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História da África: Representações e Abordagens

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Questões resolvidas

As perspectivas historiográficas inseriram a História da África dentro da História Geral, isto porque não existiam linhas de pesquisas que permitissem a compreensão do mosaico da diversidade cultural africana. Esta falta de estudos acerca das sociedades e culturas africanas impedia o historiador de enxergar o Continente Africano como o principal ator do processo historiográfico. Com relação às consequências das representações desfocadas da História da África e de como chegavam ou ainda chegam aos manuais escolares, analise as sentenças a seguir:
Assinale a alternativa CORRETA:
I- A circulação e a difusão dos saberes sobre a História da África até as décadas de 1970 e 1980 chegavam aos manuais escolares (ou ainda chegam) de forma racionalizada e ancoradas numa visão eurocêntrica.
II- Podemos conceber que a história da África era projetada no espaço mundial numa perspectiva eurocêntrica. Contudo, não podemos negar que desde a história da colonização, iniciou-se uma intensa produção historiográfica com objetivo de resgatar a historicidade do Continente Africano e de sua diversidade cultural, o que mudou a percepção dos alunos com relação aos africanos escravizados.
III- Em 1972, o historiador africano Joseph Ki-Zerbo questionava a circulação de estudos sobre a história da África. De acordo com o autor, desde a colonização ou mesmo com os processos de independência, a história da África não passava de um mero apêndice dentro da história do país colonizador. E esta forma de abordar a história se refletia na prática pedagógica e nos processos de ensino e aprendizagem de história.
IV- Desde as décadas de 1970 e 1980, várias correntes africanas se difundiram em diferentes países dando início a pesquisas sobre a História da África e dos povos africanos escravizados. Esta intensa produção historiográfica dentro do Continente Africano teve e ainda tem como propósito retirá-lo da obscuridade e integrá-lo no cenário da história em âmbito mundial. A Lei 10.639/2003 vem contribuir para a formação dos professores e para que esses saberes cheguem aos espaços de educação.
a) As sentenças II, III e IV estão corretas.
b) As sentenças I, II e III estão corretas.
c) As sentenças I, III e IV estão corretas.
d) As sentenças II e IV estão corretas.

O historiador é um investigador que trabalha com vestígios e sinais emitidos do passado. Sendo assim, não pode tomar o mundo e suas representações na sua literalidade. Dizemos isto porque, na condição de historiadores ou professores pesquisadores, precisamos estar atentos às produções historiográficas que enfocam a história do Continente Africano dentro de um contexto macro, portanto, bem distante das especificidades, diferenças e particularidades que perpassam as histórias dos diferentes povos africanos, dentro de cada contexto. Com relação às abordagens historiográficas sobre a África, analise as sentenças a seguir:
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
I- Desde a década de 1970, existe a circulação e a difusão de uma intensa produção historiográfica com o objetivo de re(construir) e re(significar) a historicidade desse continente e projetá-lo no espaço mundial. Várias correntes africanistas se difundem em diversos países.
II- O Continente Africano, ao longo dos séculos, foi representado nas abordagens historiográficas como ator principal, sendo que seus principais estudiosos são africanos, dentre os quais se destaca Joseph Kio-Zerbo.
III- A historiografia sobre a África padeceu, por muito tempo, dos preconceitos racistas dos estudiosos. São inúmeros os casos de historiadores que simplesmente não conseguiam acreditar que os povos africanos fossem capazes de criar culturas originais e civilizações sofisticadas.
IV- Por muitos anos, os estudiosos da história da África atribuíram à formação dos impérios africanos a povos brancos, chamados hamíticos ou camitas, que teriam espalhados misteriosamente sua sabedoria sobre populações ignóbeis.
V- As perspectivas historiográficas com relação ao continente africano organizam-se sob dois olhares: um de ordem interna e outro de ordem externa. Nesse sentido, temos muitas Áfricas que serão descobertas ao longo de nossos estudos.
a) As sentenças I, II, III e IV estão corretas.
b) As sentenças II, III e V estão corretas.
c) As sentenças I, III, IV e V estão corretas.
d) As sentenças I, IV e V estão corretas.

O método e abordagem denominado 'afrocêntrico' foi detalhadamente discutido por Molefi Kate Asante por volta dos anos de 1970, requerendo que se aplique a noção de centralidade no sujeito dotado de seus aspectos psicológicos, bem como na demarcação de experiência social e cultural tanto no tempo como no espaço. A partir deste método, acredita-se que seja possível empreender um processo revolucionário de compreensão das expressões do povo negro. Com relação às demais características e procedimentos previstos pelo método e a abordagem afrocêntrico, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) O investigador precisa ter disponibilidade para deslocar-se para onde o fenômeno e o processo possa estar ocorrendo.
( ) Os fenômenos e os processos devem ser estudados de maneira que sejam isolados da realidade social e do contexto psicológico em que ocorrem.
( ) Requer postura crítica no sentido de identificar a ordem e os usos, as ideias com ações e ações com ideias em meio aos níveis políticos e econômicos.
( ) Procura desmarcar estratégias de dominação e poder, privilégios e hierarquias, bem como os fundamentos da criação de mitos.
a) V - F - V - V.
b) V - V - F - V.
c) V - V - V - F.
d) F - V - V - V.

A historiografia africana durante muito tempo foi marginalizada. São inúmeros os casos de historiadores que simplesmente não conseguiam acreditar que os povos africanos fossem capazes de criar culturas originais e civilizações sofisticadas e atribuíam a formação dos impérios africanos a povos brancos, chamados hamíticos ou camitas, que teriam espalhado misteriosamente sua sabedoria sobre populações ignóbeis. O historiador burquinense Joseph Ki-Zerbo (1995) nos indica que essa tendenciosidade tem várias motivações. Entre as motivações, a mais importante destacada por Ki-Zerbo é:
Assinale a alternativa CORRETA:
a) O pensamento pré-colonialista.
b) Para Ki-Zerbo não existem motivações que remetam à marginalização da História da África.
c) O racismo.
d) O processo de escravidão.

Nos ditos populares, em materiais didáticas e produções científicas é comum encontrar a expressão 'África, o berço da humanidade'. Qual é a razão, o fato que justifica a ocorrência, o uso e a aplicação desta expressão?
Assinale a alternativa CORRETA:
a) O fato de que foi na África onde foram encontrados os vestígios mais antigos de existência humana.
b) O fato de que, no final do século XVII, a corrente historiográfica do criacionismo defendeu tal teoria e nenhuma outra conseguiu colocá-la em xeque.
c) O fato de terem sido os africanos os primeiros povos a construir estradas e elaborar meios de transporte, que depois serviram de modelo a outras culturas.
d) O fato de que todos os continentes estiveram, em um passado longínquo, ligados e reunidos à África, isso se deu na era geológica da Pangea.

quanto a história da Europa. De acordo com Kwame Anthony Appiah, entre esses primeiros pensares pós-independência estaria o aparecimento de ideologias que defendiam e ressignificavam a identidade africana. Essas ideologias ficaram conhecidas como:
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Pan-africanismo e a negritude.
b) Movimento negro e dos panteras negras.
c) Black power e a negritude.
d) Cem por cento negro e pan-africanismo.

O manual L´Historie de l´Afrique Orientale, escrito por Coupland em 1928, é retomado seguidamente para ilustrar as formas pelas quais as sociedades do continente africano são depreciadas com relação às demais sociedades do planeta. No que consistem os principais argumentos do autor para com as condições de desenvolvimento, tecnologias e civilização daquelas populações?
Assinale a alternativa CORRETA:
a) O autor argumenta que os povos da África representam populações com expressões culturais exóticas e excepcionais.
b) O autor defende que estes povos não registraram seus conhecimentos e tecnologias, assim ficaram à margem e sem comunicação com outras civilizações.
c) O autor defende que estes povos não desenvolveram a escrita e, por isso, mantiveram em estágio de barbárie e estagnação.
d) O autor argumenta que o fato de estes povos não terem deixado registros escritos conseguiram refinar e diferenciar sua cultura em relação às demais.

O historiador africano Ki-Zerbo (1972) analisa e problematiza que o conhecimento histórico que aborda a História da África muitas vezes ocorre de forma ufanista, fragmentada e tendenciosa e que se faz necessário demonstrar olhar crítico e atento, a fim de não reproduzir determinados preconceitos e equívocos com relação à História da África. Diante disto, analise as sentenças a seguir:
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
I- Ficam evidentes propostas de se estudar a história da África na perspectiva de uma ?história total?, que englobe os tempos das sociedades sem escrita até os dias atuais.
II- Diversos historiadores ainda apresentam a noção de que os povos africanos não são capazes de criar exemplares originais de cultura e referências sofisticadas que caracterizariam uma civilização.
III- O conhecimento historiográfico conseguiu dar conta de integrar/unir as perspectivas internas como externas existentes e difundidas sobre a História da África.
IV- Perpassam explicações e noções colonialistas e pós-colonialistas que são responsáveis por fundamentar tanto o racismo como o racialismo.
a) As sentenças II, III e IV estão corretas.
b) As sentenças I e III estão corretas.
c) As sentenças I, II e III estão corretas.
d) As sentenças I, II e IV estão corretas.

De acordo com pesquisas sobre a história da África, publicadas no livro História Geral da África, entre 1500 e 1800, o mundo presenciou o estabelecimento de um novo sistema geoeconômico orientado para o Oceano Atlântico ligando a Europa, a África e a América. A Europa se destacou em escala mundial na acumulação gerada pelo comércio e pela pilhagem. Ao que parece, Portugal foi atraído para a África negra pelo ouro, entretanto, não tardou a se interessar pelo tráfico humano, isto porque, os escravos eram muito requisitados pelos europeus. Com relação aos povos africanos escravizados que foram traficados para o Brasil, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para falsas:
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) Muitos dos africanos escravizados trazidos para o Brasil eram bantos. A palavra banto quer dizer povo ou etnia. Esses povos eram originários das regiões da Somália, Etiópia, Angola e do Congo. Também são citados pelos historiadores como povos Nilo-Saarianos e faziam parte do tronco linguístico afro-asiático, composto por línguas semíticas como o árabe, o hebraico e o aramaico.
( ) Ao contrário do que muita gente acredita, os bantos não são um povo, nem sequer são uma etnia. Banto é um tronco linguístico, ou seja, é uma língua que deu origem a diversas outras línguas africanas. Conforme a origem, eram denominados bantos, quando eram do mesmo grupo étnico de nome ou sudaneses, quando originados dos outros grupos níger-congoleses. Os povos desse grande grupo linguístico estão diretamente relacionados à história do Brasil, pois os escravos trazidos para cá eram originários de diversos pontos da enorme região geográfica que ocupavam.
( ) O grupo níger-congolês é dividido em cinco subgrupos. O mais numeroso é o dos bantos, que teriam surgido provavelmente na região da atual Nigéria e, ao longo de mais de 2.500 anos, empreenderam uma grande migração por toda a região central da África, até o Oceano Índico. Conforme a região onde se estabeleciam, receberam nomes diferentes: ovimbundos, cassanjes, bacongos e lundas na região de Angola e do Congo, zulus, sesotos e suazis no sul, iaôs na costa do Índico.
( ) A formação da cultura afro-brasileira realizou-se em constante dialogo étnico, cultural, linguístico e religioso com alguns povos negro-africanos no contexto da escravidão brasileira. Os Cabindas do Congo, os Bemguelas de Angola, os Macuas e Angicos de Moçambique, os Minas da Costa da Guiné, os Jejes do Daomé (atual Benin), os Haussas da Nigéria, os Iorubas dos Reinos de Oió e Keto.
a) V - F - V - F.
b) F - F - V - V.
c) F - V - V - V.
d) V - V - F - F.

teóricos defenderam a ideia que a África não tinha história. Após a Segunda Guerra Mundial, devido às descobertas arqueológicas, os processos de independência e os movimentos de libertação dos países africanos, o Continente Africano começou a ser revelado no cenário mundial. Até então, o registro escrito da África e a participação dos povos africanos na história mundial era explicado pelas matrizes teóricas do positivismo e do materialismo histórico e a partir da década de 1940 e 1950, na perspectiva da Escola de Annales. Se amparando em uma das correntes historiográficas supramencionadas, alguns estudiosos, como, por exemplo, os eurocentristas, defendiam que a África nunca participou da História Universal, ou ainda, que a única marca dos africanos na história foi a deixada pelos negociantes sudaneses através do comércio euro-asiático. Outros, os pesquisadores progressistas, reivindicavam uma investigação séria sobre a história da África e dos povos africanos, sem preconceitos e embasada em teorias e métodos de análise. Com relação à historiografia afrocêntrica e à abordagem dos estudiosos que trabalhavam nesta perspectiva, analise as sentenças a seguir:
a) As sentenças I, II, IV e V estão corretas. b) As sentenças I, III e IV estão corretas. c) As sentenças II, III, IV e V estão corretas. d) As sentenças II, III e V estão corretas.
I- A historiografia afrocêntrica é uma corrente que surge intimamente ligada ao nacionalismo africano e é caracterizada por valorizar excessivamente as realizações dos povos africanos.
II- As investigações realizadas na perspectiva do corrente afrocêntrica procuravam valorizar os grandes reinos da África e grandes monumentos erguidos pelos africanos, destacando a originalidade das civilizações dos continentes. Por vezes, os historiadores chegaram a afirmar a superioridade Africana com relação às demais regiões do mundo.
III- Os historiadores afrocêntricos eram críticos da historiografia tendenciosa sobre a África e do seu radicalismo como extremo oposto ao do eurocentrismo ao recusar a influência que os europeus exerceram sobre a História da África.
IV- Buscando valorizar a história africana e principalmente combater os preconceitos acadêmicos a respeito, alguns historiadores formados em prestigiosas universidades dos Estados Unidos e Europa, procuraram utilizar em seus escritos, os mesmos argumentos e a mesma metodologia que tradicionalmente se utiliza para a história europeia.
V- Essa perspectiva da historiografia afrocêntrica foi criticada por muitos estudiosos que alegaram que a África é uma região de grande autonomia e criatividade, que não necessita de parâmetros europeus para ser estudada.
a) As sentenças I, II, IV e V estão corretas.
b) As sentenças I, III e IV estão corretas.
c) As sentenças II, III, IV e V estão corretas.
d) As sentenças II, III e V estão corretas.

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Questões resolvidas

As perspectivas historiográficas inseriram a História da África dentro da História Geral, isto porque não existiam linhas de pesquisas que permitissem a compreensão do mosaico da diversidade cultural africana. Esta falta de estudos acerca das sociedades e culturas africanas impedia o historiador de enxergar o Continente Africano como o principal ator do processo historiográfico. Com relação às consequências das representações desfocadas da História da África e de como chegavam ou ainda chegam aos manuais escolares, analise as sentenças a seguir:
Assinale a alternativa CORRETA:
I- A circulação e a difusão dos saberes sobre a História da África até as décadas de 1970 e 1980 chegavam aos manuais escolares (ou ainda chegam) de forma racionalizada e ancoradas numa visão eurocêntrica.
II- Podemos conceber que a história da África era projetada no espaço mundial numa perspectiva eurocêntrica. Contudo, não podemos negar que desde a história da colonização, iniciou-se uma intensa produção historiográfica com objetivo de resgatar a historicidade do Continente Africano e de sua diversidade cultural, o que mudou a percepção dos alunos com relação aos africanos escravizados.
III- Em 1972, o historiador africano Joseph Ki-Zerbo questionava a circulação de estudos sobre a história da África. De acordo com o autor, desde a colonização ou mesmo com os processos de independência, a história da África não passava de um mero apêndice dentro da história do país colonizador. E esta forma de abordar a história se refletia na prática pedagógica e nos processos de ensino e aprendizagem de história.
IV- Desde as décadas de 1970 e 1980, várias correntes africanas se difundiram em diferentes países dando início a pesquisas sobre a História da África e dos povos africanos escravizados. Esta intensa produção historiográfica dentro do Continente Africano teve e ainda tem como propósito retirá-lo da obscuridade e integrá-lo no cenário da história em âmbito mundial. A Lei 10.639/2003 vem contribuir para a formação dos professores e para que esses saberes cheguem aos espaços de educação.
a) As sentenças II, III e IV estão corretas.
b) As sentenças I, II e III estão corretas.
c) As sentenças I, III e IV estão corretas.
d) As sentenças II e IV estão corretas.

O historiador é um investigador que trabalha com vestígios e sinais emitidos do passado. Sendo assim, não pode tomar o mundo e suas representações na sua literalidade. Dizemos isto porque, na condição de historiadores ou professores pesquisadores, precisamos estar atentos às produções historiográficas que enfocam a história do Continente Africano dentro de um contexto macro, portanto, bem distante das especificidades, diferenças e particularidades que perpassam as histórias dos diferentes povos africanos, dentro de cada contexto. Com relação às abordagens historiográficas sobre a África, analise as sentenças a seguir:
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
I- Desde a década de 1970, existe a circulação e a difusão de uma intensa produção historiográfica com o objetivo de re(construir) e re(significar) a historicidade desse continente e projetá-lo no espaço mundial. Várias correntes africanistas se difundem em diversos países.
II- O Continente Africano, ao longo dos séculos, foi representado nas abordagens historiográficas como ator principal, sendo que seus principais estudiosos são africanos, dentre os quais se destaca Joseph Kio-Zerbo.
III- A historiografia sobre a África padeceu, por muito tempo, dos preconceitos racistas dos estudiosos. São inúmeros os casos de historiadores que simplesmente não conseguiam acreditar que os povos africanos fossem capazes de criar culturas originais e civilizações sofisticadas.
IV- Por muitos anos, os estudiosos da história da África atribuíram à formação dos impérios africanos a povos brancos, chamados hamíticos ou camitas, que teriam espalhados misteriosamente sua sabedoria sobre populações ignóbeis.
V- As perspectivas historiográficas com relação ao continente africano organizam-se sob dois olhares: um de ordem interna e outro de ordem externa. Nesse sentido, temos muitas Áfricas que serão descobertas ao longo de nossos estudos.
a) As sentenças I, II, III e IV estão corretas.
b) As sentenças II, III e V estão corretas.
c) As sentenças I, III, IV e V estão corretas.
d) As sentenças I, IV e V estão corretas.

O método e abordagem denominado 'afrocêntrico' foi detalhadamente discutido por Molefi Kate Asante por volta dos anos de 1970, requerendo que se aplique a noção de centralidade no sujeito dotado de seus aspectos psicológicos, bem como na demarcação de experiência social e cultural tanto no tempo como no espaço. A partir deste método, acredita-se que seja possível empreender um processo revolucionário de compreensão das expressões do povo negro. Com relação às demais características e procedimentos previstos pelo método e a abordagem afrocêntrico, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) O investigador precisa ter disponibilidade para deslocar-se para onde o fenômeno e o processo possa estar ocorrendo.
( ) Os fenômenos e os processos devem ser estudados de maneira que sejam isolados da realidade social e do contexto psicológico em que ocorrem.
( ) Requer postura crítica no sentido de identificar a ordem e os usos, as ideias com ações e ações com ideias em meio aos níveis políticos e econômicos.
( ) Procura desmarcar estratégias de dominação e poder, privilégios e hierarquias, bem como os fundamentos da criação de mitos.
a) V - F - V - V.
b) V - V - F - V.
c) V - V - V - F.
d) F - V - V - V.

A historiografia africana durante muito tempo foi marginalizada. São inúmeros os casos de historiadores que simplesmente não conseguiam acreditar que os povos africanos fossem capazes de criar culturas originais e civilizações sofisticadas e atribuíam a formação dos impérios africanos a povos brancos, chamados hamíticos ou camitas, que teriam espalhado misteriosamente sua sabedoria sobre populações ignóbeis. O historiador burquinense Joseph Ki-Zerbo (1995) nos indica que essa tendenciosidade tem várias motivações. Entre as motivações, a mais importante destacada por Ki-Zerbo é:
Assinale a alternativa CORRETA:
a) O pensamento pré-colonialista.
b) Para Ki-Zerbo não existem motivações que remetam à marginalização da História da África.
c) O racismo.
d) O processo de escravidão.

Nos ditos populares, em materiais didáticas e produções científicas é comum encontrar a expressão 'África, o berço da humanidade'. Qual é a razão, o fato que justifica a ocorrência, o uso e a aplicação desta expressão?
Assinale a alternativa CORRETA:
a) O fato de que foi na África onde foram encontrados os vestígios mais antigos de existência humana.
b) O fato de que, no final do século XVII, a corrente historiográfica do criacionismo defendeu tal teoria e nenhuma outra conseguiu colocá-la em xeque.
c) O fato de terem sido os africanos os primeiros povos a construir estradas e elaborar meios de transporte, que depois serviram de modelo a outras culturas.
d) O fato de que todos os continentes estiveram, em um passado longínquo, ligados e reunidos à África, isso se deu na era geológica da Pangea.

quanto a história da Europa. De acordo com Kwame Anthony Appiah, entre esses primeiros pensares pós-independência estaria o aparecimento de ideologias que defendiam e ressignificavam a identidade africana. Essas ideologias ficaram conhecidas como:
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Pan-africanismo e a negritude.
b) Movimento negro e dos panteras negras.
c) Black power e a negritude.
d) Cem por cento negro e pan-africanismo.

O manual L´Historie de l´Afrique Orientale, escrito por Coupland em 1928, é retomado seguidamente para ilustrar as formas pelas quais as sociedades do continente africano são depreciadas com relação às demais sociedades do planeta. No que consistem os principais argumentos do autor para com as condições de desenvolvimento, tecnologias e civilização daquelas populações?
Assinale a alternativa CORRETA:
a) O autor argumenta que os povos da África representam populações com expressões culturais exóticas e excepcionais.
b) O autor defende que estes povos não registraram seus conhecimentos e tecnologias, assim ficaram à margem e sem comunicação com outras civilizações.
c) O autor defende que estes povos não desenvolveram a escrita e, por isso, mantiveram em estágio de barbárie e estagnação.
d) O autor argumenta que o fato de estes povos não terem deixado registros escritos conseguiram refinar e diferenciar sua cultura em relação às demais.

O historiador africano Ki-Zerbo (1972) analisa e problematiza que o conhecimento histórico que aborda a História da África muitas vezes ocorre de forma ufanista, fragmentada e tendenciosa e que se faz necessário demonstrar olhar crítico e atento, a fim de não reproduzir determinados preconceitos e equívocos com relação à História da África. Diante disto, analise as sentenças a seguir:
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
I- Ficam evidentes propostas de se estudar a história da África na perspectiva de uma ?história total?, que englobe os tempos das sociedades sem escrita até os dias atuais.
II- Diversos historiadores ainda apresentam a noção de que os povos africanos não são capazes de criar exemplares originais de cultura e referências sofisticadas que caracterizariam uma civilização.
III- O conhecimento historiográfico conseguiu dar conta de integrar/unir as perspectivas internas como externas existentes e difundidas sobre a História da África.
IV- Perpassam explicações e noções colonialistas e pós-colonialistas que são responsáveis por fundamentar tanto o racismo como o racialismo.
a) As sentenças II, III e IV estão corretas.
b) As sentenças I e III estão corretas.
c) As sentenças I, II e III estão corretas.
d) As sentenças I, II e IV estão corretas.

De acordo com pesquisas sobre a história da África, publicadas no livro História Geral da África, entre 1500 e 1800, o mundo presenciou o estabelecimento de um novo sistema geoeconômico orientado para o Oceano Atlântico ligando a Europa, a África e a América. A Europa se destacou em escala mundial na acumulação gerada pelo comércio e pela pilhagem. Ao que parece, Portugal foi atraído para a África negra pelo ouro, entretanto, não tardou a se interessar pelo tráfico humano, isto porque, os escravos eram muito requisitados pelos europeus. Com relação aos povos africanos escravizados que foram traficados para o Brasil, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para falsas:
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) Muitos dos africanos escravizados trazidos para o Brasil eram bantos. A palavra banto quer dizer povo ou etnia. Esses povos eram originários das regiões da Somália, Etiópia, Angola e do Congo. Também são citados pelos historiadores como povos Nilo-Saarianos e faziam parte do tronco linguístico afro-asiático, composto por línguas semíticas como o árabe, o hebraico e o aramaico.
( ) Ao contrário do que muita gente acredita, os bantos não são um povo, nem sequer são uma etnia. Banto é um tronco linguístico, ou seja, é uma língua que deu origem a diversas outras línguas africanas. Conforme a origem, eram denominados bantos, quando eram do mesmo grupo étnico de nome ou sudaneses, quando originados dos outros grupos níger-congoleses. Os povos desse grande grupo linguístico estão diretamente relacionados à história do Brasil, pois os escravos trazidos para cá eram originários de diversos pontos da enorme região geográfica que ocupavam.
( ) O grupo níger-congolês é dividido em cinco subgrupos. O mais numeroso é o dos bantos, que teriam surgido provavelmente na região da atual Nigéria e, ao longo de mais de 2.500 anos, empreenderam uma grande migração por toda a região central da África, até o Oceano Índico. Conforme a região onde se estabeleciam, receberam nomes diferentes: ovimbundos, cassanjes, bacongos e lundas na região de Angola e do Congo, zulus, sesotos e suazis no sul, iaôs na costa do Índico.
( ) A formação da cultura afro-brasileira realizou-se em constante dialogo étnico, cultural, linguístico e religioso com alguns povos negro-africanos no contexto da escravidão brasileira. Os Cabindas do Congo, os Bemguelas de Angola, os Macuas e Angicos de Moçambique, os Minas da Costa da Guiné, os Jejes do Daomé (atual Benin), os Haussas da Nigéria, os Iorubas dos Reinos de Oió e Keto.
a) V - F - V - F.
b) F - F - V - V.
c) F - V - V - V.
d) V - V - F - F.

teóricos defenderam a ideia que a África não tinha história. Após a Segunda Guerra Mundial, devido às descobertas arqueológicas, os processos de independência e os movimentos de libertação dos países africanos, o Continente Africano começou a ser revelado no cenário mundial. Até então, o registro escrito da África e a participação dos povos africanos na história mundial era explicado pelas matrizes teóricas do positivismo e do materialismo histórico e a partir da década de 1940 e 1950, na perspectiva da Escola de Annales. Se amparando em uma das correntes historiográficas supramencionadas, alguns estudiosos, como, por exemplo, os eurocentristas, defendiam que a África nunca participou da História Universal, ou ainda, que a única marca dos africanos na história foi a deixada pelos negociantes sudaneses através do comércio euro-asiático. Outros, os pesquisadores progressistas, reivindicavam uma investigação séria sobre a história da África e dos povos africanos, sem preconceitos e embasada em teorias e métodos de análise. Com relação à historiografia afrocêntrica e à abordagem dos estudiosos que trabalhavam nesta perspectiva, analise as sentenças a seguir:
a) As sentenças I, II, IV e V estão corretas. b) As sentenças I, III e IV estão corretas. c) As sentenças II, III, IV e V estão corretas. d) As sentenças II, III e V estão corretas.
I- A historiografia afrocêntrica é uma corrente que surge intimamente ligada ao nacionalismo africano e é caracterizada por valorizar excessivamente as realizações dos povos africanos.
II- As investigações realizadas na perspectiva do corrente afrocêntrica procuravam valorizar os grandes reinos da África e grandes monumentos erguidos pelos africanos, destacando a originalidade das civilizações dos continentes. Por vezes, os historiadores chegaram a afirmar a superioridade Africana com relação às demais regiões do mundo.
III- Os historiadores afrocêntricos eram críticos da historiografia tendenciosa sobre a África e do seu radicalismo como extremo oposto ao do eurocentrismo ao recusar a influência que os europeus exerceram sobre a História da África.
IV- Buscando valorizar a história africana e principalmente combater os preconceitos acadêmicos a respeito, alguns historiadores formados em prestigiosas universidades dos Estados Unidos e Europa, procuraram utilizar em seus escritos, os mesmos argumentos e a mesma metodologia que tradicionalmente se utiliza para a história europeia.
V- Essa perspectiva da historiografia afrocêntrica foi criticada por muitos estudiosos que alegaram que a África é uma região de grande autonomia e criatividade, que não necessita de parâmetros europeus para ser estudada.
a) As sentenças I, II, IV e V estão corretas.
b) As sentenças I, III e IV estão corretas.
c) As sentenças II, III, IV e V estão corretas.
d) As sentenças II, III e V estão corretas.

Prévia do material em texto

Acadêmico:
	Mariana Guimaraes da silva 
	
	Disciplina:
	História da África (HID02)
	Avaliação:
	Avaliação II - Individual Semipresencial ( Cod.:638664) ( peso.:1,50)
	Prova:
	17014231
	Nota da Prova:
	9,00
	
	
Legenda:  Resposta Certa   Sua Resposta Errada  
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	1.
	As perspectivas historiográficas inseriram a História da África dentro da História Geral, isto porque não existiam linhas de pesquisas que permitissem a compreensão do mosaico da diversidade cultural africana. Esta falta de estudos acerca das sociedades e culturas africanas impedia o historiador de enxergar o Continente Africano como o principal ator do processo historiográfico. Com relação às consequências das representações desfocadas da História da África e de como chegavam ou ainda chegam aos manuais escolares, analise as sentenças a seguir:
I- A circulação e a difusão dos saberes sobre a História da África até as décadas de 1970 e 1980 chegavam aos manuais escolares (ou ainda chegam) de forma racionalizada e ancoradas numa visão eurocêntrica. 
II- Podemos conceber que a história da África era projetada no espaço mundial numa perspectiva eurocêntrica. Contudo, não podemos negar que desde a história da colonização, iniciou-se uma intensa produção historiográfica com objetivo de resgatar a historicidade do Continente Africano e de sua diversidade cultural, o que mudou a percepção dos alunos com relação aos africanos escravizados.  
III- Em 1972, o historiador africano Joseph Ki-Zerbo questionava a circulação de estudos sobre a história da África. De acordo com o autor, desde a colonização ou mesmo com os processos de independência, a história da África não passava de um mero apêndice dentro da história do país colonizador. E esta forma de abordar a história se refletia na prática pedagógica e nos processos de ensino e aprendizagem de história. 
IV- Desde as décadas de 1970 e 1980, várias correntes africanas se difundiram em diferentes países dando início a pesquisas sobre a História da África e dos povos africanos escravizados. Esta intensa produção historiográfica dentro do Continente Africano teve e ainda tem como propósito retirá-lo da obscuridade e integrá-lo no cenário da história em âmbito mundial. A Lei 10.639/2003 vem contribuir para a formação dos professores e para que esses saberes cheguem aos espaços de educação.  
Assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	As sentenças I, II e III estão corretas.
	 b)
	As sentenças II e IV estão corretas.
	 c)
	As sentenças I, III e IV estão corretas.
	 d)
	As sentenças II, III e IV estão corretas.
	2.
	O historiador é um investigador que trabalha com vestígios e sinais emitidos do passado. Sendo assim, não pode tomar o mundo e suas representações na sua literalidade. Dizemos isto porque, na condição de historiadores ou professores pesquisadores, precisamos estar atentos às produções historiográficas que enfocam a história do Continente Africano dentro de um contexto macro, portanto, bem distante das especificidades, diferenças e particularidades que perpassam as histórias dos diferentes povos africanos, dentro de cada contexto. Com relação às abordagens historiográficas sobre a África, analise as sentenças a seguir:
I- Desde a década de 1970, existe a circulação e a difusão de uma intensa produção historiográfica com o objetivo de re(construir) e re(significar) a historicidade desse continente e projetá-lo no espaço mundial. Várias correntes africanistas se difundem em diversos países. 
II- O Continente Africano, ao longo dos séculos, foi representado nas abordagens historiográficas como ator principal, sendo que seus principais estudiosos são africanos, dentre os quais se destaca Joseph Kio-Zerbo. 
III- A historiografia sobre a África padeceu, por muito tempo, dos preconceitos racistas dos estudiosos. São inúmeros os casos de historiadores que simplesmente não conseguiam acreditar que os povos africanos fossem capazes de criar culturas originais e civilizações sofisticadas. 
IV- Por muitos anos, os estudiosos da história da África atribuíram à formação dos impérios africanos a povos brancos, chamados hamíticos ou camitas, que teriam espalhados misteriosamente sua sabedoria sobre populações ignóbeis. 
V- As perspectivas historiográficas com relação ao continente africano organizam-se sob dois olhares: um de ordem interna e outro de ordem externa. Nesse sentido, temos muitas Áfricas que serão descobertas ao longo de nossos estudos. 
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	As sentenças I, II, III e IV estão corretas.
	 b)
	As sentenças II, III e V estão corretas.
	 c)
	As sentenças I, III, IV e V estão corretas.
	 d)
	As sentenças I, IV e V estão corretas.
	3.
	O método e abordagem denominado 'afrocêntrico' foi detalhadamente discutido por Molefi Kate Asante por volta dos anos de 1970, requerendo que se aplique a noção de centralidade no sujeito dotado de seus aspectos psicológicos, bem como na demarcação de experiência social e cultural tanto no tempo como no espaço. A partir deste método, acredita-se que seja possível empreender um processo revolucionário de compreensão das expressões do povo negro. Com relação às demais características e procedimentos previstos pelo método e a abordagem afrocêntrico, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
(    ) O investigador precisa ter disponibilidade para deslocar-se para onde o fenômeno e o processo possa estar ocorrendo.
(    ) Os fenômenos e os processos devem ser estudados de maneira que sejam isolados da realidade social e do contexto psicológico em que ocorrem. 
(    ) Requer postura crítica no sentido de identificar a ordem e os usos, as ideias com ações e ações com ideias em meio aos níveis políticos e econômicos.
(    ) Procura desmarcar estratégias de dominação e poder, privilégios e hierarquias, bem como os fundamentos da criação de mitos. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
	 a)
	V - V - V - F.
	 b)
	F - V - V - V.
	 c)
	V - V - F - V.
	 d)
	V - F - V - V.
	4.
	A historiografia africana durante muito tempo foi marginalizada. São inúmeros os casos de historiadores que simplesmente não conseguiam acreditar que os  povos africanos fossem  capazes de criar culturas originais e civilizações sofisticadas e atribuíam a formação dos  impérios africanos a povos brancos, chamados hamíticos ou camitas, que teriam espalhado misteriosamente sua sabedoria sobre populações ignóbeis. O historiador burquinense Joseph Ki-Zerbo (1995) nos indica que essa tendenciosidade tem várias motivações. Entre as motivações, a mais importante destacada por Ki-Zerbo é:
	 a)
	O pensamento pré-colonialista.
	 b)
	O racismo.
	 c)
	Para Ki-Zerbo não existem motivações que remetam à marginalização da História da África.
	 d)
	O processo de escravidão.
	5.
	Nos ditos populares, em materiais didáticas e produções científicas é comum encontrar a expressão "África, o berço da humanidade". Qual é a razão, o fato que justifica a ocorrência, o uso e a aplicação desta expressão?
	 a)
	O fato de que foi na África onde foram encontrados os vestígios mais antigos de existência humana.
	 b)
	O fato de que todos os continentes estiveram, em um passado longínquo, ligados e reunidos à África, isso se deu na era geológica da Pangea.
	 c)
	O fato de terem sido os africanos os primeiros povos a construir estradas e elaborar meios de transporte, que depois serviram de modelo a outras culturas.
	 d)
	O fato de que, no final do século XVII, a corrente historiográfica do criacionismo defendeu tal teoria e nenhuma outra conseguiu colocá-la em xeque.
	6.
	O movimento de independência dos países africanos criou, por parte de uma nova elite política e intelectual, a necessidade da elaboração das identidades africanas dentro do Continente, e deste diante do mundo. Para esse intento, era necessário retornar ao passado em busca de elementos que legitimassem uma História Africana rica e diversificada, tanto quanto a história da Europa. De acordo com Kwame AnthonyAppiah, entre esses primeiros pensares pós-independência estaria o aparecimento de ideologias que defendiam e ressignificavam a identidade africana. Essas ideologias ficaram conhecidas como:
	 a)
	Pan-africanismo e a negritude.
	 b)
	Movimento negro e dos panteras negras.
	 c)
	Black power e a negritude.
	 d)
	Cem por cento negro e pan-africanismo.
	7.
	O manual L´Historie de l´Afrique Orientale, escrito por Coupland em 1928, é retomado seguidamente para ilustrar as formas pelas quais as sociedades do continente africano são depreciadas com relação às demais sociedades do planeta. No que consistem os principais argumentos do autor para com as condições de desenvolvimento, tecnologias e civilização daquelas populações?
	 a)
	O autor argumenta que os povos da Àfrica representam populações com expressões culturais exóticas e excepecionais.
	 b)
	O autor defende que estes povos não registraram seus conhecimentos e tecnologias, assim ficaram à margem e sem comunicação com outras civilizações.
	 c)
	O autor defende que estes povos não desenvolveram a escrita e, por isso, mantiveram em estágio de barbárie e estagnação.
	 d)
	O autor argumenta que o fato de estes povos não terem deixado registros escritos conseguiram refiniar e diferenciar sua cultura em relação às demais.
	8.
	O historiador africano Ki-Zerbo (1972) analisa e problematiza que o conhecimento histórico que aborda a História da África muitas vezes ocorre de forma ufanista, fragmentada e tendenciosa e que se faz necessário demonstrar olhar crítico e atento, a fim de não reproduzir determinados preconceitos e equívocos com relação à História da África. Diante disto, analise as sentenças a seguir:
I- Ficam evidentes propostas de se estudar a história da África na perspectiva de uma ?história total?, que englobe os tempos das sociedades sem escrita até os dias atuais.
II- Diversos historiadores ainda apresentam a noção de que os povos africanos não são capazes de criar exemplares originais de cultura e referências sofisticadas que caracterizariam uma civilização. 
III- O conhecimento historiográfico conseguiu dar conta de integrar/unir as perspectivas internas como externas existentes e difundidas sobre a História da África.
IV- Perpassam explicações e noções colonialistas e pós-colonialistas que são responsáveis por fundamentar tanto o racismo como o racialismo.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	As sentenças II, III e IV estão corretas.
	 b)
	As sentenças I, II e IV estão corretas.
	 c)
	As sentenças I e III estão corretas.
	 d)
	As sentenças I, II e III estão corretas.
	9.
	De acordo com pesquisas sobre a história da África, publicadas no livro História Geral da África, entre 1500 e 1800, o mundo presenciou o estabelecimento de um novo sistema geoeconômico orientado para o Oceano Atlântico ligando a Europa, a África e a América. A Europa se destacou em escala mundial na acumulação gerada pelo comércio e pela pilhagem. Ao que parece, Portugal foi atraído para a África negra pelo ouro, entretanto, não tardou a se interessar pelo tráfico humano, isto porque, os escravos eram muito requisitados pelos europeus. Com relação aos povos africanos escravizados que foram traficados para o Brasil, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para falsas: 
  
(    ) Muitos dos africanos escravizados trazidos para o Brasil eram bantos. A palavra banto quer dizer povo ou etnia. Esses povos eram originários das regiões da Somália, Etiópia, Angola e do Congo. Também são citados pelos historiadores como povos Nilo-Saarianos e faziam parte do tronco linguístico afro-asiático, composto por línguas semíticas como o árabe, o hebraico e o aramaico. 
(    ) Ao contrário do que muita gente acredita, os bantos não são um povo, nem sequer são uma etnia. Banto é um tronco linguístico, ou seja, é uma língua que deu origem a diversas outras línguas africanas. Conforme a origem, eram denominados bantos, quando eram do mesmo grupo étnico de nome ou sudaneses, quando originados dos outros grupos níger-congoleses. Os povos desse grande grupo linguístico estão diretamente relacionados à história do Brasil, pois os escravos trazidos para cá eram originários de diversos pontos da enorme região geográfica que ocupavam. 
(    ) O grupo níger-congolês é dividido em cinco subgrupos. O mais numeroso é o dos bantos, que teriam surgido provavelmente na região da atual Nigéria e, ao longo de mais de 2.500 anos, empreenderam uma grande migração por toda a região central da África, até o Oceano Índico. Conforme a região onde se estabeleciam, receberam nomes diferentes: ovimbundos, cassanjes, bacongos e lundas na região de Angola e do Congo, zulus, sesotos e suazis no sul, iaôs na costa do Índico.
(    ) A formação da cultura afro-brasileira realizou-se em constante dialogo étnico, cultural, linguístico e religioso com alguns povos negro-africanos no contexto da escravidão brasileira. Os Cabindas do Congo, os Bemguelas de Angola, os Macuas e Angicos de Moçambique, os Minas da Costa da Guiné, os Jejes do Daomé (atual Benin), os Haussas da Nigéria, os Iorubas dos Reinos de Oió e Keto. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
FONTE: FERREIRA FILHO, Aurelino José. Resistir, Re-significar  e Re-criar Escravidão e a Reinvenção da África no Brasil- séculos XVI e XVII. Versão modificada deste artigo foi publicada, pelo mesmo autor, nos Anais do I Simpósio Internacional: Política, Gestão e Educação e IV Simpósio de Educação do Triângulo Mineiro. Universidade Federal de Uberlândia - Ituiutaba - MG, 2008. Disponível em: <http://www.congressohistoriajatai.org/2011/anais2008/doc%20(8).pdf>. Acesso em: 26 maio 2017.
	 a)
	F - V - V - V.
	 b)
	F - F - V - V.
	 c)
	V - V - F - F.
	 d)
	V - F - V - F.
	10.
	Por muito tempo, teóricos defenderam a ideia que a África não tinha história. Após a Segunda Guerra Mundial, devido às descobertas arqueológicas, os processos de independência e os movimentos de libertação dos países africanos, o Continente Africano começou a ser revelado no cenário mundial. Até então, o registro escrito da África e a participação dos povos africanos na história mundial era explicado pelas matrizes teóricas do positivismo e do materialismo histórico e a partir da década de 1940 e 1950, na perspectiva da Escola de Annales. Se amparando em uma das correntes historiográficas supramencionadas, alguns estudiosos, como, por exemplo, os eurocentristas, defendiam que a África nunca participou da História Universal, ou ainda, que a única marca dos africanos na história foi a deixada pelos negociantes sudaneses através do comércio euro-asiático. Outros, os pesquisadores progressistas, reivindicavam uma investigação séria sobre a história da África e dos povos africanos, sem preconceitos e embasada em teorias e métodos de análise. Com relação à historiografia afrocêntrica e à abordagem dos estudiosos que trabalhavam nesta perspectiva, analise as sentenças a seguir:  
I- A historiografia afrocêntrica é uma corrente que surge intimamente ligada ao nacionalismo africano e é caracterizada por valorizar excessivamente as realizações dos povos africanos.
II- As investigações realizadas na perspectiva do corrente afrocêntrica procuravam valorizar os grandes reinos da África e grandes monumentos erguidos pelos africanos, destacando a originalidade das civilizações dos continentes. Por vezes, os historiadores chegaram a afirmar a superioridade Africana com relação às demais regiões do mundo. 
III- Os historiadores afrocêntricos eram críticos da historiografia tendenciosa sobre a África e do seu radicalismo como extremo oposto ao do eurocentrismo ao recusar a influência que os europeus exerceram sobre a História da África. 
IV- Buscando valorizar a história africana e principalmente combater os preconceitos acadêmicos a respeito, alguns historiadores formados em prestigiosas universidades dos Estados Unidos e Europa, procuraram utilizar em seus escritos, os mesmos argumentos e a mesma metodologia que tradicionalmente se utiliza paraa história europeia. 
V- Essa perspectiva da historiografia afrocêntrica foi criticada por muitos estudiosos que alegaram que a África é uma região de grande autonomia e criatividade, que não necessita de parâmetros europeus para ser estudada. 
Assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: Historiografia Africana. Disponível em: <https://escola.mmo.co.mz/historia/historiografia-africana/>. Acesso em: 24 maio 2017.
	 a)
	As sentenças I, II, IV e V estão corretas.
	 b)
	As sentenças I, III e IV estão corretas.
	 c)
	As sentenças II, III, IV e V estão corretas.
	 d)
	As sentenças II, III e V estão corretas.
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