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Processos Grupais- aula 4 OK

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AULA 4
PROCESSOS GRUPAIS
Pichón Rivière
· O psiquiatra e psicanalista suíço-argentino Pichon Rivière (1907-1977) foi também um estudioso dos grupos. Ele desenvolveu uma nova abordagem, que resultou nos chamados grupos operativos. 
Grupo Operativo
· A palavra “operativo” deriva de operar que significa fazer alguma coisa, produzir, executar, realizar.
· Um grupo operativo é um grupo de indivíduos que interagem entre si e comprometem-se pela tarefa. 
Pichon-Rivière
· Para ele, o grupo é um conjunto restrito de pessoas, que, ligadas por constantes de tempo e espaço e articuladas por sua mútua representação interna, propõe-se, explícita ou implicitamente, a uma tarefa, que constitui sua finalidade.
· No entanto, não basta que haja um objetivo comum ou que tenha como finalidade uma tarefa, é preciso que essas pessoas façam parte de uma estrutura dinâmica chamada vínculo.
· Por exemplo, as pessoas que estão em uma sala de espera de um cinema estão reunidas no mesmo espaço durante o mesmo tempo, com o mesmo objetivo, mas não se constituem em um grupo. 
· Há a necessidade de se vincularem e interagirem na busca de um objetivo comum, por isso, os princípios organizadores do grupo são o vínculo e a tarefa.
· A teoria do vínculo, portanto, parte do pressuposto de que o homem se revela e se estrutura por meio da ação, ou seja, do desempenho de papéis e do estabelecimento de vínculos.
Pichon-Rivière – Vínculo
· Para Pichon Rivière, vínculo é
· “[...] a maneira particular pela qual cada indivíduo se relaciona com outro ou outros, criando uma estrutura particular a cada caso e a cada momento” (PICHÓN-RIVIÉRE, 1998, p. 3). 
· É, assim, uma estrutura dinâmica, movida por motivações psicológicas, que rege todas as relações humanas.
VÍNCULO
Identificamos se o vínculo foi estabelecido, quando:
· somos internalizados pelo outro e a internalizamos também. 
· ocorre uma mútua representação interna; 
· a indiferença e o esquecimento deixam de existir na relação, passamos a pensar, a falar, a nos referir, a lembrar, a nos identificar, a refletir, a nos interessar, a nos complementar, a nos irritar, a competir, a discordar, a invejar, a admirar, a sonhar com o outro ou com o grupo.
TAREFA
· Tarefa, outro princípio organizador de grupo é um conceito que diz respeito ao modo pelo qual cada integrante do grupo interage a partir de suas próprias necessidades. Necessidades, que para Pichon-Rivière constituem-se em um polo norteador de conduta: o processo de compartilhar necessidades em torno de objetivos comuns constitui a tarefa grupal.
· Nesse processo, emergem obstáculos de diversas naturezas: diferenças e necessidades pessoais e transferenciais, diferenças de conceitos e marcos referenciais e do conhecimento formal propriamente dito.
· Tarefa operativa – resolver (diminuir os medos básicos para haver mudança necessária a aprendizagem ou a cura) 
É o momento de elaboração das 4 etapas da função operativa: logística, estratégia, tática, técnica 
· LOGÍSTICA- Delineamento e Contextualização do problema. Todos os recursos utilizados no planejamento. 
· ESTRATÉGIA- como se consegue o resultado esperado (objetivo final) – trajeto necessário.
· TÁTICA- forma de abordar o plano estratégico para se conseguir êxito 
· TÉCNICA- procedimentos, regras de aplicabilidade prática que vai servir como referencial de atuação.
Conceitos e resolução da TAREFA
· Rupturas dos estereótipos – superação das condutas de resistência, dos dispositivos de postergação da tarefa, formas de ser que o sujeito utiliza para esconder o seu eu verdadeiro 
· Redes de comunicação – existe uma forma distorcida de comunicar-se que o sujeito utiliza quando está sob estereótipos - a aprendizagem, o insight repara essas redes e o sujeito comunica-se autenticamente 
· Leitura crítica da realidade - a mudança gera uma outra forma de perceber o real, através de perspectivas críticas e não passivas 
· Adaptação ativa ao real – adaptação de uma forma ativa e não passiva – uma forma aprimorada de existência. 
TAREFA
· A primeira tarefa é objetiva: representa o motivo pelo qual o grupo se reúne, os objetivos a serem atingidos pelo trabalho (encontros) ou a atividade que vai ser desenvolvida em um determinado encontro. 
· A segunda tarefa é subjetiva: esta se relaciona com os conflitos vivenciados no grupo e a maneira de lidar com eles, os julgamentos e formas de pensar, a forma de lidar com a diversidade, os preconceitos e os medos que naturalmente aparecem na realização da tarefa objetiva de qualquer grupo. 
Existente e emergente
· EXISTENTE – aquilo que está dado em um grupo em dado momento (implícito e o explícito) 
· O EXISTENTE gera um movimento de compreensão e INTERPRETAÇÃO 
· EMERGENTE – a perspectiva que surge da interpretação do existente. 
ORGANIZAÇÃO 
· A organização dos encontros e do processo de funcionamento do grupo tem a finalidade de estabelecer alguns combinados entre coordenação e grupo, como também entre seus integrantes. 
· Fazem parte dessa organização o tempo (duração, intervalo, número de encontros, frequência), espaço (adequação para acomodar todos os participantes), papéis, reconhecimento e tarefa. 
PAPÉIS 
· Papéis: são posições oferecidas pelo grupo e assumidas pelos integrantes que denunciam um acontecer ou um desejo grupal. 
· Alguns papéis que surgem espontaneamente no grupo são: líder de mudança, bode expiatório, sabotador, representante do silêncio. 
· Não existe um papel mais ou menos importante. Todos são necessários ao grupo. 
· Um indicador da saúde mental grupal é a circulação desses papéis e quando ocorre a cristalização dos mesmos em alguns participantes surgem rótulos como: o chato, o do contra( aquele que sempre vai resistir ao novo), o bebê quieto ( que sempre fica quieto no grupo), entre outros. Isto pode paralisar o processo de mudança no grupo. 
Funcionamento do grupo
· Num primeiro momento do funcionamento do grupo, há um bloqueio da atividade grupal em função das fantasias básicas universais do grupo as quais induzem à utilização de posturas defensivas que dificultam as mudanças de opinião. 
· Nos momentos iniciais, quando o grupo parte para a execução da tarefa, é necessário que as ansiedades sejam explicitadas e resolvidas para, a partir daí, ocorrer a identificação e o estabelecimento do vínculo, configurando-se a relação grupal.
· Para Pichon Rivière, um grupo opera melhor quando há em seu conjunto de pessoas pertinência, afiliação, centramento na tarefa, empatia, comunicação, cooperação e aprendizagem.
· A pertinência pode ser vista como a qualidade da intervenção de cada um no grupo; a afiliação é a intensidade do envolvimento do indivíduo no grupo; 
· O centramento na tarefa é o eixo principal da cooperação, refere-se ao grau de interação com que um participante mantém o vínculo com o trabalho a ser efetuado, e avalia a dispersão e a realização de esforço útil do indivíduo; 
· A empatia é o modo como o grupo pode ganhar força para operar cada vez mais significativamente; a comunicação é essencial para que haja entrosamento; 
· A cooperação é o modo pelo qual o trabalho ganha qualidade e operatividade; 
· A aprendizagem é o resultado do trabalho e deve ser essencialmente colaborativa.
· O grupo operativo integra duas dimensões – resolução das dificuldades do campo grupal. E também daquilo que surge da individualidade de cada membro
· O trabalho no grupo se dá em duas direções: interpreta-se o porta-voz em sua história pessoal e por meio do que fala (enuncia) as fantasias do grupo
· Verticalidade – são as características individuais de cada membro e sua história pessoal 
· Horizontalidade – denominador comum do grupo consciente ou inconsciente 
· Verticalidade e horizontalidade se conjugam no PAPEL assumido por cada um daquilo que foi adjudicado pelo grupo. 
Porta- voz
· PORTA-VOZ - é aquele que enuncia (denuncia) o problema grupal e é resultado do processo. 
· Depositado//depositário//depositante 
· DEPOSITADO – conteúdo que o grupo não pode assumir e coloca no outro.
· DEPOSITÁRIO– é aquele no qual é projetado esse conteúdo grupal inconsciente e não-assumível. Porta-voz- adjudicação do papel de doente e assumido por este.
· DEPOSITANTE – são aqueles que projetaram e colocaram no depositário.
· PORTA-VOZ (conceito para o grupo operativo) - é aquele que enuncia (denuncia) algo que aparentemente é seu, porém, implícito, em sua mensagem está enunciado um problema grupal que o grupo não pode enunciar. 
Funcionamento do grupo
· Um dos conceitos fundamentais é o de ECRO – Esquema Conceitual Referencial e Operativo;
· Pichon afirma que cada um de nós possui um ECRO individual;
· Ele é constituído pelos nossos valores, crenças, medos e fantasias.
· Dialogamos com os outros, ou melhor, com os ECROs dos outros, e levamos também nosso ECRO;
ECRO
· Um conjunto articulado de conhecimentos que permite a construção de um modelo de apreensão da realidade, da compreensão do entorno social e do sujeito inserido no social. 
· Conceitual – os elementos conceituais (medos básicos, tarefa, resistência, etc)// elementos motivacionais (experiência cotidiana)
· Referencial – conhecimento adquirido ao logo da vida e aqueles que vão surgir em decorrência da mudança (releitura da realidade) 
· Operativo – Trabalho operacional do grupo (planejamento, execução e projeto) - adaptação ativa ao real 
Funcionamento do grupo
· Como nem sempre explicitamos os nossos ECROs o nosso diálogo pode ser dificultado;
· Quando se está trabalhando em grupos, a realização da tarefa estabelecida pode ser dificuldade pelas diferenças de ECROs que estão em jogo;
· O autor fala na construção de um ECRO grupal;
· Este ECRO seria um esquema comum para as pessoas que participam de um determinado grupo – sabendo o que pensam em conjunto – poderem partir para agir coletivamente com o aclaramento das posições individuais e da construção coletiva que favorece a tarefa grupal.
· Quando o grupo cria uma forma de pensar coletiva que surge das contribuições individuais, a comunicação fica facilitada e flui com menos ruídos.

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