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resumão legislação

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Princípio da proteção
Este princípio garante proteção à parte hipossuficiente da relação de trabalho, ou seja, ao trabalhador. Para tanto, ela se subdivide em outros três subprincípios: norma mais favorável, condição mais benéfica e In dubio pro misero.
Norma mais favorável
Neste subprincípio fica garantido que, independente de lei específica, será sempre aplicada a norma mais favorável ao empregado.
Princípio da condição mais benéfica
Determina que toda circunstância mais vantajosa em que o empregado se encontrar habitualmente prevalecerá sobre a situação anterior.
Apesar de se assemelharem, o princípio 
da norma mais favorável não se confunde co m a da 
condição mais benéfica. 
 
Podemos perceber que o princípio da 
norma mais favorável pressupõe a vigência simultânea 
de duas ou mais normas regulando a mesma situação 
jurídica, enquanto a condição mais benéfica supõ e a 
existência de uma norma anterior e outra posterior.
Apesar de se assemelharem, o princípio 
da norma mais favorável não se confunde co m a da 
condição mais benéfica. 
 
Podemos perceber que o princípio da 
norma mais favorável pressupõe a vigência simultânea 
de duas ou mais normas regulando a mesma situação 
jurídica, enquanto a condição mais benéfica supõ e a 
existência de uma norma anterior e outra posterior.
Apesar de se assemelharem, o princípio 
da norma mais favorável não se confunde co m a da 
condição mais benéfica. 
 
Podemos perceber que o princípio da 
norma mais favorável pressupõe a vigência simultânea 
de duas ou mais normas regulando a mesma situação 
jurídica, enquanto a condição mais benéfica supõ e a 
existência de uma norma anterior e outra posterior.
In dubio pro misero
Quando houver dúvida em relação à interpretação de uma norma ou quanto à validade de uma decisão, deve-se sempre favorecer o lado hipossuficiente.
Diferenças entre os Princípios
Norma mais favorável
– Havendo mais de uma norma em vigor regendo o mesmo assunto, devesse aplicar a que seja mais favorável ao empregado
– Escolhe-se uma norma, dentre duas ou mais
– Possível inversão da pirâmide normativa tradicional
Condição mais benéfica
– As cláusulas contratuais mais benéficas devem prevalecer diante de alterações de normas que diminuam a proteção ao trabalhador.
– Cláusulas mais benéficas aderem ao contrato (direito adquirido).
– Ligado à ideia do direito adquirido.
In dubio pro operário
– Diante de duas ou mais interpretações sobre a mesma norma, escolhe-se a que seja mais favorável ao empregado.
– Escolhe-se 1 interpretação, dentre 2 ou mais (mesma norma).
– Diretriz para interpretação do Direito do Trabalho de modo amplo.
 PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE
Segundo esse princípio, os fatos prevalecem sobre os ajustes formais. Disposto no art.º 9 da CLT, este é um princípio de grande importância, pois visa coibir a coação dentro do ambiente trabalhista. Em outras palavras: a realidade vale mais do que os documentos.
Princípio da continuidade da Relação de Emprego
Este princípio valoriza a permanência do empregado no mesmo vínculo empregatício, dadas as vantagens que isso representa.
Em tese, todo contrato de trabalho deve ter prazo indeterminado, ou seja, ele só cessa quando existe um motivo expresso em lei para que isso ocorra. 
Temos, em alguns casos excepcionais, contratos por prazo determinado, como no período de experiência, que não deve, em nenhuma circunstância, exceder 90 dias. É vetado, claro, que o empregador recontrate o empregado em novo período de experiência após o vencimento deste período.
PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE CONTRATUAL LESIVA
São vedadas alterações contratuais que resultem em prejuízo ao trabalhador.
PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE SALARIAL
Diversos dispositivos reforçam esse princípio, como o art. 468 da CLT, que veta qualquer mudança que não seja benéfica ao trabalhador, ou o art. 8º, §1 da Convenção n. 95 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que visa proibir descontos salariais, exceto aqueles dispostos em legislação do país em questão.
PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE DE DIREITOS
É vedado ao trabalhador renunciar qualquer direito disposto em lei. Você não pode abrir mão do seu FGTS, por exemplo, ou de suas férias.
Princípios da proporcionalidade e razoabilidade
Os princípios da proporcionalidade e razoabilidade asseguram a coerência entre a aplicação e a finalidade do direito, garantindo a sua utilização justa. Por esse motivo, os princípios também são chamados de princípio da proibição do excesso.
Vínculo empregatício é a relação que existe entre o empregado e o empregador, configurada pela existência de alguns requisitos legais.
Elementos que caracterizam o vínculo empregatício
1 – Não eventualidade - o trabalho deve ser exercido frequentemente. Não precisa ser todo dia, mas deve ser habitual;
 
2 - Dependência ou subordinação - para que haja a relação de emprego o trabalhador deve depender (econômica, técnica, jurídica e hierarquicamente) do empregador;
 
3 - Onerosidade - o empregado presta serviço e em contrapartida recebe a remuneração do empregador, inexistindo a possibilidade da prestação de serviço gratuita, sob pena de configurar enriquecimento ilícito do empregador, salvo no caso de trabalho voluntário.
 
4 - Pessoalidade - o trabalho deve ser prestado pessoalmente pelo empregado, não podendo este se fazer substituir por outra pessoa.
Prescrição no direito do trabalho
O entendimento jurisprudencial é de que a prescrição do direito trabalhista (data-limite para ajuizamento de ação) é de dois anos a partir da demissão.
De acordo com o artigo 7º, inciso XXIX, da Constituição Federal, o empregado tem direito tanto à ação quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
Existem dois prazos que o trabalhador deve considerar para entrar com um processo trabalhista válido: a reclamação deve se referir a uma situação ocorrida nos cinco anos anteriores; e o rompimento de seu contrato com a empresa, caso tenha ocorrido, deve ter acontecido há no máximo dois anos.
Exemplo:
“João foi demitido em 10.11.2015, neste caso, poderia ingressar com ação trabalhista até a data de 10.11.2017 (2 anos), reclamando os últimos 5 anos. Assim, caso a ação trabalhista fosse ajuizada em 10.11.2016 reclamaria pelos direitos de 10.11.2011 (5 anos) a contar do ingresso da ação”.
Sujeitos da relação tributária
A relação obrigacional de natureza tributária possui dois sujeitos, ativo e passivo:
Ativo
Pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.
Passivo
Pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
O sujeito passivo sofre uma ação do sujeito ativo. 
O sujeito ativo em uma relação jurídica tributária, é a pessoa jurídica que possui o direito de exigir a obrigação tributária (credor) imposta ao sujeito passivo.
Há dois tipos de sujeito passivos (direto e indireto).
O sujeito passivo direto é o contribuinte, ou seja, aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador tributário - fato típico prescrito na lei.[7] Se o sujeito passivo direto não cumpre com a obrigação tributária, então ele (o contribuinte) é o próprio a ser responsabilizado pelo inadimplemento da obrigação.
O sujeito passivo indireto é o responsável pelo pagamento do tributo, ou seja, aquele que não se reveste necessariamente na condição de contribuinte, tendo relação indireta com o fato tributável. 
O que é um tributo?
Os Tributos são valores que devem ser pagos ao poder público. São pagamentos obrigatórios onde a população deve dar uma parte de sua renda para custear atividades do Estado, como operações de manutenção e desenvolvimento.
Todos os tributos são sempre criados e regulamentados por uma lei. Seu pagamento é sempre feito em dinheiro, ou seja, não é possívelusar outros bens, como veículos, por exemplo. Em algumas ocasiões específicas, torna-se possível que a pessoa dê o seu móvel para pagamento de tributos, no caso de não ter nenhum dinheiro para abater a dívida.
Existem cinco espécies de tributos: impostos, taxas e contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições parafiscais.
Espécies de Tributo
São espécies de Tributo conforme entendimento do STF:
· Taxas; 
· Impostos; 
· Contribuição de Melhoria;
· Empréstimos Compulsórios; e 
· Contribuições Especiais.
Taxas
Taxa é uma espécie de tributo cobrada em decorrência do exercício regular do poder de polícia ou da utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. (Art.77 do Código Tributário Nacional)
A taxa é um tributo que será cobrado pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições.
Impostos
Impo​stos é o tributo cobrado em decorrência de uma situação que independe de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Exemplos:
IPTU - Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (cobrado pelo fato de o contribuinte ser proprietário de imóvel urbano); IPVA - Imposto sobre
propriedade de veículos automotores (cobrado pelo fato de o contribuinte ser proprietário de veículo automotor.
Principais impostos diretos no Brasil (exemplos):
- IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) – incide diretamente no salário dos trabalhadores (desconto na folha de pagamento). Trabalhadores de baixa renda estão isentos (há um teto mínimo para contribuição). Para aqueles que pagam, o percentual fica entre 15% e 27%, de acordo com faixa salarial. Este imposto é arrecadado pelo governo federal.
 
- IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) – arrecadado anualmente pelos governos estaduais, ele deve ser pago pelos proprietários de carros, motos, caminhões e outros tipos de veículos automotores. Varia entre 1% a 3% do valor do veículo.
 
- IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) – arrecadado pelas prefeituras. É cobrado anualmente e incide sobre a propriedade de casas, apartamentos, terrenos e salas comerciais. Cada prefeitura tem um sistema de cobrança, onde o imposto varia de acordo com a localização e tamanho do imóvel.
 
Impostos indiretos
 
O que são (conceito)
São os impostos que incidem sobre os produtos e serviços que as pessoas consomem. São cobrados de produtores e comerciantes, porém acabam atingindo indiretamente os consumidores, pois estes impostos são repassados para os preços destes produtos e serviços.
 
Principais impostos indiretos no Brasil (exemplos):
 
- ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) – arrecadado pelos governos estaduais, este imposto incide sobre a comercialização de produtos e serviços. A alíquota varia de acordo com o produto e serviço comercializado. No geral, sobre os produtos de necessidade básica incidem impostos baixos ou são isentos. Já produtos e serviços voltados para os consumidores de alta renda possuem impostos mais elevados.
 
- ISS (Imposto sobre Serviços) – arrecadado pelos governos municipais, incide sobre a prestação de serviços no município. Exemplos de serviços onde ocorre a incidência do ISS: educação, serviços médicos, serviços prestados por profissionais autônomos (encanadores, eletricistas, pintores, etc.), entre outros.
 
- IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) – arrecadado pelo governo federal, este imposto incide sobre a comercialização de produtos industrializados (aqueles que sofrem transformação, beneficiamento, montagem, renovação e acondicionamento).
 
Impostos Federais
· IR - Renda e proventos de qualquer natureza;
· ITR - Propriedade territorial rural;
· IOF - Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
· II - Importação de produtos estrangeiros;
· IE - Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
· IPI - Produtos industrializados;
· IGF - Grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
Impostos Estaduais e Distritais
· ITCD - Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
· IPVA - Propriedade de veículos automotores;
· ICMS - Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Impostos Municipais e Distritais
· IPTU - Propriedade predial e territorial urbana;
· ITBI - Transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
· ISS - Serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II da CF/88, definidos em lei complementar.
Contribuição de Melhoria
A contribuição de melhoria é um tributo instituído para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária.
A contribuição de melhoria será cobrada em virtude da valorização imobiliária decorrente de obras públicas. Diante disso, o valor a ser cobrado não é o valor de custo da obra, mas sim o valor do imóvel após a obra, reduzido do valor antes da obra. O motivo da cobrança é evitar o enriquecimento ilícito do proprietário do imóvel que sofreu a valorização decorrente de uma obra pública.
Empréstimos Compulsórios
O Empréstimo Compulsório é um tributo que poderá ser instituído pela União, por meio de Lei Complementar para as seguintes finalidades:
· Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
· No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
Para que o Empréstimo Compulsório possa ser instituído e cobrado é necessário a comprovação do esgotamento das fontes de recursos.
Contribuições Especiais
As contribuições especiais são denominadas de tributo finalístico, uma vez que a aplicação dos recursos delas provenientes está determinada na CF/88.
Conforme os artigos 149 e 149-A da CF/88 as contribuições especiais podem ser divididas em:
· Contribuição social;
· Contribuição de intervenção no domínio econômico;
· Contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas;
· Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública.
As contribuições sociais são tributos arrecadados para custear a atuação do poder público na efetivação de direitos sociais, tais como saúde, educação, seguridade 	social...
Obrigação Tributária 
A obrigação tributária principal ou patrimonial, de acordo com o § 1º do art. 113 do CTN, é aquela que surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. A obrigação tributária principal implica entrega de dinheiro ao Estado. Exemplos: tributo e multa.
A obrigação tributária acessória ou não-patrimonial, pelo descrito no § 2º do mesmo art. 113, decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Pressupõe a realização de atos que auxiliem a Administração Tributária na fiscalização dos tributos. Exemplo: emissão de nota fiscal e declaração de imposto de renda.
Será principal a obrigação que tiver por objeto o pagamento, seja de tributo ou penalidade. Justamente por envolver pagamento, essa obrigação sempre decorrerá de lei em sentido estrito (princípio da legalidade).
Será acessória a obrigação que tiver por objeto FAZER, NÃO FAZER ou TOLERAR, exemplo: escriturar livros, não receber mercadoria desacompanhada dos documentos fiscais e tolerar a fiscalização. Tal modalidade de obrigação decorre da legislação tributária.
Caso a obrigação acessória seja descumprida, nascerá uma obrigação principal, porque o descumprimento dela gera a imposição de multa (penalidade pecuniária).
Regimes Previdenciários
As definições· RGPS
O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) é gerenciado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa é a opção de filiação de todos os trabalhadores que estão ligados ao INSS através da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
I – Cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II – Proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III – proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV – Salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V – Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.”
Assim, entende-se que o dispositivo acima transcrito determina, com relação à Previdência Social, o seu caráter contributivo, bem como a filiação obrigatória, devendo ser observados ainda o equilíbrio financeiro e atuarial, dispondo, por fim, a respeito dos benefícios que dela decorrem.
· RPPS
O Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) é voltado ao servidor público quem possui cargo efetivo no Estado, no Distrito Federal, no Munícipio ou na União. Esse regime foi estabelecido por entidades de caráter público, como fundos previdenciários e institutos de previdência. A filiação dos trabalhadores nesse caso também é obrigatória. Esse regime torna efetivas as leis que regulamentam a proteção do beneficiário em idade avançada (aposentadoria) e de pensão por morte (aos dependentes do segurado).
· RPC
O Regime de Previdência Complementar é de caráter privado e funcionam debaixo da autonomia exercida por entidades complementares de previdência, sejam elas abertas ou fechadas. A ideia desse tipo de regime é adicionar uma renda aos trabalhadores que desejam ampliar seus ganhos, além do plano previdenciário oficial.
Compreendendo melhor as diferenças entre RGPS e RPPS
Vamos compreender melhor as diferenças entre RGPS e RPPS. Em termos bem simples, o RPPS é um regime de previdência; o RGPS é uma entidade gerida pelo INSS.
Outra diferença é que o RGPS foi criado para beneficiar os trabalhadores geridos pela CLT. O RPPS tem aplicação nas leis que beneficiam servidores públicos.
Então, ao invés de trazer benefícios adicionais, cada um dos 2 regimes foi elaborado para beneficiar uma fatia diferente da sociedade trabalhista do nosso país.
Dependentes
Os dependentes são pessoas que, embora não contribuindo para a seguridade social, podem vir a receber benefícios previdenciários, em virtude de terem uma relação de afeto (cônjuge/companheiro) ou parentesco com o segurado.
– Classe I: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido;
– Classe II: os pais;
– Classe III: o irmão, não emancipado, de qualquer condição, menor de 21[1] anos ou inválido.
Regras Máximas para concessão de benefícios para os dependentes
Havendo dependentes de uma classe, os dependentes da classe seguinte perdem o direito a receber pensão por morte ou auxílio reclusão. Também perde o direito ao benefício o dependente que passar à condição de emancipado[3] por sentença do Juiz ou por concessão do seu representante legal, ou em função de casamento, ou ainda, pelo exercício de emprego público efetivo, pela colação de grau em curso de ensino superior, por constituir estabelecimento civil ou comercial com economia própria.
1) NÃO precisam provar que eram dependentes economicamente do segurado:
A) Cônjuge
B) Companheiro (hétero ou homoafetivo)
C) Filho menor de 21 anos, desde que não tenha sido emancipado;
D) Filho inválido (não importa a idade);
E) Filho com deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave (não importa a idade).
2) PRECISAM provar que eram dependentes economicamente do segurado:
A) pais do segurado;
B) Irmão menor de 21 anos, desde que não tenha sido emancipado;
C) Irmão inválido (não importa a idade);
D) Irmão com deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave (não importa a idade).
Mesmo sem previsão em lei, é assegurado ao menor sob guarda o direito ao benefício.
Perda da condição de Dependente
Todos aqueles que foram listados nas classes de dependentes poderão perder esta condição devido a alguns fatores.
A perda poderá se dar da seguinte maneira:
Para o cônjuge
· pela separação judicial ou o divórcio, desde que não receba pensão alimentícia;
· pela anulação do casamento;
· pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado.
 
Para a companheira ou o companheiro
inclusive do mesmo sexo, pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, desde que não receba pensão alimentícia.
 
Para o filho, a pessoa a ele equiparada, ou o irmão, de qualquer condição
ao completarem 21 (vinte e um) anos de idade, exceto se tiverem deficiência intelectual ou mental que os tornem absoluta ou relativamente incapazes, assim declarados judicialmente, ou inválidos, desde que a invalidez ou a deficiência intelectual ou mental tenha ocorrido antes:
· de completarem 21 (vinte e um) anos de idade;
· do casamento;
· do início do exercício de emprego público efetivo;
· da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; ou
· da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos.
 
Pela adoção
para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos, observando que a adoção produz efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença que a concede. No entanto, esta regra não será aplicada quando o cônjuge ou companheiro adota o filho do outro;
 
Para os dependentes em geral
· pela cessação da invalidez; ou
· pelo falecimento.
Benefícios Previdenciários
Os benefícios previdenciários que são concedidos atualmente pelo INSS são:
a) Para os segurados
1. Aposentadoria por invalidez
2. Aposentadoria por idade
3. Aposentadoria por tempo de contribuição
4. Aposentadoria especial
5. Auxílio-doença
6. Salário-família
7. Salário-maternidade
8. Auxílio-acidente
b) Para os dependentes:
1. Pensão por morte
2. Auxílio-reclusão
c) Para os segurados e dependentes:
1. Reabilitação profissional
A Previdência Social é um seguro que garante a renda do contribuinte e de sua família, em casos de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e velhice. Oferece vários benefícios que juntos garantem tranquilidade quanto ao presente e em relação ao futuro assegurando um rendimento seguro. Para ter essa proteção, é necessário se inscrever e contribuir todos os meses.
A Previdência Social Brasileira, através do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS concede uma série de benefícios em decorrência de fatos que ocorrem em nossas vidas. O INSS, ao conceder os benefícios de prestação continuada, deve observar os preceitos legais que regem a matéria, para que tais prestações sejam pagas de modo correto, ou seja, correspondentes às contribuições pagas pelo segurado, e respeitando suas respectivas bases de cálculo previstas em lei, tendo em vista o tipo de benefício concedido, além do fato que ensejou a sua concessão (o qual determinará o seu enquadramento legal).
O que é a Aposentadoria por Invalidez
A Aposentadoria por Invalidez é um benefício previdenciário por incapacidade concedido ao segurado que, em razão de alguma moléstia ou incapacidade, não pode mais exercer atividades laborativas
O que é a Aposentadoria Especial
A Aposentadoria Especial é o benefício previdenciário concedido ao trabalhador que exerce suas atividades laborais exposto a agentes nocivos, que podem causar algum prejuízo à sua saúde e integridade física ao longo do tempo.
Pensão por Morte
É o benefício pago à família do trabalhadorquando ele morre. Para concessão de pensão por morte, não há tempo mínimo de contribuição, mas é necessário que o óbito tenha ocorrido enquanto o trabalhador tinha a qualidade de segurado. A pensão por morte é devida ao (s) dependente (s) do segurado, aposentado ou não, que falece. Perde o direito à pensão o (a) pensionista que falecer; o menor que se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se inválido; ou o inválido, caso cesse a sua invalidez. O valor da pensão por morte é de 100% da aposentadoria que o segurado recebia ou teria direito a receber caso se aposentasse por invalidez e dividido em partes iguais entre os seus dependentes.
Auxílio-Doença
É o benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente por mais de 15 dias consecutivos. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador, exceto o doméstico, e a Previdência Social paga a partir do 16º dia de afastamento do trabalho dos demais trabalhadores. Para os demais segurados inclusive o doméstico, a Previdência paga o auxílio desde o início da incapacidade e enquanto a mesma perdurar. Em ambos os casos, o segurado deve requerer o benefício por escrito. Para concessão de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade em exame realizado pela perícia médica da Previdência Social.
Auxílio-Reclusão
O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semi-aberto. Não cabe concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que estiver em livramento condicional ou cumprindo pena em regime aberto. Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do segurado com idade entre 16 e 18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude.
Auxílio-Acidente
É o benefício pago ao trabalhador que sofre um acidente e fica com seqüelas que reduzem sua capacidade de trabalho. É concedido para segurados que recebiam auxílio-doença. Têm direito ao auxílio-acidente o trabalhador empregado, o trabalhador avulso e o segurador especial. O empregado doméstico, o contribuinte individual e o facultativo não recebem o benefício. Para concessão do auxílio-acidente não é exigido tempo mínimo de contribuição, mas o trabalhador deve ter qualidade de segurado e comprovar a impossibilidade de continuar desempenhando suas atividades, por meio de exame da perícia médica da Previdência Social. O auxílio-acidente, por ter caráter de indenização, pode ser acumulado com outros benefícios pagos pela Previdência Social exceto aposentadoria. O benefício deixa de ser pago quando o trabalhador se aposenta.
Salário-Maternidade
O salário-maternidade é devido às seguradas empregadas, trabalhadoras avulsas, empregadas domésticas, contribuintes individuais, facultativas e seguradas especiais, por ocasião do parto, inclusive o natimorto, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção. Considera-se parto o nascimento ocorrido a partir da 23ª semana de gestação, inclusive em caso de natimorto. O benefício será pago durante 120 dias e poderá ter início até 28 dias antes do parto. Se concedido antes do nascimento da criança, a comprovação será por atestado médico, se posterior ao parto, a prova será a certidão de nascimento. Para concessão do salário-maternidade, não é exigido tempo mínimo de contribuição das trabalhadoras empregadas, empregadas domésticas e trabalhadoras avulsas, desde que comprovem filiação nesta condição na data do afastamento para fins de salário maternidade ou na data do parto. A contribuinte individual, a segurada facultativa e a segurada especial (que optou por contribuir) têm que ter pelo menos dez contribuições para receber o benefício.
Salário-Família
É o benefício pago aos segurados empregados, exceto os domésticos, e aos trabalhadores avulsos com salário mensal de até R$ 798,30, para auxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade. São equiparados aos filhos os enteados e os tutelados, estes desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento, devendo a dependência econômica de ambos ser comprovada. Para a concessão do salário-família, a Previdência Social não exige tempo mínimo de contribuição (carência). De acordo com a Portaria Interministerial nº 350, de 30.12.2009, o valor do salário-família será de R$ 27,24, por filho de até 14 anos incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$ 531,12. Para o trabalhador que receber de R$ 531,13 até R$ 798,30, o valor do salário-família por filho de até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade será de R$ R$ 19,19.
1. Para fins de concessão do salário-maternidade, considera-se parto o evento ocorrido a partir da 23ª semana (6º mês de gestação, inclusive em caso de natimorto – aquele que nasceu morto, ou aquele que, tendo vindo à luz com sinais de vida, logo morreu (art. 233, § 2º, Instrução Normativa nº 57).
2. Carência é o tempo mínimo de contribuição que o trabalhador precisa comprovar para ter direito a um benefício previdenciário. Varia de acordo com o benefício solicitado.
Formas de lançamento de Crédito Tributário
Lançamento de Ofício ocorre quando por iniciativa da própria autoridade administrativa. Ele ocorre, ordinariamente, nos casos onde a lei o determina (art. 149, I do CTN). Portanto ele se aplica aos tributos cuja legislação não obriga o contribuinte a declarar, ou a pagar antecipadamente. Podemos citar como exemplo o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), que são lançados de ofício. As Secretarias das Fazendas Estaduais mantém um cadastro dos proprietários de veículos e faz os lançamentos, anualmente, de acordo com esse banco de dados.
Importante observar que o lançamento de ofício também pode ocorrer em relação a qualquer tributo, que deveria ser objeto de lançamento por declaração ou obrigação, quando o contribuinte obrigado a declarar se omita de prestar a obrigação. Portanto, todos os tributos que têm sua cobrança originada na lavratura de auto de infração, estão dentro da modalidade de lançamento de ofício.
Lançamento por declaração ocorre quando a legislação tributária impõe ao sujeito passivo da obrigação correspondente a declaração. Ou seja, o sujeito passivo, ou um terceiro, oferece à autoridade, as informações necessárias ao lançamento do crédito tributário (art. 147 do CTN). No parágrafo primeiro, do art. 147 do CTN, aparece uma importante observação, que trata da RETIFICAÇÃO, ou seja, da correção das informações contidas na declaração original, que só será admissível mediante a comprovação do erro que se funde, e desde que antes de notificado o lançamento. O lançamento por declaração também é conhecido como lançamento misto, por conter atos tanto do sujeito ativo, como do sujeito passivo. Certamente é o lançamento menos utilizado, pois envolve três etapas: declaração à autoridade, lançamento pela autoridade e notificação do contribuinte. Ele é utilizado em tributos de transmissão, como o ITCMD e ITBI.
 Exemplos de impostos que seguem essa modalidade de lançamento são o imposto de importação, imposto de exportação e o ITBI.
Lançamento por homologação
 – esta modalidade de lançamento está prevista no artigo 150 do CTN, no qual também é chamado equivocadamente de “autolançamento”, sob a ótica de que o próprio contribuinte procederia com o lançamento. Contudo, ao ser denominado de “autolançamento”, interpreta-se que o sujeito passivo lançaria o tributo contra ele próprio, o que não concilia com a definição de que o lançamento tributário é privativo da autoridade administrativa. Os tributos sujeitos a esta modalidade não são extintos pelo pagamento, mas somente após a homologação feita pela autoridade administrativa. Não havendo a homologação, hipótese que pode ocorrer quando a autoridade administrativa não concordar com o valor recolhido pelo contribuinte, esta poderá lançar, de ofício, a diferença.
A homologação poderá ser expressaou tácita, sendo expressa quando a autoridade editar ato formal afirmando sua concordância com a atividade do sujeito passivo, ou tácita quando escoado o prazo legal para a homologação expressa. Ainda, o artigo 150, § 4º do CTN dispõe que se a lei não fixar o prazo para a homologação, ele será de cinco anos, contados a partir da ocorrência do fato gerador, expirado esse prazo, ter-se-á por homologado o lançamento e, por consequência, definitivamente extinto o crédito tributário, salvo se comprovado a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
Este lançamento difere-se dos demais, pois é utilizado nas hipóteses em que a lei determine que o contribuinte deve antecipar o pagamento, sem prévio exame do Fisco. Ou seja, o pagamento se dá sem o prévio lançamento.
Melhor dizendo, o próprio contribuinte identifica o fato gerador, quantifica quanto deve recolher, declara e paga. Cumprindo a obrigação acessória antes do Fisco identificar sua existência.
Superado o conceito do lançamento, vale dizer que, embora alguns autores usem a expressão “autolançamento”, esta deve ser evitada, pois passa o entendimento de que o contribuinte lança o tributo contra ele próprio, o que está incorreto.
Ainda, o termo “homologação do lançamento” utilizado no § 1º do artigo supracitado, deve ser evitado, pois a atividade à que se refere trata da atividade do sujeito passivo, que é antecipar o pagamento, sendo preferível o uso dos termos “homologação do pagamento” ou “homologação da atividade do sujeito passivo”.
Essa modalidade de lançamento só é considerada completa quando há a homologação da atividade pela autoridade administrativa.
Essa homologação pelo Fisco se dá com a sua concordância com a atividade (pagamento) do sujeito passivo, certificando sua correção. Ou seja, só será considerado extinto o crédito tributário quando houver a homologação da autoridade administrativa e não somente o pagamento.
Hipóteses de Justa Causa
1. Violação de segredo da empresa
Muitas empresas mantêm dados sigilosos que já se tornaram indispensáveis ao bom andamento de suas operações. A divulgação desses arquivos para o ambiente externo pode causar prejuízos financeiros e afetar negativamente as atividades.
Para que reste caracterizada a demissão por justa causa nessa hipótese, é preciso reunir dois pré-requisitos:
· comprovação de que o trabalhador agiu com má-fé quando transmitiu as informações sigilosas;
· a empresa deve comprovar o prejuízo que sofreu devido ao comportamento do colaborador.
2. Ato de indisciplina ou insubordinação
A indisciplina se baseia no descumprimento da política interna, dos valores ou das normas entre a empresa e o contrato. Não adotar o uniforme exigido, não obedecer ao intervalo de almoço e usar o e-mail com objetivo pessoal são alguns dos exemplos.
Por sua vez, a insubordinação acontece quando há o descumprimento de ordens impostas pelos superiores aos subordinados, seja ela repassada de maneira verbal ou escrita.
3. Incontinência de conduta ou mau procedimento
A incontinência de conduta envolve comportamento sexual inapropriado ao ambiente empresarial — assédio sexual, gestos obscenos, nudez pública e acesso a materiais pornográficos por meio de máquinas corporativas durante o expediente de trabalho.
Por outro lado, o mau procedimento diz respeito a condutas imorais ou desrespeitosas que não são aceitas pela sociedade, como nos casos abaixo.
Bullying
Machismo
Racismo
4. Ato de improbidade
A improbidade está relacionada com a dispensa imediata de trabalhadores que praticam atos desonestos e têm atitudes de má-fé dentro do ambiente empresarial. Eles visam unicamente tirar vantagens indevidas para si ou terceiros, sendo essencial que o patrão consiga provar essa conduta. Confira alguns exemplos:
· entrega de atestado médico falso para justificar faltas;
· desvio de recursos financeiros;
· furtos;
· fraudes.
5. Desídia no desempenho das atividades
A desídia é representada pela preguiça, má vontade e negligência durante a execução das funções, ou seja, baixa produtividade. Alguns exemplos são:
· atrasos ou faltas com frequência (sem atestado ou nenhum motivo justificando tais situações);
· tarefas atrasadas ou entregues fora do prazo;
· serviços mal feitos etc.
Geralmente, nesses casos são dadas algumas advertências (cerca de três) ou determina-se a suspensão do trabalhador por período determinado. Além disso, a empresa pode inovar e oferecer prêmios de performance como maneiras de aumentar a motivação e incentivar a produção de seus colaboradores.
Caso essas medidas não sejam suficientes nem capazes de mudar o comportamento do contratado, a decisão final será por seu afastamento definitivo — que corresponde à demissão.
6. Embriaguez habitual ou em serviço
Desempenhar as funções em estado de embriaguez consiste em justa causa para demissão. Fique atento, pois não estamos tratando do alcoolismo como uma doença, mas sim um mero hábito (em situações de patologia, a rescisão do contrato de trabalho não é admitida pela lei). Nesses casos, o indivíduo deve ser encaminhado a tratamentos adequados.
7. Ofensas físicas
Entre os motivos de justa causa, estão as ofensas físicas, consideradas faltas graves no ambiente de trabalho. Se praticada durante o expediente ou mesmo fora da empresa contra superiores, a transgressão pode ser considerada razão estranha à relação empregatícia, que não se relaciona com a vida empresarial, constituindo motivo de justa causa.
8. Lesões à honra e boa fama
Palavras e gestos que exponham os colegas e sua dignidade pessoal são consideradas motivos que levam à demissão por justa causa. Para tanto, devem ser observadas as situações em que o ato ocorreu, como:
· os hábitos de linguagem aceitos no local de trabalho;
· ambiente onde a expressão foi usada;
· origem territorial do colaborador;
· grau de educação do profissional;
· forma com que as palavras foram pronunciadas (e outros dados que se fizerem necessários).
9. Jogos de azar
Os jogos de azar são proibidos no Brasil e no ambiente de trabalho. Se comprovada a prática de jogos nos quais o ganho e a perda dependem exclusiva ou principalmente de sorte, pode ser configurado motivo para desligamento por justa causa. Isso porque a prática atrapalha a atuação do profissional, colocando em risco a imagem e a credibilidade da empresa.
Consequências da demissão por justa causa
O trabalhador demitido por justa causa sofrerá a perda do pagamento de alguns direitos trabalhistas e verbas rescisórias:
· vedação ao recebimento de aviso prévio;
· impossibilidade de sacar o FGTS;
· impedimento para utilizar o seguro-desemprego.
10. Condenação criminal
Esse dispositivo determina que, havendo condenação do empregado à pena restritiva de liberdade, transitada em julgado, haverá configurada a dispensa por justa causa.
Importante frisar que os fatos que deram origem à condenação criminal do empregado não precisam, necessariamente, estarem relacionados ao seu serviço. A simples condenação criminal nos moldes elencados nessa norma, não importando o motivo, é suficiente para a dispensa por justa causa.
11. Abandono de emprego
Quando o empregado falta ao trabalho por mais de 30 dias, sem nenhuma justificativa plausível, isso indica abandono de emprego e torna-se argumento para a demissão.
Férias – Período Concessivo
Período aquisitivo: o período aquisitivo de férias é o período de 12 (doze) meses a contar da data de admissão do empregado que, uma vez completados, gera o direito ao empregado de gozar os 30 (trinta) dias de férias.
Período Concessivo: o período concessivo de férias é o prazo que a lei estabelece para que o empregador conceda as férias ao empregado. Este prazo equivale aos 12 (doze) meses subsequentes a contar da data do período aquisitivo completado.
Partindo deste raciocínio, quando se inicia o período concessivo de 12 (doze) meses após o primeiro período aquisitivo completado, inicia-se também um novo ciclo de período aquisitivo (2º período), que uma vez completado, irá gerar o direito ao empregado a mais 30 (trinta) dias de férias e assim sucessivamente.O período concessivo de férias é um prazo estabelecido pela lei para a empresa conceder ao colaborador o seu período de férias. O período concessivo de férias é o que sucede o período aquisitivo de férias. Quando o colaborador cumpre 12 meses de trabalho ele tem o direito de gozar de 30 de férias, entrando assim no período concessivo de férias.
Porém, existe sempre uma negociação entre colaborador e empregador quando se fala de período concessivo de férias, mesmo que a lei estabeleça como regra as férias após 12 meses, existe uma jurisprudência que permite que as primeiras férias sejam concedidas antes de vencer a segundo período de aquisição completado.
Por exemplo, se o seu colaborador foi contratado em 5 de janeiro de 2017, a partir de 5 de janeiro de 2018 vence seu primeiro período aquisitivo de férias e a empresa tem até dia 5 de janeiro de 2019 para conceder suas férias, o chamado período concessivo de férias.
Independentemente de o colaborador tirar as férias em julho, novembro ou dezembro de 2018, no dia 5 de janeiro de 2019 começará o seu segundo período concessivo de férias.
Afastamento e o período concessivo de férias
Se o colaborador ficar afastado do trabalho por motivo de acidente de trabalho, licença-maternidade ou doença, o período concessivo de férias é suspenso e a contagem dos 12 meses passa a valer novamente assim que o empregado retornar ao trabalho.
Lembrando, que na carteira de trabalho é realizada uma anotação no espaço de “Anotações Gerais”, onde é informado o motivo pelo qual o período concessivo de férias foi concedido fora do prazo
O que diz a nova lei?
Entre período aquisitivo de férias e período concessivo de férias, uma nova lei abriu um pouco mais o leque de opções para empregador e colaborador em relação ao seu período de descanso.
Na antiga CLT só era permitido parcelar em duas parcelas as férias. Com o surgimento da nova lei CLT o colaborador tem o direito, conforme combinado com a empresa, a fracionar suas férias em três vezes, com no mínimo 14 dias no primeiro período, e o segundo e terceiro períodos não podem ter menos que cinco dias.
Por exemplo, se um colaborador tirou 15 dias de férias ele pode tirar mais 10 dias e depois mais cinco dias, dividindo as férias em parcelas para completar os 30 dias de direito dele.
O que ocorre se a empresa não der férias até o fim do período concessivo?
Caso o funcionário trabalhe por 12 meses durante o período concessivo, ele passa a ter direito ao recebimento das férias em dobro, ou seja, tira os 30 dias e recebe por 60, além do 1/3 sobre o valor total.
A medida é uma punição para que as empresas se atentem à necessidade de liberar o funcionário para as férias dentro do período concessivo, evitando que ele fique mais de 2 anos sem se retirar do trabalho para o descanso remunerado.
A medida também vale para as férias proporcionais, caso o funcionário seja demitido sem justa causa após ter passado por mais de 24 meses sem tirar férias, o segundo benefício deverá ser remunerado em dobro nas verbas rescisórias.
cíio 
da norma mais favorável não se confunde co m a da 
condição mais benéfica. 
 
Podemos perceber que o princípio da 
norma mais favorável pressupõe a vigência simultânea 
de duas ou mais normas regulando a mesma situação 
jurídica, enquanto a condição mais benéfica supõ e a 
existência de uma norma anterior e outra posterior
Apesar de se assemelharem, o princípio 
da norma mais favorável não se confunde co m a da 
condição mais benéfica. 
 
Podemos perceber que o princípio da 
norma mais favorável pressupõe a vigência simultânea 
de duas ou mais normas regulando a mesma situação 
jurídica, enquanto a condição mais benéfica supõ e a 
existência de uma norma anterior e outra posterior.

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