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Universidade estácio de sá – campos dos goytacazes nutrição humana MICROMINERAIS MARIA CECÍLIA SANTOS INTRODUÇÃO Os microminerais ou elementos-traços, são necessários em pequenas quantidades diárias, para manutenção da normalidade metabólica e funcionamento adequado das células; No nosso corpo estão sempre ligados a outros compostos; Há também os chamados minerais ultratraços. MICRONUTRIENTES ESSENCIAIS Função estabelecida (estrutural, hormonal, cofator enzimático ou estabilizador de reações químicas); Concentrações bem definidas em tecidos ou órgãos; MICRONUTRIENTES ESSENCIAIS Microminerais reconhecidos como essenciais FERRO, IODO, ZINCO E FLUOR Microminerais cuja essencialidade ainda é duvidosa (ultratraços) SILÍCIO, ESTANHO FERRO (Fe) É um componente fundamental da hemoglobina e de algumas enzimas do sistema respiratório. A deficiência deste mineral resulta em anemia. O ferro é um dos elementos mais facilmente encontrado na superfície da Terra, mas sua deficiência é a causa mais comum de anemia, afetando milhões de pessoas em todo mundo. Isso se deve à “capacidade limitada do organismo na absorção de ferro” e à freqüência da perda de ferro por hemorragia do sistema digestório( úlcera, colite, diverticulite, câncer ), menstruação abundante, verminose, múltiplas gestações, estirão de crescimento. FERRO O corpo contém ferro: - funcional na hemoglobina, mioglobina e enzimas - armazenado na ferritina, hemossiderina e transferrina (ptn transportadora no sangue) FERRO O ferro é um nutriente mineral encontrado em alimentos de origem vegetal e animal, e de grande importância para a saúde por seu papel como constituinte de componentes orgânicos conhecidos como hemoproteínas, bem como por sua atuação como agente coenzimático. FERRO HEME E FERRO NÃO HEME O ferro heme (ferro ferroso) apresenta uma alta biodisponibilidade, ele está presente nos alimentos de origem animal. A carne proporciona muito mais ferro do que o feijão, isso ocorre porque o ferro da carne é heme, logo é altamente biodisponível. Outros alimentos que são fontes de ferro heme, são: fígado, peixes e vísceras. A absorção do ferro heme pelo organismo é de 15 a 35% . O ferro não heme (ferro férrico) é aquele que é menor absorvido pelo organismo. Ele está presente nos vegetais (principalmente os verde escuros), cereais, leguminosas, raízes. A absorção do ferro não heme varia de 2 a 20% e aliado aos alimentos que são fontes de vitamina C, o ferro não heme torna-se mais biodisponível para o organismo. Para o ferro férrico se converter em ferro ferroso, é necessário a presença da vitamina C e do Cobre, uma vez que a enzima que participa dessa conversão é dependente de cobre, a ceruloplasmina. FUNÇÕES As principais funções do ferro verificam-se essencialmente ao nível da formação da hemoglobina e mioglobina. A hemoglobina é encontrada nas células vermelhas do sangue e mioglobina é encontrada nos músculos. ABSORÇÃO A absorção do ferro, especialmente de origem animal, é aumentada com a ingestão conjunta de alimentos levemente ácidos (proteínas) e também por alimentos ricos em ácido ascórbico (vitamina C). Estudos indicam que a absorção de ferro aumenta de 3,7 para 10,4% quando se adiciona a ingestão de 40 a 50 mg de vitamina C, por mantê-lo solúvel. Alguns açúcares como a frutose também colaboram para a absorção de ferro. ABSORÇÃO A quantidade de ferro absorvida pelo intestino é regulada por um mecanismo sofisticado, que depende dos estoques corporais do mineral, do conteúdo fornecido pela dieta e da fonte alimentar, além de receber influência dos outros alimentos ingeridos na mesma refeição. Em situações de suficiência de ferro, a atividade intestinal limita as quantidades a serem absorvidas, estimulando a perda pelas fezes para a manutenção de um nível ótimo no organismo, evitando-se toxicidade; Ao contrário, estando o organismo deficiente em ferro, as vias absortivas são estimuladas a captar maiores quantidades do nutriente. TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO O transporte e armazenamento do ferro é mediado por três proteínas - transferrina, receptor de transferrina e ferritina. Algum ferro é armazenado nas células reticulares endoteliais, como ferritina e hemossiderina. A ferritina é um transportador de ferro da borda em escova para membrana basolateral da célula absortiva. NECESSIDADES A quantidade diária de ferro necessária para compensar tanto perdas do organismo como o crescimento varia com a idade e o sexo; é maior na gravidez. Adolescentes e mulheres que menstruam, são particularmente suscetíveis a desenvolver deficiências de ferro quando há perda adicional ou diminuição prolongada da ingestão. RECOMENDAÇÕES Idade Mg/dia Lactentes 0 – 6 meses 0,27 7 – 12 meses 11 Crianças 1 – 3 anos 7 4 – 8 anos 10 Homens 9 – 13 anos 8 14 – 18 anos 11 ≥ 19 anos 8 Mulheres 9 – 13 anos 8 14 – 18 anos 15 19 – 50 anos 18 ≥ 51 anos 8 Gravidez 27 Lactação 9,5 FONTES ALIMENTARES A distribuição do ferro nos alimentos é muito ampla: este mineral é encontrado nas carnes, nos ovos, nos feijões, no açaí, nos cereais e nos vegetais verdes escuros. O aproveitamento do ferro contido nos alimentos depende de diversos fatores, entre os quais destaca-se a forma em que o mineral se encontra. FONTES ALIMENTARES Entre os componentes que causam diminuição da absorção de ferro, estão os chás e o café, que possuem polifenóis, os cereais integrais, farelos e folhosos, que possuem fitatos e ácido oxálico. Outros produtos, como antiácidos e fosfato de cálcio, também diminuem a quantidade de ferro disponível. Existem meios de melhorar sua absorção, por meio de combinações de alimentos como os feijões e alimentos ricos em Vitamina C e proteína animal, que apresentam reconhecida capacidade de estimular o seu aproveitamento. A associação de frutas frescas às refeições é uma boa estratégia se o objetivo é combater a anemia. FONTES ALIMENTARES O ferro é encontrado em diversos alimentos: em frutas, como a banana e a cereja, carne magra, fígado, ostras, mariscos, aves, peixe, feijão, ovos. O leite e seus derivados são praticamente desprovidos de ferro. Adoção de boas práticas alimentares, associadas ao consumo regular de alimentos variados e frescos, é a forma mais segura para garantir o fornecimento diário de ferro, e assim prevenir a ocorrência da anemia e de seus efeitos. CARÊNCIA DE FERRO E SEUS EFEITOS Apesar da existência deste refinado mecanismo de controle, não há garantia de suficiência, e a anemia decorrente da falta de ferro, chamada Ferropriva ou Ferropênica, acomete cerca de 25% da população mundial. Por este motivo, é a principal doença carencial observada no mundo, e considerada uma questão de saúde pública freqüentemente abordada pelos organismos internacionais de vigilância nutricional. CARÊNCIA DE FERRO E SEUS EFEITOS Pessoas anêmicas apresentam cansaço, fadiga e desatenção. Em crianças, as conseqüências são o baixo rendimento escolar, o aumento da susceptibilidade a infecções e, em casos mais severos, o comprometimento do desenvolvimento intelectual. Existem quatro grupos populacionais considerados “de risco” para anemia, por estarem mais sujeitos a apresentar este quadro: crianças de até 4 anos de idade, adolescentes, especialmente do sexo feminino, mulheres em idade fértil e gestantes. TOXICIDADE Doenças relacionadas ao álcool, como cirrose, é uma razão comum de excesso de ferro no sangue. A hemocromatose é uma doença genética que faz com que o corpo armazene ferro em excesso, resultando em altos níveis de ferro. Transfusões de sangue introduzem ferro no organismo. Pelo fato de o corpo não ter mecanismos naturais para remover o excesso de ferro, múltiplas transfusões podem levar a níveis elevados de ferro. ZINCO O zinco é um micronutriente essencial, encontrando-seem todas as células do organismo. Tem influência nas funções mentais, no processo de recuperação corporal, na estabilidade do sangue e no equilíbrio alcalino do corpo. Os órgãos que dependem deste mineral são o coração, o cérebro e os órgãos reprodutores. FUNÇÕES O zinco é um dos sais minerais que desempenha diversas funções no organismo: Conversão de proteínas em energia; Presente nas atividades das enzimas; Funcionamento do sistema imunológico; Cicatrização dos ferimentos; Intervenção nas percepções do sabor, do olfato e na síntese do DNA e RNA; O zinco destaca-se ainda pelo seu desempenho no trabalho conjunto com o cálcio na formação dos ossos. ABSORÇÃO O zinco é absorvido no intestino delgado, e considera-se que a sua absorção aumenta rapidamente quando o teor de zinco dietético é baixo, e que a sua absorção diminui quando acontece um aumento na ingestão dietética. Ácidos como o ácido cítrico ou láctico, que existem naturalmente nos alimentos ou são formados por processos de fermentação, ajudam no aumento do aproveitamento do zinco. E, quanto maior a quantidade de proteína ingerida, maior será a quantidade de Zinco absorvido. FATORES QUE INFLUENCIAM NA ABSORÇÃO Os fitatos e os oxalatos são o fator que mais “atrapalha” o aproveitamento do zinco pelo organismo, sendo considerado anti-nutricional. Eles afetam também a biosdisponibilidade do Ferro, do Magnésio, do Cálcio e do Cobre. O ácido fítico e o zinco formam um composto altamente insolúvel no organismo, impedindo a absorção. Os alimentos com maior teor de fitatos são os de origem vegetal (folhas verdes escuras), as fibras das leguminosas, cereais integrais crus, nozes, sementes e soja. Especialmente o farelo de trigo, tem sido responsabilizado por “roubar” minerais como o Zinco e Ferro, entre outros. TÉCNICAS CULINÁRIAS CAPAZES DE DIMINUIR OS FITATOS NOS ALIMENTOS Se colocarmos as leguminosas de molho (cerca de 12 horas), a cozedura dos cereais, a torrefação das nozes, bem como o simples processo de cozimento, submetem os fitatos à ação de enzimas que os destroem (pelo menos 50%). DEFICIÊNCIA Sintomas de falta de zinco no organismo: Falta de apetite, Perda de paladar, Crescimento retardado, Hipogonadismo em meninos, Letargia, Alterações da pele, Diarreia, Formação da queratina, Deficiência do sistema imunológico. Alimentos processados, estresse, diuréticos, álcool e outros fatores podem eliminar o zinco do nosso organismo. TOXICIDADE O excesso de zinco pode provocar problemas, quando acima de 2g, podendo provocar sintomas de envenenamento, que incluem vômitos, febre, náuseas. FONTES Boas fontes de zinco são a carne bovina, peixes, aves, leite e derivados, constituindo também ótimas alternativas os mariscos, feijão e nozes. RECOMENDAÇÕES Idade Mg/dia Lactentes 0 – 6 meses 2 7 – 12 meses 3 Crianças 1 – 3 anos 3 4 – 8 anos 5 Homens 9 – 13 anos 8 ≥ 14 anos 11 Mulheres 9 – 13 anos 8 14 – 18 anos 9 ≥ 19 anos 8 Gravidez 11,5 Lactação 12,5 COBRE (Cu) Seres humanos necessitam de cobre para metabolismo celular normal. FUNÇÕES Formação e resistência óssea; Crescimento e desenvolvimento infantil; Funcionamento adequado dos mecanismos de defesa; Maturação das células sanguíneas; Transporte de ferro; Metabolismo da glicose e do colesterol; Defesa contra radicais livres; Síntese de melanina; Contratilidade do miocárdio; Desenvolvimento cerebral. ABSORÇÃO DO Cu Absorvido primariamente no intestino delgado, por transporte ativo; Também pode ser absorvido no estômago e cólon; 20 a 70% do Cu da dieta é absorvido (adultos 50%, crianças 77%); Aumento da oferta de Cu na dieta, aumenta sua absorção; No hepatócito é incorporado a diversas enzimas. EXCREÇÃO Cu não armazenado no fígado é transportado para os tecidos ligado à albumina, transcupeína e aminoácidos livres; Excesso de Cu é excretado pela bile; Perdas corpóreas AUMENTADAS nas fístulas; e reduzidas na icterícia obstrutiva; FONTES Fígado Frutos do mar Castanhas Cacau Cereais integrais Carnes em geral Soja BIODISPONIBILIDADE Zinco, molibdênio, ácido ascórbico, fibras, fitatos e taninos, interferem na absorção; Ácido clorídrico, aminoácidos e peptídeos em quantidades moderadas facilitam absorção intestinal ; ESTADO NUTRICIONAL do Cu Determinação sérica de Cu. DEFICIÊNCIA Deficiência Hereditária Doença de Wilson deficiência de Ceruloplasmina com acúmulo de Cu no fígado. Doença de Menkes – fatal após os 3 anos. ↓ níveis de Cu no cérebro e fígado, no intestino, baço, músculo e rins. Adquirida diarréia intensa, parenteral sem suplementação, desnutrição. Pode estar relacionada a anemia microcítica e hipocrômica, por ser constituinte da enzima ceruloplasmina, a qual catalisa a oxidação do ferro. O ferro não pode ser liberado , levando a diminuição da concentração sérica de ferro e hemoglobina, mesmo com reservas normais de ferro. 1:100 mil 1:300 mil TOXIDADE Toxicidade: –Aguda ingestão de sais de cobre, apresenta dores epigástricas, náuseas, vômitos, diarréia. Pode estar associada a tentativas de suicídio. –Crônica coma, necrose hepática e morte. Ocorre principalmente em portadores de IRC em hemodiálise ou em agricultores que lidam com pesticidas contendo Cu. IODO (I) Ocorre no solo e no mar na forma de íons iodeto; Corpo humano contém de 15 a 20 mg de iodo, sendo que 70 a 80 % estão na glândula tireóide; Restante está nas glândulas salivares, mamárias, gástricas e rins; Há uma contínua renovação do iodo na tireóide devido constante absorção e à síntese e secreção dos hormônios tireoidianos. FUNÇÕES Componente dos hormônios tireoidianos: –Tiroxina (T4) → 64% –Triiodotironina (T3) → 59% Esses hormônios regulam a taxa metabólica, termorregulação, crescimento, desenvolvimento cerebral e proliferação de neurônios, processos que regulam a função cerebral, síntese protéica, reprodução, conversão do caroteno em vit A ativa e atividade enzimática. ABSORÇÃO E METABOLISMO Íons iodetos são rapidamente absorvidos no intestino delgado (90%); Distribuídos na circulação como íons livres ou ligados a proteínas; Captados pela tireóide, acumulam-se nos folículos tireoidianos, onde ocorre a incorporação do iodo à tirosina; A excreção do iodo não utilizado é feita pelos rins (90% do iodo alimentar) Proteção contra níveis tóxicos. FONTES Frutos do mar Plantas cultivadas em solo rico no mineral (folhosos) Água Obs. Solos do interior dos continentes são pobres em iodo aumentando risco de doenças carenciais (bócio endêmico). Legislação brasileira prevê iodação do sal de cozinha (1953) em 10 mg/kg (www.anvisa.gov.br) DEFICIÊNCIA Bócio – efeito primário da deficiência de iodo. Cretinismo –problema mais grave (congênito). –caracteriza-se por baixo desenvolvimento físico e mental, surdez e mudez. OBS: Bócio no Brasil → 14,1% das crianças escolares Teste do pezinho – hipotireoidismo congênito Estados de maior prevalência Bahia, Rondônia , Maranhão e Minas Gerais. DEFICIÊNCIA E TOXIDADE Substâncias bociogênicas presentes na macaxeira (tiocianato), vegetais crucíferos (repolho, couve-flor, brócolis) e soja, podem provocar bócio por bloqueio da absorção do iodo com conseqüente interferência na produção e utilização dos hormônios tireoidianos. Deficiência de vit. A, selênio e ferro podem exacerbar os efeitos da deficiência de iodo. •Toxicidade –Boa tolerância orgânica. –Doença autoimune tireoidiana e carcinoma papilar da tireóide podem ocorrer quando do excesso de sal iodado. CROMO (Cr) Provocairritação e pode ser carcinogênico, porém é encontrado nos alimentos (cromo III) com baixa toxicidade e tem a função de potencializar a ação da insulina restabelecendo a tolerância à glicose; FUNÇÕES Potencializa a ação hipoglicemiante da insulina; Normalidade do metabolismo da gordura; (Suplementação parece influir no ganho muscular e perda de gordura associados ao exercício físico). ABSORÇÃO E METABOLISMO Baixa absorção intestinal, sendo maior parte eliminado pelas fezes; Cromo absorvido é excretado pela urina; Absorção e excreção sofrem influência da vit. C e de alguns aminoácidos (↑) e de fitatos e antiácidos (↓); Alto consumo de CHO simples pode aumentar a excreção de cromo; Atividade física aumenta a absorção; Concentra-se no fígado, baço, tecidos moles e ossos. FONTES Fermentos Carnes Gema Café Nozes Brócolis Vinho Cerveja Levedo de cerveja Grãos integrais DEFICIÊNCIA E TOXIDADE Sua deficiência grave pode provocar resistência insulínica; Pacientes em uso prolongado de nutrição parenteral sem suplementação podem desenvolver diabetes mellitus; Em altas dose é uma agente tóxico, implicando em dermatose alérgicas, úlceras, perfurações do septo nasal, asma ocupacional e bronquite, além de predispor ao câncer. SELÊNIO O selênio está envolvido na formação do hormônio tireoidiano. No organismo humano tem uma função similar à vitamina E: É um ótimo antioxidante que impede a formação de radicais livres. O selênio é um dos componentes de enzimas de proteção importantes para a desintoxicação do corpo, como a. Glutationa Peroxidase, que age como um antioxidante, defendendo as células do organismo de radicais livres que surgem todos os dias sob a influência de toxinas ambientais, tabaco e estresse. SELÊNIO Foi observado em que dietas ricas em selênio os casos de ataques cardíacos e câncer são raros. O selênio protege o corpo de compostos tóxicos de metais pesados (cádmio, chumbo, arsênico, mercúrio) e radiações nocivas, tais como luz ultravioleta ou radiação do tratamento do câncer. O selênio é usado como terapia coadjuvante do câncer, melhora a imunidade e combate infecções agudas e crônicas. ABSORÇÃO O selênio é absorvido nas seções superior do intestino delgado e excretado principalmente pela urina. - É absorvido no intestino, entrando nas células epiteliais por um processo de transporte ativo secundário acoplado ao Na e, por difusão facilitada, entrando na corrente sanguínea. DEFICIÊNCIA Principais problemas de saúde e doenças causadas pela falta de Selênio no organismo: - Mialgia (dores musculares) - Degeneração do pâncreas - Sensibilidade nos músculos do corpo; - Maior suscetibilidade ao desenvolvimento de câncer. Estudos recentes também permitem uma correlação entre níveis baixos de selênio e Hipertensão, Dislipidemia e o surgimento de Arteriosclerose. Além disso, há evidências de que uma deficiência de selênio pode afetar a fertilidade. TOXICIDADE O selênio só é tóxico em grandes concentrações. Normalmente, o organismo excreta o excesso de selênio na urina. Quando, porém, durante um longo período de tempo toma-se grandes quantidades podem ocorrer efeitos indesejados como: perda de cabelo, danos no fígado, distúrbios nervosos e insuficiência cardíaca. FONTES E RECOMENDAÇÕES A dose diária recomendada é de 50 mcg para mulheres e até 200 mcg para homens . Boas fontes de selênio são de origem animal e de proteína vegetal. Particularmente rico em selênio são: Castanhas do Pará, ostras, camarão, carnes e peixes, fígado, grãos, frutas, legumes e cogumelos. Em complemento, é recomendável a ingestão de alimentos com alto teor de vitaminas A, C e D, porque melhoram a absorção de selênio no organismo. FLUOR (F) Existe na natureza na forma de fluoreto; Tem alta afinidade pelo cálcio; No corpo, 99% do flúor está nos ossos e dentes, aumentado a resistência a cárie. FUNÇÕES Prevenção e reversão do progresso das cáries dentárias; Estimula a formação óssea; Prevenção e tratamento da osteoporose; Protege a doença periodontal; ABSORÇÃO E EXCREÇÃO 80 a 90% do flúor ingerido é rapidamente absorvido no estômago ou, em menor proporção no intestino; Rápida distribuição no corpo, principalmente ossos e dentes; Aproximadamente metade do flúor absorvido é excretado pelos rins; FONTES Água fluoretada; Bebida ou fórmulas infantis feitas ou reconstituídas com água fuoretada; Chás; Alguns peixes marinhos; Suplementos ou produtos dentários fluorados (na escovação ingere-se até 0,6 mg de flúor); Fluoretação da água – Lei 6.050 de 24 de maio de 1974 (portaria 635, 26/12/1975). Fluoretação de produtos dentifrícios – Portaria nº 22 de 20/12/1984 do Ministério da Saúde. DEFICIÊNCIA E TOXIDADE Cárie dentária e fluorose –Fluoretação da água (1mg/L), protege de cárie e reduz a prevalência de fluorose. FLUOROSE ingestão excessiva ou aplicação tópica de flúor causando desordem no esmalte do dente antes da erupção. Pode ser leve, moderada ou severa dependendo da quantidade ingerida MANGANÊS Está associado à formação de tecido conjuntivo e ósseo, crescimento e reprodução e metabolismo dos carboidratos e lipídeos. O manganês é um mineral que apesar de ser essencial ao organismo, também é tóxico quando em níveis elevados. FUNÇÕES Possui funções antioxidantes, Atua no metabolismo de carboidratos, aminoácidos e colesterol, É essencial no desenvolvimento de ossos saudáveis e na cicatrização de feridas. ABSORÇÃO O manganês é aparentemente absorvido em toda a extensão do intestino delgado, sendo mais absorvido em mulheres que em homens. O cálcio diminui sua absorção, quando presente no intestino. DEFICIÊNCIAS Deficiência de manganês: Perda de peso, dermatite, náusea, vômito. Afeta a capacidade reprodutiva, a função pancreática e o metabolismo de carboidratos. TOXICIDADE O excesso de Manganês pode causar: Acúmulo no fígado e no sistema nervoso central produzindo sintomas do tipo Parkinson. FONTES As fontes mais ricas em manganês são os grãos integrais, leguminosas, nozes, espinafre e chás. As frutas e vegetais são fontes moderadas. RECOMENDAÇÕES Idade Mg/dia Lactentes 0 – 6 meses 0,003 7 – 12 meses 0,6 Crianças 1 – 3 anos 1,2 4 – 8 anos 1,5 Homens 9 – 13 anos 1,9 ≥ 14 anos 2,25 Mulheres 9 – 18 anos 1,6 ≥ 19 anos 1,8 Gravidez 2,0 Lactação 2,6 ELEMENTOS QUE FORMAM O CORPO ATIVIDADE ESTRUTURADA Etapas do estudo: Realizar busca bibliográfica com leitura de capítulos de livros das referências da disciplina e de artigos científicos nacionais ou não que abordem o tema. Termos que poderão ser utilizados na busca: anemia microcística, anemia ferropriva, retardo do crescimento, hipogonadismo,estado imunológico,deficiência nutricional de ferro, deficiência nutricional de zinco, deficiência nutricional de iodo, bócio, deficiência nutricional de cobre, deficiência nutricional de cromo. O grupo deverá elaborar um resumo do conteúdo desenvolvido seguindo as perguntas abaixo: Quais são as enfermidades causadas pelas carências de microminerais? Como se manifestam essas enfermidades? Quais as conseqüências dessas enfermidades para os indivíduos? Como podemos evitar o desenvolvimento dessas carências? OBRIGADA!! Para próxima aula: Água – Material didático – Apostila 3. “ Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X, Y é o lazer, e Z é manter a boca fechada”. Albert Einstein
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