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Resumo de Direito Penal 3

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Direito Penal 3
Dos crimes contra a vida 
Homicídio - Art 121
 1- Homicídio simples (art. 121, caput, CP)
"matar alguém"
Por exclusão, o homicídio será “simples” quando o fato não se adequar a qualquer das hipóteses de homicídio “privilegiado” ou “qualificado”.
*Quando o Homicídio Simples é cometido em atividade típica de grupo de extermínio, mesmo cometido por um único executor, ele será definido como crime hediondo (art. 1º, I, Lei 8072/90).
2- Homicídio Privilegiado (art. 121, § 1º, CP)
As privilegiadoras não se comunicam na hipótese de concurso de pessoas.
A) “Impelido por motivo de relevante valor social”
É aquele que fundamenta-se no interesse de todos os cidadãos de determinada coletividade.
B) “Impelido por motivo de relevante valor moral”
É aquele que, em si mesmo, é aprovado pela ordem moral.
C) “Sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima”
A emoção deve ser intensa, violenta, a provocação deve justificar a repulsa do agente. Se a emoção, entretanto, for menor ou não for logo após a injusta provocação da vítima, não haverá constituição da privilegiadora, mas poderá ocorrer a atenuação genérica explicitada no dispositivo do art. 65, III, c, do CPB.
OBS: quando reconhecida uma privilegiadora, é inadmissível, pelo mesmo motivo, admiti-la como atenuante (Art. 65, III, a, do CP).
3- Homicídio Qualificado (art. 121, § 2º, do CP)
Todos as modalidades presentes neste dispositivo são consideradas circunstâncias previstas na lei de crimes hediondos (art. 1º, I, lei 8072/90).
A) Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe (art. 121, § 2º, I, do CP)
Na “paga” o agente recebe previamente a recompensa, que não é necessariamente dinheiro, pelo crime. Respondem pelo crime qualificado quem praticou a conduta e quem pagou ou prometeu a recompensa.
OBS: Os mandados gratuitos não qualificam o crime, tampouco eventuais benefícios concedidos a posteriori. Segundo a jurisprudência do STJ, a vingança, por si, isoladamente, não é considerada motivo torpe.
B) Motivo Fútil (art. 121, § 2º, II, do CP)
C) Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum - MEIOS QUALIFICADORES (art. 121, § 2º, III, do CP)
A utilização de veneno só qualifica o crime, como meio insidioso, se for feita dissimuladamente como cilada. Quando a vitima tem conhecimento, tratar-se-á de meio cruel. A asfixia pode ser mecânica (enforcamento, afogamento) ou tóxica (uso de gás asfixiante) 
D) À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido - MODOS QUALIFICADORES (art. 121, § 2º, IV, do CP.)
OBS: Não se configura a traição se a vítima pressente a intenção do agente.
E) Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime – FINS DO CRIME (art. 121, § 2º, V, do CP)
É irrelevante que o autor do homicídio aja em interesse próprio ou alheio, é irrelevante que o homicídio tenha sido praticado antes ou depois do crime que se deseja assegurar, ou mesmo que o agente desse crime desista ou se arrependa de praticá-lo.
 OBS: Não desaparece a qualificadora do homicídio, se for extinta a punibilidade do outro crime.
4- Homicídio discriminatório por razão de gênero "FEMINICIDIO" (art. 121, § 2º, VI, DO CP)
Elementos qualificadores do feminicídio – art. 121, § 2º - A, do CP
OBS: 
sujeito ativo: qualquer pessoa.
sujeito passivo é, em regra, pessoa de sexo feminino. 
*O substantivo "Mulher" abrange: lésbicas, transexuais e travestis, que se identifiquem como parte do sexo feminino. Contudo, não se admite homossexual masculino.
 MAJORANTES OU CAUSAS ESPECIAIS DE AUMENTO DE PENA (ART. 121, § 7º, DO CPB)
A pena do feminicidio é aumentada ate 1\3 até a metade se:
A) durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;
B) contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;
C) na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;
D) em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.
5- Homicídio Culposo (ART. 121, § 4º, CPB)
“Se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício"
Imprudência 
Negligencia 
Imperícia
Aplica-se somente ao profissional.
 PERDÃO JUDICIAL (ART. 121, § 5º, CPB)
O perdão judicial é um instituto mediante o qual a lei possibilita ao juiz deixar de aplicar a pena diante das existências de certas circunstâncias expressamente determinadas, e deve haver, para sua configuração um vínculo afetivo de importância significativa.
Segundo a súmula 18 do Superior Tribunal de Justiça, “a sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório”.
Classificação do Homicídio
Trata-se de crime contra a vida:
· Comum (aquele que não demanda sujeito ativo qualificado ou especial);
· Material (delito que exige resultado naturalístico, consistente na morte da vítima);
· De forma livre (podendo ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente);
· Comissivo (“matar” implica ação) e, excepcionalmente, comissivo por omissão (omissivo impróprio, ou seja, é a aplicação do art. 13, § 2.º, do código penal);
· Instantâneo (cujo resultado “morte” se dá de maneira instantânea, não se prolongando no tempo);
· De dano (consuma-se apenas com efetiva lesão a um bem jurídico tutelado);
· Unissubjetivo (que pode ser praticado por um só agente);
· Progressivo (trata-se de um tipo penal que contém, implicitamente, outro, no caso a lesão corporal);
· Plurissubsistente (via de regra, vários atos integram a conduta de matar); admite tentativa OBS: Sujeito ativo: qualquer pessoa(crime comum) Sujeito passivo: qualquer pessoa
Suicídio - Art. 122
 "Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça:
Pena - Reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima.
Pena - reclusão, de 1 a 3 anos.
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se dá automutilação resulta morte.
Pena - Reclusão, de 2 a 6 anos.
§ 3º A pena é duplicada:
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;
II - se a vítima é menor (+14 -18) ou tem diminuída a capacidade de resistência.
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real.
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual.
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime do ART 129 § 2º 
Pena - Reclusão de 2 a 8 anos 
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência responde o agente pelo crime de homicídio do Art. 121 
OBS 1: Se houver cumulação desses (Ind, inst, aux) no mesmo contexto, é um crime só (crime unitário)
OBS 2 : SUJ. ATIVO: quem ind, ins, aux (crime comum) 
 SUJ. PASSIVO: quem suicida-se ou automutila-se 
OBS 3: Suicidio não é CRIME, é FATO ILICITO: atenta contraa vida, cuja a ordem jurídica tutela.
Classificação do INS, IND,AUX ao suicídio u automutilação 
Trata-se de crime contra a vida:
· Comum (praticável por qualquer pessoa, em qualquer qualidade especial);
· Material (que exige resultado naturalístico - a morte da pessoa);
· Instantâneo (cuja consumação não se arrasta no tempo);
· Comissivo (de ação);
· De dano (que se consuma com a efetiva lesão a um bem jurídico tutelado);
· Unissubjetivo (que pode ser cometido por uma só pessoa);
· De forma livre (a lei não exige forma especial para o cometimento);
· Plurissubsistente (em regra, praticado por mais de um ato);
· Condicionado, que não admite tentativa.
Infanticídio – ART 123 
Artigo 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto (está nascendo) ou logo após (acabou de nascer)
Pena – Detenção, de 2 a 6 anos.
OBS: Admite o concurso eventual de pessoas, ou seja, a participação\coexecução.
OBS: Admite tentativa, pois, vários casos de agressões contra recém-nascidos terminam não se consumando.
OBS : 
SUJ. ATIVO: mãe (crime próprio) exige especial atributo do sujeito ativo: ser mãe da vítima.
 SUJ. PASSIVO: filho (neonato ou nascente)
O puerpério é o período que se estende do início do parto até a volta da mulher às condições pré-gravidez.
É uma hipótese de homicídio privilegiado em que, por circunstâncias particulares e especiais, houve por bem o legislador conferir tratamento mais brando à autora do delito, diminuindo a faixa de fixação da pena (mínimo e máximo).
Classificação do infanticídio 
Trata-se de crime contra a vida:
· Próprio (só pode ser cometido por agente especial, no caso a mãe);
· Instantâneo (a consumação não se prolonga no tempo);
· Comissivo (exige ação);
· Material (que se configura com o resultado previsto no tipo, a morte do filho);
· De dano (o bem jurídico precisa ser efetivamente lesado);
· Unissubjetivo (pode ser cometido por uma só pessoa);
· Progressivo (passa, necessariamente, por uma lesão corporal);
· Plurissubsistente (vários atos integram a conduta);
· De forma livre (não se encontra no tipo a descrição da conduta que determina o resultado).
Aborto
Aborto é crime contra a vida e consiste na cessação da gravidez (início da gravidez: nidação) antes do termo normal, causando a morte do feto ou embrião.
OBS: É aborto até o trabalho de parto, após este é infanticídio
OBS: Admite tentativa, e pune-se somente a forma dolosa.
Ocorre de 2 formas:
1-Pela Gestante (AUTOABORTO)
OBS: 
Sujeito ativo: Gestante
Sujeito passivo: Feto 
Pena - Detenção de 1 a 3 anos 
2-Por Terceiro (ART 125)
COM o consentimento da gestante:
A gestante será responsabilizada: ART 124
O Terceiro será responsabilizado: ART 126
pena - Reclusão de 1 a 4 anos (crime de médio pot. Ofensivo)
OBS: 
Sujeito ativo: Terceiro
Sujeito passivo: feto 
*O consentimento da gestante precisa ser válido, sob pena de responder pelo aborto SEM o consentimento da gestante.
SEM o consentimento da gestante:
OBS: 
Sujeito Ativo: Terceiro
Sujeito Passivo: Gestante e Feto
pena- Reclusão de 3 a 10 anos 
Será considerado sem o consentimento da gestante:
1) - de 14 anos 
2) Alienada ou Debil mental 
3) Consentimento obtido por fraude, grave ameaça, ou violência.
* COAÇÃO:
Resistível: não afasta a culpabilidade
Irresistível: afasta a culpabilidade
*Não é punido o aborto praticado por medico:
1) quando há risco de morte para a gestante (pode ser por outro profissional da saúde: estado de necessidade de terceiro)
2) Se a gravidez resulta de um estupro e precedido de consentimento (não se exige B.O ou Laudo pericial) (se não há documento: 2 medicos + declaração da gestante)
3) Aborto em feto anencefálo (Obrigatoriamente por medico)
Formas de Aborto
Aborto natural: interrupção da gravidez oriunda de causas patológicas, que ocorre de maneira espontânea. Não há crime contra a vida.
Aborto acidental: é a cessação da gravidez por conta de causas exteriores e traumáticas, como quedas e choques. Não há crime contra a vida.
Aborto econômico, social: cessação da gestação, causando a morte do feto, por razões econômicas ou sociais. Esse tipo de aborto ocorre quando a mãe não tem condições de cuidar do seu filho, seja porque não recebe assistência do Estado, seja porque possui família numerosa, ou até por política estatal. No Brasil, é crime contra a vida.
Aborto de Feto Anencéfalo: tem como fundamento o princípio da dignidade da pessoa humana. Não é crime contra a vida.
Não há previsão legal, mas o STF já decidiu que é possível a realização de aborto de feto anencéfalo. Aborto de feto anencéfalo não se confunde com aborto eugênico (feito para “purificar a espécie humana”, evitando o nascimento de crianças com possíveis anomalias e deformidades físicas, como visto anteriormente
Aborto permitido ou legal: cessação da gestação, com a morte do feto, admitida por lei. Não há crime contra a vida.
Esta forma divide-se em:
Aborto terapêutico ou necessário: é a interrupção da gravidez realizada por recomendação médica, a fim de salvar a vida da gestante. Não há crime contra a vida.
Aborto sentimental ou humanitário: é a autorização legal para interromper a gravidez quando a mulher foi vítima de estupro. Não há crime contra a vida.
Aborto criminoso: É a interrupção forçada e voluntária da gravidez, provocando a morte do feto. Há crime contra a vida.
Aborto eugênico ou eugenésico: é a interrupção da gravidez, causando a morte do feto, para evitar que a criança nasça com graves defeitos genéticos. Há crime contra a vida.
Classificação do Aborto
Trata-se de crime contra a vida:
· De mão própria. O sujeito ativo será necessariamente a gestante. Não cabe a coautoria, pois o terceiro que causar o aborto juntamente com a gestante irá responder pelo artigo 126 enquanto que a gestante irá responder pelo artigo 124.
· Instantâneo (cuja consumação não se prolonga no tempo);
· Comissivo ou omissivo (provocar = ação; consentir = omissão);
· Material (exige resultado naturalístico para sua configuração);
· De dano (deve haver efetiva lesão ao bem jurídico protegido, no caso, a vida do feto ou embrião);
· Unissubjetivo (admite a existência de um só agente), mas na última modalidade (com seu consentimento)
· Plurissubjetivo, mesmo que existam dois tipos penais autônomos – um para punir a gestante, que é este, e outro para punir o terceiro, que é o do art. 126;
· Plurissubsistente (configura-se por vários atos);
· Forma livre (a lei não exige conduta específica para o cometimento do aborto).
Dos crimes contra a honra (ART 138)
- O bem jurídico ofendido é a HONRA (Objetiva: perante a sociedade, Subjetiva: com si mesmo)
- Os crimes contra a honra são caracterizados como atos infracionais de conduta livre: podem ser praticados na forma oral, escrita, por meio de imagens, gestos, símbolos, etc.
- É crime de menor potencial ofensivo (até 2 anos)
- É um crime formal (Não precisa a vitima se sentir ofendida para ocorrer a consumação) 
É um Crime comum: Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: qualquer pessoa 
-Competência para julgar crimes contra a honra 
Art 63 da lei 9.099\95: é o local da infração.
Art 73 CPP: nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicilio ou da residência do réu, ainda que conhecido o local da infração.
Em regra: Ação Penal exclusivamente Privada (ação em que o CADE pode ajuizar a ação no lugar da vitima, e se falecer durante a ação pode ser substituída, e somente se procede mediante queixa, salvo quando da violência resulta lesão corporal)
Exceções: para fins eleitorais, contra o presidente da republica, injuria real com lesão corporal, injúria preconceituosa.
Calunia 
" A calúnia é a falsa imputação a alguém de fato tipificado como crime."
Art. 138 – Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime
Pena – detenção de 06 meses a 02 anos, e multa.
Objeto jurídico: A honra objetiva.
É crime comum: 
Sujeito ativo: qualquer pessoa (Nada impedindo a coautoria ou participação).
Sujeito passivo: qualquer pessoa (Também serão ofendidos os loucos ou menores;os mortos podem ser caluniados (artigo 138, §2º) e seus parentes serão o sujeito passivo.)
Com relação à pessoa jurídica, há grande controvérsia na doutrina.
Elemento objetivo: atribuir falsamente a alguém a prática de um crime (por meio de palavra escrita ou oral, gestos e símbolos)
Pode ser explícita (inequívoca), implícita (equívoca) ou reflexa (atingindo também terceiros). 
Essa falsidade em relação a imputação pode ser concernente à existência do fato criminoso como também à autoria do crime. 
1. imputar falsamente e 2. propalar ou divulgar, bastando que uma só pessoa tome conhecimento.
Elemento subjetivo: dolo. 
Exige-se o dolo específico (animus injuriandi vel diffamandi), ou seja, o agente tem consciência e vontade de atingir a honra da vítima. 
*A certeza ou suspeita fundada ( mesmo errôneas) quanto à ocorrência do crime pelo Sujeito passivo, é erro de tipo, que exclui o dolo. 
*Exclui-se o crime se praticado em momento de exaltação emocional ou em discussão.
Consumação: quando chega ao conhecimento de terceira pessoa.
Tentativa: não é admitida se a calúnia for proferida verbalmente, mas se praticada por escrito e não chegar ao conhecimento de terceiro por qualquer razão, poderá ser admitida.
Concurso de crimes: tem-se admitido a continuidade delitiva com outros delitos contra a honra. A calúnia é absorvida pelo crime de denunciação caluniosa (art. 339/CP). 
Propalação e divulgação: "fofoqueiro"
§1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo ser falsa a imputação, a propala (relata verbalmente) ou divulga (relata por qualquer outro meio).
§2º - É punível a calúnia contra os mortos.
(É necessário o dolo direto) Havendo erro ou mesmo dúvida quanto à referida falsidade, não se caracteriza o crime.
Exceção da verdade:
Como regra, admite exceção da verdade ( que o Réu prove que a Vítima realmente praticou o crime que lhe foi imputado )
§3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I – se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II – se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no inciso I do art. 141;
III – se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
*Nos casos do §3º, há uma presunção de que a imputação é falsa, respondendo o agente por ela. 
*Mas se o "Réu" conseguir provar que o fato que imputou à "Vítima" é verdadeiro ele será absolvido.
· Ação penal: privada – queixa-crime (art.145/CP).
Difamação 
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
*Na difamação o fato não precisa ser falso
*Não pode ocorrer difamação contra pessoa morta
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Objeto jurídico: A honra objetiva.
É crime comum:
Sujeito ativo: qualquer pessoa 
Sujeito passivo: qualquer pessoa (incluindo menores e doentes mentais) 
*Há crime de difamação contra pessoas jurídicas, já que tem imagem a preservar e o que este crime visa proteger é a honra objetiva. (Não é possível difamação impessoal, contra as instituições)
Elemento objetivo: atribuir a alguém um fato desonroso, mas que não seja crime. O fato deve ser determinado, a imputação não precisa ser falsa, pois ainda que verdadeira, constituirá crime. 
Como a calúnia, a difamação pode ser explícita, implícita e reflexa.
Elemento Subjetivo: dolo de imputar a alguém fato desonroso. É indispensável o animus diffamandi. 
(Não é exigido que o agente tenha consciência da falsidade da imputação, porque mesmo que verdadeiro, constitui crime)
Consumação: com o conhecimento, por terceiro, da imputação.
Tentativa: admissível se a imputação (escrita ou gravada) não chegar ao conhecimento de terceiro. Se praticada verbalmente, não admite a tentativa.
Concurso de crimes: pode haver crime continuado de difamação e com outros crimes contra a honra. Havendo várias ofensas no mesmo contexto fático ocorre concurso formal.
 Exceção da verdade: a regra é que não cabe a exceção de verdade para o crime de difamação, pois independe ser o fato verdadeiro ou não.
 A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. Assim sendo, se o agente provar que o fato que imputou à vítima é verdadeiro, será absolvido do crime.
Exceção de notoriedade: mostrar que todo mundo já sabe.
*Difamação para fins eleitorais = Responde pelo código eleitoral 
Injuria 
Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro
Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
É crime comum:
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: qualquer pessoa (excluídas aquelas que não possuem capacidade de entender) (E a ofensa deve se dirigir a pessoas determinadas.)
Elemento objetivo: ofender a honra subjetiva de alguém, atingindo atributos morais, físicos, intelectuais, sociais. Quando se diz honra subjetiva, trata-se do que a própria pessoa estima de si mesmo.
Elemento subjetivo: dolo – animus infamandi (dolo específico).
*Pessoa jurídica não pode ser vitima de injuria 
Consumação: quando a vítima toma conhecimento.
Tentativa: não admitida se real ou verbal, entretanto, se escrita sim, ou seja, depende do meio empregado.
Distinção: difere da calúnia e da difamação, por não conter a imputação de fato preciso e determinado.
*A ofensa contra funcionário público é desacato (art. 331/CP), e a morto é vilipêndio a cadáver (art. 212/CP).
Concurso de crimes: nada impede que o pratique dois ou mais crimes contra a honra de uma ou várias pessoas, com a mesma conduta, ocorrendo concurso formal. É possível crime continuado.
*Exceção da verdade ou notoriedade: não é admissível
 *Auto injuria: só é possível quando reflexa, quando atinge um terceiro (sou filha de meretriz)
Perdão judicial na injúria: provocação e retorsão
§1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I – quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria. (as partes presentes, frente a frente)
II – no caso, de retorsão (Contestação) imediata, que consista em outra injúria.
Tipos de injuria:
Injúria real:
§2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes
Pena – detenção, de 03 meses a 01 ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
 Para que se caracterize a injúria real, é necessário que a agressão seja aviltante, isto é, que possa esta causar vergonha ou desonra à vítima.
Injúria qualificada pelo preconceito:
§3º - Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem:
Pena – reclusão, de 01 a 03 anos e multa.
	Injuria Racial 
Artigo 140 Ss3
Atribuição de qualidade negativa 
É afiançável 
É inafiançável e imprescritível
Ação penal publica Condicionada à representação
	Racismo
Lei 7.716\89
Segregação 
É inafiançável
É imprescritível (STJ-REsp 686.965/DF )
Ação penal publica incondicionada 
CONSIDERAÇOES GERAIS:
Majorantes (Art. 141 CP)
 As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de 1/3 se qualquer dos crimes é cometido:
I – contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II – contra funcionário público, em razão de suas funções;
III – na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria;
IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. Parágrafo único: Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro
Art. 142 – Não constituem injúria ou difamação punível:
I – a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
II – a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
III – o conceito desaprovável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício.
Parágrafoúnico: Nos casos dos incisos I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.
RETRATAÇÃO (ART 143)
Art. 143 – O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
O agente procurando reparar o dano se desdiz, declara que errou. É possível somente nos crimes de calúnia e difamação. Não é possível quando o crime se refere a funcionário público no exercício de suas funções. Funciona como uma causa extintiva de punibilidade.
A reparação deve ser completa, irrestrita, definitiva, expressa, cabal e proferida antes da sentença de primeiro grau. Não exige formalidades, podendo ser manifestada por meio de petição nos autos, no interrogatório, etc. Não depende da aceitação do ofendido, nem exige-se publicação ou divulgação.
Pedido de explicações
Art. 144 – Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do Juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa.
Pedido de explicações: quando há dúvida se há ofensa ou não, ou a quem se dirige tal ofensa, cabe pedido de explicações, onde o ofendido é titular.
O pedido de explicações é medida preparatória para a ação penal. Não interrompe nem suspende o prazo da decadência, por falta de previsão legal. Por ser medida cautelar preparatória da ação penal, deve ser formulado perante o Tribunal competente quando se tratar de agente que detém o foro por prerrogativa de função.
Ação penal
Art. 145 – Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, §2º, da violência resulta lesão corporal. Parágrafo único.  Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código (Redação dada pela Lei 1
	Calunia 
	Difamação 
	Injuria 
	Honra Objetiva
	Honra Objetiva
	Honra Subjetiva
	Acusa de fato criminoso publicamente 
	Acusa de fato desonroso ofensivo a reputação publicamente
	Xingamentos, acusações e ofensas a dignidade
	A acusação precisa ser falsa
	A acusação pode ser falsa ou verdadeira
	
	Cabe retratação
	Cabe retratação 
	Não cabe retratação 
	Não cabe perdão judicial 
	Não cabe perdão judicial 
	Cabe perdão judicial
	Cabe exceção da verdade (+exceção)
	Não cabe exceção da verdade. (+exceção)
	Não cabe exceção da verdade. (Regra sem exceção)
	Pena: Detenção 6m a 1A
	Pena: Detenção 3m a 1a
	Pena: Detenção 1m a 6m
Crimes contra a liberdade pessoal\Individual 
Constrangimento Ilegal (Art. 146)
Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda.
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
​
É Crime de menor potencial ofensivo
É Crime plurisubjetivo.
É​ crime comum:
Sujeito Ativo: qualquer pessoa 
​Sujeito passivo: qualquer pessoa
Consumação: ocorre no momento que a vitima faz ou deixa de fazer algoo contrario a sua vontade. 
(admite tentativa)
Aumento de pena:
1) aplica-se cumulativamente e em dobro se para a execução do crime se reúnem mais de 3 pessoas ou emprego de arma.
2) Alem das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes a violência. (há a soma das penas do constrangimento ilegal e da violência corporal.)
3) N há crime de constrangimento ilegal:
(excludentes de tipicidade 1 corrente ) 
(excludente de ilicitude 2 corrente (MAJORITARIA)
- Intervenção medica ou cirúrgica sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida.
- A coação exercida para evitar o suicídio (automutilação tbm)
Ameaça (ART 147) 
Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causa-lhe mal injusto e grave.
Pena: Detenção de 1 a 6 meses ou multa.
 Crime de menor potencial ofensivo.
Consumação: no momento que a vitima toma conhecimento disso e se sente intimidada.
*Admite tentativa, mas há divergência na doutrina. 
*Ação penal publica condicionada a representação.
*Diferença entre ameaça e constrangimento 
Na ameaça: o mal deve ser injusto e grave, o agente quer imprimir temor a vitima
No constrangimento ilegal: basta que o mal seja grave, o agente copele a vitima a fazer ou deixar de fazer algo.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: pessoa física determinada com capacidade de entender o teor da ameaça.
Classificação da ameaça:
Ameaça explicita: Clara, induvidosa
Ameaça Implícita: de forma obscura, duvidosa.
Ameaça direta: diretamente a pessoa 
Ameaça indireta: dirigida a uma terceira pessoa ( ao filho, ao pai, ao amigo..)
Incondicional: não depende de um evento futuro
Condicionada: depende de um evento futuro ( se vc casar, se reprovar)
OBS: O juiz na dosimetria da pena deve considerar as peculiaridades da vitima (sexo, idade, nível de escolaridade) 
OBS: Afasta a tipicidade a ameaça-> impossível, com animus jocandi, com estado de ira, emoção, paixão.
CONSIDERAÇOES GERAIS:
Lei penal especial-> Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer: 
 Pena Detenção de três meses a um ano e multa
Sequestro e cárcere privado (ART 148)
-Sequestro: Trata-se de gênero no qual a privação da liberdade da vitima não implica em confinamento, pois a vitima pode andar, estra em um galpão, casa ou quarto.
-Cárcere privado: há confinamento e não há a possibilidade de se movimentar 
(maior sofrimento a vitima )
-Há consequência na dosimetria da pena
-É Crime de médio potencial ofensivo
Pena: recluso de 2 a 5 anos
Bem jurídico afetado: liberdade de locomoção 
*Liberdade de locomoção é um bem disponível
É Crime comum:
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: vitima comum (mas precisa que esta tenha cap. de autodeterminação em relação a sua liberdade de locomoção)
-A tentativa é possível, desde que o sujeito não consiga privar a vítima da liberdade.
Elemento subjetivo: dolo 
OBS- Regra= Dispensa finalidade especifica
Consumação do sequestro: consuma-se com a privação da liberdade da vitima. 
Sobre o tempo há 2 correntes:
1)Não se exige tempo, é irrelevante.
2)Exige-se um tempo juridicamente relevante
​-Trata-se de um crime permanente:
Aplica-se a Súmula 711 do STF
​A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
​Obs: não se trata de exceção à irretroatividade da lei
​-Permite a prisão em flagrante a qualquer momento
ART 148 
§ 1º - Pena- Reclusão de 2 a 5 anos se:
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 anos. (não abrange os parentes por afinidade)
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
 III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias.
IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;
V – se o crime é praticado com fins libidinosos. 
§ 2º Se resulta a vitima, em razão de maus tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral: Pena- Reclusão de 2 a 8 anos.
​*Obs: se há estupro - temos concurso de crimes
​
Redução a condição análoga a de escravo (ART 149)
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
​
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
​
Subtrair=apoderar-se
​
Bem Jurídico: Prevalece que protege/tutela a propriedade
​
*Posse é a mera detenção
​
VITIMA: quem possuía a propriedade/posse/detenção legítima
​
​
S.A
​
crime comum
​
     Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quandoa lei o permite:
        Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.
​
​
Furto de coisa comum
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
​Peculato-furto Funcionário Público
​Art. 312
  § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa
Sujeito Passivo: pode ser P física ou jurídica
Conduta
Direta: quando o próprio sujeito retira o bem da vítima
Indireta: se vale de inteposta pessoa ou animal para que se apodere do bem
*bens de valor sentimental: há divergência, mas prevalece que não, por ausência do prejuízo econômico
DOS CRIMES CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS
 quando o cadáver pertence a alguém 
 ex: faculdade de medicina
=furto 
Em ser humano vivo houve remoção indevida de órgãos/tecidos: n é furto 
 Apropriação de coisa achada
        II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de quinze dias.
Diferente da coisa sem dono/não pertence a ninguém/abandonada
Violação de sepultura
        Art. 210 - Violar ou profanar sepultura ou urna funerária:
        Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
[10:07] LIDIANE MOURA LOPES
     Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
​
[10:07] LIDIANE MOURA LOPES
crime de médio potencial ofensivo
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[10:07] LIDIANE MOURA LOPES
Sursis processual
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[10:08] LIDIANE MOURA LOPES
Elemento subjetivo
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[10:08] LIDIANE MOURA LOPES
dolo
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[10:08] LIDIANE MOURA LOPES
animus sibi habendi
[10:09] LIDIANE MOURA LOPES
Furto de uso
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[10:09] LIDIANE MOURA LOPES
Atípico
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[10:09] LIDIANE MOURA LOPES
Requisitos
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[10:09] LIDIANE MOURA LOPES
a) uso momentâneo da coisa
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b) coisa não consumível
c) restituição imediata e integral da coisa
​
Problema: veículo. Há gasto da gasolina/óleo/pneus 
​
Furto famélico
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Precisa ser: comida/remédio/vestuário, por estado de necessidade
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emergência para a vítima
Consumação
​
4 teorias
​
Adotada pelo STF/STJ
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1) Amotio\Apprehensio
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quando o agente se apodera da coisa, ainda que por um breve espaço de tempo
​
não é necessária a posse mansa e pacifica da coisa
* admite tentativa
Sistema de vigilância eletrônica
Súmula 567 do STJ - Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto. (Súmula 567, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 24/02/2016, DJe 29/02/2016)
[10:23] LIDIANE MOURA LOPES
 
 § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
Majorante
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Noite - repouso nortuno
[
 § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
​
Furto privilegiado
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primário
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CP
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Pequeno valor
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diferente de insignificante - não há crime - afasta a tipicidade material
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Pequeno valor - há crime
​
há condenação
​
 o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
· STJ : aquela de até 1 salário mínimo vigente à época do fato 
​
 § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
[10:36] LIDIANE MOURA LOPES
STF - 2a Turma - fato é atípioc
​
[10:36] LIDIANE MOURA LOPES
STJ - é crime
​
[10:37] LIDIANE MOURA LOPES
Furto qualificado
        § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
crime de elevado potencial ofensivo
  I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza
III - com emprego de chave falsa
IV-Mediante concurso de duas ou mais pessoas 
A lei 13.654/18
§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. ... Nesse caso, essa pena mais elevada decorre da forma de execução (emprego de explosivo ou de artefato análogo) e do perigo criado.

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