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RESUMO GAMETOGENESE E FECUNDAÇÃO

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GAMETOGENESE E FECUNDAÇÃO 
CONTEÚDO 8 – EMBRIOLOGIA I (GAMETOGENESES E FECUNDAÇÃO)
 Gametogênese humana
Chamamos de gametogêneses o processo responsável pela produção dos gametas femininos e masculinos. Os gametas são células haploides, ou seja, possuem metade do número de cromossomos de uma célula somática, que são diploides. Enquanto as células somáticas, como a da pele, são diploides, ou seja, possuem 2n=46 cromossomos, ao passo que os gametas, óvulos e espermatozoides, possuem apenas n=23 cromossomos
Durante a quarta semana de gestação já é possível reconhecer as células germinativas no embrião e por volta da sexta semana de gestação ocorre a migração destas células para a região abdominal, onde ocorre o desenvolvimento destas células.
 Neste período ainda não há diferenciação entre os testículos e os ovários, embora o sexo cromossômico já tenha sido definido no momento da formação do zigoto.
A
Gametogênese pode ser de dois tipos: espermatogêneses (XY) ou ovocitogêneses (XX). A meiose é
o principal evento atuante em ambos processos, porém há diferenças marcantes entre a formação dos óvulos e dos espermatozoides.
Ao término da meiose, o óvulo de mamíferos está completamente maduro (e em alguns casos até fertilizado), enquanto o espermatozóide que completou a meiose está apenas começando sua diferenciação.
 
 
Espermatogênese
A produção de espermatozóides só se inicia na puberdade, sendo estimulada pelo hormônio Folículo Estimulante (FSH).
 
Os espermatozóides iniciam seu desenvolvimento nos túbulos seminíferos situados nos testículos.
 
A célula primordial deste processo é a ESPERMATOGÔNIA. Cada espermatogônia gera ao final do processo 4 espermatozóides.
Estas células ficam dispostas ao longo dos túbulos.
 
Ao final de uma série de divisões mitóticas estas células se diferenciam em ESPERMATÓCITOS PRIMÁRIOS. São estas as células que se dividirão até gerarem os espermatozóides!
Os espermatócitos primários entram em meiose I para gerar os ESPERMATÓCITOS SECUNDÁRIOS, que rapidamente entram em meiose II.
Cada espermatócito secundário gera 2 ESPERMÁTIDES que se diferenciam em 4 ESPERMATOZÓIDES. São produzidos cerca de 1012espermatozóides ao longo da vida de um homem saudável. Ao contrário da mulher, a produção de espermatozoides é contínua e dura toda a vida.
 
 
 
 
Ovocitogênese
O processo de desenvolvimento dos óvulos nas mulheres inicia-se ainda no período embrionário, por volta do 2º ao 3º mês de desenvolvimento embrionário. Ao nascimento existem cerca de 2,5 milhões de ovócitos.
 
A célula primordial do processo é a OVOGÔNIA, situada no córtex ovariano. Ao 3º mês de gestação inicia-se o desenvolvimento do OVÓCITO PRIMÁRIO. No entanto esta célula para seu desenvolvimento na prófase I da meiose. Os óvulos permanecem em prófase I até que a mulher atinja a maturidade sexual.  Cada ovócito tem um tempo próprio de maturação. Após o estímulo hormonal, uma vez por mês um óvulo termina seu amadurecimento através da meiose I. De todos os óvulos produzidos durante o período embrionário, apenas 400 se tornaram maduros.
Ao fim da meiose I existem duas células: o corpo polar – célula menor e o OVÓCITO SECUNDÁRIO
.
Apenas o ovócito secundário entra em meiose II para que haja a separação das cromátides. A divisão ocorre até a metáfase II, quando o ovócito secundário fica em repouso até o período fértil da mulher (antes da menstruação). Se houver fecundação (entrada do espermatozoide), o ovócito secundário termina o desenvolvimento, caso contrário será eliminado junto com o endométrio uterino durante a mesntruação.
Ao término da meiose II existem duas células: Corpo polar – célula menor e o ÓVULO MADURO. Somente então ocorrerá a fusão do núcleo do óvulo maduro com o núcleo do espermatozóide.
 
Cada ovogônia gera 1 ÓVULO MADURO E 2 CORPÚSCULOS POLARES
 
FERTILIZAÇÃO
A fertilização (união entre o óvulo e o espermatozóide) ocorre normalmente na ampola da tuba uterina, embora possa ocorrer em outras partes da tuba uterina. A fertilização nunca ocorre no útero.
O processo de fertilização é uma seqüência de eventos coordenados e sincronizados; falhas em qualquer parte deste processo acarretam em morte do zigoto. Todo este processo leva em torno de 24 horas.
 
Eventos necessários para que a fertilização ocorra
a. Reconhecimento mútuo do óvulo e espermatozoide – passagem dos espermatozoides pela corona radiata formada por células foliculares. É nesta fase que ocorre o reconhecimento do espermatozoide pelo ovócito 2º. Para atravessar a corona radiata os espermatozoides liberam algumas enzimas presentes no seu acrossoma para que as células foliculares se distanciem e o espermatozoide possa atingir a zona pelúcida. Após este reconhecimento, que é feito através de proteínas existentes na zona pelúcida do óvulo, ocorre à interação óvulo espermatozoide desencadeando a reação acrossômica, responsável por digerir uma parte da zona pelúcida e formando o cone de fertilização. A reação acrossômica permite que os espermatozoides atravessem a zona pelúcida do oócito 2º. Esta penetração ocorre através da liberação de enzimas digestivas presentes no acrossoma. Estas enzimas degradam a zona pelúcida (que é feito de mucopolissacarídeos) e liberam a passagem para o espermatozoide.
Bloqueio a polispermia – Quando o primeiro espermatozóide consegue romper a zona pelúcida, desencadeia-se uma reação química no citoplasma do oócito 2º que leva a liberação de cálcio do meio intracelular para o meio extracelular. Como consequência deste evento ocorre mudanças químicas na zona pelúcida de modo que seu mucopolissacarídeo endurece e a entrada de outros espermatozóides fica bloqueada. Este bloqueio é feito através da liberação de um gradiente de cálcio. O cálcio ativa os grânulos de corticais que liberam enzimas digestivas responsáveis por degradarem as proteínas reconhecedora existentes na membrana do óvulo. Se ocorrem falhas neste processo, o embrião é abortado por volta da 5 semana.
a. Ativação do óvulo - ao ser fecundado o óvulo ainda está em metáfase II. A penetração do espermatozoide permite que a divisão meiótica termine e o óvulo se torne maduro
b. Fusão do núcleo do óvulo e espermatozoide – somente quando o óvulo termina a meiose é que ocorre a fusão do material genético feminino com o material genético masculino. No entanto, óvulo e espermatozoide não contribuem de maneira igual para o desenvolvimento do zigoto. O citoplasma e as mitocôndrias do zigoto são provenientes apenas do óvulo. O espermatozoide é responsável por doar o centrossomo que irá produzir os fusos mitóticos das divisões seguintes. Óvulo e espermatozoide contribuem com genes diferentes para o desenvolvimento. Fusão dos prónucleos gera o zigoto, um embrião unicelular 2n=46 e iniciando o processo de clivagem.
c. Rearranjo do citoplasma – após a fecundação existe um rearranjo do citoplasma que irá estabelecer um novo eixo de simetria necessário para que ocorra a clivagem do zigoto. Por conta disto, nem todas as células irão receber a mesma quantidade de citoplasma.
O zigoto é uma célula geneticamente única, visto que possui uma combinação original de genes fruto do “embaralhamento” de cromossomos maternos e pater
 
BIBLIOGRAFIA
TORTORA, GERARD J. Corpo humano, fundamentos de anatomia e fisiologia, Editora Artmed. 12ed. 2013.
SADLER, TW.. Langman / Embriologia médica. Guanabara Koogan. 12 ed. 2014.

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