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um domínio de ligação ao fator de crescimento no exte- rior da célula e um domínio de proteí na quinase no interior. Como essas proteí nas poderiam transferir um sinal do exterior para o interior da célula? A Leia a resposta do problema no material disponível on-line. Oncogenes virais v-erbB e v-fms resolva! 6 Fundamentos de Genética tabela 23.1 oncogenes retrovirais. Oncogene Vírus Espécie de hospedeiro Função do produto gênico abl Vírus da leucemia murina de Abelson Camundongo Proteí na quinase tirosina‑específica erbA Vírus da eritroblastose aviá ria Galináceo Análogo do receptor do hormônio tireó ideo erbB Vírus da eritroblastose aviá ria Galináceo Versão truncada do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGF) fes Vírus do sarcoma felino ST Gato Proteí na quinase tirosina‑específica fgr Vírus do sarcoma felino de Gardner‑Rasheed Gato Proteí na quinase tirosina‑específica fms Vírus do sarcoma felino de McDonough Gato Análogo do receptor do fator estimulador de colônias (CSF‑1) fos Vírus do osteo ssarcoma FJB Camundongo Proteí na ativadora da transcrição fps Vírus do sarcoma de Fuginami Galináceo Proteí na quinase tirosina‑específica jun Vírus do sarcoma aviá rio 17 Galináceo Proteí na ativadora da transcrição mil (mht) Vírus MH2 Galináceo Proteí na quinase serina/treonina‑específica mos Vírus do sarcoma de Moloney Camundongo Proteí na quinase serina/treonina‑específica myb Vírus da mieloblastose aviá ria Galináceo Fator de transcrição myc Vírus da mielocitomatose MC29 Galináceo Fator de transcrição raf Vírus do sarcoma murino 3611 Camundongo Proteí na quinase serina/treonina‑específica H‑ras Vírus do sarcoma murino de Harvey Rato Proteí na de ligação a GTP K‑ras Vírus do sarcoma murino de Kirsten Rato Proteí na de ligação a GTP rel Vírus da re ticuloendoteliose Peru Fator de transcrição ros Vírus do sarcoma aviá rio URII Galináceo Proteí na quinase tirosina‑específica sis Vírus do sarcoma símio Macaco Análogo do fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF) src Vírus do sarcoma de Roux Galináceo Proteí na quinase tirosina‑específica yes Vírus do sarcoma Y73 Galináceo Proteí na quinase tirosina‑específica aminoá cidos e c‑src codifica uma proteí na de 533 aminoá‑ cidos. Usando os genes v‑onc como sondas, outros genes c‑onc foram isolados de muitos organismos diferentes, entre eles os seres humanos. Em regra, esses oncogenes celulares apresentam considerável conservação da estru‑ tura. Drosophila, por exemplo, tem homólogos muito se‑ melhantes dos oncogenes celulares de vertebrados c‑abl, c‑erbB, c‑fps, c‑raf, c‑ras e c‑myb. A semelhança de oncoge‑ nes de diferentes espécies é uma forte indicação de que as proteí nas que eles codificam participam de importan‑ tes funções celulares. Por que os c‑oncs têm íntrons, mas os v‑oncs não? A res‑ posta mais plausível é que v‑oncs derivaram de c‑oncs pela inserção de um mRNA de c‑onc totalmente processado no genoma de um retrovírus. Então, um vírion que tem uma molécula recombinante empacotada desse tipo seria capaz de transduzir o gene c‑onc sempre que infectasse outra célu‑ la. Durante a infecção, haveria transcrição reversa do RNA recombinante em DNA seguida por integração aos cromos‑ somos da célula. O que seria mais útil para um vírus que um novo gene que estimula o crescimento de seu hospedeiro enquanto seu genoma integrado aproveita a carona? Em muitos casos, a aquisição de um oncogene por um retrovírus foi acompanhada pela perda de algum material genético viral. Como o material perdido é necessário para a replicação viral, esses vírus oncogênicos só são capazes de se reproduzir na presença de um vírus auxiliar. Nes‑ se aspecto, assemelham‑se aos bacterió fagos transdutores anômalos sobre os quais comentamos no Capítulo 8. Por que os v‑oncs induzem tumores, mas os c‑oncs nor‑ mais não? Em alguns casos, parece que o oncogene viral produz muito mais proteí nas que seu correspondente Capítulo 23 Base Genética do Câncer 7 celular, talvez em razão da ativação da transcrição por acen tuadores inseridos no genoma viral. Em células tu‑ morais de galináceos, por exemplo, o gene v‑src produz 100 vezes mais tirosina quinase que o gene c‑src. É claro que esse grande suprimento de quinase perturba os deli‑ cados mecanismos sinalizadores que controlam a divisão celular, o que causa crescimento desregulado. Outros ge‑ nes v‑onc podem induzir tumores pela expressão de suas proteí nas em ocasiões impróprias ou pela expressão de formas alteradas – ou seja, mutantes – dessas proteí nas. onCogenes Celulares mutantes e CânCer Os produtos dos c‑oncs têm papéi s essenciais na regulação das atividades celulares. Consequentemente, a mutação de um desses genes pode perturbar o equilíbrio bioquí mico de uma célula e colocá‑la no caminho de se tornar cancerosa. Estudos de muitos tipos diferentes de cânceres humanos mostraram que os oncogenes celulares mutantes estão asso‑ ciados ao desenvolvimento de um estado canceroso. A primeira evidência que relacionava o câncer a um c‑onc mutante veio do estudo de um câncer de bexiga hu‑ mano. A mutação responsável por esse câncer de bexiga foi isolada por Robert Weinberg e seus colegas por meio de um teste de transfecção (Figura 23.3). O DNA foi extraí‑ do do tecido canceroso e fragmentado em pequenos tre‑ chos; depois, cada trecho foi ligado a um segmento de DNA bacteriano, que serviu de marcador molecular. Os fragmentos de DNA marcados foram introduzidos, ou transfectados, em células em cultura para verificar se al‑ gum deles poderia transformar as células em um estado canceroso. Esse estado poderia ser reconhecido pela ten‑ dência das células cancerosas a formar pequenos aglo‑ merados, ou focos, quando cultivadas em placas de ágar semissólido. O DNA dessas células foi extraí do e exami‑ nado para verificar se continha o marcador molecular relacionado com os fragmentos transfectantes originais. Em caso afirmativo, testava‑se novamente a capacidade do DNA de induzir o estado canceroso. Depois de vários testes, a equipe de pesquisa de Weinberg identificou um fragmento de DNA do câncer de bexiga original respon‑ sável pela transformação reprodutível de células culti‑ vadas em células cancerosas. Esse fragmento tinha um alelo do oncogene c‑H‑ras, homólogo de um oncogene da linhagem Harvey do vírus de sarcoma de rato. A aná‑ lise subsequente da se quência de DNA mostrou que um nucleo tí dio no códon 12 desse alelo havia sofrido muta‑ ção, com a substituição da glicina normalmente encon‑ trada nessa posição na proteí na c‑H‑ras por uma valina. Agora os geneticistas têm alguma noção do mecanismo de transformação cancerosa das células por essa mutação. Ao contrário dos oncogenes virais, o gene c‑H‑ras mutante não sintetiza quantidades anormalmente grandes de proteí‑ nas. Em vez disso, a substituição da glicina por valina na posição 12 compromete a capacidade da proteí na c‑H‑ras mutante de hidrolisar um de seus substratos, o trifosfato de guanosina (GTP). Em razão desse comprometimento, a proteí na mutante é mantida em modo ativo de sinalização, transmitindo informações que acabam por estimular a divi‑ são descontrolada das células (Figura 23.4). Versões mutantes dos oncogenes c‑ras foram encontra‑ das em um grande número de diferentes tumores huma‑ nos, entre eles tumores do pulmão, do cólon, da mama, da próstata e da bexiga, bem como em neuroblastomas (cânceres das células nervosas), fibrossarcomas (cânce‑ res do tecido conjuntivo) e teratocarcinomas (cânceres que contêm diferentes tipos celulares embrionários). Em todos os casos, as mutações causam substituições de aminoá cidos em uma destas três posições: 12, 59 ou 61. Cada uma dessas substituições de aminoá cidos compro‑ mete a capacidade da proteí na Ras mutante de desativar seu modo de sinalização ativa. Portanto, esses tipos de mutações estimulam o crescimento e a divisão celular. Nesses tipos de câncer, apenas uma das duas cópias do gene c‑ras sofreu mutação.