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Técnicas Anestésicas Intrabucais

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Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
 
CONCEITOS 
Anestesia é a perda dos sentidos ou sensa-
ções. 
Na Anestesia local intrabucal a via de 
acesso para execução é bucal. 
Nas Anestesias terminais a ação do anes-
tésico ocorrerá nas terminações nervosas. 
Elas podem ser: 
a) Superficiais: a ação do anestésico 
ocorre por meio do contato super-
ficial pela pele ou mucosa. 
b) Infiltrativas: a ação ocorre por 
meio de injeção do anestésico nos 
tecidos, o qual agirá nas termi-
nações. 
Nas Anestesias por bloqueio, o anestésico 
é injetado próximo a um ramo ou tronco 
nervoso. Pode ser: 
a) Regional: anestesia de um ramo 
do nervo (ex.: Nervo alveolar infe-
rior, nervo lingual...). 
b) Troncular: anestesia de um tronco 
nervoso (ex.: nervo mandibular). 
Obs: nesse resumo não será abordada a 
técnica anestésica extrabucal. 
 
TÉCNICAS ANESTÉSICAS INTRA-
BUCAIS 
 TERMINAIS 
Superficiais (Anestesia Tópica) 
- Objetivo: insensibilização das mucosas 
ou tecidos cutâneos → evitar dor durante 
a penetração da agulha para anestesias 
infiltrativas ou por bloqueio. 
- A mucosa precisa estar bem seca para a 
que o anestésico penetre no tecido. 
- Para esse tipo de anestesia, as técnicas 
mais utilizadas são as de Fricção (esfregar 
o anestésico na mucosa com chumaço de 
algodão) e Contato (com um chumaço de 
algodão, deixa-se o anestésico em contato 
com a mucosa, sem esfregaço). 
Infiltrativas 
Material necessário: seringa carpule, 
intermediário curto e agulhas curtas 
descartáveis. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS ANESTÉSICAS 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
Cuidados com a técnica: 
- Injetar lentamente a solução anestésica; 
- Bisel da agulha voltado para o osso; 
- Nunca penetrar com a agulha até o inter-
mediário tocar a mucosa (risco de fratura 
da agulha dentro dos tecidos). 
Fatores a serem considerados: 
a) Área a ser anestesiada (ex.: área 
pequena: técnica anestésica mais 
restrita ao local); 
b) Profundidade e duração; 
c) Idade: crianças apresentam corti-
cal óssea mandibular menos es-
pessa → permite anestesia infil-
trativa. 
d) Hemostasia: anestésicos com va-
soconstritor promovem melhor 
hemostasia. 
Técnicas 
1. Submucosa 
• Indicações: 
- Intervenções em tecidos moles; 
• Descrição de técnica: 
- Puncionar a mucosa, fazendo 
com que a ponta da agulha 
penetre cerca de 2-3 mm até a 
região submucosa; 
- A punção deve ser feita rapida-
mente para evitar dor provocada 
pela agulha. 
 
 
2. Supraperiosteal 
• Anestesia da mucosa vestibular; 
• Consiste em punção da mucosa, 
penetração da agulha até a região 
submucosa, junto ao periósteo, 
sem penetrá-lo. 
• Indicações: 
- Intervenções em qualquer dente 
superior (adultos ou crianças). 
Não deve ser utilizada para dentes 
inferiores em adultos (cortical 
óssea muito espessa – anestésico 
incapaz de se difundir até os fora-
mes); 
• Descrição da técnica: 
- Com o polegar e o indicador da 
mão oposta, distende-se o lábio 
superior para evidenciar o fundo 
de sulco vestibular; 
- Punciona-se a mucosa no fundo 
de sulco, na altura do dente em 
que será feita a intervenção, e a 
agulha será introduzida através 
da submucosa; 
- O conjunto seringa-agulha deve 
estar paralelo ao dente, e o bisel da 
agulha deverá estar voltado para o 
tecido ósseo; 
- Próximo ao periósteo e ápice 
dentário, injeta-se de ¾ a um tubo 
de anestésico lentamente (Porém 
durante a inserção da agulha, 
pode-se ir injetando pequenas 
quantidades de anestésico, a fim 
de amenizar o desconforto do 
paciente). 
3. Subperiosteal 
• Injeção de anestésico sob o periós-
teo, junto ao tecido ósseo. 
• Consiste na punção da mucosa, 
com penetração da agulha até a 
região submucosa, junto ao periá-
pice, com uma inclinação suficien-
te para que a agulha penetre o 
periósteo; 
• Indicações: 
- Qualquer dente da arcada 
superior (adultos e crianças), e 
pode ser aplicada tanto pela 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
vestibular quanto pela lingual. 
Não deve ser utilizada para dentes 
inferiores em adultos (cortical 
óssea muito espessa – anestésico 
incapaz de se difundir até os 
forames); 
• Descrição da técnica: 
- Com o polegar e o indicador da 
mão oposta, distende-se o lábio 
superior para evidenciar o fundo 
de sulco vestibular; 
- Punciona-se a mucosa no fundo 
de sulco, na altura do dente em 
que será feita a intervenção, e a 
agulha será introduzida através 
da submucosa; 
- O conjunto seringa-agulha deve 
estar em 45º ao dente, para que a 
agulha consiga penetrar o perió-
steo, e o bisel da agulha deverá 
estar voltado para o tecido ósseo; 
- No periósteo, injeta-se de ¾ a um 
tubo de anestésico lentamente 
(Porém durante a inserção da 
agulha, pode-se ir injetando 
pequenas quantidades de 
anestésico, a fim de amenizar o 
desconforto do paciente); 
- Técnica anestésica que provoca 
muita dor ao injetar o anestésico 
no periósteo. Por isso, geralmente 
é utilizada como técnica comple-
mentar à Anestesia infiltrativa 
supraperiosteal. 
 
Infiltrativas (Complementares) 
1. Intra-septal 
• Injetada no septo ósseo de dois 
dentes contíguos, na qual a solu-
ção é injetada rapidamente pela 
estrutura óssea esponjosa, se infil-
trando nas lacunas e anestesiando 
as terminações nervosas do alvéo-
lo e ligamento periodontal; 
• Indicações: 
- Pode ser utilizada em todas as 
papilas interdentais (maxila e 
mandíbula), tanto pela vestibular 
quanto pela lingual; 
- Grande aplicação na Periodontia, 
Prótese Fixa, Dentística e Endo-
dontia; 
• Descrição da técnica: 
- Penetrar com a agulha na papila 
de modo que a agulha penetre no 
tecido ósseo. 
 
1. Intra-óssea 
• Depósito de anestésico no osso 
esponjoso entre as corticais ósseas 
(maxila e mandíbula); 
• Indicações: 
- Caindo em desuso, porém: exo-
dontias de pré-molares e molares 
quando anestesias por bloqueio 
regional estão contraindicadas, 
casos de pulpectomias imediatas, 
hiperestesia dentinária, para-
endodônticas e cirurgias de dente 
incluso (paciente referir dor); 
• Descrição da técnica: 
- Penetra-se no osso com uma 
broca até atingir osso esponjoso e 
em seguida aplica-se o anestésico, 
tomando cuidado de injetá-lo 
acima do ápice do dente de inte-
resse. 
 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
2. Peridental (ou intraligamentar) 
• Depósito de anestésico no liga-
mento periodontal; 
• Indicações: 
- Exodontias, pulpectomias, pul-
potomias e preparos cavitários; 
- A injeção de qualquer substância 
no ligamento periodontal origina-
rá pericementite medicamentosa, 
motivo pelo qual é contraindicada 
em preparos cavitários. 
• Descrição da técnica: 
- Introduz-se a ponta da agulha no 
espaço entre o osso alveolar e a 
raiz do dente, fazendo com que a 
substância penetre no ligamento 
periodontal. Caso o paciente sinta 
dor, injeta-se o anestésico e muda-
se o local de nova aplicação, 
contornando, assim, o dente. 
 
3. Intra-pulpar 
• Anestesia direta da polpa dentá-
ria. 
• Indicações: 
- Endodontias, principalmente nos 
casos de biopulpectomias e bio-
pulpotomias; 
- Pode ser complementar à técnica 
de anestesia do nervo alveolar 
inferior → referência de dor 
quando em extrações); 
• Descrição da técnica: 
- Introduz-se a ponta da agulha na 
polpa dentária exposta, procu-
rando, se possível, inseri-la nos 
canais radiculares; 
- Anestésico injetado rapidamente 
e sob pressão (paciente geralmente 
sente bastante dor, porém quase 
instantaneamente ocorre insensi-
bilização). 
 
 
 
 
 
 
BLOQUEIOS 
Regionais 
Maxila 
1. Nervos Alveolares Superiores 
Posteriores: Técnica Zigomática 
 
- A agulha penetra na fossa zigomá-
tica, de forma que a agulha esteja bemrente à parede posterior da tuberosi-
dade da maxila. 
• Considerações anatômicas: nervo 
alveolar superior posterior se 
origina do nervo maxilar antes de 
entrar no canal sub-orbital. Aden-
tram na tuberosidade da maxila e 
na fossa zigomática, por onde 
saem nos forames alveolares 
superiores posteriores, inervando 
2º e 3º molares e raízes distal e 
palatina do 1º molar. 
• Localização: distal: 
- 10 anos: 1º molar superior; 
- 15 anos: 2º molar superior; 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
- Indivíduos adultos: 3º molar su-
perior. 
• Indicações: 
- Intervenções nos molares (exceto 
a raiz mesial do 1º molar superior) 
→ Em caso de exodontia e 
endodontia dos 1º molares, 
necessário complementar a anes-
tesia com técnica infiltrativa na 
raiz mesiovestibular. 
• Nervos anestesiados: nervo 
alveolar superior posterior. 
• Ponto de reparo: curva zigomática 
alveolar do osso maxilar, plano 
oclusal dos molares superiores e 
plano sagital mediano do 
paciente. 
• Descrição da técnica: 
- Pede-se ao paciente que abra 
ligeiramente a boca, visando im-
pedir a completa abertura da boca, 
para que não ocorra deslocamento 
da apófise coronoide sobre a 
tuberosidade; 
- Com a mão livre, localiza-se o 
processo zigomático alveolar com 
o dedo indicador, o qual se situa 
na altura do 1º molar; 
- O conjunto seringa-agulha deve 
estar, em vista frontal, a 45º em 
relação ao plano sagital mediano 
e, em vista lateral, 90º em relação 
ao plano oclusal dos molares 
superiores; 
- A agulha deve ser inserida 1,2-1,5 
cm na tuberosidade da maxila, de 
forma que sua ponta se situe o 
mais próximo possível dos fora-
mes alveolares posteriores supe-
riores; 
- Como dito anteriormente, caso a 
intervenção seja estendida até o 1º 
molar, deve-se fazer uma aneste-
sai infiltrativa complementar na 
raiz mediovestibular, e em casos 
de exodontia, complementar essas 
anestesias com anestesia infil-
trativa subperiosteal ou bloqueio 
do nervo palatino maior. 
 
• Erros mais comuns: 
- Conjunto seringa-agulha em ân-
gulos diferentes de 45º em relação 
ao plano sagital mediano ou 90º 
em relação ao plano oclusal do 
paciente; 
- Paciente com a boca muito aber-
ta, projetando o processo coronoi-
de sobre o túber. 
2. Nervos Alveolares Superiores An-
terior e Médio: Técnica Infraor-
bitária 
 
- A ponta da agulha deve ser inserida 
no forame infraorbitário, onde deverá 
anestesiar os nervos alveolares supe-
riores anteriores e médios (caso o pa-
ciente o tenha). 
• Considerações anatômicas: ner-
vos alveolar superior anterior e 
médio se originam do nervo maxi-
lar ao adentrar na fissura orbitária 
inferior. Não é incomum o nervo 
alveolar superior médio estar pre-
sente: 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
- Quando presente, inerva a raiz 
mesiovestibular do 1º molar e os 
pré-molares; 
- Quando ausente, essas estruturas 
são inervadas pelo nervo alveolar 
superior anterior. 
• Indicações: 
- Intervenções extensas em inci-
sivos, caninos e pré-molares ou 
quando não for possível realizar 
uma anestesia infiltrativa. 
• Nervos anestesiados: nervos al-
veolares superiores anteriores e 
médios. 
Técnicas: 
a) Canto do olho/fundo de saco 
vestibular 
• Pontos de reparo: rebordo infra-
orbitário, forame infraorbitário e 
canto interno do olho. 
• Descrição da técnica: 
- Traçar linha imaginária paralela 
ao plano sagital mediano do 
paciente (passa pelo canto interno 
do olho); 
- Com o dedo indicador da mão 
oposta, palpa-se o rebordo infraor-
bitário para localizar o forame 
infraorbitário, situado mais ou 
menos 0,5cm sob o rebordo infra-
orbitário e 1 cm do canto interno 
do olho; 
- Com o polegar da mesma mão 
distende-se o lábio superior a fim 
de evidenciar o fundo de sulco 
vestibular, e traça-se uma nova 
linha imaginária sobre o fundo de 
sulco, perpendicular à linha do 
canto do olho; 
- Na intersecção das duas linhas 
(em torno de 3-5mm), inserimos a 
agulha até sua ponta ser intro-
duzida no forame → essa margem 
de 3-5mm evita erros de técnica; 
- Dependendo do procedimento, 
esta técnica deverá ser comple-
mentada com anestesia infiltra-
tiva subperiosteal ou bloqueio do 
nervo palatino anterior. 
 
 
 
 
b) Linha incisiva/ápice do canino 
• Pontos de reparo: rebordo e 
forame infraobitários, ápice do 
canino e linha incisiva. 
• Descrição da técnica: 
- Traça-se uma linha incisiva que 
cruza diagonalmente o incisivo 
central do lado que se pretende 
anestesiar, a qual se origina no 
ângulo incisomesial e estende-se 
até o ângulo distogengival; 
- Centraliza-se as pupilas do 
paciente (olhar para o horizonte); 
- Traça-se uma linha imaginária a 
qual passa pelo centro pupilar e 
pelo longo eixo do 2º pré-molar (o 
forame se localiza nessa linha, 6-7 
mm abaixo do rebordo infraor-
bitário, e a 1 cm do canto interno 
do olho); 
- Com o dedo indicador da mão 
oposta, apalpa-se o rebordo infra-
orbitário para encontrar o forame; 
- Após encontrá-lo, manter o dedo 
sobre o forame, e, com o polegar, 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
afasta-se o lábio para evidenciar o 
fundo de sulco vestibular; 
- Posiciona-se o conjunto seringa-
agulha posicionado paralelamente 
à linha incisiva, puncionando a 
mucosa alveolar cerca de 3-5 mm 
exatamente na altura do ápice do 
canino → visualmente, parece que 
a agulha está direcionada no canto 
externo do olho; 
- Durante a inserção da agulha, 
vai-se injetando o anestésico lenta-
mente, permitindo uma penetra-
ção indolor; 
- O dedo indicador orientará a 
inserção da agulha e protegerá o 
globo ocular do paciente. 
 
 
 
 
 
c) Centro pupilar/longo eixo do 
segundo pré-molar superior 
• Pontos de reparo: rebordo e fora-
me infraorbitários, centro pupilar 
e longo eixo do 2º pré-molar. 
• Descrição da técnica: 
- Inicialmente, pede-se ao paciente 
que olhe ao horizonte, a fim de 
centralizar as pupilas; 
- Em seguida, traça-se uma linha 
imaginária que passa pelo centro 
pupilar e pelo longo eixo do 2º 
pré-molar do lado que se pretende 
anestesiar (o forame se localiza 
nessa linha, 6-7 mm abaixo do 
rebordo infraor-bitário, e a 1 cm 
do canto interno do olho); 
- Com o dedo indicador da mão 
oposta, apalpa-se o rebordo infra-
orbitário para encontrar o forame; 
- Após encontrá-lo, manter o dedo 
sobre o forame, e, com o polegar, 
afasta-se o lábio para evidenciar o 
fundo de sulco vestibular; 
- Posiciona-se o conjunto seringa-
agulha seguindo exatamente a 
linha imaginária, puncionando a 
mucosa alveolar cerca de 3-5 mm; 
- Durante a inserção da agulha, 
vai-se injetando o anestésico lenta-
mente, permitindo uma penetra-
ção indolor; 
- O dedo indicador orientará a 
inserção da agulha e protegerá o 
globo ocular do paciente. 
 
 
 
 
3. Nervos Nasopalatinos 
• Considerações anatômicas: o ner-
vo nasopalatino se origina do gân-
glio esfenopalatino, atravessa o ca-
nal incisivo e atinge o palato duro 
com seu homólogo. 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
• Indicações: intervenções na fibro-
mucosa palatina (1/3 anterior), e 
como anestesia complementar de 
anestesias infiltrativas para den-
tes anteriores e da técnica de 
anestesia regional infraorbitária. 
• Nervos anestesiados: nervos na-
sopalatinos. 
• Pontos de reparo: papila incisiva e 
incisivos centrais superiores. 
• Descrição de técnica: 
- Pede-se para o paciente abrir a 
boca, e identifica-se a localização 
da papila incisiva (5-7 mm atrás 
dos incisivos centrais); 
- A punção deverá ser feita ao lado 
da papila incisiva, porém com 
angulação suficiente para que a 
ponta possa entrar no forame 
incisivo. 
 
4. Nervos Palatinos Maiores (Anes-
tesia Palatina Posterior)- Aplicada na região posterior da boca, 
próximo ao limite entre os palatos du-
ro e mole. 
• Considerações anatômicas: se ori-
ginam do nervo esfenopalatino, 
penetram no canal palatino maior, 
e emergem pelo forame homô-
nimo, no palato. Inervam a muco-
sa palatina dos dentes posteriores. 
- Localizado no limite entre os os-
sos palatinos e a base dos proces-
sos alveolares da maxila e a 1 cm 
do hámulo pterigoideo, ou no 
limite palato duro-mole. 
• Indicações: intervenções na fibro-
mucosa palatina dos dentes poste-
riores e como anestesia comple-
mentar. 
• Nervos anestesiados: nervos pala-
tinos maiores e menores. 
• Pontos de reparo: limites palato 
duro-mole, rafe mediana e limite 
do processo alveolar/ossos pala-
tinos e dentes molares. 
• Descrição de técnica: 
- Após a localização do ponto de 
inserção da agulha, direciona-se o 
conjunto seringa-agulha de modo 
a direcioná-lo de baixo para cima e 
de dentro para fora; 
- Punciona-se o local, com pene-
tração da agulha de no máximo 0,5 
cm. 
 
Mandíbula 
Nervos Alveolar Inferior, Bucal e 
Lingual 
 
- Anestesia pterigomandibular: ponto de 
punção de agulha na região pterigoman-
dibular, para anestesiar os nervos alveolar 
inferior, lingual e bucal, independente da 
técnica. 
1. Nervo Alveolar Inferior 
• Considerações anatômicas: r 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
- Ramo do nervo mandibular do 
nervo trigêmeo (V3), o qual segue 
para baixo, passando sob o 
músculo pterigoideo medial e pelo 
nervo lingual. 
- Adentra na mandíbula pelo 
forame mandibular, seguindo 
pelo canal mandibular, por onde 
inerva molares e pré-molares. 
- Se bifurca emitindo ramos que 
inervarão canino e incisivos, e 
então se exterioriza pelo forame 
mentoniano (mentual), inervando 
a mucosa da região. 
2. Nervo Bucal: 
• Considerações anatômicas: 
- Ramo descendente do nervo 
mandibular. 
- Emite filetes cutâneos para a 
mucosa jugal, comissura labial e 
parte externa do lábio. 
- O ramo mucoso atravessa o mús-
culo bucinador ao nível da borda 
alveolar inferior, inervando a 
mucosa geniana, capa glandular e 
o tecido gengival vestibular de 
molares. 
3. Nervo Lingual 
• Considerações anatômicas: 
- Ramo terminal do nervo mandi-
bular. 
- Dirige-se para o lado interno da 
cavidade bucal, onde atinge a 
língua na região do 3º molar. 
- Inerva os 2/3 anteriores da 
língua, face interna da gengiva e 
assoalho bucal, parte interior da 
língua, face inferior, dorsal e 
bordas laterais da língua. 
- Essencialmente sensitivo. 
4. Nervo Mentoniano (Mentual) 
• Considerações anatômicas: 
- O nervo mentual é o nome dado 
ao nervo mandibular após sua ex-
teriorização pelo forame de mes-
mo nome. 
- Inerva pele, mento, mucosas la-
bial e da região anterior da man-
díbula. 
Técnicas anestésicas: Mandíbula 
Técnica Direta 
• Não anestesia o nervo bucal → 
complementação com a técnica do 
nervo bucal (a ver abaixo). 
• Pontos de reparo: 
- Pré-molares do lado oposto, 
plano oclusal dos molares inferio-
res, depressão formada pelo liga-
mento pterigomandibular (inter-
namente), linha oblíqua (externa-
mente) e trígono retromolar. 
• Descrição da técnica: 
- Cabeça do paciente posicionada 
de forma que, ao abrir a boca, o 
plano oclusal esteja paralelo ao 
solo; 
- Desliza-se com o dedo indicador 
da mão oposta sobre a oclusal dos 
molares da região a ser anes-
tesiada, até encontrar o vértice do 
trígono retromolar → ponto exato 
da punção (depressão formada 
pela linha oblíqua e pelo liga-
mento pterigomandibular); 
- Essa técnica distende a mucosa e 
indica a altura de punção (1 cm); 
- Ponto de apoio: pré-molares do 
lado oposto; 
- Conjunto seringa-agulha: coloca-
do no sentido ântero-posterior, 1 
cm acima do plano oclusal dos 
molares; 
- A agulha deve ser inserida até 
atingir o tecido ósseo; em seguida, 
recua-se a agulha 1-3 mm para 
injetar ¾ do anestésico; 
- Após a injeção do anestésico, 
retrai-se a agulha de forma que 
apenas 1 cm dela permaneça no 
tecido, e injeta-se o ¼ restante, a 
fim de anestesiar o nervo lingual. 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
Técnica Indireta (3 posições) 
• Não necessita de anestesia com-
plementar, pois essa técnica 
contempla a anestesia dos nervos 
alveolar inferior, lingual e bucal. 
• Pontos de reparo: 
- Superfície oclusal dos molares 
inferiores, bordas anterior do 
ramo ascendente, pré-molares do 
lado oposto, linhas oblíquas exter-
na e interna e vértice do trígono 
retromolar. 
• Descrição da técnica: 
- Cabeça do paciente posicionada 
de forma que, ao abrir a boca, o 
plano oclusal esteja paralelo ao 
solo; 
- Desliza-se com o dedo indicador 
da mão oposta sobre a oclusal dos 
molares da região a ser anes-
tesiada, até encontrar o vértice do 
trígono retromolar → ponto exato 
da punção (depressão formada 
pela linha oblíqua e pelo liga-
mento pterigomandibular); 
- Feito isso, gira-se o dedo indica-
dor de forma que a unha fique 
voltada para a cavidade bucal, 
mantendo-o na posição; 
- O conjunto seringa-agulha deve 
ser puncionado 1 cm acima do 
plano oclusal, e introduzido cerca 
de 5-6 mm para anestesia do 
nervo bucal (1ª posição); 
- Continua-se a introduzir a 
agulha até cerca de 1 cm para 
anestesiar o nervo bucal (2ª 
posição). À medida que a agulha é 
introduzida injeta-se o anestésico 
(¼ do anestésico para anestesia 
dos nervos bucal e lingual); 
- Após a anestesia dos nervos 
bucal e lingual, retrai-se a agulha, 
de forma que apenas a ponta fique 
em contato com os tecidos, e gira-
se o conjunto seringa-agulha no 
sentido dos pré-molares opostos; 
- Nesta nova posição, insere-se a 
agulha até a ponta atingir o tecido 
ósseo (3ª posição); 
- Retrai-se a agulha 1-3 mm, e 
injeta-se o restante do anestésico 
(¾ do tubete) para anestesiar o 
nervo alveolar inferior. 
 
Legenda: Localização do local de 
punção 
 
Legenda: 1ª posição 
 
 
Legenda: 2ª posição 
 
 
Legenda: 3ª posição 
 
 
Técnica Direta Técnica Indireta 
Não anestesia o 
nervo bucal 
Anestesia o nervo 
bucal 
2 punções 
(Técnica Direta 
e Nervo Bucal) 
1 punção 
Maior 
desconforto 
(punções são 
dolorosas) 
Risco de não 
anestesiar o 
Nervo alveolar 
inferior 
corretamente - 
mascaramento 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
Anestesia do nervo bucal 
• Indicações: 
- Complemento da técnica direta e 
para intervenções em tecidos mo-
les da região. 
• Pontos de reparo: linhas oblíquas 
interna e externa e vértice do 
trígono retromolar. 
• Descrição da técnica: 
- Primeiro, identifica-se os pontos 
de referência; feito isso, punciona-
se a mucosa no vértice do trígono 
retromolar; 
- O acesso é feito pela vestibular, e 
a agulha deve ser inserida 2-5 mm. 
 
Anestesia do nervo mentoniano 
(mentual) 
 
• O forame mentoniano (mentual) 
localiza-se ao nível do ápice dos 
pré-molares inferiores. 
• Normalmente, é um orifício único. 
• Tomar cuidado com pessoas mais 
idosas, onde já houve reabsorção 
do rebordo alveolar (o forame 
pode se localizar mais próximo ao 
rebordo). 
• Indicações: intervenções cirúrgi-
cas em tecidos moles da região ou 
quando houver processo patoló-
gico, o qual contraindica a aneste-
sai infiltrativa. 
• Nervos anestesiados: nervos 
mentoniano e incisivo. 
• Pontos de reparo: pré-molares 
inferiores, borda inferior do corpo 
da mandíbula e borda superior 
dos processos alveolares inferio-
res. 
• Descrição da técnica: 
- A agulha deve penetrar no 
forame com angulação de 45º em 
relação à mandíbula, na altura da 
raiz mesial do 1º molar inferior; 
- O conjunto seringa-agulha deve 
ter sentido de cima para baixo e de 
posterior para anterior, para que a 
ponta da agulha penetre na luz do 
forame, e deve serinserida cerca 
de 3-6 mm. 
 
Técnica de Gow-Gates 
• Considerações anatômicas: mem-
brana mucosa na parte mesial do 
ramo da mandíbula, numa linha 
da incisura intertrágica até o canto 
da boca, imediatamente distal ao 
2º molar superior. 
• Descrição da técnica: 
- Colocar o paciente na posição de 
decúbito dorsal ou semidecúbito; 
- Pedir ao paciente para estender o 
pescoço e abrir bem a boca; 
- Localização da incisura intertrá-
gica e canto da boca; 
- Apalpação da incisura coronoide 
(não é essencial, mas fornece 
maior segurança para a técnica, 
segundo a experiência do autor); 
- Dirigir a seringa (segura em sua 
mão direita) para o local de injeção 
a partir do canto da boca do lado 
oposto; 
- Introduzir a agulha delicada-
mente nos tecidos no local de 
injeção, imediatamente distal ao 
segundo molar maxilar, na parte 
alta de sua cúspide mesiolingual 
(mesiopalatina); 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
- Alinhar a agulha com o plano 
que se estende do canto da boca do 
lado oposto à incisura intertrágica 
do lado da injeção. Ela deve estar 
paralela ao ângulo entre o ouvido 
e a face; 
- Avançar a agulha devagar até 
fazer contato com o osso (cerca de 
2,5 cm); 
- Depositar o anestésico lenta-
mente, por 60-90 segundos; 
- Retirar a agulha, e pedir ao 
paciente para não fechar a boca 
por 1-2 minutos para permitir a 
difusão do anestésico; 
- Após a anestesia, retornar o 
paciente à posição ereta ou 
semiereta. 
 
Legenda: agulha alinhada com a 
incisura intertrágica. 
 
 
Legenda: aplicação da técnica. 
Técnica de Vazirani-Akinosi 
(boca fechada) 
• Muito utilizada na Odontopedia-
tria. 
• Anestesia do nervo alveolar infe-
rior, mesmo sem que o paciente 
abra a boca (pacientes acometidos 
por trismo). 
• Pontos de reparo: borda anterior 
do ramo ascendente, plano oclusal 
de molares inferiores e borda livre 
da gengiva marginal dos dentes 
superiores. 
• Descrição da técnica: 
- Traciona-se os lábios e a boche-
cha do paciente para fora com a 
mão oposta, para máxima visuali-
zação da região; 
- Identifica-se os pontos de refe-
rência e posiciona-se o conjunto 
seringa-agulha paralelos à linha 
imaginária que passa tangencian-
do a superfície das bordas livres 
da gengiva marginal dos dentes 
superiores; 
- Punciona-se a mucosa no prolon-
gamento dessa linha imaginária, e 
introduz-se a agulha cerca de 1,5-
2 cm; 
- Desse modo, anestesia-se os ner-
vos alveolar inferior, lingual e 
bucal com uma única punção. 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
• Malamed, Stanley F. – Manual de 
Anestesia Local, 6ª edição, Parte 
III, Capítulos 13, 14 e 15; 
• Lima, José Roberto Sá – Atlas 
Colorido de Anestesia Local em 
Odontologia, Capítulo 2. 
• Teixeira, Lucilia Maria de Souza -
Anatomia Aplicada à Odontolo-
gia; 2ª edição.

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