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CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA _____ VARA DO 
TRABALHO DA COMARCA DE PARAUAPEBAS-PA. 
PROCESSO Nº___________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pizzaria Gourmet LTDA, já qualificada nos autos do processo sob número em 
epígrafe, por seu procurador que junta neste ato, instrumento de procuração, 
vem respeitosamente a presença de vossa excelência para apresentar defesa 
na forma de CONTESTAÇÃO À RECLAMAÇÃO TRABALHISTA que lhe 
move Tito, também já qualificado nos autos, pelos fatos e fundamentos de 
direito que a seguir passa a expor: 
 
 
1)- PRELIMINARMENTE 
a) DA IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA 
GRATUITA: 
Excelência, tendo em vista as novas disposições do NCPC, não mais se faz 
necessário interpor peça apartada quando da impugnação ao pedido de 
assistência judiciária gratuita do reclamante, conforme art. 337, XIII, da lei 
13105/15, vejamos: 
Art. 337 – Incumbe ao réu, antes de 
discutir o mérito, alegar: 
XIII – Indevida concessão do benefício 
de gratuidade de justiça. 
No âmbito do processo do trabalho, este benefício somente pode ser 
concedido quando presentes e atendidos os requisitos exigidos pelo art. 14 da 
lei nº 5584/70, motivo pelo qual, não estando presentes esses requisitos, deve 
ser indeferido a concessão deste benefício ao reclamante. Salienta-se ainda 
que o art. 133 da CF de 1988 não revogou a referida lei, tampouco, o “JUS 
POSTULANDI”, próprio do processo do trabalho, assegurado pelo art. 791 da 
consolidação das leis trabalhistas. 
Tal benefício, não pode ser desvirtuado a sua finalidade, visto que é destinado 
a pessoas sem a possibilidade de sustento próprio e de sua família, não sendo 
este o caso do reclamante. 
Atualmente, a simples afirmação de miserabilidade jurídica não basta para o 
deferimento da assistência judiciária gratuita. Revogada foi a presunção de 
pobreza anteriormente estabelecida em lei ordinária, a nova constituição 
federal, mais precisamente em seu art. 5º, LXXIV, determina: “O estado 
prestará assistência judiciária e integral gratuita aos que comprovarem a 
insuficiência de recursos”. 
A simples declaração de pobreza não tem no processo do trabalho a mesma 
força que possui na justiça comum, isto é, não basta a simples declaração para 
o requerente ser considerado impossibilitado de sustento próprio, deve haver 
comprovação mediante atestado da autoridade local do ministério do trabalho 
art. 14, § 2º, da lei 5584/70, da situação econômica peculiar. 
Na espécie, o reclamante contrariando o dispositivo constitucional não 
comprovou a condição alegada. 
Assim, em sede preliminar, requer-se o indeferimento do pedido de assistência 
judiciária gratuita. 
b) DA INÉPCIA DA INICIAL: 
Pode ser observado que o reclamante arguiu em sua inicial pedidos 
cumulativos e incompatíveis entre sí, pois, solicita verbas rescisórias e 
também sua reintegração imediata ao quadro funcional da empresa, havendo 
total discrepância dos pedidos ora formulados ficando dúvida em qual seu real 
interesse, tal incompatibilidade não acha guarida no ordenamento, pelo 
contrário torna seu pedido totalmente descabido pois o grande problema não é 
fazer pedidos incompatíveis mas sim acolhe-los, vejamos o que preceitua o 
art. 295, § único, IV do CPC. 
Art. 295, § único – Considera-se inepta 
a petição inicial quando: 
IV- contiver pedidos incompatíveis 
entre sí. 
Desta forma requer-se a extinção do processo sem resolução de mérito, tendo 
em vista vício formal não observado. 
2)- DOS FATOS E DOS DIREITOS 
I – DAS GORJETAS: 
 O reclamante não faz jus ao complemento de sua remuneração devido a 
empresa possuir normas de seu regimento interno (ANEXO), onde é taxativa a 
proibição de seus empregados de cobrar e aceitar gorjetas ou expressão 
equivalente de seus clientes e caso haja o recebimento das mesmas por parte 
do empregado, implicará em infringência das normas trabalhistas estabelecidas 
pelo empregador. 
II – DA RETIFICAÇÃO DA CTPS: 
O reclamante não produziu qualquer prova a sustentar suas alegações acerca 
da remuneração anotada em sua CTPS, ônus que lhe incumbia (art. 818 da 
CLT e art. 373, I, do NCPC), haja visto que conforme documentos juntados 
restam inverídicas suas alegações, assim não merece prosperar a pretensão 
de retificação da CTPS. 
III – DA DEVOLUÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL: 
O pedido do reclamante não prospera pois afronta o principio da autonomia e 
liberalidade sindical, ressaltando que os prestadores de serviço consentiram o 
desconto prévio, expresso e individual. Vale lembrar que historicamente a CLT 
sempre primou pelo desconto em folha das contribuições e mensalidades 
sindicais conforme prega o art. 8º, IV, da C.F/88. 
IV – DAS HORAS EXTRAS: 
O reclamante alega que laborava das 18:00hs às 3H:30min, requerendo 
indenização por horas extras trabalhadas, cabe salientar que a jornada de 
trabalho pode ser de até 44 horas semanais o que era realizado pelo 
reclamante conforme espelho da folha de ponto juntado neste ato. Como a 
jornada de trabalho era devidamente cumprida conforme documentos juntados 
a esta CONTESTAÇÂO, folhas de ponto da jornada de trabalho (art. 74, § 2º 
da CLT), atendendo ao seu dever de documentar a relação empregatícia 
constata que as alegações feitas pelo reclamante não são verídicas. 
V – DO INTERVALO INTRAJORNADA (HORAS EXTRAS): 
Novamente recorrendo as folhas de ponto anexas aos autos verificamos que o 
reclamante gozava de 1 (UMA) hora de seu horário de intervalo. Não há nos 
autos qualquer prova que favoreça as pretensões do reclamante, deste modo 
nenhum valor é devido referentes a hora extra intrajornada. 
VI – DO ADICIONAL NOTURNO: 
O reclamante requer em sua alegação o pagamento de adicional noturno, 
porém, o mesmo não faz jus a verba requerida pois a empresa sempre pagou o 
adicional noturno conforme contracheques anexos. Por essa razão, requer a 
total improcedência do pedido de pagamento do adicional noturno. 
VII – DO DANO EMERGENTE (INDENIZAÇÃO): 
Não há que se falar em dano emergente vez que os requisitos contidos no art. 
186/02 do CC, necessários para arguir tal pedido não se encontram de 
nenhuma forma na exordial visto que o reclamado não agiu de modo comissivo 
ou omissivo para que gerasse algum risco ao reclamante. 
Também não está presente nenhum elemento que caracterize a culpa, pois a 
reclamada sempre agiu balizada conforme art. 157, I e II e art. 19 da lei nº 
8213/91. 
Requer assim a improcedência do pedido do reclamante por ausência dos 
elementos que caracterize a responsabilidade da reclamada, como preceitua o 
art. 186/02 do CC. 
VIII – DO DANO MORAL PELO ACIDENTE DE TRABALHO: 
É descabida a pretensão do reclamante em auferir danos morais ficando 
evidente sua intenção de enriquecimento ilícito em detrimento de outrem. Para 
a comprovação do dano moral é necessário prova irrefutável da relação de 
causalidade entre o evento danoso e a conduta do empregador, que o mesmo 
agiu de maneira intencional ou que por negligência ou imprudência deu causa 
ao dano sofrido pelo empregado. Torna-se assim descabido o dano moral, ante 
a insuficiência de comprovação de sua ocorrência, ou seja demonstrar o nexo 
causal e o dano sofrido. 
IX- DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE: 
O reclamante postula o adicional de periculosidade no mote de 30% alegando 
que por trabalhar em motocicleta sofre grande risco, entretanto, conforme 
súmula 364, I, TST será indevido o adicional de periculosidade quando o 
contrato se dá de forma eventual, assim considerado o fortuito ou que, sendo 
habitual dá-se por tempo extremamente reduzido, como no caso do 
reclamante. Diante do exposto, requer a improcedência do pedido de 
periculosidade. 
X – DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Tratando-se de litigio decorrente de relação de emprego nos termos da 
instrução normativa nº 27/2005 do TST nesta justiça especializada, os 
honorários advocatíciossão disciplinadas na lei nº 5584/70. Não preenchidos 
os requisitos do art. 14 da referida lei, uma vez que não consta dos autos 
credencial sindical, não faz jus o reclamante ao pagamento de honorários 
advocatícios. 
Aplicação ao caso do entendimento consubstanciado nas súmulas nº 219 e 
329 do TST, assim requer seja indeferida a condenação de honorários 
advocatícios. 
3)- DA IMPUGNAÇÃO DOS PEDIDOS 
Impugna-se todos os pedidos do reclamante, eis que manifestamente 
improcedentes não merecendo guarida bem como por terem sido devidamente 
pagos. 
4)- DOS REQUERIMENTOS 
Isto posto, requer a vossa excelência o recebimento da presente contestação, 
bem como sua apreciação para acolher a preliminar e indeferir a AJG ao 
reclamante, bem como julgar improcedente a presente demanda, condenando 
o reclamante ao pagamento das custas processuais. 
Nestes termos, pede deferimento. 
Parauapebas-Pa, 01 de maio de 2020. 
Advogado: 
OAB nº:

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