenvolvimento industrial 
da Europa e posterior à Reforma Protestante, quando uma visão de mundo mais 
ampla se tornava essencial para acompanhar a evolução científica da época. Era dada 
aos jovens a possibilidade de sair de seus países para estudar e conhecer culturas 
diversas. 
Os programas e atividades englobam a realização de cursos e trocas de 
experiências com finalidade educacional (formal ou informal). O movimento turístico 
gerado pela vivência consiste no deslocamento do turista motivado pela busca de 
conhecimento e entendimento sobre os aspectos culturais e sociais de uma 
localidade, adquiridos por meio de experiências participativas. 
Fins de qualificação e ampliação de conhecimento A qualificação deve ser 
entendida como o aumentono grau de aptidão ou instrução do turista em uma 
atividade já praticada anteriormente. E, finalmente, por ampliação de conhecimento 
deve-se entender o desenvolvimento de uma atividade correlata a um conhecimento 
adquirido anteriormente. 
 
Conhecimentos são ideias, informações e experiências acerca de alguma 
atividade específica, e abrangeriam tanto a área técnica como a área acadêmica. O 
conhecimento técnico seria aquele relativo a uma profissão, um ofício, uma ciência ou 
uma arte determinada. Abrangeria, por exemplo, cursos esportivos, de idiomas, 
intercâmbios de ensino médio, entre outros. 
O conhecimento acadêmico seria todo aquele relacionado a alguma atividade 
proveniente de uma instituição de ensino superior de ciência ou arte e abrangeria, 
entre outras atividades, cursos de graduação ou de pós-graduação, assim como o 
intercâmbio universitário. 
O desenvolvimento pessoal é o ganho qualitativo e quantitativo de 
conhecimentos cuja motivação seja meramente particular. O desenvolvimento 
profissional é todo o ganho qualitativo e quantitativo de conhecimentos que, 
posteriormente, serão utilizados no exercício de uma profissão ou ofício. Desta forma 
pode-se constituir modalidades do Turismo de Estudos e Intercâmbio: os intercâmbios 
estudantil, esportivo e universitário; os acordos de cooperação entre países, entre 
estados e municípios na área educacional e entre instituições pedagógicas; os cursos 
de idiomas, cursos técnicos e profissionalizantes e cursos de artes; e as visitas 
técnicas, pesquisas científicas e os estágios profissionalizantes, além dos trabalhos 
voluntários com caráter pedagógico. É válido ressaltar que só serão consideradas 
modalidades turísticas aquelas cujo tempo de permanência do estudante não 
ultrapasse o período de um ano. Nesse sentido, o Turismo de Estudos e Intercâmbio 
deve ser tratado como um segmento de relevante importância para o crescimento e 
fortalecimento do turismo brasileiro. Além de estar em franco crescimento e de se 
mostrar um mercado bastante promissor, esse segmento pode ser trabalhado como 
uma solução para os períodos de baixo fluxo turístico. Além disso, os programas de 
estudos e intercâmbio podem ser usados como atrativo para os lugares que ainda não 
possuem roteiros turísticos consolidados. 
10.7 Agroturismo: 
O Agroturismo é uma modalidade de turismo praticada no meio rural, por 
agricultores familiares dispostos a compartilhar seu modo de vida com os habitantes 
do meio urbano. Os agricultores, mantendo suas atividades agropecuárias, oferecem 
serviços de qualidade, valorizando e respeitando o meio ambiente e a cultura local. 
 
 
 
Fonte:www.novonegocio.com.br 
Na maioria dos casos, o Agroturismo é associado a atividades de Agroecologia, 
Ecoturismo ou Educação ambiental. O agroturismo ajuda a estabilizar a economia 
local, criando empregos nas atividades indiretamente ligadas à atividade agrícola e ao 
próprio turismo, como comércio de mercadorias, serviços auxiliares, construção civil, 
entre outras, além de abrir oportunidades de negócios diretos, como hospedagem, 
lazer e recreação. Com relação aos benefícios ambientais, pode-se mencionar o 
estímulo à conservação ambiental e à multiplicação de espécies de plantas e animais, 
entre outros, pelo aumento da demanda turística. Economicamente, pode-se 
mencionar como exemplo de vantagens associadas ao agroturismo, a possibilidade 
de agregar valor aos produtos agrícolas do estabelecimento e a instalação de 
indústrias artesanais, por exemplo para a produção de alimentos regionais típicos. 
Além disso, desperta a atenção para o manejo, conservação e recuperação de áreas 
degradadas e da vegetação florestal e natural. 
10.8 Turismo Rural: 
O Turismo rural é uma modalidade do turismo que tem por objetivo apresentar 
como atração as plantações e culturas em áreas onde as mesmas, porventura, sirvam 
de referência internacional no chamado agronegócio. 
 
Turismo rural no Brasil segundo o documento do Ministério do Turismo 
“Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural”, a conceituação de Turismo 
Rural fundamenta-se em aspectos que se referem ao turismo, ao território, à base 
econômica, aos recursos naturais e culturais e à sociedade. Com base nesses 
aspectos, e nas contribuições dos parceiros de todo o País, define-se Turismo Rural 
como: “o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido 
com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e 
promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade”. 
 
 
Fonte:www.google.com.br 
As atividades turísticas no meio rural constituem-se da oferta de serviços, 
equipamentos e produtos de: hospedagem, alimentação, recepção, à visitação em 
propriedades rurais, recreação, entretenimento e atividades pedagógicas vinculadas 
ao contexto rural e outras atividades complementares às acima listadas, desde que 
praticadas no meio rural, que existam em função do turismo ou que se constituam no 
motivo da visitação. 
A concepção de meio rural adotada nas Diretrizes brasileiras, baseia-se na 
noção de território, com ênfase no critério da destinação e na valorização da 
ruralidade. Assim, considera-se território um espaço físico, geograficamente definido, 
geralmente contínuo, compreendendo cidades e campos, caracterizado por critérios 
multidimensionais, como ambiente, economia, sociedade, cultura, política e 
instituições, e uma população com grupos sociais relativamente distintos, que se 
 
relacionam interna e externamente por meio de processos específicos, onde se pode 
distinguir um ou mais elementos que indicam identidade e coesão social, cultural e 
territorial. 
Nos territórios rurais, tais elementos manifestam-se, predominantemente, pela 
destinação da terra, notadamente focada nas práticas agrícolas, e na noção de 
ruralidade, ou seja, no valor que sociedade contemporânea concebe ao rural, e que 
contempla as características mais gerais do meio rural: a produção territorializada de 
qualidade, a paisagem, a biodiversidade, a cultura e certo modo de vida, identificadas 
pela atividade agrícola, a lógica familiar, a cultura comunitária, a identificação com os 
ciclos da natureza. 
O Comprometimento com a produção agropecuária identifica-se com a 
ruralidade: um vínculo com as coisas da terra. Desta forma, mesmo que as práticas 
eminentemente agrícolas não estejam presentes em escala comercial, o 
comprometimento com a produção agropecuária pode ser representado pelas práticas 
sociais e de trabalho, pelo ambiente, pelos costumes e tradições, pelos aspectos 
arquitetônicos, pelo artesanato, pelo modo de vida considerados típicos de cada 
população rural. 
A prestação de serviços relacionados à hospitalidade em ambiente rural faz 
com que as características rurais passem a ser entendidas de outra forma que não 
apenas focadas na produção primária de alimentos. Assim, práticas comuns à vida 
campesina, como manejo de criações, manifestações culturais e a própria paisagem 
passam a ser consideradas importantes componentes do produto turístico rural e, 
consequentemente, valorizadas e valoradas por isso. A agregação de valor também 
se faz presente pela possibilidade de verticalização da produção em pequena escala, 
ou seja, beneficiamento de produtos in natura, transformando-os para que possam ser 
oferecidos ao turista, sob a forma de conservas, produtos lácteos, refeições e outros. 
O Turismo Rural, além do comprometimento com as atividades agropecuárias, 
caracteriza-se pela valorização do patrimônio cultural e natural como elementos da 
oferta turística no meio rural. Assim, os empreendedores, na definição de seus 
produtos de Turismo Rural, devem contemplar com a maior autenticidade possível os 
fatores culturais, por meio do resgate das manifestações e práticas regionais (como o 
folclore, os trabalhos manuais, os “causos”, a gastronomia), e primar pelaconservação do ambiente natural. 
 
10.9 Turismo Náutico: 
Apesar de possuir um litoral de 7.367 quilômetros de extensão, 35.000 
quilômetros de vias internas navegáveis, 9.260 quilômetros de margens de 
reservatórios de água doce, como hidroelétricas, lagos e lagoas, além do clima 
ameno, o Brasil ainda não aproveita seu grande potencial para o Turismo Náutico. 
Isso se dá, em parte, pela proibição, até 1995, da navegação de cabotagem no 
país para navios de bandeira estrangeira. Tal restrição inibia a inclusão do Brasil nas 
rotas de viagem dos armadores estrangeiros. Somente a partir de agosto de 1995 com 
a publicação da Emenda Constitucional n°7/95 sob intensa atuação da EMBRATUR – 
Instituto Brasileiro de Turismo, foi liberada a navegação de cabotagem no litoral 
brasileiro para embarcações de turismo. 
Os portos começaram a dedicar áreas especiais para terminais de passageiros 
e o segmento passou a ser objeto das políticas de turismo e outras correlatas. Desde 
essa época, os esforços têm sido ininterruptos. A partir das articulações e ações da 
EMBRATUR iniciaram-se discussões sobre as questões conceituais, de estruturação, 
de legislação, de fomento e promoção pelo Grupo Técnico Temático de Turismo 
Náutico da Câmara Temática de Segmentação, no âmbito do Conselho Nacional de 
Turismo. 
A depender do local onde ocorre, o Turismo Náutico pode ser caracterizado 
como: Turismo Fluvial, Turismo em Represas, Turismo Lacustre, Turismo Marítimo. 
Pode, ainda, envolver atividades como cruzeiros (de longo curso e de 
cabotagem) e passeios, excursões e viagens via quaisquer tipos de embarcações 
náuticas com finalidades turísticas. Assim, segundo o Ministério do Turismo, o 
Turismo Náutico caracteriza-se pela utilização de embarcações náuticas como 
finalidade da movimentação turística. 
 
 
 
Fonte: www.travelquotidiano.com 
10.10 Turismo Ecológico: 
O ecoturismo é uma forma de turismo voltada para a apreciação de 
ecossistemas em seu estado natural, com sua vida selvagem e sua população nativa 
intactos. Embora o trânsito de pessoas e veículos seja agressivo ao estado natural 
desses ecossistemas, os defensores de sua prática argumentam que, 
complementarmente, o ecoturismo contribui para a preservação dos mesmos e para 
o desenvolvimento sustentado das populações locais, melhorando a qualidade de vida 
das mesmas. 
Alguns destinos de visitação, com perfil de ecoturismo no Brasil: 
Região Sul: Banhado do Taim, RS, Parque Nacional do Superagüi, PR, 
Itaimbezinho, RS, Bombinhas, SC 
Região Sudeste: Socorro SP, Brotas SP, Cunha SP, Itatiaia RJ, Delfinópolis 
MG, Ibitipoca MG, Serra do Cipó MG, Paranapiacaba SP, Serra da Canastra MG, 
Angra dos Reis, Ilha Grande RJ, Parque Nacional do Caparaó, MG/ES 
Região Centro-Oeste: Bonito MS, Chapada dos Veadeiros GO, Chapada dos 
Guimarães MT, Cáceres MT. 
 
Região Nordeste: Jacobina BA, Lençóis Maranhenses MA, Chapada da 
Diamantina BA, Parque Nacional de Sete Cidades PI, Parque Nacional de Fernando 
de Noronha PE. 
Região Norte: Ilha do Marajó PA, Presidente Figueiredo AM, Pico da Neblina 
RO. 
Atividades consideradas ecoturismo 
 
Esta é uma lista de atividades consideradas dentro do ecoturismo. Têm em 
comum o fato de serem praticadas em meio ao ambiente natural; no entanto, algumas 
têm suficiente impacto ambiental para não serem consideradas boas práticas pelos 
ecologistas, ex.: 
Canyoning em trechos de rio usados para nidificação de aves de rapina. 
Tirolesa é a prática da travessia de montanhas, vales ou canyons, por meio de 
cordas, utilizando uma roldana e equipamentos apropriados. Essa modalidade de 
esporte radical é muito difundida no mundo inteiro, principalmente na Nova Zelândia, 
onde foi inventada. 
 
 
Fonte:xingoparquehotel.com.br 
Cavalgada é uma atividade especialmente indicada para terrenos muito 
acidentados ou em terrenos onde o tráfego de veículos não seja possível ou permitido, 
especialmente se necessário transportar equipamentos para outras atividades. 
 
Passeios a pé em veredas. A ilha da Madeira, a meio ao oceano Atlântico, é 
um local muito procurado para passeios a pé ao longo de veredas e também em 
levadas. 
Snorkeling e flutuação com roupas de neoprene, máscara e snorkel e pé de 
pato no Aquário de Bonito, onde não é permitido o mergulho. 
O bóia-cross, é a prática de descer corredeiras classe II (leves) em grandes 
boias redondas. A atividade inclui brincadeiras no rio e é acompanhada por canoístas 
profissionais que garantem a segurança dos participantes. 
O rafting é uma atividade praticada em botes com capacidade de 5 a 7 pessoas 
no máximo, sempre conduzido por um guia profissional e canoístas para garantir a 
total segurança dos praticantes. 
Turismo geológico é o turismo que tem por fim visitar locais de elevado valor 
geológico, como vulcões e geoparques. 
10.11 Turismo de Aventura: 
O Turismo de Aventura é um segmento de mercado do setor turístico que 
compreende o movimento de turistas cujo atrativo principal é a prática de atividades 
de aventura de caráter recreativo. Podendo ocorrer em qualquer espaço: natural, 
construído, rural, urbano, estabelecido como área protegida ou não. 
Atividades relacionadas: Rafting, rapel, mountain bike, mergulho autônomo, 
mergulho de apneia, trekking, arborismo, exploração de Cavernas entre outras 
atividades. Primeiramente entendido como uma atividade ou subproduto do 
Ecoturismo, o segmento de Turismo de Aventura, atualmente, possui características 
e consistência mercadológicas próprias, e consequentemente, seu crescimento vem 
adquirindo um novo enfoque de ofertas e possibilidades. Como decorrência do 
desenvolvimento observado na última década, vários empreendimentos foram 
constituídos no País, oferecendo produtos e serviços especializados aos turistas, 
impulsionado pelas transformações no comportamento do consumidor na direção de 
estilos de vida mais saudáveis e também por uma sensibilidade aos assuntos ligados 
à preservação da cultura e da natureza, que se refletem na escolha das atividades de 
lazer e, assim, na definição dos destinos turísticos. Assim, as atividades de aventura 
pressupõem determinado esforço e riscos até certo ponto controláveis, e que podem 
 
variar de intensidade conforme a exigência de cada atividade e a capacidade física e 
psicológica do praticante. 
 
 
Fonte:www.floripaxperience.com.br 
Isso requer que o Turismo de Aventura seja tratado de modo particular, 
especialmente quanto aos aspectos relacionados à segurança. Devem ser 
trabalhadas, portanto, diretrizes, estratégias, normas, regulamentos, processos de 
certificação e outros instrumentos e marcos específicos. 
O segmento de Turismo de Aventura deve contemplar, em sua prática, 
comportamentos e atitudes que possam evitar e minimizar possíveis impactos 
negativos ao ambiente, ressaltando o respeito e a valorização das comunidades 
receptoras. Entende-se por ambiente - natural e construído - o conjunto de inter-
relações sociais, econômicas, culturais e com a natureza de determinado território. 
11 MERCADO TURÍSTICO 
Como qualquer outro tipo de mercado, o mercado turístico funciona como uma 
rede de informações que deixa os turistas (consumidores) ou empresas turísticas 
tomarem determinadas decisões sobre como resolver problemas econômicos do 
setor. 
Essa tipologia de mercado pode ser classificada em dois tipos: 
 
Mercado Turístico Direto: este mercado consome e oferece bens e serviços 
relacionados totalmente ao turismo. Por exemplo: excursões e city tours; 
Mercado Turístico Indireto: neste tipo, consomem e oferecem bens ligados 
parcialmente ao turismo, como alojamentos, transportes e restaurantes. 
Os mercados turísticos podem ser classificados por suas próprias 
características ou por motivações de realização, como férias, contatos familiares, 
congressos, contemplação da natureza, entre muitos outros. 
Para que esses inúmeros mercadosturísticos existam, são necessários fatores 
básicos e prioritários que são fundamentais em suas potencialidades e atuações, tais 
como: ter atrativos naturais e/ou artificiais conhecidos e comprovados, ótima 
infraestrutura seja de alojamento, de higiene, segurança, transporte, entre outros; 
existência de condições sociais, políticas e uma rede de comercialização de bens e 
serviços turístico, prestigio e atração turística permanente; adaptação contínua dos 
meios de transportes às exigências da demanda e através de campanhas publicitárias 
fazerem promoções e planejamentos. 
Deve-se lembrar de outros aspectos de menor relevância, como surgimento de 
novas modas e novos modos de vida da população; os movimentos da demanda; 
qualidade na prestação de serviços; exigência da demanda. 
É preciso mostrar três elementos básicos que fazem os mercados turísticos 
existirem: 
11.1 Preço: 
Fator primordial que influi no comportamento do consumidor. É ele que 
determina a oferta e demanda de um bem ou serviço. O preço é o fator determinante 
de vários aspectos turísticos. Exemplificando: preços elevados exigem uma demanda 
de poder aquisitivo maior, o que leva a ter grandiosas infraestruturas turísticas. Já 
preços baixos são atrativos para uma demanda de menor poder aquisitivo. 
11.2 Liberdade: 
O turismo é uma manifestação de liberdade e é por isso que é chamado de “5ª 
liberdade”. A restrição limitada que esse bem de luxo, que hoje pode ser praticado 
pela maioria das pessoas, tem é de caráter econômico. 
 
11.3 Heterogeneidade: 
No turismo, tudo é diferente, desigual e com muitos segmentos. Têm tantas 
atividades e nunca uma é igual à outra. Vivem em constante mudança, tanto por causa 
da ação do homem, quanto pela ação da natureza. Os serviços oferecidos são 
diversificados e com diferentes segmentos em cada tipo, como transporte, 
alimentação, comércio. Por exemplo: os vários hotéis em uma cidade ou inúmeros 
restaurantes. São essas diversificações de segmentos que determinam a 
concorrência no mercado. Possibilitando as escolhas do consumidor. 
12 TIPOS DE MERCADO 
Um mercado é feito por vendedores (no caso do turismo: empresas hoteleiras, 
por exemplo), e compradores (consumidores). O relacionamento entre eles depende 
do tipo de mercado. 
Pode-se ter o caso de existir apenas um vendedor que determina o preço de 
seus produtos, ou onde exista grande número de ambos e o preço é determinado pela 
Lei da Oferta e da Procura. 
 
Principais tipos de mercado: 
12.1 Competição perfeita: 
É caracterizada por grande número de vendedores e compradores sem 
relações entre eles, ofertando produtos homogêneos e tentam competir em condições 
de igualdade. As empresas são livres para entrada e saída do mercado e as compras 
e vendas individuais não mudam os preços dos produtos. 
12.2 Competição imperfeita: ou monopolística: 
É caracterizada pela existência de muitos compradores e vendedores que 
agem independentemente e com produtos diferenciados. Neste tipo de mercado, as 
empresas também podem sair e entrar livremente. 
 
12.3 Monopolística: 
É diferente dos outros tipos de mercados já apresentados: existe só uma 
empresa e compradores pequenos. Não tem substituto próximo para o produto e é 
impossível novas empresas entrar no mercado. 
12.4 Oligopólio: 
Caracteriza-se por poucos vendedores grandes e muitos compradores 
pequenos, os produtos oferecidos podem ser diferenciados ou homogêneos. A 
entrada de novas empresas é difícil. 
 
Os mercados turísticos apresentam características dos mercados de 
competição imperfeita ou monopolística. Com isso, alguns problemas enfrentados 
pelas empresas turísticas surgem, como por exemplo, o fechamento de empresas por 
causa de excesso destas. E isso prejudica também os consumidores, que acabam 
pagando um preço mais alto pelo produto. 
Um fator que estimula o turista a viajar é a discriminação de tarifas aéreas, que 
diminui o preço. 
 
Essa diminuição de preço nas baixas temporadas possibilita produzir e vender 
mais ocupações, o que favorece turistas e empresas turísticas. 
As operadoras turísticas têm incorporado novas camadas sociais, que não 
poderiam fazer o uso das atividades turísticas, com seus preços acessíveis e 
intervenção em vários setores do turismo. 
Um dos fatores que mais afetam esse tipo de mercado (turístico) é a mudança 
constate de gostos e preferências dos consumidores. Esses fatores são constantes 
no mercado turístico por um mercado muito dinâmico. 
13 DEMANDA TURÍSTICA 
É o número de pessoas que viajam ou gostariam de viajar, utilizando 
instalações ou serviços turísticos em lugares afastados de seus locais de residência 
de trabalho e almejam consumir por um preço determinado em um tempo 
 
estabelecido. A demanda turística é formada por turista, viajante, excursionista e 
visitante. 
14 CONSUMIDOR DE PRODUTOS TURÍSTICOS 
Demanda turística tem como finalidade explicar o comportamento do 
consumidor, tendo em vista as oportunidades de bens e serviços oferecidos, 
certamente com opções de escolha já que os recursos são limitados. A atitude 
marginal é definida com a quantidade extra de utilidade derivada do consumo de mais 
de uma unidade por produto turístico, ou seja, quanto mais se viaja para determinado 
local já visitado, cada vez menos o turista irá adquirir os produtos turísticos do local. 
Resumindo o consumidor tem livre e espontânea escolha sobre o produto, visando 
sempre satisfação e capital. 
O consumidor procura alcançar a máxima satisfação de seus gastos, por meio 
da provável melhor combinação dos produtos turísticos. Porém ele será obrigado a 
fazer uma escolha, se deseja consumir uma quantidade maior de um produto turístico 
deverá consumir uma quantidade menor de outro. O cliente fará esta escolha através 
de uma escala de preferências, classificando os produtos turísticos de acordo com 
sua importância, verificando dentre eles quais os que irão garantir a máxima 
satisfação antes de conhecer o valor e de saber se a renda o possibilita consumir. 
É fundamental que haja um atendimento apropriado a esta demanda de 
mercado. Levando em consideração que existem diferentes tipos de demanda, pois, 
as pessoas apresentam ideias, motivações, comportamentos e desejos diferentes e 
todas precisam ser saciadas em suas necessidades. Para atender melhor este 
contingente é necessário reunir em grupos homogêneos, ou seja, segmentar, para 
assim oferecer serviços e bens específicos, mas para isso é necessário planejamento 
dos setores que irão receber esta demanda. 
 
Preço do produto: Elasticidade preço e demanda, eles são inversamente 
proporcionais. Quanto maior o preço menor a demanda e vice-versa. 
 
Preço dos outros bens e serviços: Se o preço de outros bens e serviços 
concorrentes for maior que o preço do produto turístico, a demanda pelo turismo será 
maior que da concorrência. 
 
 
Nível de renda dos turistas: Quanto maior a renda do turista maior será a 
demanda do produto turístico. 
 
Gostos dos turistas: Se o desejo pelo produto turístico muda, 
consequentemente a demanda também. Considerando que o gosto fique constante 
algum tempo. 
15 OFERTA TURÍSTICA 
A oferta turística é um conjunto de atrações naturais e artificiais de uma região. 
Sendo os elementos naturais: o clima, a configuração física ou geográfica, a flora, a 
fauna e outros. Já os artificiais têm os fatores históricos, culturais e religiosos, as vias 
de acesso, os meios de hospedagem, os transportes etc. Esses elementos vão 
distinguir a oferta turística de uma localidade e a preferência do consumidor ao fazer 
o turismo. 
Segundo a Organização Mundial do Turismo - OMT (2001) oferta turística é um 
conjunto de produtos turísticos e serviços postos à disposição do usuário turístico num 
determinado destino, para o seu desfrute e consumo. 
16 CLASSIFICAÇÃO 
A oferta turística é classificada em três categorias; 
 
Atrativos turísticos:o que motiva o deslocamento de indivíduo ou grupo para 
um determinado local. 
Os principais atrativos turísticos são: 
Os recursos naturais: Montanhas, parques, grutas, fauna, flora, cachoeira, 
planaltos, planícies, cavernas etc. 
Os recursos histórico-culturais: Museus, monumentos, festas, artesanato, 
gastronomia, música, dança e a cultura. 
As realizações técnicas e científico-contemporâneas: Exploração de minério, 
exploração industrial, obras de arte e técnica zoológicas e jardins botânicos e etc. 
 
Os acontecimentos programados; Congressos, convenções, feiras, exposições 
etc. 
Equipamentos e serviços turísticos: é um conjunto de edificações e serviços 
para o desenvolvimento da atividade turística; 
Os principais equipamentos e serviços são: 
Os meios de hospedagem: Hotéis, motéis, pousadas, pensões, acampamentos 
etc. 
Os serviços de alimentação: Restaurantes, bares, lanchonetes, confeitaria, 
cervejarias etc. 
Os entretenimentos: Boates, cinemas, teatros, mirantes, estádios, áreas de 
recreação, etc. 
Outros equipamentos e serviços turísticos: operadoras, agências de viagens, 
posto informação, locadora de veículos, casas de câmbio, cultos, bancos, etc. 
 
Infraestrutura de apoio turístico: envolve todas as construções subterrâneas 
e de superfície formada por edificações e instalações. 
As principais infraestruturas são: 
As informações básicas do município: à distância, os atrativos, os 
equipamentos e serviços etc. 
Os sistemas de transportes: Rodoviárias, ferroviárias, aeroporto, portos, táxi, 
navio, trem, carros, ônibus, veículos e outros 
Os sistemas de comunicações: Agências postais e telégrafos, postos 
telefônicos etc. 
Outros Sistemas: Saneamento, água, eletricidade etc. 
Os sistemas de segurança: Delegacias, corpo de bombeiro, postos policiais. 
O equipamento médico hospitalar: Hospitais, clínicas, maternidades, pronto-
socorro etc. 
 
Através do que foi descrito acima, verifica-se que oferta turística deve ser 
composta por atrativos que podem ser a região, o objeto, ou um acontecimento que 
desperte o interesse do turista motivando o deslocamento de pessoas para conhecê-
lo. Mas só a atratividade não basta, é necessário serviço para completá-la. Um destes 
serviços são os equipamentos e serviços turísticos, que são o conjunto de 
construções, instalações, e serviços fundamentais no crescimento da atividade 
 
turística como serviços de hospedagens, alimentação, agenciamento, informações, 
favorecendo a permanência do turista. Também há necessidade de infraestrutura 
básica que são todas as edificações e serviços disponíveis no município como 
transporte comunitário, comunicação e fornecimento de água e luz. 
A OMT (2001) tem se apoiado no conceito de “gasto” para definir as diferentes 
categorias de oferta turística de acordo com o local onde se realiza o gasto. Assim 
inclui como parte da categoria de oferta “todo o gasto de consumo efetuado por um 
visitante durante o seu deslocamento e sua estada no lugar de destino” OMT (2001). 
Os conceitos de gasto turísticos são conseguidos através da união de alojamento, 
alimentação, transporte, lazer, cultura, atividades esportivas, compras e outros. 
No planejamento do turismo é importante saber sobre os agregados turísticos 
da oferta turística, pois qualquer investimento em turismo deve visualizar e justificar 
antes a sua importância para a economia do local. Uma região que deseja o 
crescimento do setor turístico deve iniciar relacionando todos os recursos para ser 
utilizados no turismo, e depois identificar, classificar e avaliar as condições reais dos 
mesmos. Tal planejamento deve privilegiar a proteção do meio ambiente e fazer o 
levantamento dos gastos necessários. Para atender a diferentes demandas sem 
causar impactos negativos ao meio ambiente. 
17 FATORES QUE INFLUENCIAM A OFERTA TURÍSTICA 
Preço do produto turístico 
Quanto mais alto for o preço do produto turístico no mercado, maior deverá ser 
o incentivo aos produtores em acrescentar aumento em sua oferta. 
 
Preços de outros bens e serviços 
Na competição para adquirir lucro, os produtores do turismo, investirão seus 
recursos na fabricação dos produtos turísticos que lhes propiciará melhores 
recompensas. Portanto, os preços dos outros bens e serviços, poderão chamar para 
o setor do turismo fatores de produção utilizados de outras atividades. 
 
Preço dos fatores de produção 
 
O preço dos fatores produtivos empregados está direta e positivamente ligado 
com o custo final dos produtos do turismo oferecidos e com o lucro dos produtores 
turísticos. 
 
Nível de avanço tecnológico 
Quanto maior for o desenvolvimento tecnológico, maiores serão as utilidades 
dos recursos em disponibilidade, por isso deverá ser maior a oferta dos produtos 
turísticos. 
18 SEGMENTAÇÃO DO MERCADO TURÍSTICO 
O mercado está consolidado sob várias formas de atuação, sendo o objetivo 
principal, a estabilidade e a conquista de clientes que possam trazer lucratividade aos 
negócios oferecidos. 
Por isso a importância de se trabalhar com a segmentação, a qual possibilitará 
o trabalho direcionado das empresas a grupos específicos. 
A segmentação de mercado traz grandes vantagens no que diz respeito à 
facilitação do atendimento ao consumidor, pois permite dispensar maior atenção 
individual e consequentemente maior eficiência nos serviços prestados, como também 
é a melhor forma de estudar e planejar o mercado turístico visto que os interesses dos 
clientes estão cada vez mais diversificados. 
Além disso, auxilia no direcionamento eficiente das propagandas, evitando-se 
o desperdício de recursos em tentar atingir desnecessariamente as massas, 
concentrando-se somente naqueles clientes que são interessantes. E somente por 
meio da segmentação é possível conhecer dentre outros fatores o perfil dos 
consumidores e suas vontades, como também detectar os clientes em potenciais. 
Especialistas classificam algumas variáveis que devem ser consideradas 
quando estabelecidos os critérios para a segmentação do mercado turístico, sendo 
elas: psicográficas (Por quê?), socioeconômicas (Quanto?), demográficas e 
socioculturais (Quem?), comportamentais (Como? Quando?), geográficas (Onde?). 
Essas características ao serem mensuradas refletem homogeneidade no perfil 
dos grupos componentes dos respectivos mercados, e é importante ressaltar que essa 
 
condição não significa que um turista que inicialmente pertença a uma segmentação 
de mercado não possa participar de outras segmentações existentes. 
O importante é que dentro de um segmento estejam agrupados consumidores 
similares, o que justifica o desenvolvimento de estratégias de marketing específicas. 
Atualmente, encontra-se no mercado turístico grande diversidade de tipos de 
turismo, os quais compõem a sua segmentação. São classificados em: turismo de 
negócios (turismo busca abarcar a população que viaja a trabalho, fornecendo a eles 
acomodação, entretenimento e serviços em estilos personalizados), turismo de 
eventos (deslocamento de pessoas especialmente para participar de determinado 
evento com enfoque no enriquecimento científico, acadêmico, cultural, profissional ou 
mesmo de lazer), turismo religioso (deslocamento de um grupo de pessoas em prol 
da religião), turismo rural (caracteriza-se pela prática de atividades em áreas rurais), 
turismo single (oferecer serviços e lazer para pessoas solteiras), ecoturismo (turismo 
sustentável), turismo cultural (atividade que possui como atrativo a cultura de um 
determinado povo), turismo para idosos (voltado a atividades de lazer direcionadas a 
pessoas idosas), turismo de compras (deslocamento a centros comerciais com intuito 
principal de consumo). 
19 DEMANDA TURÍSTICA 
O planejamento turístico é uma atividade que tem por objetivo maior alterar a 
situação atual para uma situação futura desejada. Este câmbio da realidade turística 
de uma destinação, inexoravelmenteatinge ao mercado turístico, isto em razão de o 
mercado turístico ser uma das razões da existência do planejamento do setor. 
Para aclarar esta afirmação é necessário explicar o que se entende por 
mercado turístico. De uma maneira geral, mercado pode ser definido como o ambiente 
onde oferta e demanda se encontram havendo comércio ou troca de produtos, bens 
ou serviços. Lemos (2001, p.128) explica que o mercado turístico é “o conjunto de 
relações de troca e de contatos entre aqueles que querem vender e os que querem 
comprar bens e serviços turísticos”, onde se inserem oferta e demanda. 
Cabe aclarar aspectos pertinentes à demanda, pois é esta quem irá fruir a oferta 
com produtos e serviços turísticos. Compreende-la e estuda-la em sua amplitude é 
fator significativo para o planejamento turístico de sucesso. Genericamente, demanda 
 
pode ser conceituada como a quantidade de serviços e produtos que se deseja obter 
por um determinado preço e tempo. 
 
 
Fonte: www.ultimahora.es 
A atividade turística implica necessariamente o deslocamento temporal de 
pessoas da sua residência habitual, desta forma, também demanda a prestação de 
serviços especiais, tais como: transporte, hospedagem, alimentação, entretenimento 
e outros. Beni (1998, p.201) explica que a demanda turística é uma “compósita de 
bens e serviços, e não uma demanda de simples elementos ou de serviços específicos 
isoladamente considerados; em suma, são demandados bens e serviços que se 
complementam entre si”. 
Por relacionar quantidades de serviços e bens, preço e tempo pode-se concluir 
que a demanda está ligada também à decisão, comportamento, do consumidor, e 
estas análises de comportamento do consumidor são o objeto de estudo da teoria da 
demanda, de acordo com Lage e Milone (1991), os autores ainda colocam que “o 
consumidor tem por objetivo primordial a obtenção da máxima satisfação de seus 
gastos, através da escolha da melhor combinação possível dos produtos do turismo”. 
A demanda é influenciada por alguns fatores: preços dos produtos turísticos; 
preços dos outros bens ou serviços; nível de renda dos turistas e preferência dos 
turistas (LAGE e MILONE, 1991). Já por conta desses fatores é possível observar que 
a demanda turística é extremamente heterogênea, pois por si só, as preferências e 
renda do turista são aspectos altamente elásticos frente ao tempo, somente para 
 
colocar como exemplo. Lemos (2001) classifica a demanda turística, a fim de criar 
padrões de comportamento do turista, quanto ao: espaço; meio de transporte utilizado; 
motivação da viagem; tempo de permanência; forma de organização; quantidade de 
pessoas e quanto à idade. Mas ainda o autor alerta que essas classificações não são 
excludentes entre si. Todos esses fatores, que fazem da demanda heterogênea, 
segundo Beni (1998), servem para a segmentação de mercado turístico, pois do 
contrário, não seria possível orientar uma política de turismo que atendesse 
particularmente cada destinação. Mas para isso, é preciso uma análise profunda das 
motivações para, ainda segundo o autor, constituir a oferta da melhor forma, a fim de 
atender à demanda. 
A segmentação possibilitaria, de acordo com o mesmo autor, o conhecimento 
das principais destinações que trabalham com a mesma segmentação, e da 
composição homogênea dos turistas em potencial. Aumentando assim as 
concorrências de mercado, obrigando à criação de políticas de turismo claras e 
específicas, vinculação de propaganda especializada atingindo a demanda específica 
e também a maior promoção de pesquisas científicas na área. 
Com o volume de informações recebidas diariamente, nos mais diversos meios 
de comunicação e a rapidez em processá-las, a demanda torna-se cada vez mais 
exigente em relação à oferta, pois o número de promoções e de produtos e 
destinações turísticas recebidas, bem como as facilidades de acessar essas 
informações é tão elevado, que já é possível ao turista organizar todos os detalhes da 
sua viagem com o auxílio da Internet. E isso proporciona um mercado cada vez mais 
competitivo a fim de atender com sucesso as elevadas expectativas dos turistas em 
relação à oferta, onde o fator qualidade é o “único critério que se impõem de maneira 
natural para determinar o êxito ou o malogro dos produtos e serviços” Beni (1998, 
p.151). 
 
 
 
Fonte: bp.blogspot.com 
Molina (2003) explica que o turismo seria caracterizado atualmente pela 
conduta de consumo dos turistas, porque este consumo tenderia a fragmentar-se cada 
vez mais, tornando-se menos homogêneo para atender a demandas cada vez menos 
homogêneas, o autor cita dois tipos de produtos que têm mostrado êxito 
contemporaneamente: produtos de alta tecnologia como parques temáticos e “os 
produtos que exploram os recursos ou situações culturais e sociais [...]” (p. 89). Os 
produtos citados podem ser justificados, dentro da heterogenezação da demanda, por 
suas variedades de atrações que cada um pode oferecer, atendendo então a uma 
variada gama de turistas e suas preferências. 
Sobre o viajante contemporâneo, Avighi (2000, p. 102) explica que em relação 
ao turista de outrora residem algumas diferenças: saem de cena o consumista da zona 
franca, o turista ostentatório, os roteiros clássicos. O viajante de vanguarda busca a 
realização interior e dá ênfase ao meio ambiente e à compreensão da cultura e da 
história de outros lugares, quer conhecer povos e se enriquecer culturalmente. 
Percorre roteiros não visitados e elabora seus próprios itinerários. 
Mas Avighi afirma que sempre haverá o turista de compras, e que este seria 
sempre bem-vindo nas localidades pelo incentivo que dá ao comércio local, mas que 
pouco a pouco o turista deixaria as massas para não mais apenas contemplar, mas 
 
também conviver, vislumbrar o novo, o diferente, e justifica colocando que: “a 
articulação mediatizada entre o global e o local gera uma representação sobre lugares 
e povos e incita a vivenciá-los” (p.103), pois com meios de comunicação tão eficientes 
e presentes, as informações sobre todas as partes do mundo podem rapidamente ser 
propagadas no âmbito global, gerando para o turismo, o que Avighi (2000) chama de 
“a volta do turista ‘viajante’” (p. 102), com a necessidade de sanar as curiosidades 
sobre o mundo, e este viajante buscaria produtos turísticos que provocassem a sua 
imaginação, e sustenta: “Há um imaginário local que se põem no imaginário global por 
meio da mídia [...]” (p.105). 
Avighi (2000) comenta ainda que sempre haverá espaço para o turista de 
compras, é possível que sempre haverá roteiros turísticos baseados nos grandes 
ícones culturais, mas o que se presta a salientar neste momento, é a importância da 
valorização da cultura como um todo, para sanar as necessidades do turista viajante. 
Petrocchi (2002) tratando da demanda turística comenta que satisfaze-la é 
necessário para a sobrevivência da destinação, pois segundo o autor “demanda 
significa mercado. E, se tudo depende do mercado, há necessidade de estuda-lo, 
conhece-lo, saber de seus desejos e movimentos [...]” (p. 87). 
Após estas explanações sobre os conceitos de mercado e demanda turística, 
para acercar-se mais do aspecto do planejamento turístico, queda ainda tratar das 
metodologias de estudo da demanda para checar como este pode beneficiar ao 
planejamento turístico. 
A demanda turística pode ser conhecida, ou estimada, segundo Petrocchi 
(2002) através de pesquisa direta, realizada no núcleo emissor do turista. Contudo, o 
autor não descarta a pesquisa no núcleo receptor, entretanto ele alerta que estas 
metodologias tratam de demanda real para oferta real. Quando se trata de 
planejamento turístico, se trata também de mudanças no mercado turístico, é dizer 
que a localidade em estudo deterá novos produtos turísticos, e provavelmente os 
turistas sobre ela terão opiniões diferentes das que atualmente tem. A pesquisa direta, 
particularmenteno núcleo receptor interessa sempre, pois ela determina o perfil e a 
satisfação da demanda real, traz números e inclusive através de seus resultados 
pode-se ter objetivos para o planejamento, no que concerne à (in) satisfação do 
visitante. 
No que concerne à metodologia de estudo da demanda potencial, países 
europeus e os Estados Unidos têm lançado mão da econometria, que segundo 
 
Petrocchi (2002) são modelos matemáticos que permitem calcular números futuros do 
mercado que figurarão as tendências. 
Sua aplicação para o turismo originou a teorometria, que são equações que 
estabelecem as relações entre as variáveis estudadas no ramo do turismo. Algumas 
dessas variáveis podem ser destacadas, tais como os fatores socioeconômicos 
(população, renda, preços das viagens, urbanização e industrialização, ciclo dos 
negócios, aumento do tempo de lazer), culturais e psicossociais (escala de 
necessidades e motivos de viagens, turismo e status, níveis culturais e educacionais, 
promoção e propaganda) e técnicos (atuação do estado, sistema de transportes, 
infraestrutura turística, operadores turísticos). 
Este é apenas um exemplo de base de análise para previsão de demanda 
potencial. Contudo, conhecer o perfil da demanda, ainda que real não deve ser 
descartado, e desafortunadamente a teorometria ainda não alcançou este modelo. 
Mas as pesquisas diretas no núcleo receptor podem figurar como uma fonte segura e 
sólida para este estudo. 
Para tal, a título de exemplo de metodologia, será utilizada a da Secretaria de 
Estado de Turismo do Paraná, que há 15 anos trabalha com pesquisas estatísticas 
em turismo em diferentes localidades (com destaque para Foz do Iguaçu, Curitiba e o 
Litoral), e que a cada ano incrementa o número de localidades contempladas com o 
estudo. 
O instrumento utilizado é o questionário. Para cada localidade existe um 
questionário diferente, mas de forma geral, eles atendem a características gerais. O 
mesmo é aplicado a visitantes que pernoitaram ao menos uma noite na cidade, e que 
são maiores de 18 anos e que estão encerrando sua visita. Estes visitantes são 
abordados nos portões de saída da cidade, no caso de Foz do Iguaçu por exemplo as 
abordagens se dão na BR 277, Ponte Internacional da Amizade, Ponte Tancredo 
Neves (respectivamente as fronteiras do Brasil com o Paraguai e a Argentina), 
terminal rodoviário e aeroviário. Abordar no momento em que o visitante deixa o 
destino garante que ele já tenha realizado todos os consumos de produtos e serviços 
possíveis e desejados e que desta forma pode emitir uma opinião geral sobre o 
destino. 
O questionário é estruturado em perguntas abertas e fechadas, e é composto 
por núcleos: perfil do visitante (procedência, idade, profissão, gênero, forma de viajar 
e renda); organização da viagem (motivação da viagem, se utilizou agência de 
 
viagens, meio de transporte e de hospedagem utilizado, quais pontos turísticos visitou, 
frequência com que visita a cidade e os gastos na cidade); percepção com relação ao 
destino (se indicaria este para outras pessoas, se pretende retornar, opinião sobre a 
infraestrutura básica e turística da cidade com detalhamento e forma de classificar a 
cidade); e projeções sobre outros produtos ou localidades do entorno de interesse 
turístico (se visitaria, quanto tempo dedicaria a esta visita, quais pontos do entorno 
visitaria). O instrumento é aplicado duas vezes ao ano: na baixa e na alta temporada, 
e a abordagem ao turista é aleatória. 
A tabulação e descrição dos dados fornece um retrato do perfil do visitante, que 
permite orientar ações de planejamento, no sentido de otimizar os recursos já 
utilizados e colocar em prática os potenciais, segmentar o mercado, e da mesma 
forma com a divulgação do destino, sendo a mesma destinada aos polos emissores 
reais e os potenciais. Bem como dirigir ao trade para proceder com o atendimento a 
satisfação total do cliente. Os dados ainda fornecem ao Estado e ao mercado números 
de visitantes e seu gasto. Apenas para citar como exemplo dos usos do estudo da 
demanda para o planejamento turístico. 
Com o mercado turístico cada vez mais competitivo, composto por uma 
infinidade de produtos que tentam atender a demanda heterogênea e cada vez mais 
crítica; e concorrências acirradas entre destinos, este é um panorama que pode ser 
considerado simplista, mas não irreal. E estas são apenas algumas das razões pelas 
quais o planejamento turístico apoiado pelo estudo da demanda se faz necessário. 
Conhecer o público alvo atrai-lo com eficiência e em sua estadia no destino atender 
ou mesmo superar as suas expectativas pode ser a chave do sucesso e consolidação 
das localidades turísticas. 
 
 
 
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