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Aula 03 - Avaliação do Estado Nutricional de Pacientes Hospitalizados

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Faculdade Maurício de Nassau
 
Disciplina: Patologia da Nutrição e Dietoterapia
 
Aula 03: Avaliação do Estado Nutricional de Pacientes
Hospitalizados
 
Prof.ª Fabrina O.A.M. Coelho
A avaliação do EN é essencial
no acompanhamento de
pacientes internados, pois
objetiva verificar as
alterações nutricionais nos
mesmos, possibilitando-lhes
uma intervenção adequada
para a recuperação e/ou
manutenção da sua saúde.
(SOUSA et al, 2018)
* O início da avaliação do EN em hospitais é a realização da
triagem nutricional (identificação das características que têm
relação com problemas nutricionais, com o objetivo de identificar
indivíduos em risco nutricional).
 
* Riscos Nutricionais: Desnutrição ou potencial para desenvolvê-
la (perda involuntária > 10% do PU em 6 meses ou > 5% em 1 mês,
ou PA 20% abaixo do ideal); Doenças crônicas; Doenças
hipercatabólicas; Anorexia; Febres incoercíveis; Traumas; NE ou
NP; Problemas na deglutição e absorção.
 
* Na presença de risco, o próximo passo é a realização
propriamente da avaliação nutricional a fim de determinar ou
quantificar o grau do agravo nutricional.
 
* Em seguida, deve-se estabelecer um plano de cuidado com
determinação da conduta dietética. (CARVALHO, 2016)
Triagem Nutricional
* Perda de peso dos últimos três meses;
 
* Índice de massa corporal (IMC);
 
* Ingestão alimentar (apetite e capacidade de se
alimentar);
 
* Fator de estresse.
 
(Nutritional Risk Screening - Triagem de Risco Nutricional – NRS-2002)
Resultados da Triagem Nutricional e Condutas
1. O paciente não está em risco e precisa ser novamente
triado em intervalos específicos de tempo durante a
internação (ex.: semanalmente);
2. O paciente está em risco e um plano de cuidado
nutricional é trabalhado pela equipe;
3. O paciente está em risco, porém problemas funcionais e
metabólicos prejudicam que seja implantado um plano de
cuidado nutricional;
4. Existe dúvida se o paciente está em risco nutricional.
 
Nos 2 últimos, deve ser feito encaminhamento ao
nutricionista para realização da AN detalhada.
Condições hospitalares que contribuem para a
piora do EN
* Alta rotatividade dos funcionários da equipe de saúde
* Peso e altura não aferidos, desnutrição não identificada
* Não observação da ingesta alimentar por parte dos pacientes
* Intervenção cirúrgica em pacientes desnutridos sem reposição
nutricional
* Uso prolongado de soros por via venosa ao lado de dieta Zero
* Ausência de terapia nutricional em estados hipermetabólicos
* Retardo no início da terapia nutricional
Métodos de Avaliação do EN em hospitais
•
-
-
-
•
-
-
-
Diretos:
Avaliação Antropométrica (peso, estatura, circunferências,
dobras cutâneas)
Avaliação Bioquímica
Avaliação do Consumo Alimentar
 
Indiretos:
Avaliação Subjetiva Global (ASG);
Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Paciente (ASG-
PPP);
Mini Avaliação Nutricional (MAN).
Algumas medidas antropométricas
Estimativa da altura em
homens (cm) = 64,19 – (0,04 x
I) + (2,02 x AJ)
E em mulheres (cm) = 84,88 –
(0,24 x I) + (1,83 x AJ)
Braçada: abrir os braços
formando com o tronco um
ângulo de 90º. Medir a
extensão de um braço a outro.
Estimativa do peso em homens: (0,
98xCPcm) + (1,16xAJcm) + (1,73xCBcm)
+ (0,37xPSEmm) – 81,69
Em mulheres: (1,27xCP) + (0,87xAJ) +
(0,98xCB) + (0,40xPSE) – 62,35
Algumas medidas bioquímicas
•
•
•
Hemoglobina e Hematócrito
 
 
 
 
 
 
Albumina: têm sido relacionada com o EN e gravidade da doença, além de
medir as reservas imunológicas momentâneas, indicando as condições do
mecanismo de defesa celular. É a proteína plasmática mais medida na
avaliação das reservas protéicas do organismo, pois sua síntese encontra-se
diminuída nos casos de carência de proteínas na dieta.
 
 
 
 
Contagem Total de Linfócitos: para medir as reservas imunológicas
momentâneas. Linfócitos/mm3: %linfócitos x nºleucócitos /100
 
 
Normal Depleção leve a
moderada
Depleção grave
3,5 a 5g% 3,49 a 2,40g% <2,40g%
 Normal Moderadamente
reduzido
Gravemente
reduzido
Hemoglobina Masculino >12 12,0-10,0 <10,0
 Feminino >10 10,0-8,0 <8,0
Hematócrito Masculino >36 36,0-31,0 <31,0
 Feminino >31 31,0-24,0 <24,0
Normal Desnutrição leve Desnutrição
moderada
Desnutrição grave
>2.000 1.200 a 2.000 800 a 1.199 <800
ASG
* Engloba não apenas alterações da composição corporal, mas
também alterações funcionais do paciente;
* Método simples, de baixo custo e não invasivo, podendo ser
realizado à beira do leito;
* Por ser de fácil execução e boa repetibilidade, vem se
tornando o método de escolha também em outras situações
clínicas, seja na sua forma original ou após adaptações;
* Parece ser capaz de identificar adequadamente os pacientes
de maior risco para complicações pós-operatórias.
* Uma limitação do método é sua utilização para monitorar a
evolução dos pacientes. Como é baseada exclusivamente em
critérios qualitativos, pequenas alterações do estado nutricional
não seriam detectadas em curto prazo.
ASG-PPP
* Surgiu pela necessidade de haver um método fácil e de baixo
custo que pudesse ser utilizado em pacientes oncológicos
ambulatoriais;
* Consiste em um questionário autoaplicável dividido em duas
partes. Na primeira, há perguntas sobre perda de peso,
alteração da ingestão, sintomas (sendo acrescentados itens
relacionados ao paciente oncológico) e alterações na
capacidade funcional. A segunda parte deve ser preenchida
pelo nutricionista, médico ou enfermeiro e considera a
avaliação de fatores associados ao diagnóstico que aumentem
a demanda metabólica. Esta segunda parte também
contempla a realização do exame físico.
MAN
* Aplicável a pacientes idosos.
 
* Método simples e rápido de identificação de pacientes
idosos que apresentam risco de desnutrição ou que já
estão desnutridos. Para tanto, considera-se a ocorrência
de mudanças de peso ou dos níveis de proteína sérica,
tendo correlação com a morbidade e mortalidade.
Níveis de Assistência Nutricional (NAN)
* Primário: Pacientes cuja doença de base ou problema não exija
cuidados dietoterápicos específicos (pneumonia, gripe,
conjuntivite, varicela) ou pacientes sem risco nutricional.
Condutas Nutricionais: - Triagem nutricional até 48 horas -
Verificação e análise da prescrição médica - Planejamento
dietético - Registro do atendimento em prontuário - Retorno em
até 1 semana - Aferição de peso a cada 15 dias.
 
* Secundário: Pacientes cuja doença de base ou problema não
exija cuidados dietoterápicos específicos, porém apresentam
riscos nutricionais, ou pacientes cuja doença de base exija
cuidados dietoterápicos, mas não apresentam risco nutricional
(disfagia, diabetes, alergia à proteína do leite de vaca, HA).
Níveis de Assistência Nutricional (NAN)
Condutas Nutricionais: - Triagem nutricional até 48 horas -
Avaliação do EN e diagnóstico nutricional a cada 1 semana -
Verificação da prescrição médica - Planejamento dietético após
análise da prescrição médica - Evolução clínica e nutricional -
Orientação nutricional durante a internação - Orientação
nutricional na alta hospitalar - Registro do atendimento em
prontuário - Retorno em até 96 horas (4 dias)
 
* Terciário: - Pacientes cuja doença de base exija cuidados
dietoterápicos especializados (prematuridade, baixo peso ao
nascer, erros inatos do metabolismo, câncer, caquexia cardíaca)
ou pacientes que apresentam risco nutricional.
Níveis de Assistência Nutricional (NAN)
Condutas Nutricionais: - Triagem nutricional em até 48 horas -
Visita diária - Avaliação do estado nutricional e diagnóstico
nutricional a cada 7 dias - Verificação da prescrição médica -
Planejamento dietético após análise da prescrição médica -
Evolução clínica e nutricional - Orientação nutricional durante a
internação - Orientação nutricional na alta hospitalar - Registro
do atendimento em prontuário - Retorno em até 72 horas (3 dias)
Cálculo das Necessidades Energéticas do Paciente Hospitalizado
Homens TMB  66  (13,7 X Peso em Kg)  (5 X Estatura em
cm) – (6,8 X Idade em anos)
MulheresTMB 655 (9,6 X Peso em Kg)  (1,7 X Estatura em
cm) – (4,7 X Idade em anos)
Fórmula para estimar a TMB:
 Fórmula de Harris & Benedict (1919):
GET = TMB x FI x FA x FT
Usar para pacientes em condição de estresse ou injúria que
tenham doenças crônicas
PI se o objetivo for ganho de peso. PA se paciente
eutrófico. No caso de obesidade, pode-se usar o peso
ajustado: Peso ajustado = (Peso ideal – Peso atual)
X 0,25 + Peso atual
 FI (Fator Injúria): INDIVIDUALIZAR!
 FA (Fator Atividade): INDIVIDUALIZAR!
CONDIÇÃO FÍSICA FA
Acamado no ventilador 1,1
Acamado 1,2
Acamado + móvel 1,25
Deambulando 1,3
Fonte: JESUS, 2002; AUGUSTO et al., 1995. * Adaptado de SILBERMAN;
ELISENBERG; GUERRA, 2002.
 FT (Fator Térmico): INDIVIDUALIZAR!
TEMPERATURA FT
 38Cº 1,1
 39Cº 1,2
 40Cº 1,3
41Cº 1,4
Fonte: al., 1995. * Adaptado de SILBERMAN; ELISENBERG; GUERRA,
2002.
Cálculo das Necessidades Energéticas do Paciente Hospitalizado
• Fórmula de “bolso”(Ferrannini,1988; Patinõ, 2000):
VET = PESO IDEAL x KCAL
 Condição clínica Kcal/kg/dia
Perda de peso / Paciente crítico 20 a 25
Manutenção de peso / Trauma 25 a 30
Ganho de peso / Cirurgia eletiva 30 a 35
TCE (traumatismo crânio-encefálico) 35 a 40
Grau de estresse Kcal/kg/dia
Sem estresse 22 a 25 kcal/kg/dia
Estresse leve 25 a 27 kcal/kg/dia
Estresse moderado 25 a 30 kcal/kg/dia
Estresse intenso 30 a 33 kcal/kg/dia
Queimado (<30%) 30 a 35 kcal/kg/dia
Obeso 20 a 22 kcal/kg/dia
Cálculo das Necessidades Energéticas do Paciente Hospitalizado
• Fórmula Adaptada da RDA (1989)
Condição g/KgPI/dia
Normal – sem estresse 0.8 –1.0
Cirurgia eletiva – estresse
leve
1.0- 1.5
Cirurgia eletiva – estresse
moderado
1.5-2.0
Queimaduras>20% SC 2.5
IRC sem diálise 0.5-0.6
IRC com diálise 1.2-1.5
Insuficiência hepática 1.0-1.2
Cálculo das Necessidades Energéticas do Paciente Hospitalizado
• Fórmula da FAO (OMS), 1985:
Indicada para pacientes sadios ou em
acompanhamento ambulatorial com doenças leves
Idade Masculino Feminino
10 a 18 16.6 P + 77 A + 572 7.4 P + 482 A + 217
18 a 30 15.4 P +27 A + 717 13.3 P + 334 A + 35
30 a 60 11.3 P + 16 A + 901 8.7 P – 25 A + 862
>60 8.8 P + 11 A +1071 9.2 P + 637 A – 302
TMB
Idade Atividade
Ocupacional
Mulheres Homens
18,1 a 60 Leve
Moderada
Intensa
1,55
1,65
1,80
1,55
1,80
2,10
>60 Leve
Moderada
Intensa
1,40
1,60
1,80
1,40
1,60
1,80
Fator Atividade
TMB no
sedentário
multiplicar
por 1,2
VET: TMB x
FA
Padronização de Porções
Grupos
Porções
1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400 2600
Pães, cer.,
tubérculos,
massas
3 4 4 5 6 6 7 8
Verd. e
legumes
3 3 3 3 3 3 4 4
Frutas 3 3 3 3 3 3 4 4
Leite e der. 2 2 3 3 3 3 3 3
Carnes 1 1 1 1 1 2 2 2
Feijões 1 1 1 1 1 2 2 2
Óleos/gord. 0 1/2 1 1 1 1 1 1
Açúc. 0 1/2 1 1 1 1 1 1
Valor
estimado
1190 1431 1643 1873 1943 2188 2423 2573
 
Obrigada!
 
Profª Fabrina O.A.M. Coelho
 
Nutricionista (UFPI)
Especialista em Docência do Ensino Superior (UFPI)
Especialista em Educação à Distância (FAP)
Especialista em Nutrição Funcional Clínica, Fitoterápica e
Esportiva (IDB – Faculdade Evolução)
 
Email: fabrinaoamcoelho@hotmail.com

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