Buscar

TCC PEDAGOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NOME
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
SOROCABA
2018
NOME
A IMPORTANCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho apresentado ao Núcleo Educacional do Professor, como requisito parcial para a Conclusão do Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes, sob a orientação do (a) professor (a)
____________________________
SOROCABA
2018
	
DEBORA
 A importância do brincar na educação infantil.
 Orientador (a): Prof.ª Ms ____________________.
 
 Trabalho de Conclusão do Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes, NEP
1. Brincar, 2. Desenvolvimento, 3. Aprendizagem
Nome da Faculdade, São Paulo, 2018
NOME DO ALUNO
A IMPORTANCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Monografia apresentada ao Nome da Faculdade, como requisito parcial para Conclusão do Programa Especial de formação Pedagógica de Docentes, sob orientação do (as) professor (a)
Viviane Rodrigues.
APROVADA EM ___|____|____.
BANCA EXAMINADORA
PROFESSOR ORIENTADOR
PROFESSOR BANCA EXAMINADORA
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo, mostrar a importância do brincar da criança na educação infantil, enfatizando o brincar durante o processo de desenvolvimento enquanto ser humano, e a sua contribuição para o desenvolvimento no ensino e a aprendizagem na educação infantil, enfatizando, o prazer de descobrir o mundo em que esta inserida, através da brincadeira, sua formação moral e social, de acordo com o ambiente no qual se encontra. As brincadeiras são utilizadas como instrumento pedagógico de grande importância no desenvolvimento, na aprendizagem da criança. Estas atividades ajudam a construir conhecimento e ainda proporcionam momentos lúdicos e prazerosos para o desenvolvimento da criança.
PALAVRAS-CHAVE: Brincar, Desenvolvimento, Aprendizagem.
ABSTRACT
This work aims to show the importance of playing the child in early childhood education, emphasizing play during the development process as a human being, and its contribution to development in teaching and learning in early childhood education, emphasizing, the pleasure of discover the world in which it is inserted, through play, its moral and social formation, according to the environment in which it is. The games are used as a pedagogical tool of great importance in the development, in the learning of the child. These activities help build knowledge and still provide playful and enjoyable moments for the child's development.
Word Key: Playing, Development, Learning.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
O presente artigo mostra uma breve discussão sobre a importância da brincadeira na educação infantil, como desenvolvimento na aprendizagem tanto cognitiva como intelectual das crianças. O ato de brincar se destaca com fundamental importância no processo de aprendizagem da criança enquanto ser humano, pois não se trata só de um momento de diversão, mas ao mesmo tempo, acontece a formação da assimilação de conhecimentos da criança, que será levada para sua vida futura.
A timidez, muitas vezes, não é observada em sala de aula, pois o aluno tímido não causa problemas, não chama à atenção. Porém, cuidados devem ser tomados para que a timidez excessiva não prejudique a criança no futuro, pois envolve baixa-estima, dificuldades de se relacionar, medo, privações, o que acaba dificultando o seu desenvolvimento emocional saudável, limitando o seu convívio social, inclusive na escola. 
"Quando a criança constrói seu conhecimento a partir de suas brincadeiras e leva a realidade para o seu mundo da fantasia, ela transforma suas incertezas em algo que proporciona segurança e prazer, pois vai construindo seu conhecimento sem limitações." (ROSA, 2002, p. 26)
EDUCAÇÃO INFANTIL
A Educação Infantil é a primeira etapa da e educação básica n o Brasil. É a fase em que as crianças estão em creches e pré-escolas na busca d e uma ação integrada, incorporando as atividades educativas, os cuidados que elas necessitam e suas brincadeiras.
Segundo a LDB número 9.394/ 96 (p. 302; art. 208, inciso IV) “O deve do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de (...) atendimento em creche e pré-escola às criança s de zero a seis anos de idade.
 Tanto creche destinada ao atendimento à criança de zero a três anos, 
quanto pré-escola, destinada ao atendimento à criança de quatro a seis anos, são consideradas instituições de Edu cação Infantil, diferindo apenas na classificação da faixa etária. 
A importância dos professores conhecerem as fases do desenvolvimento infantil para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem dos alunos.
É de suma importância a interação entre o aluno e seu professor, para que se possa desenvolver um trabalho e obter sucesso. A relação entre eles deve ser de amizade, respeito mutuo que deve ocorrer em um ambiente agradável. Não esquecendo que o respeito que a criança tem pelo aluno é diferenciado, dando margem para dois tipos de sentimentos distintos que pode ser tanto de afeto ou medo. Quando a criança sente afeto por outra pessoa o desenvolvimento e aprendizado torna-se mais eficaz, já o sentimento de medo trava e impossibilita e pode até causar traumas na criança.
Dessa forma o papel do professor se torna cada vez mais importante, a escola hoje mais do que em qualquer outro tempo, é um espaço onde se constroem relações humanas.
1- Como as crianças se desenvolvem?
 As crianças se desenvolvem através de estímulos, que podem ocorrer já nos primeiros meses de vida, quando já consegue identificar sons e cores.
2- Segundo Piaget, a criança passa por quatro períodos no processo de desenvolvimento cognitivo, quais são eles?
 1º período: Sensório-motor              (0 a 2 anos)
 2º período: Pré-operatório                (2 a 7 anos)
 3º período: Operações concretas     (7 a 11 ou 12 anos)
 4º período: Operações formais         (11 ou 12 anos em diante)
3- Quais as características de cada fase de desenvolvimento?
Período Sensório-motor (0 a 2 anos): segundo La Taille (2003), Piaget usa a expressão "a passagem do caos ao cosmo" para traduzir o que o estudo sobre a construção do real descreve e explica. De acordo com a tese piagetiana, "a criança nasce em um universo para ela caótico, habitado por objetos evanescentes (que desapareceriam uma vez fora do campo da percepção), com tempo e espaço subjetivamente sentidos, e causalidade reduzida ao poder das ações, em uma forma de onipotência" (id ibid). No recém nascido, portanto, as funções mentais limitam-se ao exercício dos aparelhos reflexos inatos. Assim sendo, o universo que circunda a criança é conquistado mediante a percepção e os movimentos (como a sucção, o movimento dos olhos, por exemplo).
 Período pré-operatório (2 a 7 anos): para Piaget, o que marca a passagem do período sensório-motor para o pré-operatório é o aparecimento da função simbólica ou semiótica, ou seja, é a emergência da linguagem. Nessa concepção, a inteligência é anterior à emergência da linguagem e por isso mesmo "não se pode atribuir à linguagem a origem da lógica, que constitui o núcleo do pensamento racional" (Coll e Gillièron, op.cit.). Na linha piagetiana, desse modo, a linguagem é considerada como uma condição necessária mas não suficiente ao desenvolvimento, pois existe um trabalho de reorganização da ação cognitiva que não é dado pela linguagem, conforme alerta La Taille (1992). Em uma palavra, isso implica entender que o desenvolvimento da linguagem depende do desenvolvimento da inteligência.
 Período das operações concretas (7 a 11, 12 anos): neste período o egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes  (próprios e de outrem ) e de integrá-los de modo lógico e coerente (Rappaport,op.cit.). Um outro aspecto importante neste estágio refere-se ao aparecimento da capacidade da criança de interiorizar as ações, ou seja, ela começa a realizar operações mentalmente e não mais apenas através de ações físicas típicas da inteligência sensório-motor (se lhe perguntarem, por exemplo, qual é a vareta maior, entre várias, ela será capaz de responder acertadamente comparando-as mediante a ação mental, ou seja, sem precisar medi-las usando a ação física).
Período das operações formais (12 anos em diante): nesta fase a criança, ampliando as capacidades conquistadas na fase anterior, já consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de formar esquemas conceituais abstratos e através deles executar operações mentais dentro de princípios da lógica formal. Com isso, conforme aponta Rappaport (op.cit.:74) a criança adquire "capacidade de criticar os sistemas sociais e propor novos códigos de conduta: discute valores morais de seus pais e constrói os seus próprios (adquirindo, portanto, autonomia)".
A INFÂNCIA E O BRINCAR
A infância é um período muito importante na vida, nela acontecem as principais mudanças, mudanças que definem o individuo pelo resto de sua vida , mesmo com toda a limitação colocada neste conceito, é na infância que ocorre as principais mudanças e aprendizados, através da multiplicidade de áreas de conhecimento.
Segundo Rousseau, em sua obra Emilio ou da Educação (1999), é importante que a educação se dê forma natural, onde a criança era vista de modo diferente e a educação seria resultado de vontades próprias e não repetidas por imposições de regras exteriores e artificiais.
Nesta obra Rosseau, enfatiza que a educação natural era muito maior que a educação intelectualista da época. Rosseau via a criança de maneira totalizada, onde apenas não era levado em consideração seu lado intelectual, mas também suas disposições primitivas, como as emoções, os instintos e sentimentos, primitivos de qualquer ser humano, que existe antes do pensamento construído e merece confiança, elas ainda não foram “corrompidas” pelo que é imposto pela sociedade, ou seja, ainda preserva a sua inocência e acredita na bondade de todos.
Rosseau traça um caminho que leva a criança, a ser respeitada a ordem natural, a resguardar a bondade, a liberdade, a felicidade de comprometidas pela ordem social. Indica ao mesmo tempo um entendimento da natureza social para o homem ( social e maléfica) e a um entendimento da natureza social da criança ( boa, pura, que deveria ser conservada). Coloca a criança frente a ela mesma, voltada para si, uma espécie de ordem individualista (JARDIM,2003 : 18)
O brincar ate então era visto como algo sem significado, onde servia apenas para entreter as crianças e fazer com seu tempo fosse totalmente usado. O brincar vai muito além de divertir uma criança, essa pode ter aprendizado mais significativo e vantajoso do que algo imposto.
O QUE É BRINCAR
Há muito tempo que brincar é uma atividade das crianças e dos adultos. Na Antiguidade, as crianças participavam de todas as festas, lazer e jogos dos adultos, mais em ambientes diferentes. A brincadeira era considerada um elemento da cultura, do riso do folclore, era um fenômeno social, onde todos participavam e somente mais tarde ela perdeu os vínculos comunitários, tornando-se individual.
Hoje com a evolução das civilizações, das grandes cidades, da mudança de hábitos, o brincar sofreu varias mudanças. Teve uma redução de espaço físico, não há segurança para as crianças brincarem, a vida moderna diminuiu o tempo para as atividades lúdicas e as tecnologias “roubam “ de certa forma, a brincadeira com brinquedos entre si.
A BRINCADEIRA SEGUNDO VYGOTSKY
Vygotsky teve uma preocupação em produzir uma psicologia que tivesse relevância para a educação, iniciando suas pesquisas principalmente com deficientes mentais e físicos, surgindo assim a idéias de "Psicologia Educacional"
Para Vygotsky, o campo psicológico onde a relação do homem com o mundo é mediado, chamado também de zona proximal de desenvolvimento, é o espaço abstrato de desenvolvimento relacionada ao que se vê, o que é real. E os signos são formas posteriores de mediação. Assim, Vygotsky, apresentou grandes contribuições com sua pesquisa para a atividade escolar, ao relacionar desenvolvimento e aprendizagem.
De acordo com Gisela Wajskop, estudiosa das ideias de Vygotsky,
A criança desenvolve-se pela experiência social, nas interações que estabelece, desde cedo, com a experiência sócia histórica dos adultos e do mundo por eles criado. Dessa forma, a brincadeira é uma atividade humana na qual as crianças são introduzidas constituindo-se em um modo de assimilar e recriar a experiência sociocultural dos adultos. (WAJSKOP, 1995, p. 25)
Para Vygotsky, o brinquedo tem um grande papel no desenvolvimento da identidade e da autonomia. A criança, desde muito cedo, pode se comunicar por meio de gestos, sons e de representar determinado papel na brincadeira, desenvolvendo sua imaginação. A imaginação é um processo psicológico, que, para a criança, representa uma forma de atividade consciente.
Nas brincadeiras, as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes tais como, atenção, imitação, memória, imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis.
Se o brinquedo fosse estruturado de tal maneira que não houvesse situações imaginárias, restariam apenas regras. Sempre que há uma situação imaginária no brinquedo, há regras. No faz-de-conta, as crianças aprendem a agir em função da imagem de uma pessoa, de uma personagem, de um objeto e de situações que não estão imediatamente presentes e perceptíveis para elas.
No momento em que evocam emoções, sentimentos e significados vivenciados em outras circunstâncias, brincar funciona como um cenário no qual as crianças tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la.
Vygotsky não agiu em suas pesquisas como mero observador, mas interagiu com as crianças para reconhecer e verificar as suas potencialidades. Devido a este aspecto de sua concepção, ainda mais nos identificamos com a relação de suas ideias.
Para Vygotsky existem dois elementos importantes nas brincadeiras infantis: a situação imaginária e as regras. Brincar é, assim, um espaço no qual se pode observar a coordenação das experiências prévias da criança e aquilo que os objetos manipulados sugerem ou provocam no momento presente. Pela repetição daquilo que já conhecem, utilizam a ativação da memória, atualizam seus conhecimentos prévios ampliando-os e transformando- os por meio da criação de uma situação imaginária. Brincar constitui-se, dessa forma, em uma atividade interna das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade.
No brinquedo, o pensamento está separado dos objetos e a ação surge das ideias e não das coisas. A ação regida por regras começa a ser determinada pelas ideias e não pelos objetos. Isso representa uma tamanha inversão da relação da criança com a situação concreta, real e imediata, que é difícil subestimar seu pleno significado. A criança não realiza esta transformação de uma só vez porque é extremamente difícil para ela separar o pensamento dos objetos.
A criação de uma situação imaginária é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais. A capacidade imaginária da criança se "desenvolve à medida que se torna capaz de operar no campo do significado. O imaginário não é condição prévia para a criança brincar, é conseqüência das ações lúdicas" (SMOLKA, apud REGO, 1995, p. 71). Assim, imaginar representa a ampliação da capacidade de comunicar-se, de significar o mundo.
Outro aspecto na teoria de Vygotsky que é importante mencionar refere-se à relação que estabelece entre o desenvolvimento das brincadeiras simbólicas e aquisição da linguagem escrita. Segundo ele, este se constitui em um sistema simbólico que representa a realidade. Deste modo,considera as brincadeiras das crianças como estágio preparatório para o desenvolvimento da língua escrita.
DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA
São várias as concepções sobre o brincar entre psicólogos e filósofos. Para uns, é a energia acumulada do indivíduo que precisa ser descarregada; para outros, significa uma forma de relaxamento, após um trabalho cansativo, tendo a finalidade de repor energias gastas; o brincar pode também representar uma preparação para a vida futura; ou ainda, uma atividade relacionada à representação do passado.
Esses pensamentos, no entanto não estão relacionados à brincadeira como prática pedagógica. A brincadeira a que vamos nos referir neste trabalho está fundamentada em uma teoria construtivista da aquisição do conhecimento.
Dentro da teoria construtivista, que representa a psicologia cognitiva, podemos citar Piaget, que via no brincar uma atividade importante da criança, visto que, ao manipular o mundo externo em suas representações simbólicas, ela faz o reconhecimento de seu meio social que será continuamente encaixado aos esquemas já construídos.
Seguindo ainda esta teoria, Vygotsky, entende a brincadeira como uma ação imaginária representada pela criança, através do contato com sua realidade social. Desta forma, o faz-de-conta é uma brincadeira que possui um "papel central na aquisição da linguagem e das habilidades de solução de problemas por parte das crianças". (SPODEK; SARACHO, apud WAJSKOP, 1995, p. 64)
A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é o "não brincar". Se a brincadeira é uma opção que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver conseqüência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se. Nesse sentido, para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma atribuir-lhes novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade. Toda a brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das ideias, de uma realidade anteriormente vivenciada.
Isso significa que uma criança que, por exemplo, bate ritmicamente com os pés no chão e imagina-se cavalgando um cavalo, está orientando sua ação pelo significado da situação e por uma atitude mental e não somente pela percepção imediata dos objetos e situações.
A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é o "não brincar". Se a brincadeira é uma opção que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver conseqüência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se. Nesse sentido, para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma atribuir-lhes novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade. Toda a brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das ideias, de uma realidade anteriormente vivenciada.
Isso significa que uma criança que, por exemplo, bate ritmicamente com os pés no chão e imagina-se cavalgando um cavalo, está orientando sua ação pelo significado da situação e por uma atitude mental e não somente pela percepção imediata dos objetos e situações.
No ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços valem e significam outra coisa daquilo que apresentam ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam ao acontecimento que lhes derem origem, sabendo que estão brincando.
O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não liberal transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.
A brincadeira favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar, progressivamente, suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados modelos de adulto no âmbito de grupos sociais diversos. Essas significações atribuídas ao brincar transformam-no em um espaço singular de constituição infantil.
Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brincam. Por exemplo, para assumir um determinado papel numa brincadeira, a criança deve conhecer alguma de suas características. Seus conhecimentos provêm da imitação de alguém ou algo conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes, do relato de um colega ou de um adulto, de cenas assistidas na televisão, no cinema ou narradas em livros, etc. A fonte de seus conhecimentos é múltipla, mas estes encontram-se, ainda, fragmentados.
É no ato de brincar que a criança estabelece os diferentes vínculos entre as características do papel assumido, suas competências e as relações que possuem com outros papéis, tomando consciência disso e generalizando para outras situações.
Para brincar é preciso que as crianças tenham certa independência para escolher seus companheiros e os papéis que irão assumir no interior de um determinado tema e enredo, cujos desenvolvimentos dependem unicamente da vontade de quem brinca.
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as crianças podem acionar seus pensamentos para resolução de problemas que lhe são importantes e significativos. Propiciando a brincadeira, portanto, cria-se um espaço no qual as crianças podem experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos.
O brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências que são diferenciadas pelo uso do material ou dos recursos predominantemente implicados. Essas categorias incluem: o movimento e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física das crianças; a relação com objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação e associação entre eles; a linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem à forma como universo social se constrói; e, finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso fundamental pra brincar. Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em três modalidades básicas, quais sejam brincar de faz-de-conta ou com papéis, considera como atividade fundamental da qual se originam todas as outras; brincar com materiais de construção e brincar de regras.
As brincadeiras de faz-de-conta, os jogos de construção e aqueles que possuem regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro), jogos tradicionais didáticos, corporais, etc., propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis por meio da atividade lúdica.
É o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças. Conseqüentemente, é ele que organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo pra brincar. Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem.
A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças, oferecendo-lhes material adequado, assim como um espaço estruturado pra brincar permite o enriquecimento das competênciasimaginativas, criativas e organizacionais infantis. Cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os temas, objetos e companheiros com quem brincar ou jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais.
É preciso que o professor tenha consciência que na brincadeira as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa. Nessa perspectiva não se deve confundir situações nas quais se objetiva determinadas aprendizagens relativas a conceitos, procedimentos ou atitudes explicitas com aquelas nas quais os conhecimentos são experimentados de uma maneira espontânea e destituída de objetivos imediatos pelas crianças. Pode-se, entretanto, utilizar os jogos especialmente aqueles que possuem regras, como atividades didáticas. É preciso, porém, que o professor tenha consciência que as crianças não estão brincando livremente nestas situações, pois há objetivos didáticos em questão.
Houve um tempo em que era extremamente nítida a separação entre brincar e o aprender. Os momentos de uma atividade e os momentos de outra eram separados por rígido abismo e não se concebia que fosse possível aprender quando se brincava. (ANTUNES, apud MACEDO, 2004, p.11)
Essa ideia foi lentamente sendo substituída por outra que preconizava que existiam "brincadeiras apenas lúdicas" e que sua finalidade seria animar, alegrar e distrair, mas que existiam também algumas brincadeiras que poderia ensinar um ou outro conceito, desenvolver esta ou aquela habilidade.
O conceito de que o brincar está distante do saber foi literalmente superado por tudo quanto hoje se conhece sobre a mente infantil e não mais se duvida que é no ato de brincar que toda criança se apropria da realidade imediata, atribuindo-lhe significado.
Brincando a criança desenvolve a imaginação, fundamenta afetos, explora habilidades e, na medida em que assume múltiplos papéis, fecunda competências cognitivas e interativas. Como se isso tudo já não fizesse "do ato de brincar" o momento maior da vida infantil e de sua adequação aos seus desafios, é brincando que a criança elabora conflitos e ansiedades, demonstrando ativamente sofrimentos e angústias que não sabe como explicitar. A brincadeira bem conduzida estimula a memória, exalta sensações emocionais, desenvolve a linguagem interior e, às vezes, a exterior, exercita níveis diferenciados de atenção e explora com extrema criatividade diferentes estados de motivação.
A aprendizagem e a construção de significados pelo cérebro se manifestam quando este transforma sensações em percepções e estas em conhecimentos, mas esse trânsito somente se completa de forma eficaz quando aciona os elementos essenciais do bom brincar que são, justamente, memória, emoção, linguagem, atenção, criatividade, motivação e, sobretudo, a ação.
Brincando, as crianças constroem seus próprios mundos e dos mesmos fazem o vínculo essencial para compreender o mundo do adulto, ressignificam e reelaboram acontecimentos que estruturam seus esquemas de vivências, sua diversidade de pensamentos e a gama diversificada de sentimentos. (ANTUNES, apud MACEDO, 2004, p.12)
Para utilizar as brincadeiras no dia-a-dia, é preciso que o educador seja criativo. Não é necessária a utilização de brinquedos caros que, muitas vezes, não tem muita utilidade pedagógica. Com poucos recursos e muita força de vontade e comprometimento é possível obter bons resultados, afinal, o que mais importa é a maneira como os materiais são utilizados, contribuindo para o processo ensino/aprendizagem.
Brincar favorece a autoestima, a interação com seus pares e, sobretudo, a linguagem interrogativa, propiciando situações de aprendizagens que desafiam seus saberes estabelecidos e destes fazem elementos para novos esquemas de cognição. "Através do jogo simbólico a criança aprende a agir e desenvolve a autonomia que possibilita descobertas e anima a exploração, a experiência e a criatividade". (ANTUNES, Apud MACEDO, 2004, p. 13)
Vygotsky considera o brinquedo como uma importante fonte de promoção de desenvolvimento. "O termo „brinquedo‟ empregado por Vygotsky num sentido amplo, se
refere principalmente à atividade, ao ato de brincar" (REGO, 1995, p. 80). De acordo com Vygotsky, através do brinquedo, a criança aprende a atuar numa esfera cognitiva que depende de motivações internas. Nessa fase, ocorre uma diferenciação entre os campos de significado e da visão.
O pensamento que era determinado pelos objetos do exterior passa a ser regido pelas ideias. A criança poderá utilizar materiais que servirão para representar uma realidade ausente, por exemplo, uma vareta de madeira como uma espada, um boneco como filho no jogo de casinha, papéis cortados como dinheiro para ser usado na brincadeira de lojinha, etc. Nesses casos, ela será capaz de imaginar e abstrair as características dos objetos reais (o boneco, a vareta e os pedaços de papel) e se deter no significado definido pela brincadeira. (REGO, 1995, p. 81)
A importância das brincadeiras é que humanizam as crianças e possibilitam-lhes ao seu modo, e ao seu tempo, compreender e realizar, com sentido, sua natureza humana, bem como o fato de pertencerem a uma família e a uma sociedade em determinado tempo histórico e cultural. A criança que brinca tem o domínio da linguagem simbólica. A brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade anteriormente vivenciada.
As ideias a seguir foram desenvolvidas de acordo com a concepção de Brougere sobre a brincadeira em seu aspecto pedagógico.
A brincadeira é o lugar da socialização, da administração da relação com o outro, da apropriação da cultura, do exercício da decisão e da invenção. Mas tudo isso se faz segundo o ritmo da criança e possui um aspecto aleatório e incerto. Aquele que brinca pode sempre evitar aquilo que não gosta. Se a liberdade caracteriza as aprendizagens efetuadas na brincadeira, ela produz também a incerteza quanto aos resultados. De onde a impossibilidade de assentar de forma precisa as aprendizagens na brincadeira. Este é o paradoxo da brincadeira, espaço de aprendizagem fabuloso e incerto. (BROUGERE, apud WAJSKOP, 1995, p. 31)
A BRINCADEIRA SEGUNDO JEAN PIAGET
A lógica na educação infantil Piaget (1998) acredita que os jogos são essenciais na vida da criança. De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos.
Em torno dos 2-3 e 5-6 anos (fase Pré-operatória) nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfazem a necessidade da criança de não somente relembrar o mentalmente o acontecido, mas também de executar a representação.
Em período posterior surgem os jogos de regras, que são transmitidos socialmente de criança para criança e por conseqüência vão aumentando de importância de acordo com o progresso de seu desenvolvimento social. Para Piaget, o jogo constituiu-se em expressão e condição para o desenvolvimento infantil, já que as crianças quando jogam assimilam e podem transformar a realidade.
Vamos analisar uma entrevista feita por Piaget com crianças sobre o jogo “Bola de gude”.
O experimentador fala mais ou menos isso. “Aqui estão algumas bolas de gude”... você deve me mostrar como jogar. Quando eu era pequeno eu costumava jogar bastante, mas agora eu me esqueci como se joga. Eu gostaria de jogar novamente. Vamos jogar juntos. “Você me ensinará as regras e eu jogarei com você...”. Você deve evitar fazer qualquer tipo de sugestão. Tudo o que precisa é parecer completamente ignorante (sobre o jogo de bola de gude) e até mesmo cometer alguns erros propositais de modo que a criança, a cada erro, possa dizer claramente qual é a regra. Naturalmente, você deve levar a coisa a sério, e se as coisas não ficarem muito claras você começará uma nova partida.(Piaget, 1965, p. 24).
Com os jogos de regras podemos analisar por traz das respostas, informações sobre seus conhecimentos e conceitos. Esses níveis de conhecimento podem ser classificados como: Motor, Egocêntrico, Cooperação e Codificação de Regras, e são paralelos ao desenvolvimento cognitivo da criança.
Motor: Nível apresentado nos primeiros anos de vida e que normalmente se estende até o estágio pré-operacional. No estágio de compreensão de regras, a criança não apresenta nenhuma compreensão de regras. O prazer da criança parece advir grandemente do controle motor e muscular, e não há atividade social nesse nível.
Egocêntrico: Em geral, essa fase se dá dos 2 aos 5 anos, a criança adquire a consciência da existência de regras e começa a querer jogar com outras crianças – vemos nesse ponto os primeiros traços de socialização. Mas notamos também que algumas crianças insistem em jogar sozinhas, sem tentar vencer, assim revelando uma atividade cognitiva egocêntrica. As regras são percebidas como fixas e o respeito por elas são unilaterais.
Cooperação: Normalmente a cooperação acontece em torno dos 7 a 8 anos. Há uma compreensão quase que plena nas regras do jogo e o objetivo passam a ser a vitória.
Codificação das Regras: Por volta dos 11 a 12 anos, a maioria das crianças passa a entender que as regras são ou podem ser feitas pelo grupo, podem ser modificadas, mas nunca ignoradas. A presença de regras se torna um fator importantíssimo para a existência do jogo.
Segundo Piaget (1976): “... os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar energias das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual”.
O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório- motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem a todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais e que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil. (Piaget 1976, p.160).
A importância do brincar
Brincar é uma importante forma e meio e comunicação, é por meio desse ato que a criança começa a se familiarizar com as coisas cotidianas. Ao brincar a criança pode estimular a socialização, linguagem, coordenação motora fina e grossa, percepção, criatividade, aprendizagem dos papeis sociais, desenvolve autonomia, memória e organiza sentimentos e emoções.
1- Porque a brincadeira é importante?
A brincadeira de fato é a forma como a criança interage e constrói conhecimento sobre si e o mundo. Espaços que proporcionam o brincar podem e devem estar abertos à inclusão. O ato de brincar entre crianças é um momento em que todos podem ser englobados.
2- A criança já sabe brincar naturalmente ou ela aprende a brincar? 
A criança desde o seu nascimento ela é estimulada pelos pais, mas o aprender a brincar só acontece quando ela consegue definir e identificar os sons, cores e coisas.
3- O que a criança aprende através da brincadeira?
Na brincadeira a criança vai desenvolver sua imaginação, vai se por no lugar do outro, inventa suas próprias historias. É através da brincadeira que a criança vai aprendendo a ter convivência com o outro.
Segundo Kishimoto (1999), o desenvolvimento da criança deve ser entendido como um processo global, pois quando corre, pula, ela desenvolve sua motricidade e, paralelamente, é um desenvolvimento social, pois brinca com parceiros, obedece as regras, recebe informações e estabelece relações cognitivas, tornando-se assim, um ser humano inteiro.
A diferença entre os conceitos “Brincar” e “Brincadeira”.
Brincar está ligado à palavra divertir-se, fazendo algo que lhe faz bem. A palavra brincar está associado ao mundo infantil. A liberdade para brincar serve entre diversas atividades a serem desenvolvidas pelo ser humano. Ajuda na formação da capacidade de autonomia, na formação da identidade, na memoria e a evolução da imaginação.
De acordo com a autora KISHIMOTO (1994) o brinquedo é representado como um "objeto suporte da brincadeira", ou seja, brinquedo aqui estará concebido por objetos como piões, bonecas, carrinhos etc. Os brinquedos podem ser considerados: estruturados e não estruturados. São designados de brinquedos estruturados aqueles que já são adquiridos prontos.
A brincadeira é uma atividade que pode ser desenvolvida em grupo ou individualmente. Por ter determinadas regras, a brincadeira não limita a ação lúdica da criança, de forma que ela pode modifica-la, ou seja, ela tema liberdade para fazer as mudanças que quiser.
 FRIEDMANN esclarece a questão do brincar, do jogar e do lúdico mostrando que:
...brincadeira refere-se à ação de brincar, ao comportamento
espontâneo que resulta de uma atividade não estruturada: jogo é
compreendido como uma brincadeira que envolve regras: brinquedo
é utilizado para designar o sentido de objeto de brincar: atividade
lúdica abrange, de forma mais ampla, os conceitos anteriores
(1996p.12).
A BRINCADEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Atualmente, é crescente o reconhecimento de que a brincadeira constitui-se num elemento chave para o próprio desenvolvimento humano. O brincar tem sido estudado e discutido continuamente por diferentes autores. Celso Antunes explica a relação entre o brincar e o aprender:
Toda a criança, distanciada da criação desse „mundo‟, afasta-se da significação do „outro mundo‟ que, como adulto, buscará decifrar e estabelecer linhas de convivência. É com triste freqüência que se descobre que muitos desses desajustes adultos ancoram-se na ausência ou distância do devaneio tão marcante no „faz-de-conta‟ com o qual se arquitetou o mundo infantil. Não é, pois, sem razão que a brincadeira representa sólido eixo da proposta educativa de uma escola de educação infantil. (ANTUNES, apud MACEDO, 2004, p. 12)
Desde os primórdios da Educação Greco-romana, com base nas idéias de Platão e Aristóteles, utilizava-se o brinquedo na educação. Associando a idéia de estudo ao prazer, Platão sugeria ser o próprio estudo uma forma de brincar.
Como atividade controlada pelo professor, a brincadeira aparecia como um elemento de sedução oferecido à criança. Nesse tipo de atividade, as crianças não possuem a iniciativa de definirem nem o tema, nem os papéis, nem o conteúdo e nem mesmo o desenvolvimento da brincadeira. O controle pertencendo ao adulto garante apenas que o conteúdo didático seja transmitido. Utiliza-se o interesse da criança pela brincadeira para despistá-la em prol de um objetivo escolar.
Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas mais voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta.
A escola, enquanto instituição que tem uma função social a desempenhar na organização da sociedade, participando do processo de constituição dos homens, situa-se como um ambiente de relações sociais, representando um espaço possível e privilegiado onde a brincadeira seja concretizada.
No entanto, este espaço possível tem sido garantido por nossas instituições escolares? A brincadeira, enquanto fator que contribui para a formação do sujeito tem sido estudada e pesquisada como tal pelos profissionais da área?
Alguns estudos mais recentes referentes à brincadeira na pré-escola indicam que há um consenso sobre a importância da brincadeira na formação social do indivíduo. De acordo com Rabioglio (1995, p. 138) "atualmente o papel fundamental do brincar na infância parece não deixar dúvidas. A criança brinca para interpretar e assimilar o mundo, os objetos, a cultura, as relações e os afetos entre as pessoas".
Macedo, ao discutir a importância da brincadeira na escola, coloca que esta pode ser considerada uma experiência fundamental ao indivíduo, pois possibilitamaior intimidade com o conhecimento, construção de respostas por meio de um trabalho lúdico, simbólico e operatório integrados. "a brincadeira tem um sentido espiritual, filosófico, cognitivo, cultural, simbólico e operatório". (MACEDO, 1995, p. 17)
No entanto, as pesquisas quando analisam o papel da brincadeira na escola, na prática cotidiana, revelam que esta toma outro rumo: quando se concretiza na prática é comum ser transformada apenas em atividades didáticas diretivas e destituídas de significado. O papel do professor também não está basicamente associado à idéia de prontidão, disfarce (aprender brincando) e passatempo.
Wajskop (1990), preocupada em pesquisar as condições concretas na escola que favorecem o desenvolvimento das brincadeiras pelas crianças, relata que a escola prioriza a preparação da criança para o ensino fundamental, utilizando-se das brincadeiras apenas como recurso didático de sedução. A autora propõe períodos longos entre as atividades dirigidas, para que a criança tenha espaço para brincar livremente, sugere também a organização do ambiente, incorporação da brincadeira no currículo, integração do professor nas brincadeiras – às vezes como observador, outras como participante ativo.
Da mesma forma, Rabioglio (1995) defende a brincadeira como um recurso à serviço do processo ensino-aprendizagem; dessa forma, "[...] não basta brincar, é preciso haver um projeto pedagógico que considere a introdução da brincadeira na classe, até sua realização,
,análise e avaliação." (RABIOGLIO, 1995, p. 75)
Ao recorrer a esse recurso, o professor está criando na sala de aula uma atmosfera de motivação que permite aos alunos participar ativamente do processo ensino-aprendizagem, assimilando experiências e informações e, sobretudo, incorporando atitudes e valores. A
capacidade lúdica, como qualquer outra, desenvolve as estruturas psicológicas globais, isto é, não só cognitivas, mas também afetivas e emocionais.
O aspecto de envolvimento emocional que torna a brincadeira uma atividade com forte teor emocional, capaz de gerar um estado de viração e euforia, mobiliza os esquemas mentais de forma a acionar e ativar as funções psiconeurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento. Integra as dimensões afetiva, motora e cognitiva da personalidade.
Como atividade física e mental, que mobiliza as funções e operações, a brincadeira aciona as esferas motora e cognitiva e, à medida que gera envolvimento emocional, apela para a esfera afetiva. O ser que brinca é também o ser que age, sente, aprende, se desenvolve. Portanto, a brincadeira é um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais.
As brincadeiras proporcionam flexibilidade, organização e objetivos. Existem determinados objetivos que se podem atingir mediante o recurso à brincadeiras específicas, desde que se controlem as suas orientações.
As brincadeiras podem ser praticadas de maneira construtiva e não como uma série de preenchimento de lacunas em lições, ou como atividades sem sentido. As brincadeiras podem resolver problemas, ajudar a remover as barreiras entre os indivíduos, criam interesses e despertam entusiasmo. Postos em prática com uma finalidade e com eficiência, podem tornar- se a moldura na qual se desenvolvem todas as outras atividades.
O brincar colabora com a promoção da comunicação afetiva, alarga determinadas áreas de reações e, como reforço, dá às crianças maior segurança, desenvolve suas idéias e a sua própria expressão. O prazer gerado a partir das brincadeiras resulta, mais do que qualquer outro recurso, no desenvolvimento da identidade de grupo. Enfim, criança precisa de brincar para aprender com eficiência.
Em recentes pesquisas sobre as relações entre brincadeira e educação, constata-se que a aprendizagem é o mais freqüente motivo pelo qual o brincar é considerado importante para a educação infantil, onde muitos educadores ainda são resistentes a assimilá-los à aprendizagem, ainda que reconheçam sua importância para o desenvolvimento da criança.
Uma hipótese para entender tal posição é que durante muito tempo, a definição de sua identidade profissional baseou-se na oposição entre brincar e 
capacidade lúdica, como qualquer outra, desenvolve as estruturas psicológicas globais, isto é, não só cognitivas, mas também afetivas e emocionais.
O aspecto de envolvimento emocional que torna a brincadeira uma atividade com forte teor emocional, capaz de gerar um estado de viração e euforia, mobiliza os esquemas mentais de forma a acionar e ativar as funções psiconeurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento. Integra as dimensões afetiva, motora e cognitiva da personalidade.
Como atividade física e mental, que mobiliza as funções e operações, a brincadeira aciona as esferas motora e cognitiva e, à medida que gera envolvimento emocional, apela para a esfera afetiva. O ser que brinca é também o ser que age, sente, aprende, se desenvolve. Portanto, a brincadeira é um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais.
As brincadeiras proporcionam flexibilidade, organização e objetivos. Existem determinados objetivos que se podem atingir mediante o recurso à brincadeiras específicas, desde que se controlem as suas orientações.
As brincadeiras podem ser praticadas de maneira construtiva e não como uma série de preenchimento de lacunas em lições, ou como atividades sem sentido. As brincadeiras podem resolver problemas, ajudar a remover as barreiras entre os indivíduos, criam interesses e despertam entusiasmo. Postos em prática com uma finalidade e com eficiência, podem tornar- se a moldura na qual se desenvolvem todas as outras atividades.
O brincar colabora com a promoção da comunicação afetiva, alarga determinadas áreas de reações e, como reforço, dá às crianças maior segurança, desenvolve suas idéias e a sua própria expressão. O prazer gerado a partir das brincadeiras resulta, mais do que qualquer outro recurso, no desenvolvimento da identidade de grupo. Enfim, criança precisa de brincar para aprender com eficiência.
Em recentes pesquisas sobre as relações entre brincadeira e educação, constata-se que a aprendizagem é o mais freqüente motivo pelo qual o brincar é considerado importante para a educação infantil, onde muitos educadores ainda são resistentes a assimilá-los à aprendizagem, ainda que reconheçam sua importância para o desenvolvimento da criança.
Uma hipótese para entender tal posição é que durante muito tempo, a definição de sua identidade profissional baseou-se na oposição entre brincar e estudar – a escolinha e a creche são lugares pra brincar, a escola é para estudar. No entanto, quando os educadores admitem que brincar é aprender, não é no sentido amplo, e sim como resultado do ensino dirigido, em
que tudo acontece, menos o brincar, tentando instrumentalizar aquilo que é indomável, espontâneo e imponderável.
A brincadeira precisa ocupar seu lugar para que não fique tão largada dispensando o educador, dando margem a práticas educativas espontaneístas que sacralizam o ato de brincar, nem tão dirigida que deixe de ser brincadeira (RAMOS, apud FORTUNA, 2004). O educador deve desempenhar o seu papel em relação ao brincar na Educação Infantil e é imprescindível que saiba como fazer isso.
Brincar é uma atividade paradoxal: livre, imprevisível e espontânea, porém, ao mesmo tempo, regulamentada; meio de superação da infância, assim como modo de constituição da infância; maneira de apropriação do mundo de forma ativa e direta, mas também através da representação, ou seja, da fantasia e da linguagem (Wajskop, 1995, p. 47)
O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança opera com um significado alienado numa situação real. O segundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço. Ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está munido de prazer.
Para quem brinca, contudo, a pergunta "brincar pra quê" é vã, pois se brinca por brincar, porque brincar é uma forma de viver. Mesmo sem intenção de aprender, quem brinca aprende,até porque se aprende a brincar.
A associação do brincar à aprendizagem traz consigo o problema do direcionamento da brincadeira em termos de intencionalidade e produtividade. Brougere sugere a noção de educação informal para pensar a relação entre brincadeira e educação sobre novas bases, embora admita que a oposição formal versus informal seja muito simplista. O autor explica a formalização como processo em que a intenção educativa pode tornar-se mais consciente ou mais explícita em certas situações até constituir o objetivo principal de uma interação.
É desse modo que Brougere chega à afirmação de que a brincadeira não é naturalmente educativa, mas torna-se educativa pelo processo de formalização
educativa. Todavia, adverte: “o brincar pode possibilitar o encontro de aprendizagens”. “É uma situação comportando forte potencial simbólico que pode ser fator de aprendizagem, mas de maneira inteiramente aleatória, dificilmente previsível” (BROUGERE, apud WAJSKOP, 1995, p. 48)
A dificuldade que os educadores infantis encontram em incluírem a brincadeira na escola infantil sem incorrer na didatização ou no abandono do brincar adquire uma configuração original em razão a pendularão histórica entre o ensino dirigido na escola infantil e sua evitação através da defesa da exclusividade do brincar (BROUGERE, apud WAJSKOP, 1995, p. 50).
A ação do educador sobre o brincar infantil não é apenas simples oferta de brinquedos. O educador infantil que realiza seu trabalho pedagógico na perspectiva lúdica observa as crianças brincando e faz disso a ocasião para reelaborar suas hipóteses e definir novas propostas de trabalho. Assim, "não se sente culpado por esse tempo que passa observando e refletindo sobre o que está acontecendo em sua sala de aula dá espaço para a ação de quem brinca, além de investigar e conter mistérios". (MOYLES, 2002, p. 123)
No entanto, não fica só na observação e na oferta de brinquedos: o educador também deve intervir no brincar, para estimular a atividade mental, social e psicomotora dos alunos com questionamentos e sugestões de encaminhamentos. Identifica situações potencialmente lúdicas, fomentando-as, de modo a fazer a criança avançar do ponto em que está na sua aprendizagem e no seu desenvolvimento.
Alem disso, como aponta Kishimoto, (2002, p. 23), "o educador não deve exigir das crianças descrição antecipada ou posterior das brincadeiras, pois se assim o fizer, não estará respeitando o que define o brincar, isto é, sua incerteza e improdutividade", embora esteja disponível para conversar sobre o brincar antes, durante e depois da brincadeira.
Para fazer tudo isso o educador não pode aproveitar a hora do brinquedo para realizar outras atividades. Deve estar inteiro e atento às crianças e aos seus próprios conhecimentos e sentimentos.
A escola deve ser um lugar onde o aluno possa investigar e construir seu próprio pensamento e dominar suas ações e é através da atividade lúdica que se produz aprendizado espontâneo. Nesse sentido, é necessário que o educador insira o brincar em um projeto educativo, que supõe intencionalidade, ou seja, ter objetivos e consciência da importância de sua ação em relação ao desenvolvimento e aprendizagem infantis.
Contudo, esse projeto educativo não passa de ponto de partida para sua prática pedagógica, jamais é um ponto d chegada rigidamente definido de antemão, pois é preciso renunciar ao controle, à centralização e aa consciência do que ocorre com as crianças em sala de aula. De um lado, o educador deve ter objetivos e, ao mesmo tempo, deve abdicar de seus desejos permitindo que as crianças advenham, 
reconhecendo que são elas mesmas, e na aquilo que ele (o educador) deseja que elas sejam. Será a ação educativa sobre o brincar infantil.
Assim como é importante o cuidado com a alimentação, higiene e necessidades básicas da criança, é igualmente expressivo o afeto dedicado a ela, também como os estímulos através de uma recepção calorosa aos seus anseios e necessidades que só serão supridas através das brincadeiras propiciadas dentro de um programa.
Se a ciência mostra que o período que vai da gestação até o sexto ano de vida é o mais importante na organização das bases para as competências e habilidades que serão desenvolvidas ao longo da existência humana, prova-se que a Educação Infantil efetivamente é tudo, mas é essencial que possamos refletir sobre como fazê-la bem e descobrir que esse bem fazer vai muito além de um "desejo" sincero e um "amor" pela criança.
Hoje não mais de discute que período que se estende do nascimento até os seis anos de idade é aquele no qual se formarão mais de 90% das conexões cerebrais e, sobretudo, que o adulto em que a criança se transformará depende muito pouco de sua base genéticas e muito de suas interações com os estímulos do ambiente. Assim, como cita Vygotsky,
Desde os primeiros dias do desenvolvimento da criança, suas atividades adquirem um significado próprio num sistema de comportamento social e, sendo dirigidas a objetivos definidos, são refratadas através do prisma do ambiente da criança. O caminho do objeto até a criança e desta até o objeto passa através de outra pessoa. Essa estrutura humana complexa é o produto de um processo (VYGOTSKY, 1984, 33)
Acreditar que a educação infantil é tudo significa "tudo aprender e tudo fazer para que esse trajeto educacional se torne realidade" (ANTUNES, apud MACEDO, 2004, p. 13). Neste aspecto, é importante que cada educador infantil procure fazer a sua parte no sentido de contribuir para o desenvolvimento de seus alunos, valorizando o que a criança mais sabe e gosta de fazer: o ato de brincar.
Crianças gostam de brincar em sua casa, sozinhas, com os amigos e, eventualmente, com um adulto significativo para elas, desde que não interfira muito. Brincar é sua forma de ser e estar no mundo. É nas brincadeiras que ela encontra sentido para sua vida, é nelas que as coisas se tornam, são construídas de muitos modos e repetidas tantas vezes quantas a criança quiser.
As brincadeiras humanizam as crianças e possibilitam, ao seu modo e ao seu tempo, compreender e realizar, com sentido, sua natureza humana, bem como o fato de pertencerem a uma família e a uma sociedade em determinado tempo histórico e cultural. A criança pode, através das brincadeiras, imaginar, imitar, criar ou jogar simbolicamente e, assim, vai reconstruindo em esquemas verbais ou simbólicos tudo aquilo que desenvolveu durante os primeiros anos de vida. Com isso, pode ampliar seu mundo estendendo ou aprofundando seus conhecimentos para além de seu próprio corpo, pode encurtar tempos, alargar espaços, substituir objetos, criar acontecimentos. Além disso, pode entrar no universo de sua cultura ou sociedade aprendendo costumes, regras e limites.
Pressupõe-se, com isso, que a criança encontra-se em um contexto de relações humanas positivas, favoráveis à valorização do seu "eu", ambiente de relações desprovido de ameaça ou desafio à concepção que o sujeito faz de si mesmo. É esse o ambiente favorável ao crescimento e ao desenvolvimento de criatividade, confiança, bom humor, autoconceito positivo.
A educação deve se voltar para a busca de um modo mais saudável de aprender, permitindo às crianças uma interação lúdica que garanta felicidade, prazer, satisfação e vontade de aprender, desempenhando como elemento principal o desenvolvimento físico, cognitivo, motor e psicológico infantil. Como explica Vygotsky, as crianças, em suas brincadeiras,
[...] reproduzem muito do que vêem, mas é sabido o papel fundamental que ocupa a imitação nas brincadeiras infantis. Estas são, com freqüência, mero reflexo do que vêem e ouvem dos maiores, mas tais elementos da experiência alheia não são nunca levados pelas crianças aos jogos como eram na realidade. Não se limitam a recordar experiências vividas, senão as que reelaboram criativamente, combinando-as entre si e edificando com elas novas realidades de acordo com seus desejos e necessidades. (VYGOTSKY, 1984, p. 12)
As brincadeiras devem ser incorporadas aos conteúdos diários possibilitandotudo o que a criança merece aprender e de forma prazerosa. A Educação Infantil é o melhor lugar para que isso ocorra de forma planejada e organizada e com objetivos concretos, sem dispensar a presença do educador, mas também de maneira suave para que a criança não perca o prazer do brincar devido a tal presença.
Dessa forma, oferecer diversos tipos de brinquedos aos educandos já é o início de um projeto educativo lúdico. Porém, é indispensável a observação do educador na ação do brincar para que, quando necessário, possa reestruturar suas hipóteses e fazer novas propostas de trabalho que visem incitar a atividade mental, social e psicomotora e, com isso, garantir que a criança evolua no nível em que encontra-se tanto no que diz respeito à aprendizagem de conteúdos, quanto no seu desenvolvimento.
O PROPÓSITO DA BRINQUEDOTECA.
Diferente do que se imagina, uma brinquedoteca é bem mais que um simples espaço para brincadeiras, trata-se de um espaço para brincadeiras com outros propósitos na formação da criança. A brinquedoteca embora ainda pouco conhecida, exerce uma papel de extrema importância na formação da criança, estimula o seu desenvolvimento social, motor e cognitivo.
Quando pensar em montar uma brinquedoteca, foque na autonomia, incentive a resolução de problemas e o desenvolvimento das linguagens de expressão. É uma forma de alavancar o protagonismo dos pequenos, para que se tornem mais curiosas, observadoras, concentradas e comprometidas, características que as acompanharão na idade adulta.  
A montagem da brinquedoteca pode unir a tecnologia e os brinquedos tradicionais, sem esquecer que os recursos tecnológicos tem que ser de acordo com a faixa etária da criança, que possuam conteúdos educativos e que seja de uso coletivo.
COMO MONTAR UMA BRINQUEDOTECA.
Alguns detalhes, mas que fazem muita diferença na hora de montar uma brinquedoteca. Ela deve ser em um ambiente livre, onde as crianças possam exercer seu poder de escolha. É fundamental que os móveis, brinquedos e tudo mais que for compor o ambiente não coloque em risco a segurança dos pequenos, cuidado com quinas e utensílios cortantes. O espaço podem ser divididos em partes onde a criança possa desenvolver suas habilidades: desenho, pintura, colagens. Um espaço deve reservado para expor os trabalhos realizados a fim de incentivo aos pequenos. Almofadas e tapetes também são uma opção para que as crianças não fiquem presos apenas nas mesas e cadeiras.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados demonstraram que este artigo pode-se verificar que “A importância do brincar e do aprender na educação infantil”. É de fundamental importância na vida da criança e a brincadeira é um meio que a criança utiliza para desenvolver, aprender a se relacionar com as outras crianças e com o mundo em que esta inserida. Vale ressaltar que as escolas de educação infantil devem oferecer à criança um ambiente de qualidade e favorecedor para o desenvolvimento da criança, que estimule as interações sociais e que seja um ambiente enriquecedor da imaginação infantil, por que é através do brincar que a crianças aprendem, tornando os momentos de brincadeiras em aprendizagens significativas.
O estudo foi desenvolvido mostra que a importância de valorizar a prática do brincar do lúdico para incentivar crianças na educação infantil, é enorme a importância, dos benefícios que o brincar proporciona no desenvolvimento da criança, através desse momento à criança, se comunica, descobre suas habilidades com naturalidade e com prazer, dentro desse universo de faz de conta. Levando em conta o que foi analisado o brincar este diretamente relacionado ao desenvolvimento intelectual da criança, dessa forma, a criança precisa de estímulos quanto nos ambientes escolares, quanto familiar dando oportunidades de contatos com materiais que dão suporte a uma aprendizagem de qualidade.
Em virtude do que foi mencionado não se pode simplesmente culpar os educadores ou considerá-los desmotivados pelo assunto, mas é preciso mostrar quais são os benefícios de um trabalho bem elaborado, que envolva as atividades lúdicas de qualidade, com liberdade de ação física, mental, utilizando recursos e transparência, no estímulo na competição entre os alunos através dos brinquedos, oferecer segurança, tudo isso são notáveis para enriquecimento do trabalho, e a construção de sua identidade. Considerando esses aspectos, com base nas pesquisas sobre a importância do brincar na educação infantil, pode se obter um resultado satisfatório na busca por uma identidade infantil de qualidade, somado ao desafio do estudo, pois além de proporcionar um grande aprendizado sobre o assunto abordado, foi uma superação pessoal enquanto professora da Educação infantil.
O objetivo da brinquedoteca vem como um auxilio no aprendizado e desenvolvimento da criança retomar a importância do brincar para criança, entendendo que a brincadeira, o jogo, é a melhor forma de ensinar uma criança, inserindo os conteúdos necessários para o desenvolvimento cognitivo do alunos, por meio do que lhes é prazeroso, fazendo com que as crianças deixem também de acharem “chato” os conteúdos, e estes se tornam assim quando ministrados de forma tradicional, que não traz nenhum significado para eles. Investir na “construção” de uma brinquedoteca, não é simplesmente arrumar um local e encher de brinquedos, a construção é um investimento em crianças que se tornarão adultos bem mais desenvolvidos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ALVES, Rubem. Alegria de ensinar. São Paulo: Ars Poética, 1994.
BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo. Summus, 1984
BRASIL, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) BRASIL. LEI N 9394/96.
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Setembro de 1996. Editora do Brasil. Brasília, 1998.
CALLOIS, Roger. Os jogos e os homens: a máscara e a vertigem. Lisboa: Cotovia, 1990.
Fantin, Monica. No mundo da brincadeira: jogo, brinquedo e cultura na educação infantil. Florianópolis: cidade futura, 2000.
Fonte:	http://www.webartigos.com/articles/4448/1/A-Importancia-Do-Brincar-No- Desenvolvimento-Da-Crianca/pagina1.html#ixzz14yMrMyOj
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo. Scipione, 1991
KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1996.
PEREIRA, E. Tadeu et al. Pandelelê: Arquivo lúdico. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1997. Coleção ‘Quem Sabe Faz’.
PESQUISA EM SITES:
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança – imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1990.
PIAGET, Jean. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
ROZA, Eliza Santa. Quando o brincar é dizer: a experiência psicanalítica na infância. Rio de Janeiro: Relume-Dumara, 1993.
VIGOTSKI, L. S. (2003) Psicologia Pedagógica. Porto Alegre, RS: Artmed. (Original publicado em 1926).
WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré-escola. São Paulo: Cortez, 1995. WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.

Outros materiais