Buscar

1 primeira ação de reintegração de posse

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA CIDADE DE SÃO PAULO – SP.
 
CAROLINE, brasileira, solteira, portadora do RG nº (…), inscrita no CPF sob o nº (...), endereço eletrônico (...), residente e domiciliada nesta Cidade, CEP nº (...), vem respeitosamente com fulcro nos artigos 560 e 1.210, ambos do Código de Processo Civil, perante a Vossa Excelência propor:
 AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
Em face de JOÃO PAULO, nacionalidade (...), estado civil (...), portador do RG nº (…), inscrita no CPF sob o nº (...), endereço eletrônico (...), residente e domiciliado (...), CEP nº (...),  e NICE, nacionalidade (...), estado civil (...), portadora do RG nº (…), inscrita no CPF sob o nº (...), endereço eletrônico (...), residente e domiciliada (...), CEP nº (...),  pelas razões de fato e de direito a seguir expostos e no final requer.:
I - DOS FATOS
A autora é proprietária do imóvel localizado nesta Cidade de São Paulo e reside há 5 anos. O terreno é constituído por acessão e por um pomar. Antes de iniciar as obras no imóvel, a autora teve de fazer uma viagem de emergência para outro Estado e retornaria depois de dois meses a São Paulo. A autora então comentou sobre a viagem com alguns vizinhos, a saber, João Paulo, Nice, Marcos e Alexandre e pediu que eles olhassem imóveis enquanto ela permanecia em viagem. Ao retornar de viagem, Carolina se deparou com João Paulo e Nice que tomaram posse do imóvel, pois estes não acreditavam que ela retornaria.
Nesse ínterim, vale ressalvar que os requeridos danificaram o telhado da casa ao instalar uma antena pirata o que acarretou em uma série de infiltrações gerando um prejuízo de R$ 6.000,00 (seis mil reais). Como se não bastasse, os requeridos vêm colhendo e vendendo boa parte da produção de laranjas do pomar, totalizando um prejuízo de R$ 19.000,00 (dezenove mil reais).
Eis o breve relatório dos fatos.
II - DO PEDIDO LIMINAR
No tocante à a manutenção e da reintegração de posse, preceitua o Código de Processo Civil: 
Art. 562. “Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando se o réu para comparecer à audiência que for designada”.
Dessa maneira, a presente ação, traz provas que demonstram ser o autor o proprietário do imóvel a qual teve a sua posse turbada. Assim Requer seja deferido mandado de reintegração na posse ou alternativamente mandado de manutenção LIMINAR.
III – DO DIREITO
Em primeiro momento, cumpre esclarecer que a propriedade privada inserida no rol dos direitos e garantias fundamentais da Constituição Federal:
“Art. 5. – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros, e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade, nos termos seguintes: (…)
XXII – é garantido o direito de propriedade;
Consoante o artigo 1210 do Código Civil;
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
Diante do exposto, cabe ao Estado garantir a tutela jurisdicional, sendo certo que nenhuma lesão ou ameaça a direito será excluída da apreciação do Poder Judiciário (C. F., art. 5º, XXXV). A posse anterior do autor no imóvel esbulhado, por sua vez, resta incontestável pelos fatos alegados
Portanto, demonstrado pelo autor os requisitos do artigo 560 e seguintes do CPC, requer a este respeitoso juízo a expedição mandado de reintegração de posse
IV – DA INDENIZAÇÃO
Os requeridos danificaram o telhado do imóvel o que ocasionou um prejuízo de R$ 6.000,00 (seis mil reais) e vêm colhendo boa parte da produção de laranjas acarretando um prejuízo de R$ 19.000,00 (dezenove mil reais).
Ainda nessa seara, o esbulho sofrido está devidamente caracterizado, pelos fatos acima narrados, que poderão ser comprovados pelas testemunhas durante a instrução processual.
Vejamos o disposto no Código Civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Ademais:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
O art. 944, do Código Civil de 2002 preceitua que a indenização mede-se pela extensão do dano(restitutio in integrum).Logo, nota-se que a indenização, no que diz respeito à sua valoração, deverá ser medida de acordo com a própria extensão do dano causado e comprovado pela vítima.
Por fim, os requeridos devem ser condenados ao importe de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).
 V - DO PEDIDO
Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência:
a) Seja expedido, sem ouvir- se o réu, mandado liminar de reintegração de posse;
b) os requeridos sejam intimados da decisão liminar, para que conteste a ação no prazo de cinco dias sob pena de revelia.
c) A condenação dos requeridos ao pagamento do importe de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais);
d) Ao final, seja a ação julgada TOTALMENTE PROCEDENTE, mantendo-se a liminar concedida, condenando-se o requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do artigo 85 CPC/2015;
e) Protesta o autor em provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, em especial a oitiva de testemunhas ao final arroladas.
Dá-se à causa o valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais);
Nestes termos,
pede e espera deferimento.
Local e data
ADVOGADO
OAB