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Ingredientes e Aditivos para o Pescado Introdução Até pouco tempo atrás, e atualmente ainda (alguns países) consumo de pescado in natura compra direta do produtor; Alteração de desse cenário (56% da produção pesqueira mundial sofreram algum tipo de processamento); Maior consumo de pescado processado; Conveniência, saúde, diversificação, globalização de fornecimento e demanda. Introdução O congelamento do peixe inteiro é o processamento mais usual (50% do total); Pescado preparado e conservado (29%); Pescado curado (21%); Análogos do pescado à base de surimi ganham espaço; Linguiças, steaks, nuggets e tirinhas também ganharam espaço nas gôndolas dos supermercados; Principais grupos de ingredientes A diversidade de ingredientes que pode ser empregada em processos da área de pescado é grande: Gordura; Cloreto de sódio; Condimentos; Fibras vegetais e animais; Proteínas; Carboidratos Conhecer a funcionalidade de cada item e suas interações com a MP (pescado) permite fazer melhores escolhas. Gordura Apesar da crescente preocupação com a ingestão de calorias, a gordura é um dos principais componentes dos produtos à base de pescado; Funcionalidades tecnológicas e sensoriais: Contribuir para o sabor (Porque ???); Contribuir para a textura (aumento da suculência); Conferir brilho; Reter água durante o cozimento. Gordura Gorduras não cárneas são utilizadas para aumentar a quantidade de ácidos graxos mono e/ ou poliinsaturados (ômega-3); Reduzir também o teor de colesterol; São utilizados: Óleo de oliva; Óleo de soja; Óleo de girassol; Óleo de linhaça; Óleo de canola; Óleo de milho ente outros. Cloreto de sódio O sal é o ingrediente primordial na salga de pescado; Contribui para o sabor, promove emulsão e inibe o crescimento microbiano; Valores de até 2,5% são encontrados em produtos prontos; Produtos com teor reduzido de sódio exige adequação de textura, sabor e estabilidade; São utilizados como substitutos: hidrocoloides, substitutos de sal (KCl), proteínas e/ou enzimas (Mtgase). Condimentos Capacidade primária de conferir sabores diferenciados aos alimentos (perfil sensorial); Preserva os alimentos contra contaminação microbiana (canela, cravo, manjerona, orégano, alho, tomilho e etc Atua como antioxidante (estratos de alecrim, sálvia e orégano) Auxilia na retenção de umidade e estabilização da emulsão cárnea (sementes de mostarda) Colore, como páprica, pimenta vermelha e urucum Mascara odores indesejáveis Fibras vegetais e animais Aumento do crescimento de produtos sem aditivos (Europa) e produtos com apelos nutricionais; Produção e comercialização de diversas fibras vegetais (maça, trigo, batata, aveia, linhaça e etc); Fibras de origem animal (quitosana); Fibras sintéticas: polidextrose Fibras animais e vegetais Tecnologicamente as fibras são empregadas por uma série de características: Retenção de água (mais intensa para fibras solúveis); Emulsificação de gorduras; Formação de gel; Prevenção do encolhimento e deformação de produtos formados durante o cozimento; Texturização Fibras animais e vegetais Fibras de trigo podem ser adicionadas a produtos à base de surimi (até 6%); A polidextrose parece ter ação crioprotetora promissora, mais intensa que o sorbitol, quando usada na mesma concentração; Quitosana: atividade antimicrobiana, forma filmes semipermeáveis, tem capacidade antioxidante, pode ser utilizado na purificação de bebidas. Proteínas As principais fontes proteicas utilizadas pela indústria são hoje: • Gelatina, derivados do sangue (plasma, hemoglobina), albumina do ovo, derivados do leite (soro do leite, caseinato), surimi e CMS De origem animal • Proteínas de soja, trigo e ervilha De origem vegetal Funções: Emulsificação, gelificação e retenção de umidade; Aporte nutricional; Elasticidade; Retenção de aromas; Crioproteção. Carboidratos Muitas fontes de carboidratos são usadas em pescado processado: amido, dextrinas e açúcares. Funções: Redução do custo da formulação; Arrendodamento de sabor e conferência de corpo na boca; Ajuste de textura; Substituição de gordura; Redução da quebra e/ou encolhimento no cozimento; Crioproteção Carboidratos- Amidos O amido é um polímero natural de glicose, presente na maioria dos alimentos; Composto por: amilose e amilopectina; A amilose é um polímero linear e forma géis rígidos; Já a amilopectina é um polímero ramificado que forma géis mais elásticos; Os amidos requerem alguma etapa de ativação para completa hidratação (dissolução e aquecimento); Amidos são os principais extensores utilizados em produtos à base de surimi; Amidos apresentam baixo custo e excelente disponibilidade; Também pode ser aplicado na composição de sistemas de cobertura para empanados. Carboidratos- Dextrinas A dextrina é um derivado do amido obtido após hidrólise parcial; Índice de dextrose Equivalente (DE): mede a quantidade de açúcares redutores e consequentemente seu dulçor; Dextrinas de baixo DE apresentam maior viscosidade e capacidade de emulsificação; São utilizadas para encorpar os produtos e substituir gorduras; Exemplos de atuação de carboidratos em pescado Ingrediente Substrato Dosagem Principais resultados Amido Kani kama do Alasca 7, 11 e 15% Formação de redes viscoelásticas mais firmes com o aumento do teor de amido. Matltodextrinas Surimi do Alasca pollock congelado 8% Boa crioproteção a - 20°C para todos os tratamentos Xarope de glicose Actomiosina natural de truta 8% Efeito criporotetor similar à combinação sorbitol+sacrose Principais grupos de aditivos Industria X órgão legislativos; Produtividade Manutenção dos padrões de qualidade Formulações mais eficientes Segurança alimentar Shelf life Combate a fraudes econômicas Aditivos- Polifosfatos Classe de ingrediente mais versátil; São utilizados em diversas aplicações alimentícias; Há pelo menos 10 tipos diferentes de fosfatos; Devido à sua capacidade de aumentar a retenção de água, os mais utilizados em pescado são os alcalinos; Devem ser aplicados a salmoura antes dos demais ingredientes com maior solubilidade (sal, açúcares); As dosagens variam entre 0,3 a 0,5% (calculados sobre o peso do produto final). Aditivos- Polifosfatos Suas funcionalidades incluem: Criproteção; Retenção de umidade; Prevenção da oxidação e da formação de odores indesejáveis; Redução da quantidade adicionada de sal em produtos emulsionados; Maior uniformidade de embutimento; Melhoram a cor e textura dos produtos. Ácidos orgânicos e seus sais Em produtos de pescado podem ser utilizados como: Acidificantes; Saborizantes; Conservantes; Aceleradores de cura; Fixadores de cor; Antioxidantes. Diacetato de sódio e lactato de sódio redução do pH e atuam como conservantes microbianos para produtos refrigerados (L.monocytogenes) Lactato de sódio em substituição do sorbitol na crioproteção de surimi Ácidos ascórbicos e eritórbico são usados para aumentar a velocidade de cura e para prevenir a oxidação dos pigmentos formados. Antioxidantes A oxidação de lipídios, proteínas e pigmentos é um dos principais responsáveis pela redução da qualidade dos alimentos durante o shelf life; Essa alteração é maior no pescado devido a presença de ácidos graxos poli-insaturados; Vários compostos utilizados em produtos à base de pescado possuem mais de uma capacidade tecnológica; Alternativa: Uso de antioxidantes; Antioxidantes Os antioxidantes podem ser divididos em duas classes: Naturais: ácido ascórbico, ácido cítrico, carotenoides, flavonoides, extratos de especiarias (orégano, cravo, canela); Sintéticos: BHA (A-V) (butil-hidroxianisol); BHT (A-IV) (butil- hidroxitolueno); galatos (A-IX). Aplicação mais promissora: prevenção da melanose (formação de pontos negros em crustáceos); Metabissulfito de sódio atuam na redução do pH e são consumidos durante o processo e perdem sua atividade com o tempo; Tendência para o usos de antioxidantes naturais: óleo de orégano. Tendência para o usos de antioxidantes naturais: óleo de orégano. Corantes A aplicação de corantes em produtos à base de pescado cumpre alguns papéis principais: Ajustar a coloração para compensar sazonais ou interespécie; Permitir a utilização de espécies subutilizadas; Compensar a perda natural de pigmentos pela exposição a luz, ar, altas temperaturas e etc. Corantes • Licopeno (vermelho) • B-caroteno (amarelo); • Urucum (Alaranjado); • Astaxantina (Rosa) Salmão • Páprica (laranja a vermelho alaranjado) aplicação limitada devido ao sabor. Carotenoides • Extrato de uva ( laranja a violeta) sensível a pH Antocianinas • Extrato de beterraba (vermelho); Carmim (vermelho-arroxeado); Caramelo I a IV (amarelo a marrom). Betalainas/Antraquinonas/Caramelos Corantes A cor branca é um atributo crucial para qualidade de grande parte dos produtos de pescado; Apesar do domínio do branco, o salmão e o atum devem parte de seu valor comercial às suas distintas cores; Descoloração de salmão na defumação e falta de coloração em salmões de cativeiro causam importantes perdas econômicas associadas a cor do produto; Caviar são padronizados utilizando corantes artificiais como azul brilhante. Conservantes Muitos dos ingredientes utilizados no processamento de pescado apresentam função conservante, seja ela primária ou secundária; Sal, especiarias, ácidos orgânicos, fosfatos, nitritos, extratos vegetais, bactericinas (nisina); Conservantes naturais estão entre os grupos de aditivos mais pesquisados da atualidade demanda do consumidor. Ingrediente Substrato Método de aplicação Quitosana Filés de Salmão refrigerados Filme comestível Lisozima Filés de bacalhau frescos Imersão em solução Extrato de semente de toranja e extrato de limão Hambúrguer refrigerado Adição a massa Hidrocoloides e outros espessantes O grupo de hidrocoloides agrega moléculas com alta afinidade pela água ; Polissacarídeos de alto peso molecular (pectina, gomas, carboximetilcelulose); A gelatina apesar de ser uma proteína, é associada ao grupo devido à sua funcionalidade; Principais funções: Retenção de água; Melhoria da textura (elasticidade, fatiabilidade); Substituição de gordura e/ou proteína; Prevenção/ controle da formação de cristais no congelamento; Emulsificação Embalagens para pescado Para os alimentos serem comercializados embalagens que permitam o transporte e a conveniência para o consumidor; A escolha da embalagem vai de encontro com a condições de armazenamento e a vida de prateleira desejada; Conter informações obrigatórias pela legislação; Controle de qualidade durante a estocagem. Sistemas de embalagens utilizadas para pescado Sistema de embalagem adequado particularidades específicas de cada produto; Diversas formas de comercialização: congelados, desidratados, prontos para consumo); Os sistemas de embalagens devem ser diferenciados para cada produto; Custo competitivo Embalagem para pescado desidratado Desidratação diminuição da água livre; Uso do calor, pelo processo de salga ou defumação; Função da embalagem: evitar a recomposição da água retirada; A embalagem precisa apresentar baixa permeabilidade ao vapor de água; Atenção: regiões de alta umidade relativa; Filmes de polietileno ou polipropileno com boa espessura combinados ou não com laminados; OBS: Pescado com alto teor de gordura proteção aos raios de luz; Eficiência: vácuo ou injeção de nitrogênio Embalagem para pescado congelado Abaixamento da temperatura e conversão da água disponível em gelo; Os sistemas de embalagens deverão: Permitir o congelamento rápido; Ser impermeáveis aos líquidos; Suportar baixas temperaturas; Ser hermeticamente fechada permitindo o mínimo de entrada de ar. Materiais: papel com revestimento de cera ou laminado com plásticos, folhas de alumínio, filmes plásticos. Quando se usa papel ou cartão, esses requerem proteção adicional Embalagem para pescado congelado Os requisitos de um sistema de embalagem para pescado congelado são: Prevenir o ressecamento do produto durante o armazenamento; Permitir ao consumidor uma avaliação visual, despertando interesse pela compra; Minimizar alterações causadas pelo frio (perda de brilho e cor); Permitir o armazenamento individual (pequenas porções) Embalagens para pescado pronto para consumo Mudança de ritmo de vida dos consumidores diversidade de produtos alimentícios; Maior facilidade no preparo; Muitos estáveis à temperatura ambiente de comercialização; Embalagens: metálicas, bolsas esterilizáveis; vidros para conservas. Embalagens para pescado pronto para consumo As embalagens metálicas são apropriadas para o processamento térmico do pescado; Apresenta boa resistência, fechamento hermético e boa condutividade ao calor; Evitar possível corrosão boa camada de verniz; Embalagens de vidro com tampas metálicas menor fatia do mercado; O uso de embalagem tipo bolsa flexível esterilizável revolucionou o setor de embalagens para pescado; Possuem menor peso, facilidade de abertura, possibilidade de aquecer na própria embalagem, e permitir o tratamento térmico na própria embalagem. Aproveitamento de subprodutos Aproveitamento de subprodutos Introdução A indústria pesqueira gera um volume de resíduos superior a 50%; Estes resíduos não são devidamente aproveitados, tornam-se poluentes, causando severos danos ao meio ambiente; Considerando que estes resíduos contêm um alto teor de proteína e outros nutrientes maior agregação de valor Farinha de pescado -definição Segundo artigo 471 RIISPOA: produto obtido pela cocção de pescado ou de seus resíduos mediante emprego de vapor, convenientemente prensado, dessecado e triturado; É um produto sólido, seco, obtido através do cozimento, prensagem, secagem de peixes inteiros e/ou resíduos da indústria pesqueira; Os resíduos podem ser direcionados para várias modalidades de aproveitamento: Alimentos para consumo humano; Alimentos para consumo animal (ração); Fertilizantes ou adubos orgânicos; Farinha de pescado A maior parte dos resíduos destina-se à produção de farinha (artesanal ou industrial); Rendimento médio de 20-25% em relação a MP; A farinha de pescado nacional é elaborada de resíduos, principalmente oriundos do processo de filetagem e enlatamento; Resíduos: “aquilo que resta de qualquer substância da qual se obteve o produto principal” cujo aproveitamento gera subprodutos Utilização também de peixes pequenos de baixo valor comercial (excesso de espinhas, pequeno porte ou perda do frescor); Peru e Chile produção de farinha com peixes inteiros (grandes produtores de farinha); Farinha de pescado Resíduos utilizados: cabeças, coluna vertebral, parte da carne aderida á mesma, sobras de filetagem, pele, escama); Em frigoríficos processadores de filé de Tilápia 62,5% a 66,5% do peixe é desperdiçada; Resíduos de beneficiamento de crustáceos: carapaças de caranguejo e siris, cabeça e casca de camarões, conchas de moluscos podem corresponderde 60-80%; Farinha de pescado A tabela 1 apresenta dados dos volumes de resíduos gerados após o beneficiamento do pescado Formas de processamento Rendimento de resíduos (%) Pescado limpo 35 Filetagem 60 Caranguejo (retirada da carne) 79 Camarão L. vannamei (filé) 71 Tabela 1: Resíduos gerados de acordo com a espécie e formas de beneficiamento do pescado Farinha de pescado A tabela 2 apresenta dados comparativos entre os componentes químicos dos resíduos de camarão e os das farinhas derivadas Componentes químicos Valores médios (%) Resíduos Farinha Proteína 14,69 49,06 Umidade 70,35 5,15 Gordura 3,42 8,44 Cálcio 1,96 5,95 Fósforo 0,39 1,29 Tabela 2: Composição química da matéria-prima e da farinha obtida de resíduo do camarão Demanda da farinha de pescado A demanda mundial da farinha de pescado é cada vez mais crescente; Avanços da produção aquícola rações para animais aquáticos (fonte proteica); 30 a 55% do mercado de rações; Em 2007 dos 1.070 mil toneladas 300 mil produção de farinha e óleo de pescado; Processamento de farinha de pescado Dois processos devido a quantidade de lipídios: > 3% “redução úmida” (Pescado); < 3% “ redução seca” (Crustáceos); Resíduo da industrialização de crustáceos Secagem artificial (60°C/10h) Trituração em moinho de martelo com peneira de 20 mesh Ensacamento Rendimento médio (19-21%) Fluxograma do processo de obtenção de farinha de resíduos de crustáceos (<3% de lipídios)-redução seca Processamento de farinha de pescado Matéria-prima >3% Cozimento ou cocção Prensagem Desintegração da torta da prensa Secagem Moagem e peneiramento Ensacamento Farinha (20- 25%) Da prensagem podemos retirar o líquido de prensa e por centrifugação obter um óleo de pescado; Estima-se que 95% da indústrias utilizam esse processo Processamento dos resíduos de pescado por redução úmida(>3% de gordura), obtendo-se farinha e óleo. Processamento de farinha de pescado A MP ao chegar à planta deve ser triturada para facilitar a cocção: Cocção: é efetuada com vapor sob pressão que provoca a ruptura das paredes celulares e separação da água do óleo; Também inativa enzimas; Prensagem: Reduzir o teor de óleo e de água separando-o dos sólidos; Facilita posterior secagem do produto; Secagem: Ar quente com altas temperaturas (<12%); A qualidade nutricional dependem do binômio tempoXtemperatura; Secagem muito elevada diminui a digestibilidade das proteínas; Moagem: Uniformizar o tamanho das partículas Composição química e classificação das farinhas de pescado Os componentes químicos são variáveis conforme a procedência da sua MP; Farinha de peixe: > proteínas e lipídios; Farinha de crustáceos: >sais minerais e fibra (quitina); A composição química também pode variar com o estado sanitário dos resíduos; O teor de lipídios deve ser monitorado excesso rancidez oxidativa. Composição química e classificação das farinhas de pescado As farinhas de pescado, segundo padrões do RIISPOA são classificadas em primeira e segunda qualidade; Critério básico: conteúdo de proteína; Primeira qualidade: >60% Segunda qualidade: >40% Teores de lipídios e umidade <10% TIPOS DE FARINHA Farinha branca (“White meal”): Bacalhau, “Alaska pollack”, linguado, merluza; ↓ lipídeos e pigmentos (mioglobina); Coloração pouco de altera na estocagem; Alto valor como ração. TIPOS DE FARINHA Farinha escura (“Brown meal”): Sardinha, cavalinha, peixes migrantes; ↑ lipídeos neutros e mioglobina; Composição química e classificação das farinhas de pescado Componentes químicos (%) Tipos de farinhas X matérias-primas Peixe Siri Camarão Caranguejo Umidade 7-11 10 5,1 7 Proteína 50-75 35 48,2 20 Gordura 8-12 5 7,4 4 Fibra - 10 11,3 14 Cinzas 10-20 40 28,70 51,9 Cálcio 2-8 20 8,95 21 Fósforo 1,5-3,0 1 2,29 0,9 ÓLEO DE PESCADO Introdução O óleo de pescado disponível no mercado mundial provém do corpo do pescado e de uma espécie específica; O local de depósito de gordura de pescado varia entre espécies; Algumas espécies acumulam mais gordura na pele e músculo, outras na cavidade abdominal; Dentro da mesma espécie, a taxa de ácidos graxos difere em virtude de vários fatores: sexo, tamanho, dieta, temperatura, estação do ano. Introdução A maior parte dos óleos de pescado é obtida por prensagem a partir de peixes pelágicos (anchovas); Podem ser obtidos como subproduto na produção de farinha; Presença de ácidos graxos de grande importância nutricional em relação ao outros tipos de óleos; Na nutrição humana pode ser utilizado como complemento nutricional Processamento do óleo do pescado Objetivo geral: processar óleos isentos de impurezas; O óleo bruto contém grande número de triacilgliceróis; Para óleos com fins menos nobres, o grau de remoção das impurezas será menor; Estas dão ao óleo cor escura e tendência a formação de espuma, podendo causar odor desagradável; Processamento do óleo do pescado Em geral, as impurezas consistem em ácidos graxos livres, pigmentos, carboidratos, materiais coloidais, proteínas e seus produtos de degradação; O processamento do óleo do pescado é similar ao dos óleos vegetais; Quando o óleo sai da extração óleo bruto; Para atingir os padrões de consumo, esse óleo passa por uma série de processo de refino. Processamento do óleo do pescado Processos de refino físico e químico eliminação de ácidos graxos livres e impurezas; Refino químico: Os ácidos graxos livres são neutralizados mediante reação com soda cáustica, e separação do óleo na forma de sabões. Refino físico Os ácidos graxos livres são destilados ; São os mais utilizados comercialmente Processamento do óleo do pescado O refino químico permite o processamento de óleos de qualquer natureza, já o refino físico não; Tradicionalmente, o óleo de pescado purificado é processado em quatro etapas consecutivas: degomagem, neutralização, branqueamento e desodorização; Processamento do óleo do pescado Degomagem: remoção das impurezas solúveis e insolúveis lavagem do óleo com uma solução aquosa de uma ácido orgânico (ácido cítrico) submetido a um aquecimento suave; Neutralização (Saponificação): Remoção de ácidos graxos livres tratamento com solução aquosa de soda caustica sob aquecimento brando; produz sabões que necessitam serem lavados com água desmineralizada. OBS: Os resíduos resultantes dessas etapas precisam ser tratados adequadamente para eliminá-los. Processamento do óleo do pescado Branqueamento: Remoção de pigmentos, traços de sabão e traços de metais; Tratamento do óleo com um adsorvente (carvão ativado); Desodorização: Etapa final de purificação; Retirada de cetonas e aldeídos responsáveis pelo odor característico do óleo de pescado; Através da destilação das carbonilas voláteis Usos do óleo de pescado Pode ser utilizado para diversas finalidades: agente no tratamento de couro; em tintas e vernizes; lubrificante; produção de sabão; fungicida e etc; Na indústria de alimentos: óleo enlatado, produção de margarina, maionese, gordura para fritura; Muito usados na linha de produtos farmacêuticos sob forma de óleos concentrados (ômega-3, EPA, DHA); Também utilizado para alimentação animal em aquicultura. Dúvidas?????
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