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Tecnologia do pescado: Fermentação, CMS e Surimi UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS Profª: Thaisa Abrantes Souza Gusmão Fermentação do Pescado Introdução São produtos preparados efetuando-se a salga da MP fermentando-se o produto salgado; Ação de microrganismos ou de enzimas localizadas no próprio tecido da MP; A salga visa eliminar os microrganismos deterioradores (seleção da população bacteriana desejada); Ocorre a hidrólise das proteínas musculares alteração na textura, aparência, aroma e sabor. Alguns benefícios O produto final é geralmente mais estável que a MP original; O valor nutricional e a digestibilidade são aumentados; Melhor aparência e sabor ao produto; Fazendo com que o pescado que seria descartado se transforme em alimento nutritivo. Produtos fermentados de pescado Centenas de produtos fermentados, com diferentes tecnologias e de acordo com a região de origem; Em países desenvolvidos: 1. produto final com sabor peculiar/ 2. preservação do pescado; Alto valor comercial e são consumidos como “délikatessen” ou aperitivos; Em países menos desenvolvidos: 1. preservação do pescado/ 2. fonte de proteína na alimentação; Classificação de produtos de pescado fermentados 1. Produtos cuja forma natural do pescado é preservada; 2. Produtos nos quais o pescado é macerado até se obter uma pasta; 3. Produtos nos quais o pescado é completamente hidrolisado até a forma líquida (molho de pescado). Produtos fermentados de pescado As pastas de pescado fermentados é produzida com peixes inteiros ou triturados, suas ovas, pequenos camarões ou suas ovas e 25% de sal; O produto está pronto quando atinge uma textura pastosa; Em alguns casos o produto pode ser colorido com adição arroz fermentado com levedura (angkak); Produtos fermentados de pescado “Nuoc-mam” é um molho de peixe fermentado produzido com várias espécies de peixes pequenos; Seis partes de peixe são empilhadas em camadas alternadas com quatro a cinco partes de sal em tanques; Após 3 dias o peixe é compactado (formação de uma camada de líquido sobre os peixes); A fermentação dura 6 meses (peixes pequenos) e até 18 meses (peixes maiores); Parte do líquido sobrenadante é drenado e possui um nítido aroma cárneo (primeira qualidade); Parte da massa residual é extraída com água do mar fervente (segunda qualidade). Produtos fermentados de pescado Peixes de tamanho pequeno e inteiros Salga Hidrólise e fermentação Sólidos Extração Drenagem do líquido Líquido drenado Maturação Molho de primeira qualidade Sólido Extração Molho de segunda qualidade Adição de salmoura saturada Fluxograma do processamento do molho de peixe fermentado Produtos fermentados de pescado Os peixes da espécie Engraulis encrasicolus (european anchovy) são os mais utilizados para fabricação de fermentados; “Peixe anchovado” ou “anchovagem” como sinônimo de peixe fermentado e fermentação respectivamente; Em Portugal: semiconserva de anchovas; Itália: Alici (pronuncia-se “ alitche”) Alemanha: Anchovis França: “paté d´anchois” Os anchovados autênticos somente podem ser elaborados com peixes da família Engraulidae; Produtos elaborados com outras espécies são denominados com o nome comum da espécie mais o termo “anchovado” Produtos fermentados de pescado No Brasil é utilizada a sardinha (Sardinella brasiliensis); Possui características de composição que permitem o desenvolvimento do aroma, sabor, cor e textura de produtos anchovados; A produção ocorre em escala industrial pequena; O tempo de produção é longo devido à fermentação; “sardinha anchovada”; “filés de sardinha anchovadas”; “filé de peixe anchovado”; Podem ser considerados semiconservas; RIISPOA- Artigo 490: produto de pescado anchovado Definição RIISPOA- 490 “ Pescado anchovado é o produto obtido a partir da cura prolongada do pescado pelo sal (cloreto de sódio), até que atinja características específicas de cor, sabor, odor e textura, adicionado ou não de aditivos, substâncias aromáticas, vegetais e envasado com óleos comestíveis” Produtos fermentados de pescado Recepção Seleção Lavagem (água clorada 5ppm) Evisceração e descabeçament o Fermentação (90 a 120 dias em salmoura saturada) Retirada da pele Prensagem Filetagem Embalagem Estocagem Expedição Fluxograma do processamento do produto fermentado elaborado com Sardinella brasiliensis Princípios da conservação A elaboração de produtos fermentados de pescado consiste basicamente em um processo de conservação baseado em duas etapas: 1. Salga - Realizada com concentrações variáveis de sal; 2. Maturação - O produto passa por uma hidrólise proteica provocada por enzimas endógenas e/ou produzidas por MO; • Ocorre uma diminuição da umidade; • As proteínas são transformadas em compostos mais estáveis; • Os lipídios são parcialmente oxidados; • Compostos aromáticos são formados produtos com sabor diferenciado. Princípios da conservação Os fermentados de pescado são exemplos típicos da utilização da Tecnologia dos Obstáculos para obtenção de produtos estáveis; Conceito da Tecnologia dos Obstáculos: a estabilidade e a segurança microbiológica da maioria dos alimentos se baseia na combinação de vários fatores (obstáculos); No pescado fermentado: elevado teor de sal redução da aw presença de bactérias competidoras diminuição do pH Uso de conservantes como nitrito e benzoato de sódio Teoria dos obstáculos Elevado teor de sal Presença de bactérias competidoras Redução do pH Presença de conservantes Princípios da conservação Embora a tecnologia empregada seja simples, um série de fatores pode influenciar o processo: A microflora presente no pescado, sal e outros ingredientes; Qualidade e concentração do sal; Condições da MP, incluindo frescor; pH atingido na fermentação; Presença de enzimas das vísceras ou de outras fontes; Duração do processo de fermentação Microflora MO presentes: próprio pescado, ambiente, o sal utilizado e os que podem ser inoculados (acelerar a fermentação); Microflora do pescado marinho: Aeromonas, Pseudomonas, Vibrio; MO adicionados: bactérias acidoláticas (Lactococus, Lactobacillus, Leuconostoc, Pediococus e ect); Durante o processo de fermentação a composição da microflora original é alterada; Os carboidratos são fermentados e as substâncias formadas conferem sabor e odor característicos Efeitos do sal O efeito preservativo primário é a remoção da água do produto (efeito osmótico); Diminuição da aw que limita o desenvolvimento da maioria das bactérias; A quantidade de sal tem grande influência; - quando maior a quantidade de sal, maior a desidratação osmótica e maior ação bactericida; - Em concentrações de sal elevadas, o processo de maturação pode ser inibido; - Os MO deterioradores no pescado são inibidos em concentração de sal de 6 a 8% e aw< 0,95; Efeito do pH O pH sofre uma ligeira elevação antes de seu decréscimo; O eventual aumento inicial é consequência da produção de compostos de caráter básico (bases nitrogenadas voláteis); A queda do pH é causada pela produção de vários ácidos orgânicos (ácido lático, acético, propiônico); Maior declínio do pH: ingredientes como fonte de carboidratos e MO com capacidade fermentativa; Bactérias que se desenvolvem bem em altas concentrações de sal são geralmente sensíveis à acidez: - Combinação de elevado teor de sal e baixo pH é eficiente para preservação do produto. Efeito do uso de condimentos e aditivos Objetivo:obtenção de produtos com diferentes sabores e aromas e garantia de segurança; Uso de açúcar, fontes de carboidrato (melaço, arroz, soja, feijão) possuem papel fundamental como substrato para atuação das bactérias; Alho, cravo, canela, páprica e outros condimentos também são adicionados; Papel antimicrobiano: ácido benzoico, sais de benzoato, nitrato e nitrito de sódio; Efeito das enzimas A maturação do pescado durante a fermentação se dá sob a influência de enzimas do tecido muscular e também produzidas por MO: - Enzimas musculares (tripsina, quimotripsina e pepsina): importantes no início da maturação atividade maior em pH neutro; - Enzimas dos MO: importância no final do processo; • As enzimas vegetais bromelina, papaína e ficina são conhecidas por sua capacidade de amaciar carnes; Características do produto final Os produtos de pescado fermentado são avaliados no término do processo, principalmente por suas características organolépticas; Quando maturado, deve ser macio, mas consistente, e a espinha deve ser facilmente removível da carne; O molho fermentado de peixe é o produto mais conhecido É usado em grande parte como condimento; Os fatores mais importantes da aceitabilidade pelos consumidores são o flavor e o aroma; São excelentes fontes de proteínas e aminoácidos essenciais; Composição Peixe fermentado Umidade: 44 a 47%; Proteínas: 20 a 22%; Lipídios: 7 a 15%; Sal: 15 a 17%; pH: 5 a 5,3 Apesar de os produtos fermentados de pescado possuírem um alto valor nutricional, são pouco difundidos no mercado consumidor, o que torna difícil a sua comercialização. Carne mecanicamente separada (CMS) e Surimi Carne mecanicamente separada (CMS) Também conhecida como “minced fish”; É a polpa de peixe separada de pele e ossos em máquina desossadora; A CMS é obtida pela passagem do pescado eviscerado e descabeçado ou de seus resíduos por uma máquina separadora de carne e ossos; Primeira etapa do isolamento da proteína do pescado para uso como food ingredient; A Codex Alimentarius define CMS como um produto obtido a partir de uma única espécie, ou mistura de espécies de peixes com características sensoriais semelhantes, através de um processo mecanizado da parte comestível, gerando partículas de músculo esquelético isentas de vísceras, escamas, ossos e pele. A Codex Alimentarius define CMS como um produto obtido a partir de uma única espécie, ou mistura de espécies de peixes com características sensoriais semelhantes, através de um processo mecanizado da parte comestível, gerando partículas de músculo esquelético isentas de vísceras, escamas, ossos e pele. Carne mecanicamente separada (CMS) Pode ser condimentada, submetida a cocção, formatada, fatiada e congelada; Salsichas, fisburguers são formulações preparadas a partir do minced; A CMS serve como MP para o surimi; Não deve ser confundida com o pescado triturado (tecnologia que não se restringe apenas à trituração da carne); Surgiu no Japão em 1940; Necessidade da indústria em aproveitar o descarte de carne e a crescente demanda por produtos à base de pescado; Aproveitamento de espécies de baixo rendimento e pouca aceitabilidade; MP versátil para desenvolvimento de novos produtos. Etapas do processamento de CMS de pescado Matéria-prima pra obtenção de CMS: Espécie ser disponível na maior parte do ano; Espécies de carne branca e menor teor de lipídio são consideradas melhores que espécies gordas; Polaca do Alasca (Alaska pollock) Surimi; Cavala, Tilápia; Aparas de Salmão; É possível utilizar uma mistura de espécies de peixes para o CMS (recomenda-se espécies com características similares); A utilização de espécies com baixa expressão econômica vem sendo tema de pesquisa no Brasil; Na Amazônia, peixes de alto valor comercial têm sido utilizados como MP para CMS. Etapas do processamento de CMS de pescado • Recepção do pescado na planta de processamento Deve ser conduzido com rapidez; O peixe deve preferencialmente encontrar-se em estado pré- rigor; A MP para CMS pode ser constituída de resíduos e aparas da filetagem. • Descamação e lavagem O peixe é colocado em cilindro descamador; Em seguida é lavado com água clorada 5ppm; Essa etapa elimina o muco superficial e demais sujidades. Etapas do processamento de CMS de pescado Decabeçamento Pode ser feita manualmente ou por meio de equipamentos; • Evisceração São eliminadas todas as vísceras sem deixar resíduos • Lavagem do peixe eviscerado São removidos o sangue, escamas, resíduos pequenos de vísceras; Utiliza-se água gelada (10°C); O peixe eviscerado deve ser mantido resfriado (2 a 5°C) até o momento da separação mecânica Etapas do processamento de CMS de pescado Separação Mecânica Antes de passar o pescado pelo equipamento é importante a realização de uma rigorosa inspeção de amostras; Consiste em pressionar o pescado eviscerado por meio de perfurações; As espinhas, pele, tendões e demais membranas mantidas na parte externa no equipamento Etapas do processamento de CMS de pescado Tipos de equipamentos utilizados Desossoradores ou debonig machines; Stamp type - Processamento de grandes quantidades de peixe; - Consiste de uma placa em formato de disco com pequenos furos onde o peixe é colocado; - Um raspador preso na haste, movendo-se em círculos, faz com que a MP seja pressionada para o outro lado; - Sobra na parte superior apenas a pele, escamas e ossos. Etapas do processamento de CMS de pescado Belt-and-drum ou tambor rotatório; - Sistema operacional mais usado mundialmente; - Os peixes ou suas aparas passam entre o cinto de borracha e o tambor rotativo perfurado; - As perfurações variam de 3 a 5 mm (polpas com texturas diferentes); - A pele, os ossos e espinhas são retidos na parte externa do cilindro Rosca sem fim Utiliza uma rosca que encaminha o material a ser despolpado contra um cilindro perfurado (1 mm); A CMS oriunda deste equipamento apresenta uma consistência mais pastosa; Necessário controle da temperatura da CMS no interior do cilindro, devido à trituração e acúmulo de ossos; Etapas do processamento de CMS de pescado Em geral, o rendimento após a obtenção da CMS de pescado varia entre 52 e 72%; Maior viabilidade econômica comparada com a filetagem, por apresentar recuperação adicional de carne entre 10 a 20%; A quantidade de recuperação depende da espécie, do seu tamanho, tipo de equipamento utilizado. Etapas do processamento de CMS de pescado Recepção da CMS A CMS cai por gravidade em um tanque receptor; O resíduo é transportado para a área de tratamento de resíduos sólidos; • Lavagem da CMS Tanque lavador com água fria (5-8°C) em uma proporção 3:1 de água e CMS; A agitação pode ocorrer para otimizar a retirada de resíduos e sangue; Depois deixa-se repousar até que a carne sedimente no fundo do tanque; A água superior é removida e conduzida para área de tratamento de resíduos líquidos Etapas do processamento de CMS de pescado A etapa de lavagem pode ser repetida até três vezes, para que se obtenha uma carne mais clara ou branca; A última lavagem deve-se adicionar 0,2 a 0,3 % de sal (facilita a remoção posterior da água); Processo não obrigatório (Apenas para o Surimi); O processo de lavagem pode trazer melhorias ao produto, entretanto remove também grande parte do aroma característico; Melhora a estabilidade dos produtos à base de CMS durante estocagem sob congelamento Apesar disso, muitos consumidores optam por produtos que apresentem sabor e odor mais suaves Etapas do processamento de CMS de pescado Após o processo delavagem, o excesso de água é retirado por meio de prensagem ou centrifugação; Teor de água final: 80 a 84%; • Homogeneização com aditivos Podem ser adicionados antioxidantes e estabilizantes (polifosfatos) no misturador ou em um cutter; Refinamento da CMS Etapas do processamento de CMS de pescado Congelamento Congelamento rápido; A CMS pode ser colocada em formas ou bandejas (blocos de 20 kg) congeladores de placas; Antes do congelamento deve-se aplicar filmes plásticos de polietileno (proteção queimadura do frio e ressecamento); Tempo médio de congelamento: Blocos de 60 mm de espessura, em congelador de placas é aproximadamente 3 hrs a uma temp de -35°C até que atinja -20°C no centro do bloco. Etapas do processamento de CMS de pescado Embalagem Embalagem a vácuo (melhor); Realidade: filmes plásticos e caixas cartonadas • Armazenamento -30 a -20°C durante três a seis meses; • Descongelamento O bloco é cortado em lâminas por meio de um cortador mecânico; Os cortes são colocados em um misturador para descongelamento Produtos à base de CMS de pescado Tanto o CMS como o Surimi são produtos que despontam como MP para inúmeros alimentos análogos de pescado; Fishburguer, tirinhas empanadas, nuggets, embutidos como salsicha e linguiça; Ainda pode-se preparar receitas como quibe, almôndegas, recheio de tortas entre outras; A CMS pode ser utilizada em uma ampla gama de produtos Qualidade de CMS Pontos mais importantes para uma boa elaboração de CMS: Remoção mecânica das porções de carne escura conforme espécie; Minimização da inclusão de sangue e vísceras pela eficiência das etapas de lavagem; Busca da estabilidade da CMS por adição de crioprotetores e aditivos antioxidantes Produção de Fishburguer Pescado inteiro Pesagem Lavagem Descabeçamento /evisceração Lavagem/Branqu eamento (Na2Co3) Separação mecânica da carne e ossos Obtenção do CMS Pesagem/Lavage m Retirada da água Homogeneização e adição de ingredientes e especiarias Formatação do produto e congelamento (- 45°C) Acondicionament o Uma classificação para produtos formatados de pescado é apresentada tanto do ponto de visa de formato como de tendência: Hambúrguer: em forma de disco; Nuggets: em forma de pequenos discos estufado nas duas superfícies; Stick: palitos retangulares; Kibes: formato oval; Multiformes: em forma de desenhos de bonecos e figuras com apelo infantil Formatadoras de Hambúguer Na fase da mistura dos ingredientes é que reside o segredo do sabor especial do hambúrguer de peixe; Adiciona-se na misturadeira, numa temperatura média de 15 oC, os condimentos que irão reforçar o sabor, além da água, sal e de um veículo amiláceo, assim como proteína vegetal e gordura animal; Aditivos químicos aprovados pelo Ministério da Agricultura entram também nesta fase para impedir a formação de processos microbianos; Surimi É um termo Japonês que significa músculo de pescado picado (triturado); Extrato de proteínas miofibrilares do pescado (elevada capacidade geleificante e emulsificante); Pode ser definido: Músculo de pescado moído previamente, desossado (mecanicamente separado), lavado várias vezes com água fria (5-10°C) seguido pela mistura de crioprotetores; O Surimi não é um produto final, mas sim uma MP para produção de uma série de imitações de frutos do mar; É preparado a partir de espécies de pescado pouco valorizadas e de difícil comercilização Peixe inteiro Descabeçament o/evisceração Lavagem/limp eza Separação mecânica CMS Lavagens (3 a 5 vezes) Drenagens/Ref inação Desidratação Adição de agentes químicos Homogeneizaç ão Formação do bloco Congelamento rápido SURIMI congelado Fluxograma Processamento Surimi Surimi O processo de lavagem requer uma proporção de 5-20 vezes o volume de água em relação ao volume de pescado; Quando necessário ajusta-se o pH entre 6,0 e 7,0 com bicarbonato de sódio (1%) ou ácido clorídrico (1%); O excesso de água é removido por pressão do tecido; Os crioprotetores são então adcionados (4% de sacarose, 4% de sorbitol e 0,2% de polisfosfatos; Os crioprotetores são utilizados para previnir a desnaturação durante o armazenamento congelado; Para produção de Surimi o pescado não deve ser congelado, apenas mantido sob refrigeração para garantir as propriedades funcionas das proteínas. Lavagem. Evisceração e descabeçamento. Separação da carne, pele e espinhas Lavagem e prensagem • Os ciclos de lavagem são realizados com dois objetivos: 1) Separação mecânica de impurezas; 2) Eliminação de substâncias solúveis em água • A carne é lavada sucessivamente com água fria (10°C) • Na primeira lavagem é adicionado 0,4-0,5% de bicarbonato de sódio para aumentar o poder do gel; • O pH deve ser mantido entre 6,5-7,0; • Na última lavagem é adicionada solução salina fraca (0,2M) Prensagem Conteúdo final de água 80% Homogeneização, refino e estabilização com crioprotetores Moldeamento A carne é colocada em formas de alumínio de aproximadamente 2 kg de capacidade, coberta com polietileno para posterior congelamento Congelamento Os congeladores de placas horizontais (-30°C) são os mais adequados para congelar carne triturada em blocos; Comparação entre Surimi e CMS de pescado O Surimi é um produto mais refinado que a CMS, devido ao maior número de lavagens; Adição das etapas de refinação e homogeneização com agentes crioprotetores; Na obtenção da CMS, não remoção efetiva de proteínas sarcoplasmáticas e lipídios (afeta a instabilidade do produto); O surimi é um produto estabilizado; Produção de análogos ou imitação de caranguejo, lagosta e camarão; Surimi: formação de gel elástico Comparação entre Surimi e CMS de pescado Produtos à base de CMS são tecnologicamente mais antigos e menos complexos; Ocupam uma fatia maior de mercado; Obtenção simples e mais viável economicamente; No processamento de Surimi é necessário um maior investimento em equipamentos como lavadores, centrífugas e refinadores. Produção de surimi e de produtos derivados Produtos tradicionais japoneses; Novos produtos; Análogos de pescado A fabricação desses produtos difere não apenas na formulação, mas na forma de realizar o aquecimento e no procedimento para conseguir a textura final Produção de surimi e de produtos derivados Surimi congelado Descongelamento Redução do tamanho Mistura (Cutter) Modelagem e geleificação NaCl (2-3%) Amido, Albumina de Ovo, Outros ingredientes Operações implicadas no processo de obtenção dos derivados de surimi Produção de surimi e de produtos derivados As maiores dificuldades para fabricação de produtos análogos ou imitações consistem em obter sabor, textura e aparência similares ao produto que se quer imitar; O sabor tem que ser o mais natural possível; Precisam ser estáveis durante a comercialização e cozimento posterior; A textura deve ser firme e ligeiramente elástica durante a mastigação; A comercialização geralmente é feita em estado congelado Kamaboko, chikuwa, hanpen e satsuma-age elaborados com surimi. Kanikama ou crab stick nos diversos formatos, cores e sabores. Imitações de camarão, cauda de lagosta, pata de caranguejo utilizando o surimi como MP Dúvidas?????
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